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O mundo é digital, mas o atendimento é humanizado

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O mundo é digital, mas o atendimento é humanizado
A era da digitalização já chegou. Enquanto há 15 anos o uso de smartphones, a forte presença em ambientes digitais e o uso de robôs ainda eram grandes novidades e, até mesmo, inimagináveis de atingir proporções tão grandes, hoje é praticamente impossível que o uso desses recursos não estejam intrínsecos no dia a dia das pessoas. Precisa de suporte? Os chatbots e voicebots são o primeiro contato. Vai realizar um pagamento? Leitura via QR Code ou o recém chegado PIX são as escolhas do momento. Toda a realidade e os movimentos sociais, hoje, são diretamente pautados com ferramentas de tecnologia e por meios on-line. Será que as máquinas e a internet realmente vieram para tomar o protagonismo humano?

Bem, antes de qualquer coisa, é importante ter em mente que tudo que foi e tem sido construído ao longo dos últimos anos foram criados por e para pessoas. Se em um primeiro momento a utilização da tecnologia trouxe muita comodidade e, até mesmo, uma certa euforia para descobrir e criar cada vez mais novas ferramentas, o debate sobre como os robôs têm substituído o capital humano tem crescido na mesma proporção. Quem nunca precisou de uma ajuda mais próxima e personalizada, alguém que realmente te escute e compreenda seu problema e, de fato, encontre a melhor solução, mas em troca recebeu apenas mensagens gravadas e textos pré-aprovados que de nada ajudavam? Enquanto em uma ponta a automação agiliza os processos, na outra o tiro pode sair pela culatra e trazer um problema maior para os seus negócios: a falta de identificação e carisma de seu cliente com a sua marca.

Para se ter uma ideia, de acordo com um levantamento realizado pela Smart Customer Service, 53% das pessoas têm receio de ligar para uma empresa e não receber um atendimento humanizado. Por isso, é neste momento que dar um passo para trás e retornar ao bom e velho atendimento humano deve ser a solução para proporcionar uma experiência próxima e empática àquele que está do outro lado. E é aí que você, colega leitor, deve estar se questionando: “devo me tornar um inimigo, então, da tecnologia?”. A resposta é não. A verdadeira questão, aqui, é sobre como usá-la como seu braço direito. O fato é que a revolução tecnológica é uma realidade que não tem mais como voltar atrás. E nem deveria! O que precisamos daqui para frente é buscar o equilíbrio.

Não à toa, termos como people marketing (marketing para pessoas, em tradução livre) e Inteligência Aumentada têm surgido no mercado. Em resumo, aqui retornamos ao velho conhecido antropocentrismo, em que a figura do ser humano e tudo que o cerca devem se manter no centro de tudo, e o repaginamos para os dias atuais. Para isso, utiliza-se dos frutos da inteligência artificial e tudo que encontramos nos recursos tecnológicos, mas desta vez com o poder de tomada de decisão puramente humana, trazendo uma série de benefícios para a empresa e para os consumidores. Segundo um levantamento da Social Miner, o uso do apelo emocional em sites e aplicativos, com uma linguagem mais empática e próxima, pode aumentar em até 20% a geração de leads.

Ainda que muito do que encontramos no mercado tenha, de uma maneira ou de outra, substituído pessoas, isso tudo vem de uma causa muito mais humana do que robótica. Por isso, busque fazer mais exercícios para enxergar o mundo com o olhar do outro e realmente compreendê-lo. Somente assim será possível encontrar as melhores estratégias para se aproximar, não só de clientes e possíveis consumidores, mas da sociedade como um todo, proporcionando experiências inteligentes, eficazes e humanizadas, independentemente do seu modelo de negócio.

* Humberto Valente é head de atendimento do Vakinha, site de vaquinhas online do Brasil.
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Tráfego pago não resolve tudo — mas mostra onde estão os gargalos

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*Fabricio Macias

No cenário atual do marketing digital, o tráfego pago surge como uma poderosa ferramenta para atrair visitantes qualificados para as páginas de uma empresa. É uma estratégia de marketing digital onde as empresas investem financeiramente em anúncios online para atrair visitantes para páginas específicas, como sites ou landing pages. As plataformas de anúncios, como Google Ads e LinkedIn Ads, são escolhidas com base nas necessidades de cada tipo de negócio. Esse modelo permite que os anúncios alcancem mais usuários de forma segmentada e estratégica.

Embora qualquer empresa possa investir em tráfego pago, é importante destacar que, para que o investimento seja eficaz, o produto ou serviço precisa já ter sido validado no mercado. Empresas que ainda não têm uma base de clientes sólida ou uma demanda comprovada podem encontrar desafios ao investir sem realizar testes prévios. Sem dúvida, o tráfego pago pode ser eficiente para a maioria das empresas, mas sua eficácia depende de vários fatores, como o segmento do negócio, a estratégia adotada e o público-alvo. Empresas que compreendem bem seu mercado e seu público tendem a ter melhores resultados.

Entretanto, antes de decidir investir em tráfego pago, é essencial considerar alguns pontos fundamentais como por exemplo, a segmentação do público-alvo, o estabelecimento de metas claras e um orçamento realista, além da escolha de uma plataforma adequada para os objetivos e público definido. E para saber se está na hora de investir em tráfego pago, a empresa deve considerar a validação do produto no mercado, ter um site ou landing page otimizado para conversões, dispor de um orçamento para testar e aprender com os dados, e avaliar a demanda e a concorrência no nicho de atuação.

Geralmente, a melhor estratégia de tráfego pago envolve campanhas constantes, com otimizações periódicas e ajustes no orçamento conforme a necessidade e a performance da campanha. Para negócios como e-commerce ou serviços recorrentes, campanhas contínuas são ideais.

Já para datas sazonais, como Black Friday, as ações específicas e pontuais podem ser mais eficazes. Ou seja, é preciso saber o que se deseja com o tráfego pago: mais vendas, gerar leads ou aumentar o reconhecimento de marca?

Após essa definição, avalia-se quanto pode investir sem comprometer o caixa da empresa. Por fim, é necessário garantir que sua equipe ou operação esteja pronta para atender ao volume de potenciais clientes que o tráfego vai gerar. Além disso, é preciso acompanhar métricas como CAC (Custo de Aquisição de Clientes)e ROI (Retorno sobre Investimento) a fim de garantir que o investimento está trazendo retorno.

Existem diversas empresas especializadas em tráfego pago, mas as empresas também podem optar por gerenciar a campanha internamente, porém, devem ter conhecimento técnico e tempo para otimizar constantemente os anúncios. Caso contrário, pode haver erros significativos na segmentação ou no orçamento, prejudicando os resultados. As agências, por sua vez, oferecem expertise e estrutura para analisar campanhas de forma precisa, evitando desperdícios e contribuindo com estratégias como remarketing e campanhas omnichannel. Além disso, erros comuns incluem falta de definição clara de objetivos, segmentação incorreta do público, falta de monitoramento regular das campanhas e orçamento mal planejado.

Por isso, a empresa precisa estar adequadamente estruturada antes de investir em tráfego pago. Não adianta direcionar tráfego para um site desatualizado, uma página confusa ou um funil de vendas inexistente. O tráfego pago amplifica o que já existe, e se a operação não estiver pronta para atender o cliente ou converter as visitas, o investimento pode ser desperdiçado. Assim, a melhor estratégia é combinar o tráfego orgânico — que envolve o trabalho contínuo de construção de marca, presença digital e criação de conteúdo — com o tráfego pago. Dessa forma, as pessoas podem chegar ao seu negócio de diferentes maneiras, seja buscando por soluções específicas, seja por meio de anúncios criativos e bem segmentados.

Nesse sentido, se você está começando, o primeiro passo é procurar profissionais ou agências certificadas nas plataformas em que deseja investir, como Google Ads, LinkedIn Ads ou Meta Ads. Caso o orçamento esteja apertado, uma alternativa é usar as plataformas de forma self-service, que oferecem tutoriais e suporte. E existem também ferramentas, como o ChatGPT, que ajudarão a criar as primeiras campanhas e testar sua eficácia. E, quando se trata de tráfego pago, a melhor prática é sempre testar e analisar tudo.

Ao contrário da mídia tradicional, onde é difícil saber o retorno de cada investimento, no digital é possível rastrear o desempenho de cada clique, conversão e custo. Assim, a melhor estratégia é estruturar bem os web analytics, colocando tags no seu site para monitorar o fluxo e a origem das conversões.

Além disso, ao utilizar o tráfego pago, é essencial adotar uma cultura de testes constantes. O digital permite testar com investimentos baixos e obter resultados rápidos e visíveis, o que facilita ajustes rápidos e eficazes.

Por fim, ao iniciar no tráfego pago, é importante ter a mentalidade de testar pequenos para acertar grandes. Não acredite em milagres ou gurus da internet, mas sim, em uma abordagem de curiosidade e aprendizado contínuo. Teste suas campanhas, rastreie os resultados e, com o tempo, você verá os benefícios desse investimento estratégico. Tráfego pago não é apenas uma tendência do marketing digital, mas uma ferramenta que, quando bem usada, pode gerar resultados reais e impulsionar o crescimento do seu negócio.

*Fabricio Macias – Co-CEO da Macfor

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Loja TikTok: oportunidade ou ameaça? O novo jogo do varejo digital

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*Juliene Nigro

A chegada do TikTok Shop ao Brasil não é apenas uma novidade para o marketing digital: pode representar uma mudança significativa na dinâmica do e-commerce e, por consequência, na economia digital do País. Ao permitir que criadores, marcas e consumidores negociem diretamente dentro do próprio app, o TikTok reduz barreiras entre conteúdo e consumo, acelerando a jornada de descoberta até a compra.

Isso tende a democratizar o acesso ao comércio digital. Pequenos empreendedores, influenciadores locais e marcas regionais podem encontrar no TikTok Shop uma vitrine poderosa, antes inacessível nos grandes mercados tradicionais. Essa descentralização tem o potencial de movimentar a economia criativa, gerar renda para criadores de conteúdo e estimular o empreendedorismo digital, especialmente entre os jovens.

Por outro lado, grandes players como Mercado Livre, Amazon e Shopee deverão se adaptar a uma nova concorrência mais dinâmica, baseada em entretenimento e influência, e menos em busca por preço ou frete. Enquanto esses marketplaces apostam em infraestrutura logística e grande sortimento, o TikTok Shop oferece algo mais emocional e impulsivo: a compra motivada por desejo, conexão com um criador ou tendência viral.

Além disso, a própria lógica de anúncios e desempenho muda: em vez de campanhas frias, o conteúdo com viés comercial se torna mais autêntico, orgânico e integrado à rotina do usuário. Isso pressionado marca a recompensarem sua abordagem: deixar de ser apenas vendedoras para se tornarem contadoras de histórias e geradoras de entretenimento com propósito.

Em termos econômicos, isso pode aquecer ainda mais o setor de comércio social, estimular a formalização de novos negócios digitais e redistribuir a atenção (e os gastos) dos consumidores para plataformas mais sociais.

Para as marcas, o desafio é claro: não basta vender um produto — é preciso construir relevância cultural. A comunicação se torna o principal motor de vendas. As campanhas precisam ser menos “campanhas” e mais conversas. A produção de conteúdo passa a ser tão estratégica quanto ao próprio portfólio. E os criadores, que hoje já são parceiros de negócios em muitos casos, tornam-se ainda mais fundamentais nessa jornada.

Em resumo, o TikTok Shop chega como um potencial de mudanças no e-commerce brasileiro, com impactos que além das telas: ele reorganiza o ecossistema digital, desafia os gigantes do varejo e oferece novas oportunidades para quem souber usar a criatividade como motor de vendas.

* Juliene Nigro – Vice-presidente de operações da Mootag

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