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Fernanda Negrini – Por que o conteúdo em formato nativo se tornou ferramenta essencial para o marketing?
Fernanda Negrini, Gerente de Marketing da Outbrain
Não somente o conteúdo, mas também, sua distribuição, contexto e segmentação são os principais fatores de sucesso para engajar o usuário e gerar performance para a marca
“A popularização da internet mudou drasticamente a maneira como as pessoas criam, consomem e compartilham informação. Neste novo cenário, quando o usuário se encontra no modo de leitura, o que ele menos deseja é ser interrompido e, por isso, sua atenção fica completamente concentrada no conteúdo”, afirma Fernanda Negrini, gerente de marketing da Outbrain Brasil. É por esta razão que os formatos tradicionais de publicidade, como a mídia display, foram perdendo a performance que tinham antes e o conteúdo, por sua vez, ganhando protagonismo.
Apesar de o conteúdo ser fator determinante nas campanhas de marketing, nem sempre foi assim e, ainda, ele por si só não é responsável pelo bom desempenho da campanha. Segundo Fernanda Negrini, além do conteúdo, a distribuição, contexto e segmentação são os principais fatores de sucesso para quem quer engajar o usuário e gerar performance para a marca. “Além das mudanças na forma como os usuários consomem conteúdo, fenômenos como os adblockers também aceleraram esse processo de transformação do marketing. Com a circulação do conteúdo ganhando outra escala, as marcas precisaram encontrar uma nova maneira de estar presente nesta nova agenda social”, explica.
Neste contexto, empresas e organizações tiveram que reinventar seus planejamentos de comunicação para surfar na onda de sucesso do conteúdo. No entanto, junto ao nascimento do marketing de conteúdo, surgiu a questão de como mensurar os resultados e otimizá-los. “Comentários, compartilhamentos, curtidas e cliques são todos medidas superficiais de engajamento e, ao focar apenas em números isolados, fica impossível entender o poder do conteúdo e seu impacto em todas as frentes de comunicação”, diz Fernanda, ressaltando que a avaliação pós clique é muito mais profunda e traz muitos insights sobre a audiência e os assuntos de interesse relevantes para ela “Nesse quesito, é preciso avaliar quanto tempo o usuário ficou no seu site; quantas páginas visitou; se participou de alguma ação dentro daquele ambiente; se fez alguma aquisição; se compartilhou algum conteúdo positivo sobre sua marca”, pondera.
Além disso, outra tentação de algumas empresas foi direcionar a produção de conteúdo para plataformas sociais sob as quais elas não possuem autonomia. “Houve uma concentração de esforços em construir uma grande comunidade em torno das propriedades sociais das marcas, mas não foi levado em consideração a vulnerabilidade e a dependência que essa estratégia representava, pois diante da mudança dos algoritmos destas empresas, os anunciantes foram negativamente impactados uma vez que a entrega das mensagens de marcas perdeu relevância em detrimento dos conteúdos orgânicos do feed”. Uma pesquisa feita pela GlobalWebIndex em 2017 aponta que em média, cada pessoa possui sete perfis sociais, pois o usuário se comporta de forma diferente em cada uma delas para poder pertencer àquela comunidade. Para Fernanda, esse é o grande risco, pois os usuários nem sempre querem expor seus interesses nessas redes. “Com qual persona a marca está falando?”.
Por outro lado, Fernanda afirma que é importante diversificar as vias de acesso até a marca, já que 1/3 do conteúdo consumido enquanto o leitor navega não foi planejado. Por exemplo: ao ler um artigo em um site, ele pode descobrir algo interessante e clicar nesse link, que leva ao outro, e a outro e de repente, apresentam-se conteúdos que ele nem imaginava consumir inicialmente. “Criar conteúdo informativo sobre a empresa ou produto e distribuí-lo nos canais onde o usuário dedica atenção plena ao consumo, viabiliza uma descoberta e ainda colabora para um melhor resultado do site nos rankings dos motores de busca, alimentando todo o funil de compra”.
A gerente de marketing da Outbrain Brasil aponta que produzir um conteúdo único e associado ao propósito da marca, distribuí-los nos canais certos, para a audiência real e certa, são essenciais, mas ainda assim, dependem do contexto em que são apresentados. “A publicidade deve ser menos sobre a marca, a agência ou a empresa de tecnologia e mais sobre como a mensagem vai ressoar com os consumidores que visualizam o anúncio”, diz. “Precisamos dar aos consumidores um maior senso de controle e de poder de escolha sob o que vão consumir, como por exemplo, produzir conteúdo interessante, bem distribuído e segmentado para que vá ao encontro dos interesses da audiência e que o clique represente uma ação positiva: um clique para ter acesso ao conteúdo, e não para pulá-lo”.
Por esta razão, formatos nativos de distribuição de conteúdo têm ganhado cada vez mais espaço. Para Fernanda, uma experiência de conteúdo mais natural, menos intrusiva, que se integra perfeitamente ao meio que os usuários já estão consumindo, tende a ser mais atraente e a capturar a atenção da audiência. “Se alguém estiver lendo um artigo de notícias, provavelmente estará mais disposto a ler outro artigo recomendado a ele (mesmo que seja patrocinado)”.
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co
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