Conecte-se com a LIVE MARKETING

Artigos

André Dylewski – Mídia programática e inteligência artificial: a dupla infalível da publicidade digital

Publicado

em

Por André Dylewski, country manager da RTB House no Brasil
O mercado de mídia programática ganha relevância no Brasil, com um crescimento de 74% em receita nos últimos anos, e junto com ele decolam também os investimentos em tecnologia

Em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas se desdobram para automatizar o máximo possível de atividades. É o caso das áreas de mídia, no que diz respeito à compra e venda de publicidade online. Diferentemente das campanhas tradicionais, a negociação programática é feita diretamente via software, em leilões que acontecem em tempo real e com parâmetros de oferta e procura bem detalhados, o que possibilita campanhas com foco real em performance e no aumento mensurável nas vendas. Não por acaso, esse formato de compra de espaços publicitários vem ganhando força no mercado brasileiro, com um crescimento de 74% em receita entre os anos de 2016 e 2017, de acordo com o Interactive Advertising Bureau – IAB Brasil.

Um dos ingredientes chave dessa automação é a Inteligência Artificial (IA), seja machine learning ou o mais recente deep learning, que hoje alimentam a transformação da indústria publicitária e de anúncios. Um dos motivos é que os seres humanos são incapazes de gerenciar em escala a grande quantidade de dados envolvidos em cada uma dessas negociações. Além disso, ao terceirizar a operacionalização das negociações, o profissional de marketing tem mais tempo para o pensamento estratégico e criativo dessas ações.

Mas a IA possibilita muito mais do que economia de tempo ou gerenciamento preciso de dados. Os algoritmos de inteligência artificial vão impulsionar o mercado de mídia programática em três frentes:

Potencializar a tomada de decisões

O desenvolvimento de algoritmos de IA deve estar no centro de qualquer empresa de tecnologia de anúncios que deseje oferecer os melhores resultados para marcas e agências. Por meio da interpretação eficiente de dados de custo, segmentação e perfil de público, por exemplo, os algoritmos podem capacitar anunciantes a melhorar exponencialmente a performance de suas campanhas.

Nesse contexto, o deep learning, um subcampo da IA que simula os padrões de tomada de decisão do cérebro humano – capaz de processar milhares de dados em poucos milissegundos e perceber pequenas nuances, potencializa significativamente o poder de análise e interpretação dos dados das campanhas. Ao contrário do machine learning, esses algoritmos inteligentes estão constantemente aprendendo novos padrões de forma autônoma, sem intervenção externa / humana, por isso são capazes de modificar ou personalizar suas próprias ações por meio de “experiências aprendidas”.

Emoção que leva às compras

A decisão de um consumidor por adquirir um determinado produto não acontece apenas racionalmente, é também influenciada pelas áreas primárias do cérebro, o que significa que somos naturalmente estimulados a reagir ao apelo visual dos anúncios ou às emoções causadas por eles. Mas se traduzir as reações humanas para uma linguagem interpretável pela máquina já não é uma tarefa fácil, imagine só fazer isso considerando todos os elementos visuais que compõem os criativos.

Por conta disso, a inteligência artificial causará grande impacto na indústria de anúncios programáticos nos próximos anos à medida que for aplicada a técnicas de pesquisa visual. Até 2021, as marcas que investirem no redesenho de seus sites para apoiar essa prática terão um crescimento de 30% das receitas, segundo dados do Gartner. Isso porque, a partir da interpretação inteligível das imagens, os algoritmos de IA podem potencializar a dinâmica de personalização dos banners a níveis jamais vistos, otimizando o processo de “sedução” e convencimento do usuário e, consequentemente, os índices de conversão.

Predição 4.0

Por meio de cálculos preditivos, os algoritmos formam um conjunto de atributos e padrões que representam os interesses e as necessidades de cada usuário. Eles avaliam o histórico dos anúncios que afetaram o consumidor recentemente, como ele interagiu, o contexto do impacto, o conteúdo visitado no site e, principalmente, os itens que foram pesquisados ou comprados. Todos esses insumos influenciam nas decisões da IA sobre o potencial de compra de casa usuário e como impactá-lo da melhor forma para garantir a conversão.

Por isso, um dos maiores desafios para as empresas do setor ao implementar IA no seu negócio, seja machine learning ou deep learning, é identificar as variáveis necessárias para criar esses novos padrões, além de ajustar e treinar os algoritmos corretamente para gerar os melhores resultados.

A tecnologia está conduzindo o processo de compra de espaços publicitários para outro patamar de eficiência, personalização e resultados. O futuro dos anúncios online pertence aos algoritmos de IA, e este futuro já está acontecendo. Basta escolher o parceiro ideal para conduzir sua estratégia e atingir os melhores desempenhos de receita.

Continue lendo
Clique para comentar

You must be logged in to post a comment Login

Deixe uma resposta

Artigos

Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?

Publicado

em

*Marilyn Hahn

A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.

De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.

O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.

Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.

Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.

Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.

*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.

Continue lendo

Artigos

Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?

Publicado

em

*Monique Areze

Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.

 

Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.

Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.

Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.

Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.

Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.

Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.

A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.

*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co

Continue lendo