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Erik Penna: O que Walt Disney faria se gerenciasse o seu hotel
Walter Elias Disney, conhecido por Walt Disney, foi um produtor cinematográfico, cineasta, diretor, roteirista, dublador, animador, empreendedor, filantropo e cofundador da The Walt Disney Company. Nasceu em 5 de dezembro de 1901, e nos deixou em 15 de dezembro de 1966. Em 17 de julho de 1955 inaugurou o primeiro parque temático Disney, a Disneylândia, em Anaheim, na Califórnia – EUA.
Walt Disney morreu no dia 15 de dezembro de 1966. Com isso, seu irmão e sócio Roy Disney, adiou sua aposentadoria para supervisionar a construção do Magic Kingdom, na Flórida, que foi inaugurado em 1º de outubro de 1971. Roy Disney faleceu em 20 de dezembro de 1971, menos de 3 meses após a inauguração da Walt Disney World.
Mesmo sem os 2 irmãos Disney a cultura da organização permanece viva até hoje, as ampliações e inaugurações de resort e parques continuam, novos personagens aparecem, afinal, como dizia Walt Disney, o parque nunca está concluído. Não à toa é a maior e melhor empresa de entretenimento do mundo e a marca mais amada do planeta.
Já visitei algumas vezes os parques e hotéis Disney, fiz um curso no Instituto Disney de Orlando, mas, muitas das descobertas abaixo brotaram após ler um livro sensacional de Fred Lee que aborda a administração Disney.
Então listo abaixo 5 práticas que Walt Disney faria se gerenciasse o seu hotel e que você deve implantar imediatamente no seu negócio:
1- Faça o cliente contar boas histórias sobre a sua empresa
Pesquisas apontam que o cliente se encanta e tem suas expectativas superadas quando vivencia uma história que sai do script normal de uma organização. Isso fará com que ele fale a interjeição de espanto “UAU!” e saia contando essa história para muitas outras pessoas, ou seja, multiplicando a sua empresa.
Veja o exemplo de um hotel da rede Marriot. Certa vez, um hóspede perguntou à recepcionista onde ele poderia encontrar agulha e linha para pregar um botão. Ela deu um breve sorriso e respondeu que ela mesma pregaria o botão. “UAU!”.
Outro dia, um casal estava com o filho no parque Disney esperando por um autógrafo do personagem Pluto, mas a fila demorou e eles tiveram que ir embora. A criança saiu triste e chorando. Um colaborador percebeu e perguntou o que estava acontecendo, então, o pai explicou e ele perguntou onde estavam hospedados. E, assim que a família chegou no quarto do hotel, encontrou em cima da cama um bilhete escrito pelo Pluto: “Me desculpe pelo ocorrido, está aqui o que você queria”. E finalizou com um autógrafo e o nome do garoto. “UAU!”.
2- Deixe sua equipe brilhar
Já parou para pensar quantas vezes ocorre um fato tão simples e o funcionário tem que falar com seu chefe para liberar qualquer exceção? Treine, deixe abrir exceção e autorize ele a dizer sim.
Na Disney, quantas vezes aconteceu da pipoca da criança cair no parque e, antes que os pais brigassem com ela, um colaborador se apressou e entregou uma pipoca nova para a criança?
E até no Florida Hospital, prestador de serviços de saúde para a Disney, certa vez uma família veio de longe para visitar um parente, mas chegou 15 minutos além do horário de visita. O porteiro não liberou, mas quando o senhor disse que eles haviam viajado 12 horas para aquele momento, na mesma hora abriu o portão e os deixou entrar e visitar. Ele se achou o máximo porque pode tomar a decisão, algo tão simples, mas incomum em quase todos os hospitais. O funcionário se sentiu especial em poder analisar e decidir ele mesmo pela exceção no caso do horário das visitas. Seu funcionário tem autoridade para abrir uma exceção?
Outro caso emblemático ocorreu na loja Nordstrom. Numa ocasião, uma mulher fez as compras na loja de Nova Iorque, mas, ao conferir o produto, o caixa da loja colocou 2 sapatos errados e ela só percebeu quando estava exausta no hotel. O funcionário recebeu a ligação furiosa da cliente e respondeu que em 15 minutos um motorista iria buscá-la na porta do hotel. Após 10 minutos uma limousine chegou. Ela ficou encantada e, ao invés de xingar, achou lindo, postou fotos nas redes sociais no carrão luxuoso e fez vários elogios à Nordstrom.
3- Transforme cargo em papel
Treine e implante o conceito de show no atendimento, ou seja, num espetáculo os integrantes não devem ter cargo e sim papel. A grande diferença é que, por mais chateada que a pessoa esteja em determinado dia, e isso possa influenciar negativamente sua performance naquele cargo, o papel no palco sempre será o de excelência, mesmo que seja necessário representar.
Agora, não perca tempo para treinar sua equipe se eles não são empoderados.
4- Apresente uma preleção antes de começar o dia
Conheci os bastidores da Disney, o túnel secreto e subterrâneo do Magic Kingdom e descobri que tanto no parque, como nos resorts Disney, antes de começar o dia de trabalho o líder sempre ofereça uma palavra motivada, empolgante reforçando os valores, metas, desafios e pontos relevantes daquele dia. Reúna sua equipe como um técnico antes do jogo, reforce os pontos chaves e contagie positivamente seu pessoal antes de subirem ao palco e iniciar o show.
5- Aposte e treine a empatia
Os instrutores dos manobristas no resort Disney’s Wilderness Lodge treinam o pessoal para 4 atitudes simples, a custo zero, mas que encantam inúmeros hóspedes:
1- Boas-vindas marcante com um grande sorriso;
2- Observar a placa do carro e em seguida falar algo positivo daquela cidade ou estado;
3- Movimentar as mãos e falar com as crianças no banco de trás;
4- Procurar adesivo no para-choque ou vidro e comentar algo positivo sobre um hobby ou time de futebol.
Uma vez, no hotel Mira Serra, localizado em Passa Quatro-MG, logo na entrada do estacionamento o porteiro perguntou se eu tinha reserva e qual era o meu nome. Parei o veículo e, ao chegar na porta do hotel, um funcionário se aproximou e disse: “Seja muito bem-vindo Sr. Erik Penna”. Com certeza o porteiro informou o meu nome para o funcionário e ele me surpreendeu positivamente. Algo simples, empático, marcante e à custo zero.
Ah, e lembre-se que tudo deve ocorrer sem a necessidade de o líder estar presente. Steve Brown certa vez disse que “o sucesso de um líder não é avaliado pelo o que ele pode fazer, mas pelo o que seu pessoal pode fazer sem ele”. Walt Disney é uma prova disso.
* Erik Penna é palestrante de vendas e motivação, especialista em vendas com qualificação internacional, consultor e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender”, “Motivação Nota 10”, “21 soluções para potencializar seu negócio”, “Atendimento Mágico – Como Encantar e Surpreender Clientes” e “O Dom de Motivar na Arte de Educar”. Saiba mais sobre motivação e vendas em: www.erikpenna.com.br
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Como aproveitar as trends das redes sociais para alavancar os negócios em barbearias
*Por Anderson Galdino de Lima
Nos últimos anos, o mercado de beleza masculina vem crescendo exponencialmente, com barbearias se tornando um verdadeiro fenômeno no cenário urbano. Esses espaços deixaram de ser meros pontos de corte de cabelo e barba para se tornarem lugares de promoção de experiências de cuidado e bem-estar. Nesse contexto, o marketing digital tem desempenhado um papel fundamental na forma como essas barbearias se comunicam com seu público-alvo.
Elas surgiram como um canal essencial para promover esses estabelecimentos, tornando-se verdadeiros propulsores de tendências (ou “trends”) que podem ser exploradas para alavancar os negócios.
Nesses 20 anos de atuação como cabeleireiro e 15 anos como instrutor, vivenciei uma transformação significativa nesse mercado. Se antes a propaganda boca a boca era o principal meio de divulgação, hoje Instagram, TikTok e YouTube, são fundamentais para construir uma marca forte e atraente. O marketing nas barbearias evoluiu para algo mais estratégico, focando em criar uma identidade visual e um estilo de comunicação que reflitam as necessidades e os desejos do homem moderno.
Assim, além de entender de corte de cabelo, tratamento de barba, design de barba e coloração entre outras opções de serviços, o barbeiro precisa estar pronto para gerar uma experiência única, transformando o seu espaço em um local onde o cliente se sinta acolhido e possa relaxar enquanto cuida da aparência. O marketing, então, passou a ter um papel central na criação dessa experiência, utilizando estratégias como a produção de conteúdo relevante, branding autêntico e, claro, o aproveitamento das trends para viralizar.
Com o aumento do uso das redes sociais, as barbearias encontram nessas plataformas uma oportunidade de ouro para expandir sua presença e alcançar um público cada vez maior. Ao acompanhar as trends — seja no formato de vídeos curtos, desafios virais ou novos estilos de cortes e cuidados — os profissionais conseguem se conectar de maneira mais próxima com o público, engajar novos clientes e criar uma comunidade ao redor da marca.
Desse modo, aproveitar as trends das redes sociais pode ser uma estratégia eficiente para transformar uma barbearia em um negócio bem-sucedido e badalado. Veja 5 dicas práticas que podem ajudar no sucesso das barbearias:
- Identifique as principais trends de cuidado masculino
É importante estar atento às tendências que circulam nas redes sociais relacionadas ao mundo da beleza masculina. Isso inclui novos cortes de cabelo, estilos de barba e até mesmo cuidados com a pele e produtos. Por exemplo, se um estilo específico de corte de cabelo se torna viral no TikTok, sua barbearia pode criar conteúdo mostrando como esse corte é feito, além de oferecer esse serviço de forma destacada.
- Produza conteúdo relevante e de qualidade
O conteúdo é a alma do marketing nas redes sociais. Por isso, criar vídeos, fotos e posts que ofereçam dicas e orientações práticas para os homens pode fazer uma enorme diferença. Inclua tutoriais de como manter a barba em casa, dicas de produtos para cuidar do cabelo, ou até mesmo orientações sobre como escolher o melhor estilo de corte para cada tipo de rosto.
- Use vídeos curtos e dinâmicos
Plataformas como Instagram Reels, TikTok e até mesmo YouTube Shorts têm priorizado vídeos curtos e dinâmicos. Estes são o formato ideal para capturar a atenção dos usuários em poucos segundos.
- Incentive o engajamento com o público
As redes sociais são, acima de tudo, plataformas de interação. Responder a comentários, fazer enquetes e até mesmo usar “challenges” que envolvam os seguidores é uma ótima forma de criar uma comunidade engajada ao redor da barbearia.
- Aposte em parcerias com influenciadores
O marketing de influência é uma das estratégias mais eficazes nas redes sociais. No mercado de beleza masculina, muitos influenciadores e blogueiros já se especializam em cuidados pessoais para o homem moderno. Fazer parcerias com esses influenciadores pode ser uma maneira eficiente de alcançar um novo público e fortalecer a credibilidade da barbearia.
Além de seguir as trends, produzir conteúdo com dicas de cuidados pessoais para os homens pode ser um grande diferencial para a barbearia. Homens estão cada vez mais interessados em aprender sobre cuidados com o cabelo, a pele, a barba e até mesmo o bem-estar físico e mental. Portanto, ao criar conteúdos que ensinem e eduquem sobre esses temas, sua barbearia estará se destacando da concorrência.
Ao transformar a barbearia em uma referência no cuidado masculino, não apenas no ambiente físico, mas também digital, pode significar a consolidação do espaço como um ponto de encontro e referência para homens que buscam estar sempre bem cuidados e por dentro das tendências.
Por isso, é possível assegurar que a chave para o sucesso está em estar sempre atento às novidades, produzir conteúdo autêntico e relevante, e interagir de forma ativa com a comunidade. Ao seguir essas estratégias, sua barbearia pode se transformar em um ponto de encontro badalado e desejado por homens que buscam não só cuidar da aparência, mas também vivenciar uma experiência de bem-estar e estilo.
*Anderson Galdino de Lima é um empreendedor no segmento da beleza masculina, instrutor e barbeiro profissional que vem ministrando cursos de capacitação para barbeiros desde 2008. Com uma vasta experiência na área, se tornou referência no mercado da barbearia com participações em eventos, feiras do setor e em especializações no Brasil e na América Latina. Além disso, é reconhecido com medalha de ouro pelo Conselho Nacional dos Profissionais de Beleza pelo trabalho, dedicação e empenho junto ao mercado da beleza.
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IA generativa e os novos formatos de mídia
*Bruno Campos de Oliveira
Muito se fala nos dias de hoje sobre a Inteligência Artificial (IA). Ela, contudo, faz parte da vida das pessoas há muito tempo, por vezes de forma invisível. O que vimos nos últimos anos, porém, foi uma revolução impulsionada pela IA generativa, uma vertente capaz de criar conteúdos variados: de textos, imagens, músicas e vídeos, até ambientes digitais imersivos. Essa transformação não apenas trouxe novas ferramentas criativas, mas democratizou o acesso a essas tecnologias, fazendo com que qualquer pessoa com um smartphone ou notebook possa se tornar uma criadora de mídia.
O grande divisor de águas, na minha avaliação, foi o surgimento e a popularização das IAs generativas. De modo quase instantâneo, elas passaram a desempenhar papéis que antes dependiam de habilidades técnicas complexas e de anos de estudo. A capacidade de criar textos coerentes, imagens realistas ou músicas envolventes em questão de segundos desafia o próprio conceito de autoria e cria oportunidades inéditas. Essa inovação, por enquanto, tem sido dominada por conteúdos em texto e imagem. O próximo passo, contudo, parece óbvio: a criação de novos formatos de mídia.
Do estático ao dinâmico: o próximo salto
Estamos na fase inicial da IA generativa. Textos e imagens são produzidos com uma facilidade impressionante, mas são criações que, em sua maioria, ainda podem ser consideradas estáticas. A verdadeira inovação, no entanto, será integrar a IA para criar formatos dinâmicos e interativos. Pense em vídeos gerados automaticamente que respondem ao toque, ao som ou à interação do espectador em tempo real. Ou, em jogos que se adaptam de forma contínua ao comportamento do player, modificando a narrativa com base em suas escolhas.
Um exemplo disso são os experimentos com a criação de realidades virtuais ou aumentadas, ambientes gerados pela IA em que os limites entre o físico e o digital se tornam quase indistintos. Nesses espaços, será possível não só consumir conteúdo, mas também interagir e criar experiências que antes pareciam saídas de um filme de ficção científica.
Se o campo de textos e imagens já está consolidado, penso que as próximas frentes de expansão da IA generativa são os áudios e vídeos. A criação de vozes sintéticas, que imitam perfeitamente vozes humanas, já se encontra em um estágio avançado. Isso permite que narrativas de audiolivros, podcasts ou músicas sejam geradas sem a participação de um locutor ou músico real. As possibilidades criativas são imensas: você pode imaginar, por exemplo, uma peça teatral onde os diálogos, a trilha sonora e os efeitos de som são gerados e adaptados conforme a plateia reage?
Da mesma forma, no campo do vídeo, a IA pode criar cenas em tempo real, eliminando a necessidade de filmagens tradicionais. Já existem ferramentas que simulam ambientes tridimensionais e geram vídeos a partir de simples descrições textuais, uma aplicação com potencial revolucionário para o setor audiovisual, por exemplo.
A questão central, na minha avaliação, é: no âmbito do marketing e da comunicação, como expandir essas capacidades para além dos formatos tradicionais? Uma possível resposta está na combinação de diferentes tecnologias de IA, como o machine learning e o processamento de linguagem natural, com interfaces multimodais, criando novos tipos de mídia que mesclam texto, áudio, vídeo e até interações físicas.
Imagine uma campanha interativa na qual o consumidor não apenas assiste, mas também participa ativamente da construção da narrativa. Por exemplo, um “filme vivo”, onde a trama se altera com base nas escolhas ou respostas emocionais do público. Outro exemplo, no live marketing, poderia ser a criação de experiências sensoriais em ativações, nas quais a IA cria não só o conteúdo visual e sonoro, mas também simula aromas, texturas ou temperaturas para criar uma imersão total.
Além disso, as inteligências artificiais podem ser capazes de criar conteúdo colaborativo em tempo real. Ferramentas que reúnem várias pessoas, cada uma contribuindo com suas ideias, e, com a ajuda da IA, combinam essas sugestões para gerar um produto final coletivo — seja ele um filme, uma música, ou uma campanha 100% interativa. Esse tipo de produção expandiria a criação de mídia para algo que envolve comunidades inteiras, onde o papel do criador se torna muito mais fluido.
Desafios e oportunidades
Se por um lado a IA generativa abre possibilidades criativas, também traz desafios. A autoria de obras geradas por IA é uma questão ainda em aberto: de quem é a criação? Do algoritmo, do humano que alimentou a IA, ou de ambos? Além disso, o impacto no mercado de trabalho, especialmente nas indústrias criativas, precisa ser cuidadosamente avaliado. Profissões como designers, redatores e até desenvolvedores, poderão ser transformadas ou substituídas.
No entanto, ao mesmo tempo, a IA oferece uma oportunidade única para reinventar a forma como consumimos e produzimos conteúdo. O futuro pode reservar a criação de formatos de mídia que sequer conseguimos conceber plenamente hoje, expandindo as fronteiras da publicidade, do entretenimento e de muitas outras indústrias.
A IA generativa já alterou profundamente a maneira como interagimos com o conteúdo, e sua expansão para novos formatos é apenas uma questão de tempo. O futuro da mídia está em ser moldado por uma co-criação entre humanos e máquinas, e essa jornada está apenas começando.
* Bruno Campos de Oliveira – CEO da Pixel Roads
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