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Leonardo Barci: Detalhe + Por que = diferenciais no Relacionamento com Clientes

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Vejo um par de empresas em busca do Santo Graal do resultado em vendas, por meio do Relacionamento com Clientes. Sim, relacionamento funciona, mas a primeira pergunta que costumo fazer é: “Ele está a serviço de quem? ” Às vezes me sinto frustrado quando ouço sobre as ‘boas novas’ do marketing. Termos como Big Data, Return On Investment, Growth Hacking, Startup, embora relativamente novos, tratam de saberes um tanto antigos dentro da área de comunicação. Ok, dentro de cada um deles há algo novo, mas em essência são termos e definições de algo que já está aí há algum tempo.

No dia em que escrevo este artigo, preparei para o almoço de domingo um Strogonoff Vegano. Enquanto servia à mesa, minha afilhada disse: “Este prato está especialmente delicioso. Melhor até do que da última vez”. Tive de concordar que a receita estava realmente mais saborosa. Comecei a refletir e notei pequenos detalhes, seja na escolha dos ingredientes, na quantidade ou forma de preparo que alterei levemente para me adequar ao que tinha em mãos, ou ainda na ordem e tempo de preparo.

Já que estamos falando em “pequenos detalhes”, o Ubber, 99Taxi, Cabify e outros são bons exemplos: esses aplicativos não reinventaram os meios de transporte, mas abriram novas possibilidades para a ‘infraestrutura’ existente. Há rumores de que o Google fornecerá, em um futuro breve, uma das maiores frotas mundiais de mobilidade urbana autônoma. Isso até pode acontecer, mas novamente, eles não irão produzir um novo meio de transporte, apenas utilizá-lo de uma nova forma. É óbvio que, assim como os servidores do Google são produzidos sob medida há algum tempo, também os veículos a serem produzidos para a empresa terão projeto exclusivo.

Da mesma forma, quando se fala em vendas e conversão de clientes, as empresas best in class em seus segmentos não são necessariamente aquelas que fazem as coisas totalmente diferentes ou com ‘ingredientes secretos’, mas aquelas que se atém ao básico e fazem pequenas modificações que, no final, fazem toda a diferença. Eventualmente, é apenas uma questão de alterar a ordem dos ‘ingredientes’.

Para Simon Sinek, em seu Golden Circle, o Como e o O que não são o mais importante. A resposta está no ‘Por que’ (the reason Why). O Por que você faz o que faz como empresa, empresário e profissional de marketing. Se a primeira decisão para fazer algo dentro de uma empresa for para gerar resultado para os acionistas, então pouco pode se fazer a respeito. Neste contexto, o relacionamento passa a ser um mal necessário para um fim unilateral. A ordem das palavras, neste caso, faz uma grande diferença.

Relacionamento com Clientes é a soma de todos os pequenos ingredientes que escrevi até agora, porém, organizados em uma ordem adequada. Para uma ‘boa receita’, o melhor é começar pelo:

· Por que da empresa – este por que é único, pessoal e intransferível de empresa para empresa. Naturalmente, um mesmo segmento atende necessidades específicas, mas de formas e com características diferentes. Saber o seu Por que, faz toda a diferença na hora de se relacionar com seus clientes;

· Informação – coletar, organizar, armazenar, analisar e utilizar dados são obrigatoriamente um diferencial competitivo. Por melhor que um cozinheiro seja, conhecer sobre cada um dos ingredientes que faz uma receita, a combinação entre eles, são boa parte do segredo do sucesso;

· Comunicação 3D – Digital, Direta e Diferenciada – não é preciso ir muito longe, você seria capaz de imaginar uma empresa que atenda clientes sem um e-mail? Bem, este é naturalmente apenas o começo, pois agora é a vez dos aplicativos. Até a padaria do lado de casa já oferece o Ubber-Eat. Em um mundo interconectado, quanto menos digital, menos você ‘existe’;

· Sintonia entre você (empresa) e seus clientes – lendo recentemente o livro “Growth Hacker Marketing: A Primer on the Future of PR, Marketing, and Advertising”, de Ryan Holiday, destaquei uma frase que me chamou especialmente a atenção e transcrevo em livre tradução: “Product Market Fit – é a conquista de um estado em que um produto e seus clientes estão em perfeita sincronia um com o outro. Este é o Santo Graal para todo hacker de crescimento.” Bem, despois desta definição sem mais comentários!

Leonardo Barci CEO da youDb, blogueiro da Exame.com, autor do livro “Além do Lucro – Tocando o invisível no Relacionamento Empresa-Cliente” e co-autor do livro “Mind The Gap – Porque o Relacionamento com Clientes vem antes do Marketing”

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Por que a IA será a principal tecnologia de 2024?

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*Juan Pablo Ortega

A Inteligência Artificial é uma verdadeira tendência no mercado global e brasileiro, com companhias de diversos segmentos implementando-a em seus negócios e processos. Para se ter uma ideia, um estudo recente divulgado pela Microsoft e Edelman Comunicação mostra que 74% das micro, pequenas e médias empresas do Brasil já a utilizam em seus fluxos de trabalho, aumentando o investimento de 27%, em 2022, para 47%, em 2023.

Além disso, um outro levantamento, desta vez do  Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) feito em cinco países, incluindo o Brasil, mostra que a IA será a principal tecnologia de 2024. Boa parte da razão por todo esse interesse por ela é a automação de diversas tarefas, fazendo com que times de empresas de diversos segmentos sejam mais eficientes e ágeis, com maior foco no core business.

Isso é o que mostrou um estudo feito no Brasil pela Access Partnership em parceria com a Amazon Web Services. De acordo com o levantamento, 97% de todos os empregadores do país pretendem utilizar a tecnologia até 2028, acreditando que a produtividade pode crescer 66% por meio dela. Além disso, 68% dos empregados veem a automatização de tarefas como o principal benefício.

O fato é que além dessa questão das tarefas, a Inteligência Artificial permite que empresas regionais alcancem uma atuação mais global. Isso porque a tecnologia elimina a barreira de linguagem. Então, por exemplo, um player da Colômbia que criou um negócio por lá não terá mais dificuldade em se comunicar com empresas ao redor do mundo, já que a tecnologia é capaz de se expressar em diferentes idiomas.

E um dos setores bastante beneficiados pela tecnologia é o de e-commerce. Estudo da Gartner aponta que o mercado global deve movimentar, até 2030, US$16,8 bilhões graças ao impulsionamento da Inteligência Artificial (IA) nesse setor. Aqui, vale destacar que o maior benefício se dá na parte de pagamentos, já que a ferramenta é capaz de identificar certos padrões e comportamento por usuário, como produtos usualmente adquiridos, valores das transações, localidade em que são feitas, métodos mais utilizados, etc.

Assim, a experiência do consumidor nessas plataformas tende a ser mais rica, pois a empresa consegue conhecer melhor quem está comprando seus produtos e, dessa forma, fazer ofertas mais assertivas, engajar mais clientes e converter mais vendas. Além disso, justamente por saber mais do perfil do usuário, a IA é efetiva no combate a fraudes, pois consegue detectar mais facilmente quando os padrões de transação de um certo consumidor estão fora do normal.

Contudo, uma das melhores funcionalidades da IA também pode ser seu maior desafio. Hoje em dia, as chamadas “deep fake” são uma verdadeira dor de cabeça tanto para consumidores quanto para as companhias, pois essa tecnologia consegue imitar o rosto e a voz de uma pessoa de forma muito convincente, o que acaba sendo o suficiente para um golpista se aproveitar disso para cometer os mais diversos crimes. Para se ter uma ideia, dados da consultoria Markets and Markets estimam que o investimento em soluções para detectar essas imagens fraudulentas deverá aumentar 41,6% anualmente nos próximos cinco anos. Além disso, o mesmo levantamento aponta que os custos com as ferramentas focadas neste propósito devem ir de US$ 600 milhões, em 2024, para US$ 4 bilhões até 2029.

Dessa maneira, mesmo com tamanhas vantagens, os players devem ficar atentos e pensar em soluções para mitigar esses riscos trazidos pela aplicação criminosa da Inteligência Artificial. Em relação às deep fakes, por exemplo, é importante seguir algumas dicas como conferir a qualidade do vídeo, verificar a sincronia labial com o que se está sendo dito e, em caso de desconfiança, fazer alguma pergunta específica em que somente o verdadeiro interlocutor saberia a resposta.

Além disso, claro, sempre contar com ferramentas tecnológicas capazes de aferir a identidade correta do usuário. Um bom exemplo desse tipo de solução é a tecnologia 3DS, protocolo de autenticação para transações com cartão que é constantemente atualizado pelas bandeiras. Por meio dela,  é exigido do possível comprador uma etapa adicional de verificação do via SMS ou validações via aplicativos dos bancos. Isso inibe as ações de golpistas e ainda envia um alerta para os bancos em casos muito suspeitos.

Podemos concluir que a IA é uma tecnologia que veio para ficar, representando o futuro dos negócios ao redor do mundo. Por mais que ainda tenha algumas falhas que necessitam de ajuste urgente, não é nada impossível de ser consertado ou que então invalide as outras vantagens trazidas. Precisamos ter sempre em mente que a tecnologia anda ao nosso lado, facilitando nossa vida e possibilitando que o mercado tenha melhores resultados.

*Juan Pablo Ortega – CEO e cofundador da Yuno

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IA Generativa, busca por voz e influenciadores: o que esperar do marketing de performance ?

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*Salomão Araújo

Estamos acompanhando grandes mudanças nas estratégias de marketing de performance e é preciso se preparar para o novo momento do mercado e das boas práticas do marketing digital. O segmento está se preparando para uma jornada transformadora, oferecendo às empresas novas oportunidades de crescimento e inovação. Estratégias baseadas em parcerias com produtores de conteúdo crescem cada vez mais, assim como a necessidade de identificar modelos de mídia mais eficazes e sinergias entre consumidores, afiliados, anunciantes e redes de mídia em setores e verticais em crescimento.

E o mercado já demonstra otimismo maior do que em 2023: levantamento realizado pela plataforma brasileira Influency.me revelou que 68% dos 300 participantes entre influenciadores, agências, assessores e marcas, pretendem aumentar o investimento em marketing de influência em 2024. Com a adoção acelerada de IA generativa, novas formas de impacto, engajamento e interatividade emergem no mercado, e a capacidade de antecipar e se adaptar a mudanças dinâmicas torna-se fundamental. Pesquisa da The Good Strategy fez um levantamento destacando alguns números importantes para o crescimento do segmento de afiliados, apontando que o valor global do mercado de afiliados foi estimado em US$ 16,2 bilhões até o terceiro trimestre de 2023 e que este mesmo mercado deverá atingir US$ 27,78 bilhões até 2027 e US$ 38,3 bilhões até 2030.

Considerando essas projeções e mudanças esperadas é preciso estar preparado para construção de estratégias assertivas para aproveitar a boa onda. Um dos pontos de atenção será a adoção acelerada de automação e integração de IA. Aplicativos como Dall-E e Chat GPT tem ganhado cada vez mais destaque e mais de 90% dos profissionais de Marketing de Afiliados nos EUA já fazem uso da IA generativa, principalmente para criação de conteúdo, copywriting e pesquisa de mercado.

A IA continuará a se integrar à gestão diária de programas de afiliados, facilitando a correspondência entre marcas e produtores de conteúdo. Os afiliados precisarão elevar seus padrões para se manter bem posicionado em rankings orgânicos, com foco em proteger seus resultados de pesquisa. Em meio a atualizações dos algoritmos em mecanismos de busca, eles aumentam as taxas de colocação e comissões para anunciantes.

Também é esperado um aumento dos buscadores por voz. Em 2021, o relatório State of Search Brasil já demonstrava que 42% dos usuários de dispositivos mobile utilizavam tanto a  pesquisa por texto como a função de busca por voz. Para se ter uma ideia, o número de celulares conectados ultrapassa o número de habitantes no Brasil, sendo 242 milhões de aparelhos, de acordo com dados da FGV. Profissionais de marketing de afiliados precisarão otimizar estratégias para consultas de voz, priorizando palavras-chave conversacionais e conteúdo localizado para comunicar aos seus públicos de interesse com maior assertividade.

Tão potente quanto a IA e os buscadores por voz será o poder das parcerias com micro e nano influenciadores, que ganharão ainda mais destaque, oferecendo autenticidade e confiança. Parcerias com criadores de conteúdo e influenciadores crescerão  impulsionando iniciativas de conscientização de marca e descoberta de produtos, com ascensão de formatos de conteúdo em vídeo e compra direta.

Com metas de crescimento ambiciosas, veremos em 2024 um ano para testar novas automações alimentadas por IA, se aproximar de novos criadores de conteúdo e nano influenciadores, experimentar formatos de vídeo e consolidar orçamentos de marketing para manter a visibilidade e a relevância no ecossistema de afiliados.  À medida que os preços dos anúncios aumentam e sua eficácia diminui, o marketing de afiliados se mantém em ascensão, e as parcerias com produtores de conteúdo podem impulsionar o crescimento de forma mais eficiente para qualquer negócio. Ao abraçar essas tendências, as chances de se obter sucesso com o marketing de performance aumenta exponencialmente.

*Salomão Araújo –  VP Comercial da Rakuten Advertising

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