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Marcas e agências apostam em embaixadores para atrair consumidores

As marcas e agências do Brasil voltam a apostar na figura de embaixadores para atrair consumidores e ativar a experiência da compra online ou presencial, no ponto de venda. Após uma enorme onda de influenciadores digitais, o mercado publicitário e as empresas detentoras das marcas de produtos e serviços voltam seu olhar para as celebridades e representantes de diversos movimentos sociais, culturais, esporte e da economia, entre outros.
Quem tem se aproveitado desse tendência é a ex-BBB Juliette Freire que selou uma parceria com a Americanas, focando o digital e o reforço na presença do app da gigante vermelha. A ação foi assinada pela WMcCann e a parceria da sister com a Americanas foi gerenciada pela agência Stage Digital.
Além disso, a ex-sister também fechou contratos com a Avon, Facebook e Bohemia. Juliette também empresta sua imagem para a Globoplay, em uma série original, que está realizando ações out of home (OOH). A série de seis episódios deve contar a história da vencedora do BBB21.
A Mix Nutri, especialista no desenvolvimento e produção de alimentos funcionais, suplementos alimentares, e nutri cosméticos, por sua vez, acaba de anunciar que a apresentadora Adriane Galisteu é a nova embaixadora da marca. “A Mix Nutri esco lheu a dedo uma embaixadora que refletisse os valores e a identidade da marca: saúde, bem- estar, vitalidade e, claro, a preocupação com uma alimentação de qualidade, visando transformar a vida dos consumidores através da nutrição funcional”, afirma a head de marketing da companhia, Andréa Veiga.
No mesmo caminho, o Catarinense Pharma amplia a família do tradicional produto Melagrião e escolheu o comunicador Celso Portiolli para ser o embaixador da marca. A campanha foi criada pela Exit.
Os embaixadores estão presentes em todos os segmentos da sociedade e também para os mais diversos produtos. A Barefoot, a marca de vinhos diversificou e firmou parceria com influenciadores e produtores de conteúdo LGBTQIA+ – Aretuza Lovi, Bielo Pereira, Gabô , Paulo Vaz e Tiago Abravanel. A marca que desde a década de 1990 realiza ações mundiais de apoio a causas e atualmente tem o diretor de fotografia Randy Arnold como seu embaixador global. Na América Latina, a Barefoot estabeleceu parceria com o grupo chileno de vinícolas Santa Rita Estates.
Os embaixadores também estão nos campos, quadras e outras categorias esportivas. A Betsul, site de apostas esportivas da América do Sul, apostou no ídolo Falcão, maior jogador de futsal de todos os tempos, como embaixador da marca.
E como os tempos são outros, a união faz a força. A Perdigão chamou a cantora- celebridade Ivete Sangalo para sua principal campanha do ano. A ação foi criada DPZ&T para a TV aberta e no digital a comunicação é desenvolvida pela Ampfy.
Outras duas marcas gigantes também estão apostando em embaixadores. O banco BV escolheu a atriz Taís Araujo como embaixadora, onde participa também da cocriação de produtos e serviços para os consumidores e empresas. A campanha foi criada pela SunsetDDB. E quem marcou um golaço recentemente em ações com embaixadores foi a Rivalo, portal de apostas esportivas, que convocou o maior lateral-direito da história recente do futebol brasileiro, Cafu, como o seu novo embaixador.
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Leão e Housi promovem ação criada pela Fri.to Publicidade

A Leão, marca de chás, se uniu a Housi, startup especializada no segmento de moradia por assinatura, para convidar os paulistanos a ficarem “de boa”. A iniciativa faz parte da campanha de inverno de 2025 e convida o público a desacelerar o ritmo urbano agitado e estabelecer uma conexão emocional consigo mesmo.
Uma cabine foi instalada em frente a Housi Paulista. Quem passar pelo local poderá selecionar, em um tela, a opção “Tô de boa” e escolher um sabor de chá, quente ou frio. Em alguns minutos, um compartimento irá se abrir e entregar a bebida.
A ação criada pela Fri.to Publicidade especialmente para a Leão faz parte do conceito “Fica de Boa” e busca oferecer momentos de descontração, autocuidado e bem-estar. Enquanto isso, os consumidores experimentam os diferentes sabores de Chá Leão que mais combinam com seu estilo de vida em cada momento. A ativação traz a Housi como parceira porque as duas marcas têm valores em torno do bem-estar, da leveza e do equilíbrio emocional.
“A Housi tem buscado, cada vez mais, marcas conectadas com o cuidado e o bem-estar. Acreditamos que Leão está neste caminho e conectada com o que acreditamos. Mais do que uma proptech, também queremos ser um espaço de autocuidado”, pontua Alexandre Frankel, CEO da Housi.
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A indústria brasileira de som reforça protagonismo na regulação da IA

O avanço da inteligência artificial tem provocado transformações profundas em diversos setores da economia criativa. Na indústria de som, esse movimento desperta tanto expectativas quanto preocupações. A Apro+Som (Associação Brasileira das Produtoras de Som) está na linha de frente desse debate, articulando propostas e acompanhando o Projeto de Lei 2338/2023, que estabelece diretrizes para o uso da IA no Brasil.
Na última semana, foi realizada a primeira audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o PL 2338/2023. Na ocasião, a Apro+Som, junto a mais de 40 entidades da indústria criativa, musical, jornalística e de comunicação, apresentou uma carta reforçando a importância do marco regulatório que assegura transparência no uso de obras e protege os interesses de criadores artísticos e intelectuais.
Segundo Bia Ambrogi, presidente da Apro+Som, a urgência desse debate está na preservação dos direitos de quem cria obras autorais. “Todos que fazem parte da cadeia criativa precisam continuar protegidos. Se uma obra é utilizada no input de mineração de dados para treinamento da IA e gera algo novo no output como resultado final, é justo que haja remuneração. Nenhum setor pode se apropriar, de forma gratuita, dos recursos produtivos de outro setor com a justificativa de que é preciso deste insumo para crescer”, relata.
A dirigente explica que, embora a regulação seja essencial para todos, há uma diferença perceptível no impacto entre grandes e pequenas empresas do setor criativo.. As corporações de maior porte têm se beneficiado ao reduzir custos com serviços em escala, enquanto as empresas menores utilizam a IA de forma pontual, sem substituir a mão de obra criativa. “No fim, todas perdem sem a regulação. O direito autoral é constitucional e precisa ser resguardado, independentemente do porte da empresa”, afirma.
Outro ponto levantado por Bia Ambrogi é a tendência de agências e anunciantes ampliarem o uso da IA para assumir etapas da produção que antes eram delegadas às empresas especializadas. Para ela, trata-se de um processo de adaptação, mas não de substituição. “Não existe uma única pessoa ou tecnologia capaz de pensar, criar, executar, sonorizar, distribuir e medir resultados de uma campanha inteira. Especialistas continuarão sendo necessários, ainda que em formatos diferentes.”
A Apro+Som reforça que a regulação trará benefícios tanto para grandes quanto para pequenas empresas, além de profissionais autônomos. Com regras claras, haverá segurança jurídica e reconhecimento pelo uso de suas obras. A ausência de regulação, por outro lado, traz insegurança jurídica a quem usa e amplia o risco de concentração de poder nas mãos de big techs enfraquecendo o mercado nacional.
O PL 2338/2023, já aprovado no Senado, segue em tramitação na Câmara dos Deputados e, posteriormente, retornará ao Senado para votação final. O movimento IA Responsável, do qual a Apro+Som é uma das lideranças, acompanha de perto cada etapa, inspirando-se em modelos regulatórios já implementados em países da União Europeia.
Esse movimento também fortalece o posicionamento internacional do Brasil no debate sobre IA. “Quanto maior o alinhamento entre os países, mais eficiente será a regulação. A tecnologia não conhece fronteiras, por isso precisamos falar a mesma língua quando o tema é uso de dados protegidos por Direitos Autorais. A Apro+Som acompanha o cenário nacional e internacional e integra a frente IA Responsável, formada por cerca de quarenta associações dos setores criativos.”Um trabalho coletivo, com diferentes focos mas com o mesmo objetivo: preservar o direito autoral, um princípio constitucional, aplicando-o com regras adaptadas à realidade da inteligência artificial”, reforça Bia.
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