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Vitor Nunes – Criatividade e inovação: a fórmula da disrupção sonhada pelas marcas
*Vitor Nunes, especial para a Revista Live Marketing
O “retrôlover” ou a “newstalgia” está na moda! Não me refiro apenas às roupas e acessórios, inspirados, por exemplo, pela novela global Verão 90, mas sim às estratégias de marca que sabiamente despertaram para a oportunidade que reside na necessidade que os Millennials, antigos adolescentes, sentem hoje, na vida adulta, de rememorar as experiências vividas em uma época de poucas responsabilidades. A turnê comemorativa de Sandy&Junior é o maior exemplo que podemos citar nesse contexto. A força meteórica que moveu os fãs na saga pela compra de um ingresso foi a mesma que fez com que a Pernambucanas tenha anunciado que a emissão de cartão de crédito da rede com a bandeira ELO, patrocinadora do evento, quadruplicou no período. E não podemos deixar de fora a improvável performance do programa dominical Domingo Legal, do SBT, que trouxe de volta os quadros “Passa ou Repassa” e “Xaveco” e, com isso, venceu a rival Record no horário.
Entretanto, para os profissionais do marketing, minha maior reflexão em torno do tema está em como tudo isso, provado por seus resultados, berra uma máxima que todos podem conhecer, mas que nem sempre se lembram: a inovação que todos buscam não necessariamente significa fazer algo que nunca foi feito antes. Ela relaciona-se, muito mais com os verbos transformar, multiplicar e reverberar, atos comuns da criatividade.
Nos cases citados, fica claro que o ponto de partida foi a criação de algo novo com base em uma realidade do passado, que volta a ser vivida a partir dos padrões contemporâneos de consumo, como referências, tecnologias e até mesmo poder aquisitivo. Se no passado o sonho das fãs da Sandy era ter o tênis da sua linha, hoje a expectativa da Volkswagen, mais uma das marcas que embarcaram no projeto, é que elas desejem seu SUV que acaba de ser lançado. E haja ativação para isso!
Mas, esse não é o único caminho e é muito importante estarmos abertos para isso. O exercício da criatividade e, como consequência, da inovação, acontece (ou deve acontecer) todos os dias. Ele mora dentro de nós e começa muitas vezes em um olhar positivo para os incômodos ou questionamentos que temos em todas as esferas da vida. Podemos ir muito longe. Se a gravidade da Terra é a mesma sempre e as leis da física também, porque é que os prédios em que moramos e trabalhamos não são todos iguais? E podemos também ficar mais perto. Se a Geração Z é a próxima que dominará as relações de consumo e de trabalho, como é que me aproximo delas?
Ser criativo pode ser, por exemplo, construir uma nova visão sobre algo a partir da bagagem cultural de cada um ou da curadoria de opiniões e até mesmo de insights inesperados. A criatividade está ainda no processo de evolução de uma ideia. Nesse contexto, a inovação refere-se muito mais a uma implementação bem sucedida do que nasceu a partir da criação. Essa é a tal disrupção que as marcas buscam hoje para os seus projetos.
Elas continuam em busca daquilo que sempre estiveram: vender. O que mudou na verdade foi o como dessa história. Veja: as pessoas já ouviam música antes do Spotify e já assistiam filmes antes da Netflix. O desafio agora é que elas amem tanto essas marcas que não se lembrem como faziam isso no passado e que não queiram levar a vida longe delas no futuro. Do nosso lado, as ferramentas que usamos também continuam as mesmas: a promoção, a ativação, o evento. Trocamos a roupa e tudo passou a ser experiência. Agora, estamos diante do paradigma que é encontrar o oceano azul a ser explorado por meio das tendências que nos cercam, como os creators e os novos formatos de conteúdo. E o valor da criatividade para essa nova dinâmica é imensurável!
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co
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