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O mito da última grande ideia
*Domenico Massareto
Ansiedade individual? Medo coletivo? Conversando com colegas, alunos e ex-alunos, fica claro que o sentimento é real.
A boa notícia é que se trata apenas de um sentimento. É uma lenda.
“O que seria uma boa ideia para entrarmos no metaverso?” Percebe? Mesmo que fosse possível esgotar as ideias para um desafio, o mundo nos apresenta oportunidades inéditas e novos problemas todos os dias.
Meu problema eram as referências. No começo da carreira, quando o desafio era criar uma ideia publicitária para um cliente, eu abria um anuário de algum festival – um livro com os melhores trabalhos do mundo – para buscar inspiração. Muitas vezes o efeito era o contrário da minha expectativa. Ao invés de inspirado, eu me sentia incapaz. Desencorajado a sequer tentar começar a criar uma ideia, já que, aparentemente, todas as boas ideias já tinham sido executadas e estavam bem ali diante dos meus olhos.
O tempo me mostrou que essa sensação era, entretanto, uma distorção de percepção. Aqueles trabalhos representavam uma fração minúscula das possíveis soluções para o negócio dos meus clientes. Mas apenas depois de anos trabalhando, entendi que aquelas ideias dos livros, reconhecidas e celebradas pela indústria, eram a ponta da ponta da ponta do iceberg das possibilidades criativas.
Sua responsabilidade é com o produto final, mas seu compromisso é com o processo.
Ou como diz um amigo meu “Não é o caminho. É o passo. Preste atenção no passo. E verá a beleza do caminho.”
O processo criativo é uma jornada de investigação de possibilidades. É sobre estudar, entrevistar, testar, exercitar: passar dias, semanas ou até meses pensando sobre um determinado assunto. É sobre explorar todo o território de possibilidades, se interessar pelos detalhes, conhecer e se apaixonar pelas pessoas envolvidas na questão para a qual estamos criando ideias.
Mas isso é garantia de uma ideia tão boa quanto aquelas premiadas dos livros? Melhor que isso: é a garantia de uma ideia sua. Aquela ideia que só você, com seu olhar e sua vivência, poderia criar.
Então como lidar com essa ansiedade imposta pelo mito da última grande ideia?
Dica #1: Pense como um atleta. O registro geralmente é da vitória, da partida final, do podium, da celebração, mas o dia a dia de um atleta é o treino. A repetição. Foco na coordenação motora e no condicionamento físico. Faça a mesma coisa. Quebre o problema em problemas menores e exercite soluções parciais.
Dica #2: Não pense demais. O fazer também pensa. Não subestime o poder exploratório da ação. O cérebro move nosso corpo, mas nosso corpo também move nosso cérebro.
Dica #3: Confie no processo. Seguindo as duas dicas anteriores, eu garanto que você vai chegar numa ideia. Caso não aconteça, antes de duvidar da sua capacidade, reveja o que esteja tentando resolver. Talvez o problema não esteja na resposta, mas na pergunta.
Acreditar que todas as boas ideias já foram criadas é o mesmo que acreditar que toda evolução que a humanidade poderia fazer, já foi feita. Sabemos que não é verdade.
O compromisso com o processo, com o caminho, é tanto uma jornada de descoberta criativa quanto é uma jornada de autoconhecimento: a descoberta dos seus próprios padrões cognitivos e das questões que você considera interessantes e relevantes. O compromisso com essa caminhada irá trazer novas ideias, suas, ao mundo e também uma nova versão de você para você mesmo.
*Domenico Massareto – CCO da Publicis
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co