Conecte-se com a LIVE MARKETING

Artigos

João Carlos Marchesan: Vamos sobreviver e crescer

Publicado

em

A ABIMAQ completa esse ano 80 anos de atividade ininterrupta na defesa do setor de bens de capital mecânicos. Surgimos em 1937 e seguimos firmes e fortes em nossos propósitos, independentemente do cenário favorável ou desfavorável que nos era apresentado.

Vivemos momentos ruins e momentos bons, crises econômicas e euforia financeira. Enfrentamos e atravessamos inflação de quase 100% ao mês, chegando a 2.477%, em 1993, e sobrevivemos a todos os planos econômicos que antecederam à atual crise econômica, política e financeira.

Depois de mais de 20 anos esquecemos que trocamos 2750 cruzeiros por 1 real em 1º de julho de 1994, quando o Brasil acordava com o nascimento de uma nova moeda. O real “vinha ao mundo” com a promessa de enterrar os anos de inflação corrosiva e de instituir a estabilidade econômica no país. Os bancos abriram mais cedo e um exército de 650 mil funcionários aguardaram a população, nas 15 mil agências da época, para fazer a troca da moeda.

E sobrevivemos. A ABIMAQ esteve sempre firme e forte lutando pelos interesses dos seus associados. Ao longo da história, o Brasil bateu recordes de tentativas de estabilização. Desde 1986 foram sete planos econômicos, registrando média de um a cada 14 meses e permanecemos na luta.

Antes disso tivemos um período de expansão da indústria e crescimento da economia, vivemos a construção da Constituinte e a transição para as eleições diretas e abertura democrática. De uma forma ou de outra encontramos nosso espaço e defendemos nossas premissas, nossos valores.

Agora não será diferente. Com todas as instabilidades momentâneas, o Brasil tem demonstrado que suas instituições são suficientemente fortes para absorver os choques daí decorrentes, o que é um importante sinal de maturidade política e democrática. E a ABIMAQ continuará em sua postura, defendendo a observância das regras constitucionais que preveem soluções legais para as mais diversas circunstâncias com conduta, ética e moral. Nestes momentos a obediência às normas legais, sem querer mudar as regras do jogo no meio dele, permite absorver as mudanças sem afetar, sobremaneira, a vida econômica e social.

A continuidade das reformas em andamento no Congresso não deveria depender de quem ocupa, transitoriamente, a principal cadeira do Palácio do Planalto. As reformas devem ter o respaldo, mais do que de deputados e senadores, da grande maioria da sociedade brasileira. E nesse sentido, temos feito o nosso papel, insistindo na manutenção das instituições, no respeito à Constituição e à democracia.

E usando, sempre que necessário, de instrumentos jurídicos para garantir os direitos da nossa comunidade. Um exemplo é a quantidade de ações e mandatos de segurança que temos impetrado no sentido de garantir os nossos direitos, sem contar as inúmeras coalizões, plantões na porta de secretarias e ministérios, além do fomento de ações por meio da nossa Frente Parlamentar.

Explicações detalhadas a formadores de opinião e visitas periódicas às redações dos grandes jornais tem garantido uma presença massiva na grande mídia, expondo não só os nossos grandes problemas como também os riscos que correremos com a não priorização do nosso setor, falando da exportação de empregos, divisas e outras questões que nos impedem a realização dos negócios e manutenção da nossa participação no PIB.

Temos ainda nos posicionado publicamente a favor das reformas, independente de quem esteja no comando da Nação. Sabemos que temos que ir além do discurso único do ajuste fiscal, pois as experiências disponíveis mostram que, isoladamente, não leva o país ao crescimento. A imediata adoção de medidas que, sem conflitar com o saneamento das contas públicas, efetivamente permitam a retomada da economia ajudaria muito a criar um ambiente favorável às reformas.

Para tanto, um programa realista, desenhado para as atuais condições de crise, que facilite o refinanciamento das dívidas fiscais das empresas é essencial, tanto quanto o restabelecimento de linhas de crédito, hoje inexistentes na prática, e uma forte queda dos juros de mercado por meio da eliminação da cunha fiscal, com incentivos à concorrência bancária e com o Bacen reduzindo a remuneração do dinheiro ocioso dos bancos. Apoiamos também a reforma política e atuamos fortemente junto ao BNDES para melhoria das suas linhas de financiamento.

Administrar o câmbio, não para apreciar o real e sim para levá-lo a um nível que permita às empresas brasileiras competir aqui e lá fora, é essencial para criar condições para o setor privado reconstituir margens e retomar investimentos. Isto é perfeitamente possível de ser feito, neste momento, em que a inflação aponta para ficar abaixo da meta.

Independente de qualquer situação política e/ou econômica, nós vamos continuar batendo em todas essas teclas, dando demonstração de que esse é um momento delicado, mas com a união de todos, será superado. E nós estaremos aqui durante e após essa travessia. Contem conosco porque nós contamos com vocês. Somos todos uma única comunidade trabalhando a favor do Brasil e dos brasileiros.

 

* João Carlos Marchesan é presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ / SINDIMAQ

Continue lendo

Artigos

Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?

Publicado

em

*Monique Areze

Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.

 

Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.

Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.

Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.

Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.

Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.

Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.

A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.

*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co

Continue lendo

Artigos

A Influência dos eventos esportivos na liderança executiva: a paixão pelo esporte como motor de impacto

Publicado

em

*Denis Tassitano

O esporte sempre exerceu uma influência significativa na sociedade, ultrapassando barreiras culturais, linguísticas e econômicas. Além de sua capacidade de entreter, tem o poder de moldar lideranças, inspirar valores e promover a inovação.

Quando penso na prática esportiva, especialmente em contextos competitivos, vejo como ela ensina lições valiosas que vão além das quadras e campos. Disciplina, resiliência, trabalho em equipe e tomada de decisões rápidas são apenas algumas das habilidades que podemos levar para o mundo dos negócios. Embora esporte e mundo corporativo possam parecer mundos distintos, há uma conexão poderosa entre o desempenho em um e a liderança no outro.

Um estudo da Harvard Business Review revelou que líderes que praticam exercícios regularmente têm maior capacidade de liderança, especialmente em situações de pressão. Eles desenvolvem uma maior resiliência, tomando decisões difíceis com mais confiança e menos estresse. A pesquisa ressalta que a prática esportiva não só promove a saúde física e mental, mas também impacta diretamente o desempenho profissional, evidenciando como o engajamento pode fortalecer a eficiência na liderança.

No entanto, não é apenas a parte técnica que faz a diferença. A influência do meu pai me transmitiu soft skills essenciais. Aprendi a importância de lutar até o fim, a criatividade para arriscar sem medo de errar e a dedicação de trabalhar duro pelo bem do time, sempre mantendo lealdade, ética e um bom humor que ajuda a manter o ambiente leve, mas competitivo.

Um dos meus livros de cabeceira sobre liderança é “11 Rings: The Soul of Success” do ex-técnico Phil Jackson, multicampeão pelo Lakers e Chicago Bulls. Também sou fã dos ensinamentos de Jürgen Klopp, que liderou equipes como Liverpool e Borussia Dortmund. Esses exemplos ilustram como princípios de competição se aplicam à liderança. Tanto no ambiente competitivo quanto na vida, lidar com pessoas e diversidade é fundamental, e poucos contextos são tão heterogêneos quanto uma equipe de basquete ou futebol. Essas experiências ensinam a valorizar as diferenças e a trabalhar em conjunto para alcançar objetivos comuns.

Cada vez mais, é evidente que a melhor maneira de conectar pessoas é por meio de experiências compartilhadas. O esporte tem esse poder de oferecer vivências únicas, combinando o lúdico, a paixão e a diversão com uma série de outras emoções que nos unem como seres humanos, especialmente em culturas como a latino-americana, movidas por sentimentos intensos.

Hoje, as competições esportivas ultrapassam o simples caráter competitivo e se transformam em polos de entretenimento, onde o networking floresce em um ambiente de diversão e exclusividade. Esses eventos criam laços que vão além do escritório, oferecendo acesso a experiências premium e exclusivas.

Uma das maiores lições que aprendi nesse universo é a importância do equilíbrio. Muitos atletas de alta performance enfrentam dificuldades para encontrar estabilidade após suas carreiras, o que destaca a necessidade de buscar atividades externas que promovam saúde e bem-estar, também no ambiente empresarial. Reconhecer a importância de equilibrar a vida profissional com práticas que nutrem o corpo e a mente é fundamental para um desempenho sustentável e uma vida plena.

Faço um chamado a outros líderes que ainda não exploraram a influência das atividades esportivas em sua liderança e networking: mergulhem nessa paixão. Elas não só fortalecem habilidades de liderança, mas também oferecem um caminho para conexões genuínas e duradouras. Reflitam sobre como os valores esportivos podem inspirar uma liderança mais eficaz e transformadora. Essa paixão pode ser o motor que impulsiona sua carreira e a transforma em algo verdadeiramente impactante.

Denis Tassitano – Cofundador da Best In Black e vice-presidente da SAP Concur.

Continue lendo