Com 2022 mais próximo do que nunca, a empresa GoAd Media, lançou o relatório Marketing Insights 2022, onde analisa movimentos e tendências relativas à agenda do marketing. O projeto, que tem o oferecimento do UOL e apoio da Associação Brasileira de Anunciantes, apresenta dados e depoimentos coletados a partir de entrevistas feitas com líderes do setor entre os meses de julho e outubro de 2021.

No relatório vemos quais são os desafios para o marketing e que tendências serão estratégicas para os profissionais da área no ano que está por vir. Várias áreas estratégicas são citadas, inclusive o perfil de consumo pós-pandemia, inovação e cocriação, metaverso, creative commerce, inteligência de dados e ESG (“Ambiental, Social e Governança” na sigla em inglês). Os últimos dois temas são considerados prioritários, e neste texto nos debruçamos sobre eles.

Inteligência e privacidade de dados

A possibilidade de coleta e análise de dados de clientes e usuários abriu um novo mundo para que as empresas possam personalizar anúncios e promoções, conquistar novos mercados e implementar uma estratégia de marketing mais focada.

Assim, o marketing passou a priorizar o setor de inteligência de dados – área que continuará em alta no próximo ano. Segundo o diretor de marketing e comunicação de marca da montadora Stellantis para a América do Sul, Frederico Battaglia, “hoje, tudo é bastante mensurável, e os números precisam ser o condutor principal dos investimentos. Quanto mais inteligentes ficamos, mais eficientes somos e mais relevantes nos tornamos para o consumidor”.

Porém, como o compartilhamento de dados abre questões a respeito de privacidade, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) entrou em vigor em agosto deste ano. Isso porque internautas estão cada vez mais preocupados com o compartilhamento dos seus dados, preferindo visitar um site confiável para trabalhar ou para se divertir, evitando ser vítima de diversos cibercrimes que envolvem roubo e venda de informações. Um exemplo de ferramenta que auxilia este público é a plataforma confiável.com, que lista sites de cassino e apostas seguros e autorizados por órgãos legais, permitindo que usuários saibam quais as melhores alternativas de jogatina no mercado.

Para amadurecer a coleta e o uso estratégico dos dados respeitando a LGPD, várias empresas vêm utilizando um ecossistema cookieless. Uma iniciativa mencionada no relatório é o Clube BK, programa de fidelidade do Burger King no Brasil que atingiu 2 milhões de usuários cadastrados no início de setembro. Enquanto os usuários podem trocar pontos dentro do app, a empresa tem acesso a uma base de first-party data.

ESG

Outra área estratégica em alta que continuará trazendo tendências para 2022 é a ESG, que deverá estar presente na essência dos negócios para que seja devidamente incorporada às estratégias de marketing. Com o ESG, empresas confirmam o seu compromisso com o meio-ambiente e com a sociedade.

De acordo com Frank Pflaumer, vice-presidente de marketing da Nestlé Brasil, sua empresa enxerga o ESG “como um tema transversal na companhia, que permeia toda a empresa e que nos permite atuar na criação de negócios sustentáveis. O compromisso é com a inovação e a produção sustentável em toda a cadeia de valor, e com a comunicação legítima de nossas metas, iniciativas e ações”.

O relatório ainda cita um estudo feito pela McKinsey, que indica que as práticas de ESG podem aumentar a receita, reduzir custos, otimizar gastos de capital e investimentos, aumentar a produtividade dos funcionários e diminuir intervenções legais e regulatórias.

Duas estratégias na área de ESG para 2022 são a responsabilidade ambiental e a diversidade, inclusão e equidade. A Stellantis, por exemplo, tem como objetivos prioritários reduzir e eventualmente neutralizar as emissões de gases de efeito estufa em suas unidades industriais e na cadeia de valor. No relatório, Frederico Battaglia comenta: “No contexto do produto, além da mobilidade elétrica, o foco está na evolução dos motores a combustão para maior eficiência energética, emprego de etanol e menores emissões de CO2”.