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Sergio Junqueira Arantes – Mundo digital redescobre a mídia impressa
Sergio Junqueira Arantes, IP, CEM*
Muitas empresas do universo dito real parecem desconhecer que uma moeda tem dois lados. Por analogia, os ambientes real e online são parte intrínseca do mundo. Não cabe achar que seja possível viver em um dos lados, sem receber a influência do outro. Princípio da intercomplementaridade.
Enquanto empresas do mundo real abandonam as mídias impressas que as ajudaram a crescer, outras do mundo online “acordaram para um formato que nunca tinham imaginado, que representa uma oportunidade imensa de estar mais presente na vida das pessoas, o das revistas impressas”.
A Rock Content, uma das mais importantes do mundo online, descobriu recentemente este caminho e lançou a revista Content. Fez uma pesquisa de hábitos de consumo de seus clientes e descobriu que revistas especializadas são a segunda fonte de informação, atrás apenas de portais de conteúdo.
Esta conclusão está em consonância com pesquisa feita pela Escola de Direito de São Paulo, da FGV, visando avaliar as instituições mais confiáveis para os brasileiros. No ranking geral, a mídia impressa está em quarto lugar, com aumento de 42% para 45% em nível de confiança. Antes das revistas, somente as Forças Armadas, a Igreja Católica e o Ministério Público.
Isso explica por que algumas das maiores fortunas do mundo, Jeff Bezos, adquiriu o Washington Post; o megainvestidor Warren Buffet investiu US$ 143 milhões na compra de 63 jornais americanos e Carlos Slim, no New York Times. A importância da mídia impressa também pode ser percebida quando milionários e bilionários gastam cerca de cinco horas e meia por semana lendo livros, revistas e jornais.
A onda que ora chega ao Brasil, com o lançamento da Content, já se mostra corriqueira no resto do mundo. A Netflix, por exemplo, está se voltando para publicação de uma revista impressa novinha, concebida como “um veículo para perseguir as afeições tentando conquistar corações e mentes, falando diretamente com seu público-alvo, buscando construir credibilidade”.
O Airnbnb deu mais um passo para entrar de vez na vida (e no coração) das pessoas, ao lançar a revista Pineapple, impressa e trimestral, que “vai combinar o lado emocional e prático das viagens, visando transmitir o sentimento de ‘pertencer’ que vem com viagens memoráveis”. Com a Pineapple, a Airnbnb busca legitimar o negócio de hospedagem – passando de um site para algo que pode ser tocado, carregado e compartilhado fisicamente.
Na mesma época, a Liberty London lançou uma revista editorial para promover sua oferta de beleza. Sobre a decisão da marca em imprimir para fidelizar, a diretora de marketing e comunicação da Liberty, afirma: “Acreditamos que a impressão ainda tem valor para o cliente – aquele momento especial em que você pode contar grandes histórias e talvez aprender algo que não sabia sobre uma marca ou um processo”. Por que não lançam edições digitais das revistas? “Porque o digital simplesmente não consegue igualar as características únicas da tinta no papel”.
*Sergio Junqueira Arantes é fundador da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; diretor da Cecomércio/SP e do MICE+T Brasil; CEO da Eventos Expo Editora; diretor do Fórum Eventos, Prêmio Caio e CEO Council; e publisher da Revista Eventos e do Portal Eventos
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co
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