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Omnichannel e marketing: a união de forças para impulsionar os resultados

Publicado

em

*Giuliana Cestaro

Uma empresa totalmente omnichannel deve considerar as ações de PR, marketing e vendas como vetores de uma cultura empresarial onde o cliente está no centro de tudo.

Mas, como e por que sermos omnichannel?

Falando especificamente sobre o mercado onde atuo, a pesquisa  ‘Carat Insights Tendências dos Meios de Pagamento para 2023’, identifica bem as mudanças de hábitos dos brasileiros, migrando para o canal online e incorporando outros meios de pagamento. Quase nove em cada dez entrevistados já compraram no canal online pelo menos uma vez por mês e 67% afirmam que nos próximos 12 meses vão comprar muito mais pela internet. Na última edição da pesquisa, essa intenção de compra era de 54%.

Apesar disso, os brasileiros ainda não renunciam à loja física. Segundo o levantamento, 44% dos respondentes mantêm compras semanais em lojas físicas, 29% no e-commerce e 20% em lojas integradas. Uma estratégia omnichannel, que envolve comprar online e retirar na loja física, também ganhou destaque na pesquisa ‘Carat Insights’. Nos últimos 12 meses, 69% compraram em loja online para retirar em loja física (no ano passado era 48%) e 53% compraram online e fizeram troca em loja física. Isso mostra a presença da experiência omnichannel.

Já o marketing busca, por meio de suas ações, compreender as necessidades e vontades de cada indivíduo para traçar jornadas de compra que façam sentido para determinado público. Especialistas concordam, quase unanimemente, que essa ferramenta/estratégia veio para ficar. Pesquisa divulgada pela Rakuten Marketing em parceria com o CMO Club (Chief Marketing Officer) envolveu 122 profissionais de marketing e os seus resultados indicam que 45% deles já haviam começado a implementar uma estratégia de marketing omnichannel e 11% consideraram que os seus esforços obtiveram resultados eficazes.

O mesmo CMO Club, agora com a Netservice, concluiu que 94% dos profissionais de marketing acreditam que fornecer aos seus clientes uma experiência omnichannel é crucial para o sucesso dos negócios. Um exemplo público vem da rede americana RadioShack, que reformou suas páginas e canais digitais para permitir que os consumidores alcancem em pouquíssimas etapas o produto ou serviço desejado, incluindo uma funcionalidade padrão GPS. A loja estima que após a mudança, 40 a 60% das pessoas que acessaram o site visitaram uma das lojas da empresa e 85% desses clientes efetivaram a compra.

Talvez você acredite que a sua empresa oferece as melhores e mais inovadoras opções do mercado atualmente disponíveis, mas certamente neste mesmo “atualmente” existem vários excelentes profissionais trabalhando para desenvolver novas e melhores alternativas. O que é novo hoje certamente será obsoleto amanhã, e o e-commerce omnichannel precisa se preparar para enfrentar o mercado futuro. Portanto, um trabalho integrado pode contribuir para aperfeiçoar as relações das empresas com seus consumidores e impulsionar os negócios.

*Giuliana Cestaro – Diretora de produtos e-commerce da Fiserv para América Latina.

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O futuro falou alto no Digitalks 2025 e as marcas precisam ouvir

Publicado

em

*Claudio Santos e Daniel Rosa

O Digitalks 2025 deixou claro que o mercado de comunicação vive um momento decisivo. Entre tecnologia, cultura pop, criatividade e profundos ajustes no comportamento do consumidor, algumas tendências se destacaram pela força com que estão moldando e acelerando a transformação do setor. Cinco tendências, um mesmo recado.
De IA a Sonic Branding, passando pela força da Globo, pela reinvenção criativa do SBT e pelas colaborações culturais do porte de Stranger Things.

1. IA como infraestrutura, não mais como ferramenta

O painel de Pyr Marcondes foi categórico: a inteligência artificial deixou de ser acessório e passou a ser o motor central dos novos modelos de negócio.
Segundo ele, startups e empresas que não forem AI-first se tornarão obsoletas em meses, não em anos. A visão é incômoda, mas necessária: enquanto as Big Techs continuam investindo pesado em grandes modelos de linguagem, a verdadeira revolução está acontecendo nas aplicações específicas, nas microtarefas que resolvem dores reais e aceleram produtividade. O Digitalks mostrou que IA já não é diferencial competitivo. É requisito básico para existir no mercado.

2. Sonic Signature: o som como identidade de marca

A apresentação da Mastercard trouxe um conceito que ainda é pouco explorado no Brasil: a força das marcas sonoras. Em um ambiente saturado de informação visual, a Sonic Signature, um conjunto de sete notas que representa a marca globalmente e reforça uma tendência: criar vínculos emocionais usando estímulos que fogem do óbvio.

O funil de compra deixou de ser linear; o contato com a marca é fragmentado e disperso. Nesse contexto, símbolos auditivos tornam-se âncoras de memória. A era do Quantum Marketing aposta menos em dados brutos e mais em conexões sensoriais. A Mastercard entendeu isso antes da maioria e essa tendência deixou claro que outras marcas precisam seguir o exemplo.

3. Globo: a força de um ecossistema crossmedia e transgeracional

A fala de Gabriela Sicito, da GloboAds, reforçou um ponto que muitos players digitais tentam ignorar: a Globo ainda é e continuará sendo o maior ecossistema de comunicação do país. Com alcance de 98% da população brasileira, o grupo combina TV aberta, streaming e plataformas digitais com uma naturalidade que poucas empresas no mundo conseguem replicar.

A TV Globo mantém enorme força entre o público 40+, enquanto o Globoplay reúne jovens abaixo dos 30. Publicidade segmentada por cidade ou estado, ações de performance local e indicadores robustos completam a equação. Se há uma tendência consolidada, é esta: o futuro não será apenas digital; será crossmedia, transgeracional e guiado por dados.

4. SBT e o retorno da criatividade que prende e não apenas que atrai

No painel do SBT, uma ideia simples ressoou com força: mesmerization captura o olhar; criatividade mantém a atenção. Não basta gerar cliques, é preciso gerar conversa.

O resgate das câmeras escondidas exemplifica essa tese. O case global da Menina Fantasma, que ultrapassou 300 milhões de views, mostrou que formatos clássicos podem renascer quando reinterpretados para novas gerações. Hoje, versões imersivas aparecem em eventos como a CCXP, mostrando que entretenimento bem construído continua sendo uma das linguagens mais eficientes para marcas.A tendência é clara: o conteúdo que vence é o que combina engenharia do olhar com inteligência narrativa.

5. Stranger Things + Valda: nostalgia como estratégia de marca

O painel sobre marcas e entretenimento apresentou um dos cases mais simbólicos do evento: a collab Valda + Stranger Things. A força da ação não veio apenas da visibilidade, mas da conexão genuína. Ambos os universos carregam estética e memória afetiva dos anos 80 e foi exatamente essa sintonia que gerou relevância.

Mas o debate trouxe também um alerta importante: viralizar é fácil; manter relevância é difícil. A verdadeira tendência aqui não é a nostalgia em si, mas a capacidade de transformá-la em continuidade de narrativa, algo que poucas marcas conseguem sustentar.

O futuro da comunicação será híbrido, sensorial, inteligente e profundamente cultural. E, se o Digitalks antecipou alguma coisa, é que quem não acompanhar esse movimento ficará para trás — mais rápido do que imagina.

*Claudio Santos – Presidente do Next Group

*Daniel Rosa – CEO do Digitalks Indie Summit

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O produto virou ferramenta, o valor está no símbolo

Publicado

em

*Vinicius Martinez

Durante anos, o mercado girou em torno do produto. O mundo mudou, e o consumidor mudou com ele. Hoje, o que define o desejo não é mais o que você vende, mas o que você representa, com quem você é conectado. O produto sozinho perdeu força e espaço para o símbolo, o que ele comunica, a comunidade que ele cria e o sentimento de pertencimento que ele desperta.

Agora é a conexão dos 4Cs: consumidor, custo, conveniência e comunicação. O poder saiu da prateleira e foi para o feed. O produto deixou de ser o fim e se tornou o meio de diálogo, de status, de identidade.

Campanhas social first cresceram justamente porque falam de gente, não de coisas. Elas criam comunidade, convidam o público para dentro e transformam consumidores em porta-vozes culturais. E quando a audiência vive a marca, o consumo acontece naturalmente. A nova influência é viva, espontânea e criativa.

A geração Z e os millennials não querem mais assistir a anúncios. Eles querem fazer parte da história. Os creators viraram marcas e as marcas viraram plataformas. Hoje o desafio diário é buscar profundidade de comunidade, posicionando narrativa e transmitindo propósito.

O mercado de comunicação vive uma fase de evolução e aprendizados diários. As fronteiras entre agência, consultoria, house e creator estão desaparecendo, integrando e tornando mais colaborativo o conteúdo final das entregas. Os players de mercado que entenderam isso estão se fundindo, se reestruturando e criando modelos híbridos, capazes de entregar estratégia, cultura e negócio na mesma mesa.

Não é sobre ser “de trade”, “digital” ou “publicidade”. É sobre resolver o problema real do cliente, com criatividade como ferramenta, dados como base e alinhamento estratégico de dentro para fora. O desafio está justamente em entregar campanhas de sucesso para um cenário 360 com o consumidor final.

O Brasil como laboratório cultural – O Brasil entende essa virada como poucos. Aqui, um drop vira conversa, um lançamento vira meme, uma collab bem feita vira comportamento social. Da febre do Labubu ao lifestyle de On, Lululemon e Yalo, o público busca símbolos que traduzam quem ele é ou quem gostaria de ser. O consumo automaticamente se adapta para uma forma de expressão, um reflexo de identidade. Por isso, não vendemos mais produto, vendemos símbolos que conectam pessoas e criam cultura.

Enfim, o produto é só o passaporte. O que vale é o que vem depois: a conversa, a experiência, o pertencimento. E quando o produto deixa de ser mercadoria e vira símbolo, ele ultrapassa o mercado e entra na vida das pessoas. A nova economia é movida por cultura, não por catálogo.

*Vinicius Martinez – Sócio-diretor da influência, agência do Grupo HÜK

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