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Liderança inclusiva: um atalho para turbinar o seu plano de carreira

Publicado

em

*Ronaldo Bias Ferreira Jr.  

Cerca de 95% das 500 maiores empresas do Brasil já entenderam a importância da diversidade e da inclusão como estratégias para humanizar o ambiente corporativo, ampliar possibilidades, soluções e proteger os resultados do negócio. O mundo empresarial também já compreendeu que abraçar as diferenças não é um desafio simples: trata-se de um processo de mudança de cultura e de uma longa jornada de sensibilização, consciência e transformação das pessoas. 

Claro que na velocidade do mundo em que vivemos as empresas estão ávidas por atalhos que abreviem esse processo. E estão encontrando caminhos: se a consciência corporativa não é o bastante para fazê-las avançar com ações afirmativas e resultados, as companhias estão promovendo muitos diálogos para informar e sensibilizar a todos.  

Se a realidade ainda está longe de ser diversa, as empresas estão criando novos processos de seleção, programas exclusivos de cotas, estágio ou trainee para atrair, contratar e reter indivíduos diversos. Como acelerar o processo é o objetivo, metas e bônus são oferecidos aos colaboradores de hoje para que ajudem a transformar o quanto antes essa realidade. 

Agora, nessa retomada acelerada dos negócios pós-pandemia, percebemos que as empresas estão usando cada vez mais a estratégia de abreviar esse caminho a partir de suas lideranças.   

A liderança corporativa é um grupo reduzido e organizado, sendo de fácil acesso e muito poderoso nos processos de transformação das organizações. O foco nesse grupo também é estratégico porque tem o poder de liberar tempo e recursos para ações necessárias com os demais colaboradores, principalmente porque é dele que vem o tão desejado exemplo que vai contaminar e convencer os demais profissionais da organização. 

Por isso, os líderes que se preparam e pensam de forma inclusiva se transformaram no grande objeto de desejo das companhias. A consciência de inclusão a partir das corporações se transformou no principal skill dos profissionais que serão observados, contratados ou promovidos nesses novos tempos.  

Então, se você, profissional corporativo, ainda não tem consciência sobre o assunto, ou sobre o seu papel de inclusão nesse processo, é melhor acelerar o passo, entender e liderar não só as pessoas, mas todo o processo positivo de mudança que está acontecendo na sociedade. 

Uma liderança inclusiva deve ter a coragem de tolerar erros, encorajar o trabalho em equipe e ter o pensamento e o espírito empreendedor. É uma pessoa espontânea, sincera, comprometida com seus valores e que gosta de ouvir as pessoas. É um profissional que aprendeu que o sentimento da empatia é seu grande aliado. 

Ser inclusivo é valorizar o pensamento coletivo, criticando e participando dos processos de forma ativa. Ser inclusivo é não resistir às mudanças; é estar preparado e não impor ideias ou favorecer pessoas baseado em percepções enviesadas. Ser inclusivo é criar oportunidades para todos dentro de sua área de atuação ou empresa, ampliando as vozes das pessoas ou grupos minorizados ou invisíveis. 

Ser uma pessoa inclusiva é valorizar o resultado e não o esforço do trabalho, por isso uma liderança inclusiva não complica a vida das pessoas, e sim, informa, capacita e permite que elas possam produzir e criar, sendo quem elas são no ambiente de trabalho. 

*Ronaldo Bias Ferreira Jr.v – Sócio-diretor da um.a Diversidade Criativa

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Cultura de paz: a nova estratégia para negócios relevantes

Publicado

em

*Andrea Pitta

Hoje, quem planeja o futuro precisa estar pronto para se adaptar a um cenário em constante mudança. O cenário global passa por um “reset” acelerado, impulsionado pela
instabilidade geopolítica e pela ruptura dos velhos fluxos econômicos. Não estamos apenas diante de uma revolução industrial – vivemos uma revolução cultural, social e humana. As perguntas centrais agora são: Como construir sem destruir? Como criar prosperidade respeitando a vida, a natureza e a diversidade?

O futuro exige mudança de mentalidade. E mudança se faz por meio de educação, informação e novas referências de convivência. Grandes desafios também são grandes oportunidades. Em tempos turbulentos, equilíbrio é a maior força. E o melhor caminho para construir esse equilíbrio é expandir a atuação com base na cultura de paz.

De competição a cooperação

Durante séculos, sucesso foi sinônimo de competição extrema. Mas hoje, organizações que promovem a pluralidade, como a Natura, mostram que a inclusão, a equidade e a
visão ESG criam marcas mais fortes, times mais engajados e resultados mais sólidos. Porém, ESG sozinho não basta. É necessário trabalhar programas práticos de mudança
cultural: diálogo entre equipes, capacitação em comunicação não-violenta, gestão de conflitos, combate ao preconceito implícito.

Criar ambientes positivos, diversos e colaborativos não é mais apenas “o certo a fazer” – é estratégia de sobrevivência e crescimento.

Cultura de paz na prática

No universo dos eventos e do brand experience, cultivar essa mentalidade é essencial. Não basta criar experiências impactantes; é preciso que elas conectem pessoas de forma genuína, despertando pertencimento e propósito.

Ambientes tóxicos sabotam a inovação e a produtividade. Ambientes que praticam a cultura de paz criam times mais criativos, clientes mais leais e marcas mais relevantes.
A transformação que o mercado exige não é apenas tecnológica – é humana. E a liderança do futuro será de quem entender que crescer é, antes de tudo, cultivar.

Como dizia Einstein: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais retorna ao seu tamanho original”. Enfim, o futuro pertence a quem planta as sementes certas agora.

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O futuro do marketing não é performance vs branding: é autenticidade com resultado

Publicado

em

*Ali Maurente

Por muito tempo, executivos e agências trataram performance e branding como lados opostos de uma mesma estratégia. De um lado, métricas como cliques, CPL e CAC. Do outro, narrativas aspiracionais que constroem reputação no longo prazo. O resultado dessa visão fragmentada foi a criação de uma falsa dicotomia, responsável por desperdício de energia e orçamentos divididos.

O futuro do marketing não será definido por “mais branding” ou “mais performance”. Ele já está sendo construído em torno de algo mais simples e, ao mesmo tempo, mais desafiador: autenticidade com resultado. Autenticidade porque consumidores, clientes e colaboradores aprenderam a identificar quando uma campanha não passa de fórmula. Não há algoritmo capaz de sustentar o que não é genuíno. Resultado porque, em última instância, conselhos e acionistas continuam cobrando ROI, crescimento e previsibilidade.

O incômodo cresce à medida que o mercado revela uma nova realidade: estamos diante de profissionais de marketing que muitas vezes não entendem de negócio. Há quem fale apenas de postagens, curtidas e seguidores, esquecendo o que realmente importa — receita e marca. Um marketing que olha só para receita morre, assim como aquele que olha apenas para marca. Uma marca sem receita é vaidade. Uma receita sem marca é commodity.

Marketing não é apenas branding. Também não é apenas performance. É o processo de criar, capturar, converter e expandir demanda, fortalecendo a marca ao mesmo tempo em que gera resultados concretos. Isso exige um entendimento profundo do negócio, e quem não souber traduzir essa equação perde espaço rapidamente. O profissional que restringe seus KPIs a seguidores perde relevância. Quem ignora receita se torna apenas mais um criador de conteúdo passageiro.

Esse desafio também não é exclusivo da área de marketing. Ele envolve o alinhamento de todas as áreas, do ICP à conversão. A marca abre portas. A receita mantém as luzes acesas. O alinhamento entre marketing e negócio sustenta o crescimento verdadeiro.

É por isso que CMOs e conselhos precisam abandonar a disputa entre awareness e conversão, entre conteúdo e CTR. O jogo atual é outro: transformar cada KPI em reflexo de uma narrativa verdadeira, capaz de construir comunidade e, ao mesmo tempo, entregar crescimento.

Autenticidade com resultado não é uma tendência. É questão de sobrevivência. Marcas que não compreenderem essa equação continuarão presas à armadilha da vaidade ou da comoditização. E profissionais que não souberem traduzi-la para o negócio perderão espaço para aqueles que entendem que marketing sempre será o motor que une significado e crescimento.

Ali Maurente – Chief Marketing Officer na PSA – Profissionais S.A.

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