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Rogério Signorini: A nova era do e-commerce e as 20 maiores tendências

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Cada vez mais o e-commerce deixa de ser apenas um canal de vendas online para se tornar um espaço para promover o prazer do consumo. O tão falado Omini Chanel supera barreiras e transcende para um novo universo, onde o ato de comprar não é apenas o fim, mas também o meio.

Dentre as diversas tendências apresentadas no IRCE (Internet Retail Conference + Exhibition) deste ano, observou-se que a experiência do usuário é o objetivo principal desta nova era do comércio eletrônico. Prova disso é o avanço do store pick up no mercado e o desafio dos lojistas de saber a localização do cliente e mostrar apenas produtos disponíveis em suas proximidades, a fim de tornar o processo de compra mais inteligente e ágil. Integrações com sistemas de geolocalização podem ser cruciais neste processo, mas há também outros desafios como a integração de estoques e pedidos online e offline, além da parte fiscal.

De modo geral, a busca incessante pela melhor experiência para se destacar perante a concorrência cada vez mais acirrada culminou em 20 tendências que estão sendo adotadas pelas gigantes do e-commerce norte-americano. Algumas, inclusive, se relacionam ou podem ser integradas ao store pick up. São elas:

1. Flexibilidade Total: eliminar sistemas complexos e adotar micro serviços e APIs para elevar a velocidade das compras. Neste sentido, quanto maior for a flexibilidade sistêmica, maior o poder de conversão.

2. Enterprise Decision Engine: basicamente, consiste em obter um conhecimento centralizado e orquestrar a interação do consumidor entre os canais, ou seja, essa relação precisa ser fluída mas também dinâmica, para tanto, a logística deve ser integrada e altamente funcional.

3. Conversational Commerce (voz): os consumidores cada vez mais utilizam comandos de voz para compras online. É o caso do Siri e Google Assistant, que inclui o produto desejado no carrinho a partir dos resultados das buscas.

4. Conversational Commerce (messaging): outro item bastante utilizado são os robôs inteligentes para mensagens online. Além de reduzir número de chamadas na central de atendimento, o recurso melhora a interação com os clientes já que oferece mais agilidade.

5. Visual Recognition: este recurso traz uma série de funcionalidades que impactam diretamente na experiência de compras:
a. Permite que o consumidor mostre ao site o que ele deseja comprar;
b. Ajuda o lojista a montar o catálogo de produtos de forma personalizada;
c. Guarda roupa virtual: compras anteriores ficam registradas e o sistema sugere produtos relacionados;
d. Integração com redes sociais, que são usadas para conhecer as preferências do consumidor.

6. Shop the Look: compra orientada com recursos de inteligência artificial, que permite encontrar produtos – principalmente roupas – similares a de imagens encontradas na internet.

7. Fit Finders ou Visual Body Maping: oferece roupas personalizadas a partir de fotos do usuário por meio de sistemas de machine learnig e inteligência artificial que fazem as medições do corpo pela foto.

8. Amazon Look: funcionalidade da Amazon que avalia o look do dia do usuário.

9. Smart Gifting: envia o presente online e o comprador pode mudar a cor ou o número antes de realmente fazer a compra. Reduz o custo com devoluções e eleva a satisfação do cliente.

10. Mobile Progressive Website App: sites adaptados para dispositivos móveis que se comportam como aplicativos, oferecendo mais agilidade, funcionalidades avançadas e integração SEO.

11. Blockchain: o aumento da adoção das moedas virtuais e a possibilidade de utilizar este sistema em outros segmentos, faz com que a realização de transações seguras sem intermediários neste caso seja uma nova maneira de fazer negócios.

12. Performance – Optimizing Point Solutions: otimizar a velocidade e performance dos canais de vendas. O site ou aplicativo deve ser rápido e intuitivo.

13. Payments – Mobile & Alternative: dada a facilidade oferecida pelos novos meios de pagamentos via mobile como os XPays (Apple Pay, Google Pay etc), a ausência destas funcionalidades numa loja virtual atualmente coloca os negócios em risco.

14. Smart Fitting Rooms: provadores virtuais com espelhos inteligentes nos quais o usuário avalia se a vestimenta se ajusta ao seu corpo de forma agradável e sem sair de casa.

15. Digital Pop-up Shops: lojas virtuais dentro de lojas de departamentos, oferecendo itens e serviços mais personalizados.

16. Analog Pop-up Shops – Hyperlocal: lojas móveis para testar tendências e pontos de vendas.

17. IOT – Everithing is getting smart: não é de hoje que ouvimos que a Internet das Coisas vai mudar a maneira como interagimos com o mundo e fazemos negócios. O avanço desta tecnologia oferece múltiplas oportunidades. Uma delas é o uso das gôndolas inteligentes, que além de impactarem positivamente a equipe logística para manterem-se sempre completas, é possível identificar padrões de comportamento dos consumidores e ajustar a disposição dos produtos de forma mais atraente, aumentando a conversão.

18. Digital engagement in store: o uso de robôs e self check out possibilita identificar o que o cliente buscou e o que ele verificou de sair da loja, criando as vitrines infinitas, ou seja, se o consumidor não encontrou determinado produto na loja física, ele receberá a sugestão para compra-lo online.

19. Biodesign, development & 3d printing: uso de impressoras 3D para fabricação de produto direto na loja. Como exemplo, temos um tênis feito de material com bactérias que degradam com o calor do produto, permitindo maior ventilação e transpiração dos pés. Além da agilidade na fabricação, esta tendência promove a sustentabilidade.

20. Agile Retail: disposição dos produtos na loja de forma que promova a agilidade no processo de compras.

Embora diversas destas tendências não tenham aterrissado em terras tupiniquins, é fundamental acompanhá-las atentamente, seja para adoção num futuro próximo ou ainda para a percepção de funcionalidades que possam surgir. Cada consumidor é único e é papel não apenas do lojista, mas sim de toda a cadeia do varejo, suprir suas necessidades. Com o veloz avanço tecnológico, é natural que o e-commerce transcenda seus limites e alcance novos patamares. Mais do que atrair novos clientes, essa nova era é guiada pela personalização e pela identificação com a marca. E não há nada que fortaleça mais este elo do que uma ótima experiência.

Sobre Rogério Signorini
Signorini é diretor geral da Braspag. Engenheiro, com MBA em Global Marketing pela ESPM, Especialização em Inovação de Produto pela Harvard Business School e Estratégia pelo IMD, tem longa experiência em inovação e desenvolvimento de produtos. Acumula passagens por empresas como Dupont, Monsanto, 3M, HP, Cielo e Visa, onde estava desde 2013 e ocupava, nos últimos dois anos, a posição de Diretor Geral Cybersource e soluções para Comércio. Antes de ingressar na Visa, o executivo atuou na Cielo por mais de seis anos.

Sobre a Braspag
Empresa do grupo Cielo, a Braspag é líder no desenvolvimento de soluções para processamento de pagamentos (gateway de pagamentos), conciliação, antifraude, virtualização e checkout com certificação de segurança PCI DSS 3.2 e ISO 22301 que fortalece a governança corporativa e garante a continuidade dos negócios. Possui presença direta nos principais países da América Latina e conectividade nos Estados Unidos por empresa do mesmo grupo. No Brasil, tem como clientes as principais empresas de comércio eletrônico, oferecendo soluções inovadoras, confiáveis, seguras e com o melhor custo-benefício do mercado. Além disso, a Braspag é a única empresa do setor que está formalmente comprometida com o Pacto Global da ONU, mantendo suas estratégias alinhadas aos princípios relacionados aos Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Contra a Corrupção.

www.braspag.com.br

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Por que a IA será a principal tecnologia de 2024?

Publicado

em

*Juan Pablo Ortega

A Inteligência Artificial é uma verdadeira tendência no mercado global e brasileiro, com companhias de diversos segmentos implementando-a em seus negócios e processos. Para se ter uma ideia, um estudo recente divulgado pela Microsoft e Edelman Comunicação mostra que 74% das micro, pequenas e médias empresas do Brasil já a utilizam em seus fluxos de trabalho, aumentando o investimento de 27%, em 2022, para 47%, em 2023.

Além disso, um outro levantamento, desta vez do  Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) feito em cinco países, incluindo o Brasil, mostra que a IA será a principal tecnologia de 2024. Boa parte da razão por todo esse interesse por ela é a automação de diversas tarefas, fazendo com que times de empresas de diversos segmentos sejam mais eficientes e ágeis, com maior foco no core business.

Isso é o que mostrou um estudo feito no Brasil pela Access Partnership em parceria com a Amazon Web Services. De acordo com o levantamento, 97% de todos os empregadores do país pretendem utilizar a tecnologia até 2028, acreditando que a produtividade pode crescer 66% por meio dela. Além disso, 68% dos empregados veem a automatização de tarefas como o principal benefício.

O fato é que além dessa questão das tarefas, a Inteligência Artificial permite que empresas regionais alcancem uma atuação mais global. Isso porque a tecnologia elimina a barreira de linguagem. Então, por exemplo, um player da Colômbia que criou um negócio por lá não terá mais dificuldade em se comunicar com empresas ao redor do mundo, já que a tecnologia é capaz de se expressar em diferentes idiomas.

E um dos setores bastante beneficiados pela tecnologia é o de e-commerce. Estudo da Gartner aponta que o mercado global deve movimentar, até 2030, US$16,8 bilhões graças ao impulsionamento da Inteligência Artificial (IA) nesse setor. Aqui, vale destacar que o maior benefício se dá na parte de pagamentos, já que a ferramenta é capaz de identificar certos padrões e comportamento por usuário, como produtos usualmente adquiridos, valores das transações, localidade em que são feitas, métodos mais utilizados, etc.

Assim, a experiência do consumidor nessas plataformas tende a ser mais rica, pois a empresa consegue conhecer melhor quem está comprando seus produtos e, dessa forma, fazer ofertas mais assertivas, engajar mais clientes e converter mais vendas. Além disso, justamente por saber mais do perfil do usuário, a IA é efetiva no combate a fraudes, pois consegue detectar mais facilmente quando os padrões de transação de um certo consumidor estão fora do normal.

Contudo, uma das melhores funcionalidades da IA também pode ser seu maior desafio. Hoje em dia, as chamadas “deep fake” são uma verdadeira dor de cabeça tanto para consumidores quanto para as companhias, pois essa tecnologia consegue imitar o rosto e a voz de uma pessoa de forma muito convincente, o que acaba sendo o suficiente para um golpista se aproveitar disso para cometer os mais diversos crimes. Para se ter uma ideia, dados da consultoria Markets and Markets estimam que o investimento em soluções para detectar essas imagens fraudulentas deverá aumentar 41,6% anualmente nos próximos cinco anos. Além disso, o mesmo levantamento aponta que os custos com as ferramentas focadas neste propósito devem ir de US$ 600 milhões, em 2024, para US$ 4 bilhões até 2029.

Dessa maneira, mesmo com tamanhas vantagens, os players devem ficar atentos e pensar em soluções para mitigar esses riscos trazidos pela aplicação criminosa da Inteligência Artificial. Em relação às deep fakes, por exemplo, é importante seguir algumas dicas como conferir a qualidade do vídeo, verificar a sincronia labial com o que se está sendo dito e, em caso de desconfiança, fazer alguma pergunta específica em que somente o verdadeiro interlocutor saberia a resposta.

Além disso, claro, sempre contar com ferramentas tecnológicas capazes de aferir a identidade correta do usuário. Um bom exemplo desse tipo de solução é a tecnologia 3DS, protocolo de autenticação para transações com cartão que é constantemente atualizado pelas bandeiras. Por meio dela,  é exigido do possível comprador uma etapa adicional de verificação do via SMS ou validações via aplicativos dos bancos. Isso inibe as ações de golpistas e ainda envia um alerta para os bancos em casos muito suspeitos.

Podemos concluir que a IA é uma tecnologia que veio para ficar, representando o futuro dos negócios ao redor do mundo. Por mais que ainda tenha algumas falhas que necessitam de ajuste urgente, não é nada impossível de ser consertado ou que então invalide as outras vantagens trazidas. Precisamos ter sempre em mente que a tecnologia anda ao nosso lado, facilitando nossa vida e possibilitando que o mercado tenha melhores resultados.

*Juan Pablo Ortega – CEO e cofundador da Yuno

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IA Generativa, busca por voz e influenciadores: o que esperar do marketing de performance ?

Publicado

em

*Salomão Araújo

Estamos acompanhando grandes mudanças nas estratégias de marketing de performance e é preciso se preparar para o novo momento do mercado e das boas práticas do marketing digital. O segmento está se preparando para uma jornada transformadora, oferecendo às empresas novas oportunidades de crescimento e inovação. Estratégias baseadas em parcerias com produtores de conteúdo crescem cada vez mais, assim como a necessidade de identificar modelos de mídia mais eficazes e sinergias entre consumidores, afiliados, anunciantes e redes de mídia em setores e verticais em crescimento.

E o mercado já demonstra otimismo maior do que em 2023: levantamento realizado pela plataforma brasileira Influency.me revelou que 68% dos 300 participantes entre influenciadores, agências, assessores e marcas, pretendem aumentar o investimento em marketing de influência em 2024. Com a adoção acelerada de IA generativa, novas formas de impacto, engajamento e interatividade emergem no mercado, e a capacidade de antecipar e se adaptar a mudanças dinâmicas torna-se fundamental. Pesquisa da The Good Strategy fez um levantamento destacando alguns números importantes para o crescimento do segmento de afiliados, apontando que o valor global do mercado de afiliados foi estimado em US$ 16,2 bilhões até o terceiro trimestre de 2023 e que este mesmo mercado deverá atingir US$ 27,78 bilhões até 2027 e US$ 38,3 bilhões até 2030.

Considerando essas projeções e mudanças esperadas é preciso estar preparado para construção de estratégias assertivas para aproveitar a boa onda. Um dos pontos de atenção será a adoção acelerada de automação e integração de IA. Aplicativos como Dall-E e Chat GPT tem ganhado cada vez mais destaque e mais de 90% dos profissionais de Marketing de Afiliados nos EUA já fazem uso da IA generativa, principalmente para criação de conteúdo, copywriting e pesquisa de mercado.

A IA continuará a se integrar à gestão diária de programas de afiliados, facilitando a correspondência entre marcas e produtores de conteúdo. Os afiliados precisarão elevar seus padrões para se manter bem posicionado em rankings orgânicos, com foco em proteger seus resultados de pesquisa. Em meio a atualizações dos algoritmos em mecanismos de busca, eles aumentam as taxas de colocação e comissões para anunciantes.

Também é esperado um aumento dos buscadores por voz. Em 2021, o relatório State of Search Brasil já demonstrava que 42% dos usuários de dispositivos mobile utilizavam tanto a  pesquisa por texto como a função de busca por voz. Para se ter uma ideia, o número de celulares conectados ultrapassa o número de habitantes no Brasil, sendo 242 milhões de aparelhos, de acordo com dados da FGV. Profissionais de marketing de afiliados precisarão otimizar estratégias para consultas de voz, priorizando palavras-chave conversacionais e conteúdo localizado para comunicar aos seus públicos de interesse com maior assertividade.

Tão potente quanto a IA e os buscadores por voz será o poder das parcerias com micro e nano influenciadores, que ganharão ainda mais destaque, oferecendo autenticidade e confiança. Parcerias com criadores de conteúdo e influenciadores crescerão  impulsionando iniciativas de conscientização de marca e descoberta de produtos, com ascensão de formatos de conteúdo em vídeo e compra direta.

Com metas de crescimento ambiciosas, veremos em 2024 um ano para testar novas automações alimentadas por IA, se aproximar de novos criadores de conteúdo e nano influenciadores, experimentar formatos de vídeo e consolidar orçamentos de marketing para manter a visibilidade e a relevância no ecossistema de afiliados.  À medida que os preços dos anúncios aumentam e sua eficácia diminui, o marketing de afiliados se mantém em ascensão, e as parcerias com produtores de conteúdo podem impulsionar o crescimento de forma mais eficiente para qualquer negócio. Ao abraçar essas tendências, as chances de se obter sucesso com o marketing de performance aumenta exponencialmente.

*Salomão Araújo –  VP Comercial da Rakuten Advertising

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