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Quais são os efeitos e oportunidades da IA no marketing digital?
*João Brognoli
A tecnologia sempre foi uma grande facilitadora em nossas tarefas corporativas diárias. Inegavelmente, a bola da vez é a Inteligência Artificial. Conhecida por executar tarefas automatizadas com padrões previamente estabelecidos por humanos, hoje ela está nos planos da maioria das empresas. Pesquisa recente da consultoria global Deloitte, feita com 501 companhias brasileiras, não me deixa mentir. Segundo o levantamento, 70% das empresas irão investir em IA neste ano, sendo que 20% já utilizam os recursos dela no seu cotidiano.
Como um dos setores que mais cresce atualmente, o marketing digital é uma das áreas que tem intensificado o uso da IA, visando a potencialização do alcance e efetividade de suas estratégias. E quem apostou nela já está colhendo os frutos. De acordo com o estudo global realizado pela Harvard Business Review, essas corporações – que podem ser consideradas pioneiras – conseguiram aumentar os leads em mais de 50% nas campanhas após o seu uso.
Isso acontece porque, aliada à expertise humana, a IA acaba por facilitar e trazer assertividade a uma série de estratégias relacionadas ao marketing digital. Mais do que isso, a sua adoção no cotidiano permite ainda que os colaboradores passem a dedicar o tempo e esforço a funções muito mais estratégicas para a corporação, enquanto os trabalhos repetitivos e de pouca exigência inspiracional passam a ser executados pela ferramenta.
No entanto, é preciso deixar claro que o potencial dessas ferramentas vai muito além de um mero mecanismo de repetições de padrões. Hoje, o impacto da IA é tamanho que a sua influência já atinge até mesmo o planejamento de campanhas digitais.
Nesse sentido, uma de suas atribuições mais interessantes é a possibilidade de criação de anúncios personalizados. Com base nos seus algoritmos, a IA interpreta os resultados e ajusta automaticamente os gastos, a segmentação de público e as estratégias de lances, maximizando o retorno sobre o investimento (ROI). Tudo isso traz assertividade para a campanha, uma vez que a personalização dos anúncios tende a acompanhar os interesses e históricos coletados durante a navegação do potencial do consumidor.
Vale dizer ainda que todo esse acúmulo de informações pelas ferramentas contribui ainda para que as empresas consigam antever tendências e oportunidades de mercado. Isso porque além da coleta, a IA consegue avaliar esses dados com o objetivo de identificar padrões e tendências emergentes, permitindo que as companhias se adaptem e se antecipem às mudanças do mercado.
Outro ponto fundamental trazido pelo fortalecimento e popularização do machine learning é a própria produção de conteúdo. Por exemplo, no ChatGPT, o usuário tem acesso a uma estratégia de produção competente e rápida gerada a partir de uma base de dados sólida por meio de poucos comandos.
Assim, a ferramenta hoje já pode ser considerada um instrumento importante desde a criação de conteúdo para mídias sociais até ao uso conversacional dentro do suporte ao cliente e no auxílio da análise de dados mais detalhados. Vale o alerta, no entanto, que o seu uso deve estar restrito ao começo do projeto, como uma base de insights iniciais que ajudem na condução do trabalho de redatores, profissionais de mídia social e demais criadores de conteúdos. Até porque o expertise humano ainda é fundamental para trazer aspectos únicos e originais para a criação.
Hoje já não há dúvidas de que a IA será essencial para potencializar as campanhas de marketing digital, tornando-as ainda mais poderosas e assertivas. A questão é que quanto mais rápido ficar claro para os profissionais que essa relação é inevitável, mais rápida será a adaptação deles. E, sem dúvida, havendo esse entendimento o maior beneficiado será a área como um todo.
*João Brognoli – CEO e fundador do Grupo Duo&Co, holding focada na prospecção de novos negócios em comunicação e marketing.
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co