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Silvana Torres – Empoderamento feminino: participação das mulheres na área de Live Marketing é um exemplo a ser seguido

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em

Por Silvana Torres *

Você já teve a impressão de ver nas agências de comunicação uma grande participação feminina na área de atendimento, enquanto que o departamento de criação é dominado pelos homens? Pois é, não é só uma impressão. As mulheres ainda enfrentam uma longa batalha pelo reconhecimento e espaço em várias áreas. A boa notícia é que, aos poucos, estamos conquistando algumas vitórias graças ao empoderamento e empreendedorismo das profissionais envolvidas.

Não faltam dados que mostrem a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. De acordo com o IBGE, as mulheres ganham 76,5% do salário dos homens para fazer a mesma função. A jornada de trabalho delas abaixo das 30 horas semanais é de 28,2%, praticamente o dobro do índice masculino (14,1%). Isso porque nós passamos quase oito horas a mais nos afazeres domésticos do que os homens (18,1 x 10,5 horas).

Felizmente, a área de Live Marketing começa a alterar esse cenário e está se tornando um exemplo a ser seguido. Dados da Ampro (Associação de Marketing Promocional) mostram que as mulheres já são a maioria dos profissionais no mercado, com 56% do total, e, por mais que apenas 15% delas ocupem cargos de liderança, já é um índice bem superior aos 8,78% de presença feminina nos conselhos administrativos das empresas brasileiras, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Estimular a maior participação feminina não é apenas uma forma de reparação social, mas um planejamento estratégico para as empresas. As mulheres agregam novos talentos e emprestam novas formas de enxergar o negócio – essencial em tempos de crise econômica e intensa competitividade. A principal competência, claro, é a nossa capacidade de ser multitarefa, algo natural em nossas vidas e que podemos aplicar com facilidade nas empresas. Nós possuímos um conjunto de habilidades para fazer uma melhor gestão de pessoas, por exemplo.

O trabalho de empoderamento da mulher no mercado de trabalho, em um ambiente de parceria e espírito inovador, contribui para um maior equilíbrio da sociedade. Isso gera mais força produtiva e valoriza as diferenças. Empresas que apreciam essa troca de características e estimulam a igualdade e o respeito entre os profissionais têm um desempenho melhor em seus setores. Segregar colaboradores por conta de gênero, etnia ou classe social é crime e uma atitude contraproducente no mundo dos negócios.

Foi essa visão que trouxemos ao presidir o Comitê Women Empowerment, da Ampro, entre 2016 e 2017. O nosso objetivo era contribuir para o desenvolvimento profissional da mulher na área de Live Marketing. Oferecemos troca de experiência e capacitação por meio de palestras, e-books, reuniões e demais atividades que reforçaram o valor das mulheres neste segmento. O resultado foi o melhor possível, tanto que em 2018 deu lugar ao Comitê de Relações Humanas, presidido por Dilma Souza Campos, que trata não só o papel das mulheres nas agências, como o sexismo, preconceito e outros temas que afetam e impactam os ambientes de trabalho.

Com essas ações, conseguimos acompanhar a própria evolução da sociedade e do mercado. Quando a participação feminina é valorizada, conseguimos garantir uma formação empreendedora das mulheres, estimulando suas habilidades e contribuindo para a resolução de problemas nas agências e organizações. Os projetos e trabalhos desenvolvidos no Live Marketing estão cada vez mais complexos, com várias ferramentas em sincronia. Assim, o olhar feminino na posição de liderança pode complementar e enriquecer o serviço ou produto final.

Portanto, quando falamos de empoderamento e condições igualitárias, não estamos pedindo para roubar vagas. O que queremos é ter as mesmas condições para empreender, seja dentro do próprio ambiente de trabalho ou em um negócio próprio. Somos inquietas, curiosas, ousadas e não temos medo de enfrentar os desafios que aparecerem. E que empresa não gostaria de ter em seu time características como estas?

* Silvana Torres é presidente da Mark Up e conselheira do Comitê de Relações Humanas da Ampro. A Mark Up é uma agência referência no mercado de brand experience, com mais de 20 anos de história. Cerca de 80% de sua liderança é composta por mulheres e a agência faz parte do movimento WeConnect.

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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?

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*Marilyn Hahn

A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.

De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.

O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.

Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.

Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.

Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.

*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.

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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?

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*Monique Areze

Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.

 

Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.

Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.

Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.

Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.

Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.

Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.

A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.

*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co

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