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Influenciar ou não influenciar? Eis a questão

Por Debora Tenca
Desde o final de fevereiro, o termo “desinfluenciadores” entrou na moda e no radar dos estudiosos de comunicação com o início das postagens sob a #deinfluencing no TikTok.
Alguns analistas não apostaram no crescimento da tendência já que, por mais de uma década, a mídia social carregou consigo a promessa implícita de que, com uma combinação de sorte e postagens incessantes, um usuário sem conexões, sem experiência e, às vezes, sem nenhuma habilidade perceptível pode se tornar rico e famoso sendo um influencer.
Mas o fato é que a hashtag que tinha menos de 250 milhões de visualizações apresenta hoje mais de 520 milhões. Uma das melhores explicações para esta tendência é que existe um movimento de busca da autenticidade que, aliás, não é novo e impulsiona o crescimento de redes como o próprio TikTok e o BeReal – por exemplo – ao contrário dos filtros, imagens maravilhosas e discurso perfeito que definem o Instagram. Até por isso, o Instagram é a plataforma em que os produtores de conteúdo mais fazem parcerias comerciais até o momento.
Mas os desinfluenciadores querem mesmo que você consuma menos?
Esta turma busca chamar a atenção nas redes “mandando a real” ou apenas apontando a sua própria visão “do contra” sobre algum ponto. Existem diferentes abordagens entre os desinfluenciadores mas como discurso-base a maior parte do grupo segue o princípio do “não endosso” aplicando-o de diferentes maneiras:
– avaliando produtos e sugerindo alternativas mais baratas ou melhores;
– dando conselhos de como encontrar a felicidade genuína, longe de uma realidade fabricada;
– ou condenando completamente o consumismo.
A questão é: tudo isso é realmente autêntico? Podemos acreditar que quando um desinfluenciador está criticando um novo produto e indicando um concorrente mais barato, ele não está simplesmente buscando uma nova forma de venda? Será que aqueles que falam contra o consumismo exagerado não estão deixando a porta aberta para oferecer a você, amanhã, uma consultoria financeira?
Pode ser que sim, ou não. Afinal, do outro lado pode haver alguém que realmente está sendo genuíno e compartilhando sua opinião de maneira sincera como apontam diversas discussões na internet onde ex-influenciadores lamentam suas vidas como profissionais de marketing de marca e procuram uma ocupação para suas personas I.R.L.
Análises, matérias e também vlog e postagens*, apontam que o sonho de ser influencer vem com muitos custos. A mídia social deixou todo o seu público mais ansioso e também anda levando os criadores de conteúdo ao limite e burnout.
Mas o que isso significa para as marcas?
Os consumidores estão procurando desesperadamente por autenticidade e senso de comunidade. Então, o caminho é entregar isso a eles. Reavaliando os relacionamentos das marcas com seus clientes, esquecendo um pouco a receita atual do influenciador (“eu amo isso e você precisa deste produto!”) e buscando emoção genuína através de criadores e conteúdos mais focados. Esta pode ser a hora certa para retirar essa narrativa de vendas desgastada e impulsionar a paixão e a criação de uma comunidade inspiradora nas redes sociais.
* Você pode saber mais acessando:
hBps://www.nyFmes.com/2021/06/08/style/creator-burnout-social-media.html hBps://www.vox.com/the-goods/23064266/dan-howell-michelle-phan-youtuber-brain
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FutureBrand São Paulo lança ‘Tá Quente, Brasil! 2025″

A FutureBrand São Paulo, consultoria de branding do McCann Worldgroup/IPG, acaba de lançar a segunda edição do Tá Quente Brasil! 2025, levantamento proprietário que mapeia o que está em alta no país. O mapeamento cultural, que contou com o apoio da Timelens para captação de dados, aborda os movimentos que estão moldando a visão e as atitudes dos brasileiros. Foram identificados mais de mil sinais comportamentais, a partir de uma ampla rede de coleta em diferentes regiões do país, reunindo 246,5 milhões de buscas no Google, 2,9 milhões de perfis analisados em redes sociais e 22,6 milhões de menções.
“Mais do que medir o que é relevante, o material apresenta oportunidades para impulsionar negócios país afora, a partir da interpretação estratégica de informações, análise comportamental e mapeamento de sinais criativos”, acredita Ewerton Mokarzel, CEO da FutureBrand.
A pesquisa revela quatro grandes contradições que traduzem o atual momento brasileiro e apontam novos caminhos de conexão e oportunidades para as marcas: Brasil Global x Brasil Local; Brasil da Esperança x Brasil do Desespero; Brasil dos Afetos x Brasil dos Desafetos; e Brasil Público x Brasil Privado.
O levantamento tem como ponto de partida o comportamento dos consumidores brasileiros, a fim de identificar maneiras para marcas criarem vínculos dentro do contexto atual. Entre os principais temas estão meio-ambiente, música, família, religião e finanças. “A partir desses assuntos, as marcas podem entender as oportunidades de negócio, e aproveitá-las de forma assertiva”, complementa o CEO da FutureBrand SP.
O report completo pode ser baixado neste link.
Gente
Paula Munhoz é a nova diretora de marketing de chocolates da Nestlé

A Nestlé Brasil anuncia a promoção de Paula Munhoz como nova diretora de marketing de chocolates. A executiva, que está há 16 anos na empresa, será responsável pelas marcas Nestlé e Garoto. Paula substitui Tatiana Perri, recém promovida para a liderança de CPW Brasil, a divisão global de cereais matinais da empresa.
Paula iniciou carreira em marketing corporativo e mídia, passando por áreas como comunicação corporativa, Nestlé Health Science, Nutrição e CPW, o que contribuiu para seu desenvolvimento e liderança. Em 2022 assumiu a posição de gerente executiva de CPW e respondeu pelo reposicionamento de várias linhas de produtos, conquistando o Prêmio TOP of Mind na categoria e transformando o portfólio com lançamentos relevantes, exposição para novos públicos, além acelerar o crescimento e a liderança da categoria.
“Sigo motivada para transformar estratégias em resultados por meio da inovação centrada no consumidor e do trabalho colaborativo. Estou pronta para assumir este novo desafio na divisão de chocolates e contribuir para o crescimento sustentável dos negócios”, afirma Paula Munhoz.








