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André Castilho: 5 dicas para criar histórias relevantes na Copa do Mundo

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André Castilho, roteirista e CEO da La Casa de la Madre,
produtora de filmes especializada em storytelling

A Copa do Mundo 2018 começa no dia 14 de junho, mas já está no topo dos assuntos favoritos dos brasileiros nas redes sociais. Para os patrocinadores, esse é um prato cheio para grandes produções e projeções em todas as mídias. Para as marcas que vão apenas torcer do lado de fora, é hora de pensar em como se beneficiar do evento contando histórias relevantes.

É assim que o storytelling pode propor uma jogada perfeita com um tema apaixonante para o brasileiro. É claro que o esporte em si gera cenas e contextos diversos (até mesmo óbvios), mas tente olhar mais a fundo os significados da competição. A emoção é o que move a torcida, não é?

Elencamos cinco dicas para começar já a pensar em como sua marca pode aproveitar a Copa do Mundo 2018 fora dos gramados.

 

1) Fuja dos temas óbvios

Histórias que envolvem personalidades em evidência, como Neymar e Tite, já são conhecidas e provavelmente serão usadas pelos patrocinadores oficiais. Se você é um deles, explore ao máximo os nomes que estão em evidência.

Mas, se esse não for o seu caso, que tal novas perspectivas que envolvam o tema futebol? O esporte é capaz de ativar inúmeros benefícios para quem o pratica. O sonho de um menino, ou uma menina em jogar futebol, os desafios para treinar e conciliar isso com a escola, o papel dos pais para ajudar os filhos a atingir um objetivo não só geram imagens lindas, diálogos emocionantes, como podem conectar a sua marca com milhares de espectadores que, se não possuem o mesmo sonho, se solidarizam com aqueles que o tem.

Quantas vezes você já ouviu alguém dizer: “cada dia um 7×1 diferente”? Parece que o trauma da derrota do Brasil para a Alemanha em 2014 virou expressão popular para momentos de fracasso. Esse tema pode conduzir boas histórias também. Afinal, quem nunca se arriscou, errou, reergueu-se e venceu, mesmo quatro anos depois? A vida é assim e sua audiência também. Explore temas de superação.

 

2) Diversifique as histórias

A superação é um direcionamento interessante para uma narrativa. Se existe o esforço de uma menina para se tornar jogadora de futebol, mas a grana é curta para treinar, falta apoio para o futebol feminino e ela enfrenta resistência por gostar de um esporte popular entre os homens, o envolvimento com a audiência pode ser certeiro.

Pessoas desafiadas pelo pessimismo de outras também geram enredos. Você lembra da participação da judoca Rafaela Silva durante os Jogos Olímpicos 2016? Ela é um dos bons exemplos de storytelling. Na Olimpíada de Londres 2012, a tentativa de um golpe irregular a eliminou dos jogos e quase acabou com a sua carreira. Depois de sofrer muitos comentários racistas e críticas que abalaram sua autoestima, ela se reergueu e, quatro anos depois, conquistou o ouro, emocionando o Brasil.

 

3) Personagem pode estar dentro da sua empresa

Olhe ao redor e envolva seus colaboradores nas histórias que deseja contar. Já pensou naquele mais antigo, que já trabalhava com você quando o Brasil foi campeão em 1994? Pode haver uma colaboradora que teve bebê depois de 2002 e ainda não celebrou um título ao lado do filho. Ou ainda aquela funcionária que é fã do campeonato e coleciona itens temáticos.

Por falar em empresa, fique atento para que a sua mensagem não seja diferente do que realmente acontece internamente. Afinal, de nada adianta você estimular que sua audiência desfrute da Copa do Mundo se os colaboradores não terão como assistir aos jogos do Brasil porque estarão trabalhando. Alinhe os discursos para que, em tempos de redes sociais, sua campanha não se torne um “7×1”.

 

4) A regra é clara

A Fifa tem um Programa de Proteção às Marcas (PPM) com regras sobre o uso de suas marcas. Palavras, símbolos, títulos e outros elementos relativos à Copa do Mundo da Fifa são registrados em diversos órgãos de propriedade intelectual. O PPM determina que apenas os patrocinadores possam usar termos como Fifa, Fifa World Cup, Copa do Mundo, Copa 2018 e Rússia 2018, por exemplo. Fique atento para não ter problemas depois. Aqui você tem acesso às diretrizes para o uso das marcas oficiais da Fifa para esta edição.

 

5) Qual o envolvimento de sua audiência com a Copa do Mundo 2018?

De nada adianta budgets gordos para campanhas magníficas, se você ainda não entendeu qual a relação da sua audiência com a Copa do Mundo. As pessoas podem usar as lições de um campeonato mundial de diversas maneiras. Observe o quanto o seu público está conectado com cada tema.

Algumas mães podem não estar tão interessadas na força tática do time de Tite, mas estar conectadas ao quanto a prática de esportes pode tornar seus filhos mais focados na escola. Algumas meninas podem não se identificar tanto com os jogos em si, por só haver homens em campo, mas sim com os encontros que fazem com as amigas para aquela “pelada” semanal.

Invista em pesquisas e conversas dentro dos seus próprios canais. Identifique qual a real intenção e objetivo em acompanhar a Copa. Fique por dentro do tema e seja preciso. “Audience is king, content is slave”.

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Por que a IA será a principal tecnologia de 2024?

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em

*Juan Pablo Ortega

A Inteligência Artificial é uma verdadeira tendência no mercado global e brasileiro, com companhias de diversos segmentos implementando-a em seus negócios e processos. Para se ter uma ideia, um estudo recente divulgado pela Microsoft e Edelman Comunicação mostra que 74% das micro, pequenas e médias empresas do Brasil já a utilizam em seus fluxos de trabalho, aumentando o investimento de 27%, em 2022, para 47%, em 2023.

Além disso, um outro levantamento, desta vez do  Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) feito em cinco países, incluindo o Brasil, mostra que a IA será a principal tecnologia de 2024. Boa parte da razão por todo esse interesse por ela é a automação de diversas tarefas, fazendo com que times de empresas de diversos segmentos sejam mais eficientes e ágeis, com maior foco no core business.

Isso é o que mostrou um estudo feito no Brasil pela Access Partnership em parceria com a Amazon Web Services. De acordo com o levantamento, 97% de todos os empregadores do país pretendem utilizar a tecnologia até 2028, acreditando que a produtividade pode crescer 66% por meio dela. Além disso, 68% dos empregados veem a automatização de tarefas como o principal benefício.

O fato é que além dessa questão das tarefas, a Inteligência Artificial permite que empresas regionais alcancem uma atuação mais global. Isso porque a tecnologia elimina a barreira de linguagem. Então, por exemplo, um player da Colômbia que criou um negócio por lá não terá mais dificuldade em se comunicar com empresas ao redor do mundo, já que a tecnologia é capaz de se expressar em diferentes idiomas.

E um dos setores bastante beneficiados pela tecnologia é o de e-commerce. Estudo da Gartner aponta que o mercado global deve movimentar, até 2030, US$16,8 bilhões graças ao impulsionamento da Inteligência Artificial (IA) nesse setor. Aqui, vale destacar que o maior benefício se dá na parte de pagamentos, já que a ferramenta é capaz de identificar certos padrões e comportamento por usuário, como produtos usualmente adquiridos, valores das transações, localidade em que são feitas, métodos mais utilizados, etc.

Assim, a experiência do consumidor nessas plataformas tende a ser mais rica, pois a empresa consegue conhecer melhor quem está comprando seus produtos e, dessa forma, fazer ofertas mais assertivas, engajar mais clientes e converter mais vendas. Além disso, justamente por saber mais do perfil do usuário, a IA é efetiva no combate a fraudes, pois consegue detectar mais facilmente quando os padrões de transação de um certo consumidor estão fora do normal.

Contudo, uma das melhores funcionalidades da IA também pode ser seu maior desafio. Hoje em dia, as chamadas “deep fake” são uma verdadeira dor de cabeça tanto para consumidores quanto para as companhias, pois essa tecnologia consegue imitar o rosto e a voz de uma pessoa de forma muito convincente, o que acaba sendo o suficiente para um golpista se aproveitar disso para cometer os mais diversos crimes. Para se ter uma ideia, dados da consultoria Markets and Markets estimam que o investimento em soluções para detectar essas imagens fraudulentas deverá aumentar 41,6% anualmente nos próximos cinco anos. Além disso, o mesmo levantamento aponta que os custos com as ferramentas focadas neste propósito devem ir de US$ 600 milhões, em 2024, para US$ 4 bilhões até 2029.

Dessa maneira, mesmo com tamanhas vantagens, os players devem ficar atentos e pensar em soluções para mitigar esses riscos trazidos pela aplicação criminosa da Inteligência Artificial. Em relação às deep fakes, por exemplo, é importante seguir algumas dicas como conferir a qualidade do vídeo, verificar a sincronia labial com o que se está sendo dito e, em caso de desconfiança, fazer alguma pergunta específica em que somente o verdadeiro interlocutor saberia a resposta.

Além disso, claro, sempre contar com ferramentas tecnológicas capazes de aferir a identidade correta do usuário. Um bom exemplo desse tipo de solução é a tecnologia 3DS, protocolo de autenticação para transações com cartão que é constantemente atualizado pelas bandeiras. Por meio dela,  é exigido do possível comprador uma etapa adicional de verificação do via SMS ou validações via aplicativos dos bancos. Isso inibe as ações de golpistas e ainda envia um alerta para os bancos em casos muito suspeitos.

Podemos concluir que a IA é uma tecnologia que veio para ficar, representando o futuro dos negócios ao redor do mundo. Por mais que ainda tenha algumas falhas que necessitam de ajuste urgente, não é nada impossível de ser consertado ou que então invalide as outras vantagens trazidas. Precisamos ter sempre em mente que a tecnologia anda ao nosso lado, facilitando nossa vida e possibilitando que o mercado tenha melhores resultados.

*Juan Pablo Ortega – CEO e cofundador da Yuno

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IA Generativa, busca por voz e influenciadores: o que esperar do marketing de performance ?

Publicado

em

*Salomão Araújo

Estamos acompanhando grandes mudanças nas estratégias de marketing de performance e é preciso se preparar para o novo momento do mercado e das boas práticas do marketing digital. O segmento está se preparando para uma jornada transformadora, oferecendo às empresas novas oportunidades de crescimento e inovação. Estratégias baseadas em parcerias com produtores de conteúdo crescem cada vez mais, assim como a necessidade de identificar modelos de mídia mais eficazes e sinergias entre consumidores, afiliados, anunciantes e redes de mídia em setores e verticais em crescimento.

E o mercado já demonstra otimismo maior do que em 2023: levantamento realizado pela plataforma brasileira Influency.me revelou que 68% dos 300 participantes entre influenciadores, agências, assessores e marcas, pretendem aumentar o investimento em marketing de influência em 2024. Com a adoção acelerada de IA generativa, novas formas de impacto, engajamento e interatividade emergem no mercado, e a capacidade de antecipar e se adaptar a mudanças dinâmicas torna-se fundamental. Pesquisa da The Good Strategy fez um levantamento destacando alguns números importantes para o crescimento do segmento de afiliados, apontando que o valor global do mercado de afiliados foi estimado em US$ 16,2 bilhões até o terceiro trimestre de 2023 e que este mesmo mercado deverá atingir US$ 27,78 bilhões até 2027 e US$ 38,3 bilhões até 2030.

Considerando essas projeções e mudanças esperadas é preciso estar preparado para construção de estratégias assertivas para aproveitar a boa onda. Um dos pontos de atenção será a adoção acelerada de automação e integração de IA. Aplicativos como Dall-E e Chat GPT tem ganhado cada vez mais destaque e mais de 90% dos profissionais de Marketing de Afiliados nos EUA já fazem uso da IA generativa, principalmente para criação de conteúdo, copywriting e pesquisa de mercado.

A IA continuará a se integrar à gestão diária de programas de afiliados, facilitando a correspondência entre marcas e produtores de conteúdo. Os afiliados precisarão elevar seus padrões para se manter bem posicionado em rankings orgânicos, com foco em proteger seus resultados de pesquisa. Em meio a atualizações dos algoritmos em mecanismos de busca, eles aumentam as taxas de colocação e comissões para anunciantes.

Também é esperado um aumento dos buscadores por voz. Em 2021, o relatório State of Search Brasil já demonstrava que 42% dos usuários de dispositivos mobile utilizavam tanto a  pesquisa por texto como a função de busca por voz. Para se ter uma ideia, o número de celulares conectados ultrapassa o número de habitantes no Brasil, sendo 242 milhões de aparelhos, de acordo com dados da FGV. Profissionais de marketing de afiliados precisarão otimizar estratégias para consultas de voz, priorizando palavras-chave conversacionais e conteúdo localizado para comunicar aos seus públicos de interesse com maior assertividade.

Tão potente quanto a IA e os buscadores por voz será o poder das parcerias com micro e nano influenciadores, que ganharão ainda mais destaque, oferecendo autenticidade e confiança. Parcerias com criadores de conteúdo e influenciadores crescerão  impulsionando iniciativas de conscientização de marca e descoberta de produtos, com ascensão de formatos de conteúdo em vídeo e compra direta.

Com metas de crescimento ambiciosas, veremos em 2024 um ano para testar novas automações alimentadas por IA, se aproximar de novos criadores de conteúdo e nano influenciadores, experimentar formatos de vídeo e consolidar orçamentos de marketing para manter a visibilidade e a relevância no ecossistema de afiliados.  À medida que os preços dos anúncios aumentam e sua eficácia diminui, o marketing de afiliados se mantém em ascensão, e as parcerias com produtores de conteúdo podem impulsionar o crescimento de forma mais eficiente para qualquer negócio. Ao abraçar essas tendências, as chances de se obter sucesso com o marketing de performance aumenta exponencialmente.

*Salomão Araújo –  VP Comercial da Rakuten Advertising

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