Artigos
Ricardo Corrêa – Agências resgatam o outbound marketing
Ricardo Corrêa, sócio-fundador e CEO da Ramper
Apesar do outbound marketing ser uma técnica antiga, na última década diversas agências deixaram de lado a ferramenta para focar todas as suas atenções em projetos de inbound. O recurso se popularizou principalmente no mercado publicitário pelo leque de métodos disponíveis para realizar a aquisição de leads como, por exemplo, e-mail marketing, e-books, webinars, landing pages, entre outros tipos de materiais.
No entanto, com o passar do tempo, os gestores das agências de marketing perceberam que a necessidade de ter profissionais com diferentes conhecimentos técnicos, a quantidade de materiais e recursos a serem produzidos, e o fato da concorrência usar as mesmas estratégias para chegar ao lead, faz com que o inbound demande um investimento de tempo e capital maior do que aparenta no primeiro momento. Além disso, vale ressaltar que leva-se um certo tempo para a equipe assimilar e dominar a área de negócio e nicho do cliente, o que torna ainda mais desafiadora a gestão de um projeto completo de inbound marketing.
Como o cenário atual do mercado exige inovação constante e formas diferenciadas para a geração de leads, as agências estão se rendendo cada vez mais ao modelo híbrido: que nada mais é a aliança entre inbound e outbound marketing, também conhecida como funil de vendas em Y. O modelo favorece tanto a captação de novos clientes como garante a solução dentro do portfólio de serviços.
Em meio a esse movimento, o outbound começou a ganhar destaque novamente por meio de uma nova roupagem dada pelo ex-diretor de vendas da Salesforce, Aaron Ross. As técnicas e processos aplicados por Ross geraram um salto de US$ 5 milhões para US$ 100 milhões no caixa da Salesforce, contrariando os “gurus” que afirmavam veementemente que o outbound havia morrido. A partir disso, a metodologia voltou a ganhar força, principalmente no meio das startups, e a ser mencionado em estratégias de vendas.
Diferente dos anos 90, o outbound atual é centrado na experiência da pessoa ou empresa – não na venda diretamente. Para extrair ao máximo essa nova cultura, as agências precisam investir no cold calling 2.0, método de prospecção que veio substituir a famigerada cold call. Basicamente, ele prevê primeiramente o envio de e-mail personalizado para o prospect. Caso o e-mail gere uma resposta de interesse, aí sim entra a ligação telefônica. Se não houver, o profissional segue com uma cadência de follow-ups para tentar atrair a atenção do potencial cliente prospect.
O cold calling 2.0 faz parte da metodologia Receita Previsível criada por Aaron Ross e foi testada por inúmeras empresas ao redor do mundo. A metodologia derrubou paradigmas, repaginou o outbound, virou livro e hoje é considerada a “bíblia de vendas”.
Na medida que é possível encontrar e se comunicar com tomadores de decisão das empresas por meio da internet hoje é possível fazer outbound com muito mais estratégia e menos esforço do que era no passado. Com o surgimento das tecnologias de automação, hoje as agências de marketing conseguem rodar estratégias de outbound para seus clientes com a mesma simplicidade que executam campanhas de conteúdo e de mídias digitais.
Atualmente muitas agências já contam com profissionais dedicados especialmente ao outbound. Para aquelas que ainda não possuem, é importante que concedam tempo suficiente aos profissionais envolvidos, principalmente na construção das listas de prospects. Para facilitar esse trabalho no dia a dia, o mercado dispõe atualmente de ferramentas fundamentais para automatizar esse processo e, assim, garantir a possibilidade do profissional focar suas atenções para o relacionamento e fechamento de negócios.
A verdade é que enquanto se cria base de dados, educação para o mercado e construção de autoridade por meio do inbound, com o outbound, é possível impactar diretamente os potenciais clientes.
* Ricardo Corrêa, co-fundador e CEO da Ramper, startup criadora de uma plataforma de prospecção digital de vendas B2B, que auxilia mais de 1.000 empresas a alavancarem suas vendas.
Artigos
Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
Artigos
Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co
You must be logged in to post a comment Login