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Rafael Ribeiro – 2020 foi um ano de reinvenção para o mercado da comunicação. O que esperar de 2021?
Por Rafael Ribeiro
Engana-se quem acha que as agências digitais passaram imunes às dificuldades desse imprevisível ano de 2020. Muito pelo contrário! Campanhas canceladas de última hora, clientes enxugando investimentos e redirecionando verbas de publicidade para outras áreas de suas empresas. Vivemos a “tempestade perfeita” de tudo que poderia fugir do nosso planejamento. Apesar de toda essa instabilidade, também participamos, mesmo que aos trancos e barrancos, de uma profunda transição para o online.
Foi um ano repleto de lives (que tiveram seu auge e declínio em meses), de streamings e e-commerces em evidência, com números surpreendentes. Em 2020[i] houve uma elevação de 64% na navegação na internet, 54% na audiência de vídeos online e 56% no engajamento nas redes sociais. Quando o assunto é compras, o protagonista é o comércio online. Neste ano, 40% das pessoas que vão às compras declararam que pretendem comprar na internet. A metade do público se diz pouco inclinado a compras presenciais, o que mostra o quanto o comportamento dos consumidores mudou.
Nestes tempos, todos entenderam a relevância da publicidade online. Não foram todos, por outro lado, que souberam lidar com as regras desse jogo. Em um primeiro momento, percebemos uma desenfreada corrida por tecnologia. Buscava-se inovar em dias o que não se havia inovado em anos. A ansiedade tomou (e ainda toma) conta dos empresários. Enquanto isso, aos olhos do consumidor, não é difícil perceber qual empresa está pouco familiarizada com a era digital. Nos piores casos, o resultado foi perda de reputação de empresas que não souberam lidar com a insatisfação da exposição da própria marca.
Olhando para dentro das nossas próprias empresas, tivemos que nos adaptar como gestores, entendendo como transmitir a cultura de nossa própria marca (e dos nossos clientes) em contextos em que contratações, demissões, feedbacks, networking e até o cafezinho são feitos à distância. Em cenários mais críticos, muitos colegas, especialmente de agências focadas em meios mais tradicionais, tiveram que fechar as portas, optar por fusões não tão interessantes ou pivotar o negócio de maneira acelerada e pouco efetiva.
Todas estas lições fazem com que 2021 tenha tudo para ser um ano mais maduro do que 2020 para o setor publicitário. Ainda assim, é seguro afirmar que a pressão por resultados neste ano será ainda maior, já que o digital deixou de ser complementar e se tornou uma questão de sobrevivência para grande parte das marcas.
Com tantas incertezas, nos resta seguir com olhar atento para o comportamento do consumidor, focar em estratégias que cruzem marketing digital e tecnologia, tudo isso com muita agilidade para não perder o ritmo imposto pelas mudanças que ainda estão por vir.
Rafael Ribeiro – Sócio da CAVE Digital é especialista em comportamento digital, atua na análise e orientação da presença digital e ativação de marcas
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co
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