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Felipe Harmel: Machine learning e seu impacto no mercado de trabalho
Quando imaginamos computadores capazes de tomar decisões, aprender a partir de dados e realizar previsões, imaginamos um futuro distante, mas a verdade é que o futuro já começou e o machine learning faz parte das nossas vidas diariamente. Graças aos algoritmos usados em aplicativos, jogos e redes sociais, as máquinas estão aprendendo a personalizar nossa experiência e, a partir disso, estão desenvolvendo também sua capacidade de assimilação e aprendizado.
De modo geral, o machine learning é uma área da ciência da computação criada a partir de pesquisas relacionadas à inteligência artificial. Se a inteligência artificial busca criar dispositivos que simulem a capacidade humana de pensar, perceber e tomar decisões com base em dados e percepções, o machine learning é a capacidade de dispositivos computacionais aprenderem a partir do cruzamento de dados, da criação de hipóteses e de seus próprios erros e acertos.
Todo campo de estudo está sendo desenvolvido a partir da utilização de algoritmos para abstrair modelos estáticos e para realizar previsões ou segmentações. A partir do algoritmo criado, a máquina será “treinada” de acordo com os parâmetros que são imputados e da quantidade de dados reunidos ao longo do processo. Ao olharmos para esse cenário, ficamos impressionados e tendemos a esquecer que, apesar do desenvolvimento da tecnologia, ainda dependemos da capacidade humana para criar, interpretar e aperfeiçoar esse campo de estudo.
Dentro da área de tecnologia, algumas profissões se destacam quando o assunto é o aprendizado das máquinas. Por ser um campo de estudos recente, inúmeros profissionais podem ser demandados para um projeto desse tipo, mas certamente, o cientista de dados é um dos protagonistas. A definição de um cientista de dados abrange um universo muito grande, mas podemos classificar como o profissional que possui um domínio estático (seria estatístico?) de computação e também conhecimento sobre o modelo do negócio para que se possa fazer melhor uso desses algoritmos para modelos de previsão e classificação.
Existem outras áreas e funções que irão experimentar um crescimento com o avanço do machine learning, como por exemplo, os profissionais que atuam com performance e resultados, retargeting (estratégia de marketing que utiliza inteligência artificial para abordar um mesmo público-alvo apresentando um mesmo produto ou serviço, mas de formas diferentes, de acordo com seus interesses) campanhas publicitárias no Google, Facebook, etc. O trabalho desses profissionais sofre influência direta dos algoritmos. O dia a dia dessas pessoas é utilizar os dados estatísticos de interação dos usuários para melhorarem o alvo de anúncios, propagandas, mensuração de campanhas. Setores que estão baseados em modelos preditivos, como previsão do tempo, bolsa de valores e institutos de estatísticas, irão se beneficiar muito com esse avanço tecnológico.
Por outro lado, funções operacionais que não demandam conhecimentos em tecnologia e programação, podem sofrer consequências negativas com o avanço do machine learning. Os progressos tendem a automatizar tarefas que não requerem muito conhecimento técnico, causando grande impacto no mercado de trabalho. Quem atua nesse tipo de função, deve buscar outras alternativas dentro de suas habilidades que possam fazer a diferença em um futuro próximo.
Ainda é difícil prever todas as aplicações e possibilidades geradas pelo machine learning. Estamos experimentando as utilidades e implicações, como, por exemplo, os “chat box”, em que muitas empresas já estão desenvolvendo essa plataforma de contato com o cliente por meio de interações via “chat” em redes sociais e dentro de seus sites, diminuindo assim substancialmente a quantidade de ligações que as áreas de atendimento costumavam receber antes dessa inovação. À medida que a tecnologia se desenvolve, ela abre novos horizontes e ganha outros objetivos. Minha dica para os profissionais de tecnologia, que já estão ligados a essa área de estudos, é que ampliem sua visão, estejam em contato com eventos que apresentam essas inovações e previsões futuristas, leiam muito, se conectem com profissionais que já estejam envolvidos com o desenvolvimento dessas tecnologias e agucem cada vez mais sua curiosidade para assim descobrir novas competências para essa novas era banhada por tecnologia.
Felipe Harmel é headhunter da Yoctoo especializado no recrutamento de T.I, formado em administração de empresas e pós-graduado em Gestão e Governança de Tecnologia.
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co
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