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Vinicius Martins – Marketing e Branding: como os chatbots podem fazer a diferença?

Publicado

em

Por Vinicius Martins

Chatbots são softwares com interface baseada em diálogos que permitem que os usuários conversem com as empresas e sistemas, recebendo respostas automáticas. Eles estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano, o que é um caminho sem volta. Segundo pesquisa realizada pelo Portal Statista, o tamanho do mercado global de chatbot chegará a US$ 1,25 bilhão em 2025, um considerável aumento comparado ao valor de US$ 190,8 milhões registrados em 2016. Outro levantamento elaborado pela empresa de estatísticas comprova a sua aceitação perante ao público, já que apenas 13% dos clientes globais informaram que os chatbots “não eram eficazes” para resolver suas solicitações, enquanto 33% deles achavam que eram “muito eficazes”.

Embora o uso mais comum para a adoção de chatbots seja a otimização do atendimento ao cliente, a aplicação de chatbots na estratégia de marketing e branding pode ser uma aliada importante para o seu negócio, pois pode ajudar a atrair novos leads de forma mais qualificada, tornar os esforços de marketing mensuravelmente mais eficazes, coletar dados de mercado e saber o que o seu cliente busca. Por isso, não é exagero afirmar que, com uma boa estratégia, o chatbot pode transformar a maneira como o marketing e a gestão de branding de seu negócio são conduzidos.

Benefícios de um auxílio automatizado para a estratégia

Umas das aplicações é a nutrição de leads. Os chatbots são mais ágeis que um e-mail e mais íntimos que publicações em redes sociais. Graças a essas características, é possível estruturar uma estratégia automatizada e eficiente de geração de leads com eles. A nutrição de leads consiste não apenas em entregar conteúdos regulares às pessoas, mas fazer com que elas cheguem às mensagens corretas na hora certa. Uma boa nutrição guia e engaja um lead por uma jornada de compra até o momento da conversão. Portanto, além de volume e qualidade, é preciso que os conteúdos tenham propósito. Quando isso é feito por meio de um chatbot em um diálogo com o consumidor, é possível automatizar essa progressão de forma bem mais inteligente e maximizar a eficiência da nutrição de leads.

Outra tendência é otimizar os chatbots para maximizar as vendas online. Muitas empresas já utilizam a tecnologia para isso, permitindo que os clientes comprem online em uma interface de diálogo mais natural que as interfaces visuais mais convencionais dos e-commerces. Em um diálogo com o chatbot, o cliente pode obter todos os detalhes técnicos dos produtos ou serviços oferecidos e fazer comparações para decidir pela compra. Também é possível realizar o pagamento, via chatbot, com mais agilidade que outros sistemas de compras online.

Além disso, por ser um canal de comunicação totalmente personalizável, os chatbots podem ser programados parar registrar as preferências de compras dos clientes, comparar padrões de comportamento de outros compradores e oferecer produtos similares como recomendação. Os chatbots desenvolvidos com base em Inteligência Artificial conseguem “aprender” à medida que mais compras são realizadas, ou seja, os sistemas vão se tornando mais eficazes. Assim, eles conseguem mais dados sobre o comportamento dos usuários e refinam suas sugestões, utilizando cada interação realizada anteriormente. Não podemos esquecer de um detalhe que faz toda a diferença: os chatbots são vendedores disponíveis para tirar dúvidas de clientes 24 horas por dia, sete dias por semana.

A qualificação de leads consiste em descobrir em que momento do funil de vendas o consumidor se encontra, para saber qual o melhor caminho a seguir com ele na jornada de compra. O resultado dessa qualificação determina o que fazer com esse lead: encaminhá-lo para o setor de vendas, desqualificá-lo e não investir mais recursos nele ou simplesmente continuar trabalhando sobre ele com o marketing. Com os chatbots, é possível qualificar leads de forma automatizada e regulá-los de forma inteligente através de perguntas simples. Além disso, algumas interações ativas que partem do próprio usuário para o chatbot podem indicar que ele já está pronto para a conversão ou que deve ser desqualificado.

O primeiro atendimento vem dos bots

O atendimento ao cliente automatizado realizado pelos chatbots também pode ser uma boa ferramenta de marketing, se utilizada corretamente. Sua vantagem é oferecer respostas mais rápidas e precisas para dúvidas ou problemas simples. Assim, caso o cliente faça uma pergunta mais complexa, o software o direciona para o atendimento humano.

Outra vantagem é que os chatbots podem personalizar o atendimento, pois, além de acumularem dados de interações que podem se tornar insumos para melhorias futuras, podem ser integrados a sistemas de CRM para conhecer melhor o público e customizar o atendimento com agilidade. Vale ressaltar que um atendimento personalizado é mais valorizado pelo consumidor — além de ser mais eficiente, tendo em vista que tratará demandas e preferências com mais objetividade.

Por fim, os chatbots são excelentes para coletar o máximo de informações úteis sobre os públicos e o mercado de um produto ou serviço. A simples comunicação entre um potencial consumidor e o chatbot é capaz de gerar inputs interessantes que podem ser analisados e transformados em insights para aprimorar a estratégia de marketing. Também é possível criar formatos de diálogos que sejam propositalmente relacionados com o objetivo de coleta de dados. Com isso, os chatbots funcionam como uma espécie de ferramenta de pesquisa de mercado.

(Re)conhecimento para sua marca

Em termos de branding, os chatbots também têm muito a contribuir para que sua marca conquiste admiradores cativos. Eles podem, por exemplo, promover uma interação mais divertida com o usuário. Quando bem desenvolvidos, eles têm o potencial de dar uma nova vida à experiência do cliente, além do potencial de viralização em campanhas.

Um exemplo interessante foi realizado pelo bot usado pelo Pontofrio durante a última Semana do Cliente. Para homenagear e estreitar ainda mais a relação com os seus consumidores, a rede varejista desenvolveu uma ação com um assistente virtual que gerava frases para as pessoas que interagiam com a empresa via Facebook Messenger. Elas precisavam traduzi-las em emojis para ganhar alguns dos produtos mais buscados na internet. A ação impactou mais de 200 mil pessoas, motivando mais de 400 mil interações e gerando quase 10 milhões de mensagens no perfil do Pontofrio na rede social.

Indo mais além, os profissionais de marketing e as agências devem investigar como podem usar os chatbots para aumentar o desempenho e o alcance orgânico de anúncios e fornecer automação de marketing. Por exemplo: o Facebook permite que os anúncios do feed de notícias forneçam tráfego diretamente para o chatbot de uma marca, preparando o terreno para todos os tipos de implementações de criativos que atingem novos clientes. Ao mesmo tempo, é importante esperar — e planejar — um certo grau de satisfação ao desenvolver a personalidade e as respostas do seu chatbot.

Ações que cativam os clientes

Os usuários com experiência digital que gravitam em direção aos chatbots geralmente são motivados a testar o quão “humano” um chatbot é, comunicando-se de maneira sarcástica. As marcas que se preparam para isso criando uma persona e respostas espirituosas garantirão uma maior adoção da experiência do chatbot. Quando o Spotify é acessado, mas não há rede, o bot diz ao usuário: “Eita, estamos sem internet no momento”. Isso aproxima o cliente da sua marca e diminui a frustração por não conseguir ouvir a música naquele momento.

Embora seja uma eficiente ferramenta de conversão, muitas vezes os e-mails automáticos das marcas são rejeitados como spam. Os chatbots podem ajudar a revitalizar as comunicações ativas da marca, atuando como um parceiro interativo e um assistente do cliente prontamente disponível. Nesta função, os chatbots fornecem valor como uma ferramenta personalizada — como se assumisse o papel de um amigo divertido que acompanha o cliente nas compras.

A varejista de calçados americana DSW aproveita os chatbots tanto para acompanhar os consumidores pós-compra quanto para oferecer um “concierge de presentes” que orienta os clientes com conhecimento, ajudando-os a escolher presentes e discutindo as preferências do destinatário pretendido. À medida que as marcas ficam mais proativas em suas comunicações com o cliente como um todo — especialmente nas mídias sociais — os chatbots se tornam ainda mais bem-vindos para esse tipo de divulgação.

Essas são algumas funcionalidades que dão destaque aos chatbots na área de marketing e branding. Antes de investir na tecnologia, recomendo que profissionais de marketing e branding, bem como as agências, considerem cuidadosamente quais funcionalidades específicas serão introduzidas e quais práticas serão substituídas. Com a preparação e a mentalidade certas, os chatbots podem lidar de forma adequada com as necessidades reais de diversos negócios — fazendo desta uma tendência que realmente vale a pena adotar.

Não tenho dúvidas sobre os benefícios que o chatbot pode levar para seu negócio, mas gosto sempre de frisar que não é porque a tecnologia está disponível que todos os consumidores vão preferi-la no lugar de uma experiência humana. Embora os chatbots sejam ideais para entretenimento, respostas rápidas, simplificação de processos e fornecimento de informações confidenciais, é importante que as marcas ofereçam acesso imediato a um ser humano para obter suporte, caso haja qualquer frustração no meio do atendimento. Afinal, também faz parte da sua gestão de marca não deixar seus clientes na mão em qualquer momento.

(*) Vinicius Martins é gerente de marketing da Take, empresa pioneira no mercado mobile e desenvolvedora de chatbots

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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?

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em

*Marilyn Hahn

A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.

De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.

O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.

Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.

Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.

Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.

*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.

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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?

Publicado

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*Monique Areze

Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.

 

Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.

Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.

Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.

Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.

Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.

Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.

A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.

*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co

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