Artigos
Sulamita Mendes: Como é saber escutar no mundo digital
A maioria das pessoas sabe ou pelo menos já leu em alguma mensagem que para se comunicar adequadamente é preciso aprender a escutar. Sim, escutar sem querer responder o tempo todo. Escutar para compreender o outro e assimilar o que ele quer expressar e não já ficar bolando o que vai dizer como resposta ou interromper sem nem dar chance ao outro falar.
Pois bem, e como é isso nos dias atuais, de mídias sociais? Como posso escutar alguém se estamos em um mundo do faz de conta que está tudo bem, todo mundo é igual e pensa da mesma forma? Algumas pessoas desconhecem que vivem em uma bolha de opiniões. Exato, não conseguem perceber que nem todo mundo pensa igual ao que elas defendem. É lógico que os iguais se atraem no mundo digital e que nas redes sociais muitos somem de nossa timeline não porque deixaram de ser nossos amigos, mas porque não compartilham de mesmas opiniões e gostos e automaticamente (literalmente falando) elas começam a aparecer cada vez menos.
E o que isso tem a ver com aprender a escutar? Oras, se uma pessoa entra em nossa página e escreve algo que contradiz o que defendemos, normalmente perdemos a chance de aprender com a diferença se já saímos brigando, ou seja, não damos chance para “escutar”. Com isso, ficamos cada vez mais incapacitados para o diálogo, para o novo, para o crescimento. Não quer dizer que haja necessidade de mudança de opinião, mas não precisamos e não devemos nos fechar para o mundo e para opiniões contrárias.
Isso também se repete no ambiente físico é lógico. No passado se respeitava a opinião do outro, se conversava valorizando o diálogo e aprendendo com opiniões contrária. Hoje a pessoa sabe que sua opinião política ou sobre um filme ou qualquer outro assunto é contrário e mesmo assim, se fecha para a troca de opiniões e se fecha em defesas de suas opiniões. Na verdade, não quer a conversa, quer a briga. Muitas vezes a falta de habilidade em escutar é acompanhada de interrupções ou de expressões faciais que dizem, “não avance que não vai dar em nada, não estou te ouvindo, tenho minha opinião e pronto”.
Loucura! Loucura porque não tem como fazer de conta que a opinião contrária não existe e que é possível se fechar e só conversar com quem comunga do mesmo raciocínio, do mesmo argumento. Loucura porque cada vez mais o mundo fica pequeno a partir do momento que acontece o boicote ao novo, ao diferente. Com isso, é promovida uma comunicação de raiva, de ganha-ganha ou de perde-perde. Dia desses ouvi de uma amiga uma frase que resolvi aplicá-la em muitos momentos de minha comunicação. Preciso me comunicar com minha mente e meu coração, não posso deixar para me comunicar com o estômago. Por isso, temos que aprender novamente a escutar, quem sabe muitos conflitos resultem em crescimento e inovação.
*Sulamita Mendes é especialista em comunicação e marketing, doutoranda em psicologia social e professora do Centro Europeu (www.centroeuropeu.com.br), de Curitiba (PR)
Artigos
Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
Artigos
Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co