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Natasha De Caiado Castro: Bem-vindos ao universo dos Jetsons!

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Se Experience Marketing ou Marketing de Experiência é a imersão no ecossistema de um produto ou serviço, a Consumer Electronics Show (CES) que acontece em Las Vegas, nos Estados Unidos é o mais atual palco de inovação do Globo. Um grande “parquinho de diversões” de adultos. São 180 mil curiosos em busca de novidades tech lançadas pelos 4500 expositores e 250 eventos de conteúdo. Tudo em torno de inovação e disrupção.

Este ano a dobradinha de 5G e inteligência artificial foram os fios condutores, pois deles dependem as cidades, espaços e casas inteligentes, automação de carros, caminhões, barcos e submarinos, o blockchain, a realidade virtual, machine learning, IoT e todas as outras tendências futurísticas expostas.

As empresas bateram um bolão expondo seus lançamentos de forma tão orgânica que no final do dia questionamos como conseguimos atravessar a vida até hoje sem aquela solução. Outras são tão engraçadas que uma semana depois ainda questiono o propósito. Mas se o objetivo deles foi criar buzz no meu cérebro com a experimentação, então missão cumprida. Estudos daqui de Stanford mostram que 98% das experiências sensoriais são apagadas do cérebro 48 horas depois. Estas não foram!!

Gigantes como Samsung e LG que montaram nos stands casas inteligentes totalmente conectadas possibilitando que vivenciássemos as facilidades que seus lançamentos estão trazendo.

Por comando de voz, ainda no carro voltando do trabalho você avisa Alexa, Siri, Byxbi que está chegando e a casa toda “acorda”. Os sensores da garagem reconhecem o carro e dispensa o controle, a porta destranca com a sua aproximação, sua música ou programa de TV já estão ligados, temperatura da casa ajustada às suas preferências, a receita do prato do seu jantar exposto na tela da porta da sua geladeira indicando onde estão os ingredientes, já escaneados de dentro dela. O forno pré-aquecido e a sensação que os gnomos do Papai Noel estiveram ali preparando tudo. Inteligência Virtual, robótica e sensores orquestrados por machine learning em “mode on”.

Como o veículo utilizado é autônomo, você consegue no caminho limpar sua caixa de e-mails, e repassar com o assistente pessoal, acoplado ao carro, os próximos passos no trabalho que são automaticamente agendados com sua equipe, também via soluções corporativas de produção.

Carros com autonomia nível 5, leia-se totalmente controlados pela máquina, ainda são conceituais, pois a legislação está mais atrasada que as evoluções tecnológicas. Byton, Toyota, Mercedes, Nissan e todas as grandes já estão com modelos conceito; pude testar na feira. A unanimidade é que devem ser espaços flexíveis. Bancos surgem do assoalho e se configuram conforme as necessidades.

Muito interessante os espelhos mágicos com 50 ou mais funções entre personal stylist, personal trainer, doctor, dentist. Eles sugerem o look, simulam as peças do seu armário no seu avatar e baseado nas publicações de moda que você acompanha, indica onde comprar os acessórios para compor. Como apoio ao verejo, te dão opção de compra online com um clique.

O espelho te lembra de escovar os dentes. A escova conectada ao aplicativo demonstra os erros de escovação e assim as idas ao dentista diminuem. Isso somado com realidade virtual, robótica e impressoras 3D conseguem fazer procedimentos simples como limpeza, à distância.

Também diminui as visitas ao dermatologista, pois as máscaras de tratamento customizadas pelo aplicativo e a máquina de micro-pigmentação deixam a pele perfeita.
Com todas essas facilidades lançadas este ano, voltamos a ter o controle do tempo e como a medicina avançou e ganhamos pelo menos 30 anos a mais que gerações anteriores, podemos fazer uso dos wearables que geram informações diárias do seu biótipo e hábitos e te entregam para seu médico que, a qualquer mudança percebida pelos aplicativos, recebe as informações e te envia “broncas”. Privacidade não é o forte da tecnologia. Vida longa e saudável, certo?

Algo interessante percebido é o Purpose Marketing, ou marketing de propósito. O que faz sentido implantar, que deve mudar os hábitos para um mundo melhor. Bosch tem todo o sistema de cidade inteligente demonstrado no stand. Com toque, sons, luzes, cheiros, todos os sentidos sendo aguçados em prol da conscientização de um mundo mais verde. La vi controle de agentes de poluição feito pela interconexão entre carros, a geração de energia limpa através de gadgets planejados para recompensar com eletricidade os pais que enviarem os filhos às escolas, robótica devolvendo movimento, acessibilidade, movimento e dignidade.

No setor de educação, o Brasil já está testando alguns dos aparelhos do BrainCo que trabalha com Ciências Cognitivas. O objetivo é transformar o ensino básico em um ensino totalmente imersivo e experimental. Os limites são estabelecidos de forma individualizada e a avaliação passa a ser feita pelo esforço em ultrapassar os próprios limites, sem comparação com o aluno ao lado. Desta forma as potencialidades devem aflorar e serão estimuladas sem massificação. É uma fábrica de “geniozinhos” que está sendo criada.

Todas essas soluções e milhares de outras estiveram à disposição nos quatro dias de evento em que brinquei com cada uma das tecnologias, interagi com todos os produtos que tive tempo e sai com questionamentos filosóficos e antropológicos, mas esses ficam para a próxima conversa.

Natasha De Caiado Castro – Fundadora e CEO da Wish InternationalEvents Management, empresa global do ramo MICE.

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Por que a IA será a principal tecnologia de 2024?

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*Juan Pablo Ortega

A Inteligência Artificial é uma verdadeira tendência no mercado global e brasileiro, com companhias de diversos segmentos implementando-a em seus negócios e processos. Para se ter uma ideia, um estudo recente divulgado pela Microsoft e Edelman Comunicação mostra que 74% das micro, pequenas e médias empresas do Brasil já a utilizam em seus fluxos de trabalho, aumentando o investimento de 27%, em 2022, para 47%, em 2023.

Além disso, um outro levantamento, desta vez do  Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) feito em cinco países, incluindo o Brasil, mostra que a IA será a principal tecnologia de 2024. Boa parte da razão por todo esse interesse por ela é a automação de diversas tarefas, fazendo com que times de empresas de diversos segmentos sejam mais eficientes e ágeis, com maior foco no core business.

Isso é o que mostrou um estudo feito no Brasil pela Access Partnership em parceria com a Amazon Web Services. De acordo com o levantamento, 97% de todos os empregadores do país pretendem utilizar a tecnologia até 2028, acreditando que a produtividade pode crescer 66% por meio dela. Além disso, 68% dos empregados veem a automatização de tarefas como o principal benefício.

O fato é que além dessa questão das tarefas, a Inteligência Artificial permite que empresas regionais alcancem uma atuação mais global. Isso porque a tecnologia elimina a barreira de linguagem. Então, por exemplo, um player da Colômbia que criou um negócio por lá não terá mais dificuldade em se comunicar com empresas ao redor do mundo, já que a tecnologia é capaz de se expressar em diferentes idiomas.

E um dos setores bastante beneficiados pela tecnologia é o de e-commerce. Estudo da Gartner aponta que o mercado global deve movimentar, até 2030, US$16,8 bilhões graças ao impulsionamento da Inteligência Artificial (IA) nesse setor. Aqui, vale destacar que o maior benefício se dá na parte de pagamentos, já que a ferramenta é capaz de identificar certos padrões e comportamento por usuário, como produtos usualmente adquiridos, valores das transações, localidade em que são feitas, métodos mais utilizados, etc.

Assim, a experiência do consumidor nessas plataformas tende a ser mais rica, pois a empresa consegue conhecer melhor quem está comprando seus produtos e, dessa forma, fazer ofertas mais assertivas, engajar mais clientes e converter mais vendas. Além disso, justamente por saber mais do perfil do usuário, a IA é efetiva no combate a fraudes, pois consegue detectar mais facilmente quando os padrões de transação de um certo consumidor estão fora do normal.

Contudo, uma das melhores funcionalidades da IA também pode ser seu maior desafio. Hoje em dia, as chamadas “deep fake” são uma verdadeira dor de cabeça tanto para consumidores quanto para as companhias, pois essa tecnologia consegue imitar o rosto e a voz de uma pessoa de forma muito convincente, o que acaba sendo o suficiente para um golpista se aproveitar disso para cometer os mais diversos crimes. Para se ter uma ideia, dados da consultoria Markets and Markets estimam que o investimento em soluções para detectar essas imagens fraudulentas deverá aumentar 41,6% anualmente nos próximos cinco anos. Além disso, o mesmo levantamento aponta que os custos com as ferramentas focadas neste propósito devem ir de US$ 600 milhões, em 2024, para US$ 4 bilhões até 2029.

Dessa maneira, mesmo com tamanhas vantagens, os players devem ficar atentos e pensar em soluções para mitigar esses riscos trazidos pela aplicação criminosa da Inteligência Artificial. Em relação às deep fakes, por exemplo, é importante seguir algumas dicas como conferir a qualidade do vídeo, verificar a sincronia labial com o que se está sendo dito e, em caso de desconfiança, fazer alguma pergunta específica em que somente o verdadeiro interlocutor saberia a resposta.

Além disso, claro, sempre contar com ferramentas tecnológicas capazes de aferir a identidade correta do usuário. Um bom exemplo desse tipo de solução é a tecnologia 3DS, protocolo de autenticação para transações com cartão que é constantemente atualizado pelas bandeiras. Por meio dela,  é exigido do possível comprador uma etapa adicional de verificação do via SMS ou validações via aplicativos dos bancos. Isso inibe as ações de golpistas e ainda envia um alerta para os bancos em casos muito suspeitos.

Podemos concluir que a IA é uma tecnologia que veio para ficar, representando o futuro dos negócios ao redor do mundo. Por mais que ainda tenha algumas falhas que necessitam de ajuste urgente, não é nada impossível de ser consertado ou que então invalide as outras vantagens trazidas. Precisamos ter sempre em mente que a tecnologia anda ao nosso lado, facilitando nossa vida e possibilitando que o mercado tenha melhores resultados.

*Juan Pablo Ortega – CEO e cofundador da Yuno

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IA Generativa, busca por voz e influenciadores: o que esperar do marketing de performance ?

Publicado

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*Salomão Araújo

Estamos acompanhando grandes mudanças nas estratégias de marketing de performance e é preciso se preparar para o novo momento do mercado e das boas práticas do marketing digital. O segmento está se preparando para uma jornada transformadora, oferecendo às empresas novas oportunidades de crescimento e inovação. Estratégias baseadas em parcerias com produtores de conteúdo crescem cada vez mais, assim como a necessidade de identificar modelos de mídia mais eficazes e sinergias entre consumidores, afiliados, anunciantes e redes de mídia em setores e verticais em crescimento.

E o mercado já demonstra otimismo maior do que em 2023: levantamento realizado pela plataforma brasileira Influency.me revelou que 68% dos 300 participantes entre influenciadores, agências, assessores e marcas, pretendem aumentar o investimento em marketing de influência em 2024. Com a adoção acelerada de IA generativa, novas formas de impacto, engajamento e interatividade emergem no mercado, e a capacidade de antecipar e se adaptar a mudanças dinâmicas torna-se fundamental. Pesquisa da The Good Strategy fez um levantamento destacando alguns números importantes para o crescimento do segmento de afiliados, apontando que o valor global do mercado de afiliados foi estimado em US$ 16,2 bilhões até o terceiro trimestre de 2023 e que este mesmo mercado deverá atingir US$ 27,78 bilhões até 2027 e US$ 38,3 bilhões até 2030.

Considerando essas projeções e mudanças esperadas é preciso estar preparado para construção de estratégias assertivas para aproveitar a boa onda. Um dos pontos de atenção será a adoção acelerada de automação e integração de IA. Aplicativos como Dall-E e Chat GPT tem ganhado cada vez mais destaque e mais de 90% dos profissionais de Marketing de Afiliados nos EUA já fazem uso da IA generativa, principalmente para criação de conteúdo, copywriting e pesquisa de mercado.

A IA continuará a se integrar à gestão diária de programas de afiliados, facilitando a correspondência entre marcas e produtores de conteúdo. Os afiliados precisarão elevar seus padrões para se manter bem posicionado em rankings orgânicos, com foco em proteger seus resultados de pesquisa. Em meio a atualizações dos algoritmos em mecanismos de busca, eles aumentam as taxas de colocação e comissões para anunciantes.

Também é esperado um aumento dos buscadores por voz. Em 2021, o relatório State of Search Brasil já demonstrava que 42% dos usuários de dispositivos mobile utilizavam tanto a  pesquisa por texto como a função de busca por voz. Para se ter uma ideia, o número de celulares conectados ultrapassa o número de habitantes no Brasil, sendo 242 milhões de aparelhos, de acordo com dados da FGV. Profissionais de marketing de afiliados precisarão otimizar estratégias para consultas de voz, priorizando palavras-chave conversacionais e conteúdo localizado para comunicar aos seus públicos de interesse com maior assertividade.

Tão potente quanto a IA e os buscadores por voz será o poder das parcerias com micro e nano influenciadores, que ganharão ainda mais destaque, oferecendo autenticidade e confiança. Parcerias com criadores de conteúdo e influenciadores crescerão  impulsionando iniciativas de conscientização de marca e descoberta de produtos, com ascensão de formatos de conteúdo em vídeo e compra direta.

Com metas de crescimento ambiciosas, veremos em 2024 um ano para testar novas automações alimentadas por IA, se aproximar de novos criadores de conteúdo e nano influenciadores, experimentar formatos de vídeo e consolidar orçamentos de marketing para manter a visibilidade e a relevância no ecossistema de afiliados.  À medida que os preços dos anúncios aumentam e sua eficácia diminui, o marketing de afiliados se mantém em ascensão, e as parcerias com produtores de conteúdo podem impulsionar o crescimento de forma mais eficiente para qualquer negócio. Ao abraçar essas tendências, as chances de se obter sucesso com o marketing de performance aumenta exponencialmente.

*Salomão Araújo –  VP Comercial da Rakuten Advertising

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