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Julio Quaglia – Como funciona um Clube de Vantagens?

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Especialistas da Valuenet Incentive Solutions explicam o que os diferenciam do sistema de pontos e como estruturar um clube

Ações de relacionamento com os clientes se tornaram uma das principais estratégias do varejo. A lógica é simples: a empresa se relaciona constantemente com o cliente, incentivando-o a consumir seus produtos em troca de benefícios. O formato mais usado no Brasil é o sistema de pontos, que podem ser trocados por produtos, serviços, descontos e afins.

No entanto, os chamados Clubes de Vantagens têm crescido e buscam beneficiar clientes em diversas frentes, desde facilitar o checkout com menos fila, passando por descontos nas compras, chegando até a sorteios de prêmios em dinheiro.  

De acordo com Renato Carbone, gerente de planejamento da Valuenet Incentive Solutions, a principal diferença entre os dois formatos é a agilidade na hora de resgatar o benefício. “Ao contrário do sistema de pontos, em que é preciso tempo para acumular quantidade necessária para troca, no Clube de Vantagem, os benefícios podem ser resgatados com mais frequência e, assim, atender melhor às necessidades do cliente”, explica.

Julio Quaglia, CEO da Valuenet Incentive Solutions, ressalta que o formato de Clubes contribuem para aumentar a sensação de comunidade e de pertencimento a uma marca. “Em um mundo globalizado, em que as pessoas se baseiam em reviews para tomarem decisões, prometer uma boa experiência de compra ao usuário pode não ser suficiente. Nesse caso, o Clube de Vantagens, fazendo parte da estratégia de relacionamento, também pode auxiliar a empresa a reforçar a imagem que quer transmitir para os clientes”, explica Quaglia.

Estrutura do Clube de Vantagem

Por isso, é muito importante estruturar um Clube no qual a empresa tenha bem claro quais os benefícios são relevantes para seu público-alvo e no qual seja possível trabalhar com a personalização dos resgates. “Quanto mais conhecimento do consumidor, maior é a possibilidade de personalização na comunicação e ofertas. Consequentemente, os clientes terão mais chance de ter boas experiências, o que certamente trará melhores resultados para a empresa”, diz.

Um bom Clube de Vantagens também passa pela escolha de parceiros adequados que estejam alinhados com o padrão de atendimento da marca e com a iniciativa. “É essencial conhecer as políticas que o estabelecimento adota, entender se estão alinhadas com a proposta do clube, e combinar os critérios do atendimento e responsabilidades de cada parte, caso haja uma experiência negativa. A criação de um canal direto para o atendimento aos usuários ajuda a minimizar impactos negativos”, explica Carbone.

Outra possibilidade de recompensa e é o cashback (que é quando cliente recebe de volta uma porcentagem do valor gasto). “Apesar de ainda ser pouco utilizado no Brasil, funciona muito bem quando existe a necessidade de ser ter uma vantagem imediata  e ‘racional’ para o consumidor”, diz Quaglia.

O sistema da Nota Fiscal Paulista foi uma das primeiras iniciativas que utilizaram o cashback no Brasil e tiveram resultados positivos. No programa criado pelo Governo do Estado de São Paulo, os consumidores que incluem o número do CPF na nota fiscal,  recebem créditos que podem ser depositados em conta corrente ou ser abatidos no IPTU e IPVA do ano seguinte. Carbone, porém, alerta que esse é um formato que funciona bem para clubes, mas não pode ser o único benefício. “O cashback trabalha com uma vantagem imediata, mas continua sendo uma recompensa de acúmulo, pois  o benefício mais robusto virá no futuro e, para recebê-lo, é preciso seguir juntando”, diz.

De acordo com Julio Quaglia, programas pagos, onde o cliente paga uma taxa mensal e recebe em casa produtos com desconto, é uma das “releituras” dos clubes de vantagens tradicionais. Neste formato, há um interesse comum entre todos os participantes (como, por exemplo, vinhos), um alto valor agregado aos produtos que servirão de prêmios e uma característica de compra que é repetitiva.

Boas práticas

Para Quaglia, o clube precisa ser formatado pensando sempre em oferecer boas interações em todos os pontos de contato com o consumidor e em como a marca quer ser reconhecida por ele. “Oferecer uma excelente experiência é essencial e cabe aos especialistas que planejaram a estratégia passar a percepção de que o cliente só conseguirá a sensação positiva causada por essa experiência devido ao Clube de Vantagens. É um desafio, mas, se bem planejado, é factível e traz ótimos resultados”, ressalta.

Sobre a Valuenet Incentive Solutions

Apostando em tecnologia como diferencial para a gestão do relacionamento com clientes, a Valuenet tem em seu portfólio projetos de consultoria, planejamento e operação de programas de incentivo e fidelização. Com uma plataforma robusta para a gestão de incentivos, o Fielo – resultado de uma parceria de mais de 15 anos com a Salesforce -, e metodologias próprias, como o Loyalty Canvas e FACE, a empresa desenvolve estratégias sob medida, que inspiram motivação e engajamento, baseadas em inteligência de negócios e análise de dados que auxiliam grandes empresas a atingirem seus resultados. Atualmente possui dois escritórios, localizados em São Paulo e Florianópolis. Mais informações: www.valuenet.com.br.

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Por que a IA será a principal tecnologia de 2024?

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*Juan Pablo Ortega

A Inteligência Artificial é uma verdadeira tendência no mercado global e brasileiro, com companhias de diversos segmentos implementando-a em seus negócios e processos. Para se ter uma ideia, um estudo recente divulgado pela Microsoft e Edelman Comunicação mostra que 74% das micro, pequenas e médias empresas do Brasil já a utilizam em seus fluxos de trabalho, aumentando o investimento de 27%, em 2022, para 47%, em 2023.

Além disso, um outro levantamento, desta vez do  Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) feito em cinco países, incluindo o Brasil, mostra que a IA será a principal tecnologia de 2024. Boa parte da razão por todo esse interesse por ela é a automação de diversas tarefas, fazendo com que times de empresas de diversos segmentos sejam mais eficientes e ágeis, com maior foco no core business.

Isso é o que mostrou um estudo feito no Brasil pela Access Partnership em parceria com a Amazon Web Services. De acordo com o levantamento, 97% de todos os empregadores do país pretendem utilizar a tecnologia até 2028, acreditando que a produtividade pode crescer 66% por meio dela. Além disso, 68% dos empregados veem a automatização de tarefas como o principal benefício.

O fato é que além dessa questão das tarefas, a Inteligência Artificial permite que empresas regionais alcancem uma atuação mais global. Isso porque a tecnologia elimina a barreira de linguagem. Então, por exemplo, um player da Colômbia que criou um negócio por lá não terá mais dificuldade em se comunicar com empresas ao redor do mundo, já que a tecnologia é capaz de se expressar em diferentes idiomas.

E um dos setores bastante beneficiados pela tecnologia é o de e-commerce. Estudo da Gartner aponta que o mercado global deve movimentar, até 2030, US$16,8 bilhões graças ao impulsionamento da Inteligência Artificial (IA) nesse setor. Aqui, vale destacar que o maior benefício se dá na parte de pagamentos, já que a ferramenta é capaz de identificar certos padrões e comportamento por usuário, como produtos usualmente adquiridos, valores das transações, localidade em que são feitas, métodos mais utilizados, etc.

Assim, a experiência do consumidor nessas plataformas tende a ser mais rica, pois a empresa consegue conhecer melhor quem está comprando seus produtos e, dessa forma, fazer ofertas mais assertivas, engajar mais clientes e converter mais vendas. Além disso, justamente por saber mais do perfil do usuário, a IA é efetiva no combate a fraudes, pois consegue detectar mais facilmente quando os padrões de transação de um certo consumidor estão fora do normal.

Contudo, uma das melhores funcionalidades da IA também pode ser seu maior desafio. Hoje em dia, as chamadas “deep fake” são uma verdadeira dor de cabeça tanto para consumidores quanto para as companhias, pois essa tecnologia consegue imitar o rosto e a voz de uma pessoa de forma muito convincente, o que acaba sendo o suficiente para um golpista se aproveitar disso para cometer os mais diversos crimes. Para se ter uma ideia, dados da consultoria Markets and Markets estimam que o investimento em soluções para detectar essas imagens fraudulentas deverá aumentar 41,6% anualmente nos próximos cinco anos. Além disso, o mesmo levantamento aponta que os custos com as ferramentas focadas neste propósito devem ir de US$ 600 milhões, em 2024, para US$ 4 bilhões até 2029.

Dessa maneira, mesmo com tamanhas vantagens, os players devem ficar atentos e pensar em soluções para mitigar esses riscos trazidos pela aplicação criminosa da Inteligência Artificial. Em relação às deep fakes, por exemplo, é importante seguir algumas dicas como conferir a qualidade do vídeo, verificar a sincronia labial com o que se está sendo dito e, em caso de desconfiança, fazer alguma pergunta específica em que somente o verdadeiro interlocutor saberia a resposta.

Além disso, claro, sempre contar com ferramentas tecnológicas capazes de aferir a identidade correta do usuário. Um bom exemplo desse tipo de solução é a tecnologia 3DS, protocolo de autenticação para transações com cartão que é constantemente atualizado pelas bandeiras. Por meio dela,  é exigido do possível comprador uma etapa adicional de verificação do via SMS ou validações via aplicativos dos bancos. Isso inibe as ações de golpistas e ainda envia um alerta para os bancos em casos muito suspeitos.

Podemos concluir que a IA é uma tecnologia que veio para ficar, representando o futuro dos negócios ao redor do mundo. Por mais que ainda tenha algumas falhas que necessitam de ajuste urgente, não é nada impossível de ser consertado ou que então invalide as outras vantagens trazidas. Precisamos ter sempre em mente que a tecnologia anda ao nosso lado, facilitando nossa vida e possibilitando que o mercado tenha melhores resultados.

*Juan Pablo Ortega – CEO e cofundador da Yuno

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IA Generativa, busca por voz e influenciadores: o que esperar do marketing de performance ?

Publicado

em

*Salomão Araújo

Estamos acompanhando grandes mudanças nas estratégias de marketing de performance e é preciso se preparar para o novo momento do mercado e das boas práticas do marketing digital. O segmento está se preparando para uma jornada transformadora, oferecendo às empresas novas oportunidades de crescimento e inovação. Estratégias baseadas em parcerias com produtores de conteúdo crescem cada vez mais, assim como a necessidade de identificar modelos de mídia mais eficazes e sinergias entre consumidores, afiliados, anunciantes e redes de mídia em setores e verticais em crescimento.

E o mercado já demonstra otimismo maior do que em 2023: levantamento realizado pela plataforma brasileira Influency.me revelou que 68% dos 300 participantes entre influenciadores, agências, assessores e marcas, pretendem aumentar o investimento em marketing de influência em 2024. Com a adoção acelerada de IA generativa, novas formas de impacto, engajamento e interatividade emergem no mercado, e a capacidade de antecipar e se adaptar a mudanças dinâmicas torna-se fundamental. Pesquisa da The Good Strategy fez um levantamento destacando alguns números importantes para o crescimento do segmento de afiliados, apontando que o valor global do mercado de afiliados foi estimado em US$ 16,2 bilhões até o terceiro trimestre de 2023 e que este mesmo mercado deverá atingir US$ 27,78 bilhões até 2027 e US$ 38,3 bilhões até 2030.

Considerando essas projeções e mudanças esperadas é preciso estar preparado para construção de estratégias assertivas para aproveitar a boa onda. Um dos pontos de atenção será a adoção acelerada de automação e integração de IA. Aplicativos como Dall-E e Chat GPT tem ganhado cada vez mais destaque e mais de 90% dos profissionais de Marketing de Afiliados nos EUA já fazem uso da IA generativa, principalmente para criação de conteúdo, copywriting e pesquisa de mercado.

A IA continuará a se integrar à gestão diária de programas de afiliados, facilitando a correspondência entre marcas e produtores de conteúdo. Os afiliados precisarão elevar seus padrões para se manter bem posicionado em rankings orgânicos, com foco em proteger seus resultados de pesquisa. Em meio a atualizações dos algoritmos em mecanismos de busca, eles aumentam as taxas de colocação e comissões para anunciantes.

Também é esperado um aumento dos buscadores por voz. Em 2021, o relatório State of Search Brasil já demonstrava que 42% dos usuários de dispositivos mobile utilizavam tanto a  pesquisa por texto como a função de busca por voz. Para se ter uma ideia, o número de celulares conectados ultrapassa o número de habitantes no Brasil, sendo 242 milhões de aparelhos, de acordo com dados da FGV. Profissionais de marketing de afiliados precisarão otimizar estratégias para consultas de voz, priorizando palavras-chave conversacionais e conteúdo localizado para comunicar aos seus públicos de interesse com maior assertividade.

Tão potente quanto a IA e os buscadores por voz será o poder das parcerias com micro e nano influenciadores, que ganharão ainda mais destaque, oferecendo autenticidade e confiança. Parcerias com criadores de conteúdo e influenciadores crescerão  impulsionando iniciativas de conscientização de marca e descoberta de produtos, com ascensão de formatos de conteúdo em vídeo e compra direta.

Com metas de crescimento ambiciosas, veremos em 2024 um ano para testar novas automações alimentadas por IA, se aproximar de novos criadores de conteúdo e nano influenciadores, experimentar formatos de vídeo e consolidar orçamentos de marketing para manter a visibilidade e a relevância no ecossistema de afiliados.  À medida que os preços dos anúncios aumentam e sua eficácia diminui, o marketing de afiliados se mantém em ascensão, e as parcerias com produtores de conteúdo podem impulsionar o crescimento de forma mais eficiente para qualquer negócio. Ao abraçar essas tendências, as chances de se obter sucesso com o marketing de performance aumenta exponencialmente.

*Salomão Araújo –  VP Comercial da Rakuten Advertising

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