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Felipe Malta – Marketing de experiência não precisa ser só um rostinho bonito
Felipe Malta, CEO da F/MALTA Live Marketing e Eventos
Todos os profissionais de eventos, o que inclui o Marketing de Experiência, ouvem algumas palavras recorrentes nas reuniões de briefing dos clientes, como inovação, disrupção e tecnologia. O cliente quer receber algo diferente, mas raramente isso está relacionado à estratégia, e sim ao tático-operacional.
E, infelizmente, é isso que a maioria das agências ainda oferece, um “belo embrulho”, pois é mais fácil de planejar, executar e até vender o conceito para o cliente. Não requer grandes justificativas e entrega exatamente o que foi pedido, mesmo que não gere resultados tão importantes à marca.
Vou falar com base em minha experiência à frente de uma agência, a F/Malta, e de como temos trabalhado com empenho para ter um mindset em toda a equipe para transformar esse cenário em benefício do cliente, do público e da agência. Temos como uma verdade na agência que entregar uma excelente operação é obrigação de qualquer um, mas nós precisamos ir além. Precisamos oferecer uma estratégia acima da média, que surpreenda o cliente e o púbico que será impactado, com indicadores mensuráveis efetivamente atrelados ao negócio, à marca.
É preciso utilizar muito tempo em pesquisas e conversas antes de se chegar a uma proposta. Ir a fundo na compreensão da marca, do público, do momento em que o público vai estar, no cenário mais amplo e outros fatores que possam fazer diferença entre um evento “belo embrulho” e um “belo embrulho” com resultados fantásticos. Às vezes se confunde estratégia com tática, mas fica mais claro no nosso mercado quando se busca dar um passo atrás no briefing que normalmente recebemos para: 1) compreender os objetivos do cliente (objetivos de negócio mesmo, e não do evento previamente imaginado), 2) o posicionamento desejado da marca e, 3) quais outras táticas e ações já estão em andamento ou planejadas para haver uma sinergia entre elas. Se não for feito minimamente esse processo, não há adição de estratégia ao projeto do cliente.
Para não parecer um discurso de vendedor ou de um CEO distante da realidade, vou citar dois exemplos vividos por nós.
Talvez um dos mais icônicos seja a criação da label “Lab” para o Twitter. Iniciamos com “Twitter Sports Lab” na época dos Jogos Olímpicos para agregar o espírito olímpico somado à força da plataforma junto ao consumidor final, mas já pensando também na possibilidade de ações como “Music Lab”, “Movie Lab” ou qualquer outro foco de eventos do Twitter, abrindo assim uma possibilidade real de alavancagem de retorno e mais contatos com o target. O briefing recebido era para resolver uma situação imediata, associada apenas ao esporte, mas entregamos uma solução mais ampla, que não ficou datada ou segmentada, aproveitou melhor o investimento no desenvolvimento e trouxe retornos ainda maiores do que as metas estabelecidas pela companhia.
O grande exemplo mais recente foi no Rock in Rio 2019 com a Seara Brasil. A marca não tinha o histórico de participação em festivais e eventos desse porte com contato direto com o público. O time da F/Malta enxergou essa possibilidade e ofereceu ao cliente uma solução completamente adequada e estratégica para estar em um ambiente desse tipo. Começamos uma história em Lollapalooza e seguimos com o Rock in Rio no mesmo ano.
No maior festival de música no qual o público quer curtir o momento e não ser importunado, criamos um modelo de interação para os #BaconLovers que gerou muito retorno, com alta aderência e participação das pessoas. Sem a devida estratégia e todos os cuidados, qualquer ação de experiência pode gerar um retorno negativo, com criação de detratores e não de defensores da marca. Mesmo que em um ambiente especial, o projeto teve total sinergia às demais ações do movimento em outros pontos de contato não gerenciados por nós, como influenciadores digitais e publicidade.
Mesmo que as empresas ainda procurem nas nossas entregas um “rostinho bonito” para ficar bem na foto, para levar o mercado de Marketing de Experiência para outro patamar é preciso entregar o cérebro junto. É mais complexo, mas, hoje na F/Malta já é nosso jeito de ser e não abrimos mão disso. Recomendo que os demais profissionais se preparem, estudem e arrisquem, e também trilhem esse caminho.
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co
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