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Novo levantamento UBRAFE registra impacto de R$ 11 bilhões na economia de São Paulo

A UBRAFE (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios) em parceria com a São Paulo Turismo (SPTuris) acaba de registrar o primeiro levantamento quantitativo anual sobre o setor de eventos com foco na geração de negócios – feiras, congressos e convenções no Estado de São Paulo, sem nenhuma interferência da pandemia. A nova edição do Barômetro Eventos B2B atualiza a primeira edição do levantamento, divulgada em março desse ano, que apresentou o balanço positivo do segundo semestre de 2022 considerando o primeiro semestre sem nenhuma influência da pandemia desde 2019.
O universo da última coleta são os mais de 70 associados da UBRAFE – empresas promotoras de eventos, fornecedores especializados e as venues/recintos dos eventos -, com números representando os eventos com foco na geração de negócios ou B2B (Business to Business), que quando atraem mais de 700 pessoas cada um são considerados de grande porte. Os eventos que atraem mais de 5 mil pessoas cada um são classificados como Mega eventos. Os números deste levantamento da UBRAFE levam em conta somente os eventos de grande porte e mega.
“A expectativa para 2024 é de ampliar este índice para outras cidades e regiões do Brasil, por meio de novas parcerias e do trabalho das diretorias regionais da UBRAFE recém implementadas. Uma análise mais completa e ampla que considere outras capitais será capaz de demonstrar o peso do mercado de eventos no Brasil”, pontua o diretor-executivo da UBRAFE, Paulo Octávio Pereira de Almeida (P.O.).
Análise de junho/2022 a junho/2023
Os resultados da nova análise anual registraram 1.231 eventos B2B acima de 700 participantes na cidade de São Paulo entre junho de 2022 e junho de 2023, atraindo 8 milhões de visitantes/participantes únicos. Foram 579 eventos apenas de janeiro até junho deste ano. Do total dos eventos realizados, 57% tiveram o foco corporativo (reuniões e seminários de empresas), atraindo 18% do público total. As feiras de negócios apresentaram 19% do total, mas conseguiram atrair mais de 70% dos participantes. Já os congressos e conferências são 24% da quantidade, tendo atraído 11% dos participantes de eventos B2B.
“A análise confirma algumas características do setor de eventos com foco na geração de negócios. Grandes feiras setoriais ainda são a forma mais visível e impactante dos eventos B2B; os eventos corporativos, apesar de serem líderes em quantidade, não possuem a mesma visibilidade das feiras assim como os congressos e convenções de vendas, mas atraem um público muito qualificado mesmo sendo apenas 11% do seu total”, destaca P.O.
As expectativas econômicas para o segundo semestre de 2023 na cidade de São Paulo, com base nas projeções em cima do Barômetro, é um impacto econômico na cidade de São Paulo de no mínimo de R$ 7 bilhões, sendo previsto mais de 700 eventos de grande porte e 5 milhões de visitantes esperados nesses eventos e feiras B2B.
Ativação da cadeia de fornecedores
Os eventos B2B impactam durante o ano pelo menos 52 setores diferentes, incluindo a sua infraestrutura, como hotéis, espaços para eventos, restaurantes, meios de transportes, mão de obra especializada para a produção e gestão dos eventos e feiras, incluindo equipes de produção, montadores de stands, seguranças, recepcionistas, equipes de limpeza etc.
O impacto econômico estimado na cidade de São Paulo, causado pelos eventos B2B, foi de R$18 bilhões, isso inclui gastos tanto das pessoas que vivem no estado de São Paulo, (70% do total dos participantes), assim como dos turistas de negócios vindos de outros estados e do exterior, ao todo 30% do total. Portanto dos 8 milhões de visitantes únicos no período analisado 2,4 milhões de pessoas (30%) tiveram que viajar para a cidade de São Paulo e ativaram toda uma cadeia de hospitalidade e serviços localizada na capital Paulista. Para o 2º semestre 2023 as expectativas da UBRAFE são de R$ 7 bilhões de impacto econômico na cidade de São Paulo.
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Leão e Housi promovem ação criada pela Fri.to Publicidade

A Leão, marca de chás, se uniu a Housi, startup especializada no segmento de moradia por assinatura, para convidar os paulistanos a ficarem “de boa”. A iniciativa faz parte da campanha de inverno de 2025 e convida o público a desacelerar o ritmo urbano agitado e estabelecer uma conexão emocional consigo mesmo.
Uma cabine foi instalada em frente a Housi Paulista. Quem passar pelo local poderá selecionar, em um tela, a opção “Tô de boa” e escolher um sabor de chá, quente ou frio. Em alguns minutos, um compartimento irá se abrir e entregar a bebida.
A ação criada pela Fri.to Publicidade especialmente para a Leão faz parte do conceito “Fica de Boa” e busca oferecer momentos de descontração, autocuidado e bem-estar. Enquanto isso, os consumidores experimentam os diferentes sabores de Chá Leão que mais combinam com seu estilo de vida em cada momento. A ativação traz a Housi como parceira porque as duas marcas têm valores em torno do bem-estar, da leveza e do equilíbrio emocional.
“A Housi tem buscado, cada vez mais, marcas conectadas com o cuidado e o bem-estar. Acreditamos que Leão está neste caminho e conectada com o que acreditamos. Mais do que uma proptech, também queremos ser um espaço de autocuidado”, pontua Alexandre Frankel, CEO da Housi.
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A indústria brasileira de som reforça protagonismo na regulação da IA

O avanço da inteligência artificial tem provocado transformações profundas em diversos setores da economia criativa. Na indústria de som, esse movimento desperta tanto expectativas quanto preocupações. A Apro+Som (Associação Brasileira das Produtoras de Som) está na linha de frente desse debate, articulando propostas e acompanhando o Projeto de Lei 2338/2023, que estabelece diretrizes para o uso da IA no Brasil.
Na última semana, foi realizada a primeira audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o PL 2338/2023. Na ocasião, a Apro+Som, junto a mais de 40 entidades da indústria criativa, musical, jornalística e de comunicação, apresentou uma carta reforçando a importância do marco regulatório que assegura transparência no uso de obras e protege os interesses de criadores artísticos e intelectuais.
Segundo Bia Ambrogi, presidente da Apro+Som, a urgência desse debate está na preservação dos direitos de quem cria obras autorais. “Todos que fazem parte da cadeia criativa precisam continuar protegidos. Se uma obra é utilizada no input de mineração de dados para treinamento da IA e gera algo novo no output como resultado final, é justo que haja remuneração. Nenhum setor pode se apropriar, de forma gratuita, dos recursos produtivos de outro setor com a justificativa de que é preciso deste insumo para crescer”, relata.
A dirigente explica que, embora a regulação seja essencial para todos, há uma diferença perceptível no impacto entre grandes e pequenas empresas do setor criativo.. As corporações de maior porte têm se beneficiado ao reduzir custos com serviços em escala, enquanto as empresas menores utilizam a IA de forma pontual, sem substituir a mão de obra criativa. “No fim, todas perdem sem a regulação. O direito autoral é constitucional e precisa ser resguardado, independentemente do porte da empresa”, afirma.
Outro ponto levantado por Bia Ambrogi é a tendência de agências e anunciantes ampliarem o uso da IA para assumir etapas da produção que antes eram delegadas às empresas especializadas. Para ela, trata-se de um processo de adaptação, mas não de substituição. “Não existe uma única pessoa ou tecnologia capaz de pensar, criar, executar, sonorizar, distribuir e medir resultados de uma campanha inteira. Especialistas continuarão sendo necessários, ainda que em formatos diferentes.”
A Apro+Som reforça que a regulação trará benefícios tanto para grandes quanto para pequenas empresas, além de profissionais autônomos. Com regras claras, haverá segurança jurídica e reconhecimento pelo uso de suas obras. A ausência de regulação, por outro lado, traz insegurança jurídica a quem usa e amplia o risco de concentração de poder nas mãos de big techs enfraquecendo o mercado nacional.
O PL 2338/2023, já aprovado no Senado, segue em tramitação na Câmara dos Deputados e, posteriormente, retornará ao Senado para votação final. O movimento IA Responsável, do qual a Apro+Som é uma das lideranças, acompanha de perto cada etapa, inspirando-se em modelos regulatórios já implementados em países da União Europeia.
Esse movimento também fortalece o posicionamento internacional do Brasil no debate sobre IA. “Quanto maior o alinhamento entre os países, mais eficiente será a regulação. A tecnologia não conhece fronteiras, por isso precisamos falar a mesma língua quando o tema é uso de dados protegidos por Direitos Autorais. A Apro+Som acompanha o cenário nacional e internacional e integra a frente IA Responsável, formada por cerca de quarenta associações dos setores criativos.”Um trabalho coletivo, com diferentes focos mas com o mesmo objetivo: preservar o direito autoral, um princípio constitucional, aplicando-o com regras adaptadas à realidade da inteligência artificial”, reforça Bia.