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Alexis Pagliarini: Eventos-teste em SP são um alento

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Eventos-teste em SP são um alento

Na semana passada, um anúncio do Governo de SP, relacionado à pandemia, gerou emoções cruzadas para quem trabalha com eventos. Por um lado, veio a ducha fria quanto à flexibilização de atividades. Em função do recrudescimento da pandemia, o governo decidiu manter as restrições por mais – pelo menos – quinze dias. Por outro lado, foi anunciada uma outra medida que pode gerar uma retomada consistente do setor. Refiro-me aos eventos-teste.

Nos meses de junho e julho, o governo, em parceria com instituições, liberará e acompanhará a realização de 10 eventos-teste: 4 eventos sociais na capital e interior (início na segunda quinzena de junho); 1 feira de negócios (29 a 30 de junho no Santos Convention Center);  2 feiras criativas, uma em Campinas e outra no Memorial da América Latina (3 de julho e 17 a 18 de julho) e 3 festas na capital e interior (junho). Não se trata de uma liberação, pura e simples, de realização de eventos, mas de atividades-piloto, com rigoroso acompanhamento, para monitorar resultados.

Um ponto chave do experimento é a testagem: o público deverá se submeter a um teste prévio – só serão liberados os que derem negativo – e outro teste posterior, quinze dias após o evento. A testagem em massa só é possível agora pelo barateamento do teste de antígeno, que apresenta resultado rápido, em quinze minutos. Com esse teste, é viável realizar a experiência e, o melhor, ter informações conclusivas após a realização dos eventos. Se ficar comprovada a segurança de se realizar eventos, sem maiores riscos de contaminação, a tendência é que haja uma liberação mais ampla, o que pode resultar na sonhada retomada para milhares de empresas e profissionais que dependem da atividade para se manter. O mercado ainda aguarda a regulamentação do PERSE, lei que prevê crédito facilitado e renegociação de dívidas fiscais federais. De um lado, o PERSE poderá gerar oxigênio para sobrevivência das empresas, por outro, os eventos-teste geram a expectativa por uma retomada de verdade, sem os sobressaltos de experiências anteriores.

A experiência dos eventos-teste é espelhada em atividades semelhantes, realizadas no exterior. Segundo o governo, o benchmark vem de Barcelona, Nova York e Sidney. De fato, temos acompanhado uma flexibilização invejável em países onde a vacinação aconteceu de forma rápida e ampla, como nos Estados Unidos, por exemplo. Enquanto patinamos por aqui, sofrendo com a falta de vacinas, outros países mais prevenidos e proativos já exibem uma queda substancial na contaminação e mortes derivadas do COVID 19. O que vemos por lá é uma volta consistente à normalidade. Em alguns lugares, os vacinados têm acesso a eventos culturais e esportivos sem a necessidade de distanciamento. Os não vacinados também têm acesso, só que numa área de maior controle, com distanciamento preservado. O teste, antes e depois, foi uma prática adotada em alguns países, como forma de se certificar da segurança em liberar eventos.

O que gera alento é ver iniciativas desse tipo, independente da atitude errática e irresponsável de quem deveria liderar nacionalmente o combate à pandemia. Agora, só nos resta torcer para que os testes demonstrem segurança na realização de eventos e façam retornar as atividades. Em artigos anteriores ressaltei a importância dos eventos para mobilizar a economia e gerar empregos. Ressaltei também a necessidade de pensarmos em como conviver com a pandemia. Na ausência de um processo rápido e eficaz de imunização, fica a certeza de que conviveremos inexoravelmente com a pandemia por muito mais tempo do que imaginávamos. Então, é preciso que geremos mecanismos de convivência segura como tenta agora o governo de SP. Pela importância de São Paulo, temos certeza de que o Brasil inteiro se beneficiará dos resultados dos eventos-teste que – esperamos – sejam positivos. Vamos torcer e apoiar!

Alexis Pagliarini – Presidente executivo da Ampro

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A publicidade do varejo Q4: agilidade e controle em tempo real são imperativos

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 *Francisco Larraín

O quarto trimestre do ano (Q4) é, indiscutivelmente, uma temporada mais intensa e decisiva para o varejo. Entre a euforia da Black Friday, a corrida pelas compras de fim de ano e o lançamento de novos produtos, poucas semanas se transformam em uma verdadeira maratona estratégica, onde cada decisão pode definir o sucesso ou o fracasso. Tradicionalmente, os profissionais de marketing apostam no modelo clássico de compra direta de anúncios, o conhecido direct buy, como base dessa jornada.

Entretanto, este é um modelo obsoleto e ultrapassado que gera desperdício de verba diante de um mercado cada vez mais dinâmico. O principal problema é a rigidez, que impõe prazos apertados, estabelece uma flexibilidade limitada e gera pouca visibilidade sobre a performance após a implementação. Em um trimestre onde o cenário pode mudar em poucas horas – seja por uma reação da concorrência, uma nova tendência de consumo ou uma mudança de algoritmo –, ficar preso a um plano imutável é o mesmo que dirigir olhando apenas pelo retrovisor: arriscado e pouco eficaz.

O modelo tradicional aplicado pelo direct buy trata o anúncio como um custo fixo. Em um ambiente volátil, a falta de dados em tempo real sobre o retorno do investimento (ROI) impede a otimização e pode resultar em um desperdício significativo de verba nas semanas mais caras do ano. A ausência de controle transforma o investimento em uma “caixa preta” de execução.

O contexto é desafiador, mas é também um convite irrecusável à uma virada estratégica. Uma mudança inteligente e criativa de rota, que nos leva por um caminho em que não se trata mais de investir. Trata-se de aplicar recursos em uma estratégia mais efetiva e inovadora. Essa quebra de paradigma exige apostas mais assertivas em plataformas que ofereçam controle total e a capacidade de otimização em tempo real. E é aí que o foco recai sobre soluções como as Redes de Mídia para o Varejo, ou o Retail Media Networks, que tomam as rédeas da situação entregando visibilidade imediata, operações dinâmicas e agilidade competitiva. Um combo perfeito para dominar a maratona do Q4.

Com essa tríade, as empresas e marcas acompanham o desempenho de cada centavo investido no momento exato em que ele é aplicado, o que permite ajustes em minutos, caso a campanha não esteja performando.

Além disso, elas têm ainda a  liberdade de otimizar custos, realocando o orçamento rapidamente em campanhas que estão gerando receita – transformando o orçamento publicitário em uma alavanca de performance, e não em um compromisso fixo. Não podemos deixar de mencionar a capacidade de ajustar a estratégia sob demanda se torna o elemento-chave. Ou seja, com Retail Media Networks o planejamento do Q4 deixa de ser um mero documento e se torna um sistema vivo, capaz de reagir e capitalizar instantaneamente sobre a demanda gerada pela maratona de fim de ano. Aos líderes do varejo, esta sensação de controle e liberdade de ação é o imperativo competitivo que distingue quem apenas participa do Q4 de quem o domina.

Estamos às vésperas dessa alta temporada e a hora de repensar a estratégia de publicidade do Q4 é agora! Confiar em métodos ultrapassados é aceitar um teto baixo para o potencial de receita. Assegurar um Retorno sobre o Investimento (ROI) superior e consolidar uma posição de liderança, é a chave que abre as portas de um planejamento de mídia que é data-driven, flexível e centrado na otimização contínua.

A revolução do Q4 está em andamento. Aqueles que adotarem o controle em tempo real não apenas sobreviverão à maratona, mas a vencerão com uma margem clara!

*Francisco Larraín – Cofundador e CTO da Topsort, uma plataforma de retail media que está redefinindo a forma como os marketplaces do mundo monetizam por meio de publicidade baseada em leilão.

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Estamos preparados para 2027? 3 sinais de que sua empresa está atrasada na corrida da IA

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*Por Anselmo Albuquerque

Recentemente, mergulhei no projeto AI-2027 (https://ai-2027.com), uma simulação detalhada do futuro da inteligência artificial nos próximos meses. O estudo foi elaborado por Daniel Kokotajlo, pesquisador da Open Philanthropy especializado em cenários de longo prazo e riscos existenciais ligados à IA, e conta com uma introdução escrita por Scott Alexander, autor do blog Astral Codex Ten e uma das vozes mais influentes na análise crítica de tendências tecnológicas e filosóficas contemporâneas, não é um exercício de ficção. É um alerta racional e estratégico.

Trata-se de uma narrativa construída mês a mês, com projeções realistas sobre como a IA pode evoluir, colidir com estruturas sociais e impactar decisões políticas, econômicas e até existenciais. Mas o ponto que mais me chamou atenção não foi o “quando”. Foi o “como”.

Três sinais que merecem nossa atenção agora

1. IA criando IA: o gatilho da aceleração cognitiva
Quando uma IA for capaz de desenvolver ou melhorar outras IAs, entraremos num novo ciclo evolutivo, onde a velocidade do avanço tecnológico deixará qualquer modelo de planejamento humano obsoleto. Esse é o ponto de virada. O que era linear se torna exponencial.

2. Cibersegurança como novo campo de batalha
As primeiras aplicações geopolíticas da superinteligência podem surgir no subsolo invisível dos ataques cibernéticos. Países, empresas e organizações estarão vulneráveis não a tanques, mas a códigos. Quem não entender isso, vai continuar investindo em estratégias do século XX para enfrentar desafios do XXI.

3. Linguagem opaca entre máquinas: o risco do neuralese*
Imagine duas IAs conversando em uma linguagem que nem os engenheiros que as criaram conseguem entender. Sem transparência, perdemos o alinhamento. E sem alinhamento, entregamos poder a uma caixa-preta que decide por nós sem sabermos como ou por quê.

2027 pode parecer longe. Mas em termos de desenvolvimento de IA, é quase amanhã. Só para você ter uma ideia, a OpenAI já realizou mais de 20 atualizações significativas no ChatGPT desde 2022. Isso inclui novos modelos (como GPT-4 e GPT-4-turbo), capacidades multimodais (voz, visão, código), uma loja de GPTs personalizados e interfaces mais integradas ao cotidiano das empresas e pessoas.

E aqui vem o ponto-chave: diferente de outras “transformações digitais” pelas quais empresas passaram nos últimos anos, muitas das quais sequer mudaram o chip da alta liderança, a IA exige uma mudança estrutural de visão, de linguagem e de prioridade.

Estamos falando de algo muito mais estratégico do que trocar um sistema de ERP. Quantas empresas passaram anos decidindo qual ERP implantar, levaram outros tantos para implementar, e hoje usam menos de 10 por cento da sua capacidade? Com a IA, essa abordagem incremental simplesmente não vai funcionar.

A pergunta real é: você está na prática compreendendo que isso vai muito além de um ChatGPT? Você já colocou esse tema entre as 3 prioridades estratégicas da sua empresa para os próximos 24 meses?

Se você é líder, empreendedor ou profissional de marketing ou comunicação, este é o momento de pensar e agir com uma velocidade e profundidade que talvez você nunca tenha considerado antes. Pensar como arquiteto do futuro, com os pés no presente, mas os olhos firmes na linha de colisão entre humanos e inteligências artificiais.

Referências:

*Neuralese é um termo usado no cenário AI-2027 para descrever uma linguagem interna que IAs podem desenvolver ao se comunicarem entre si, potencialmente indecifrável para humanos. Essa opacidade pode dificultar a supervisão e o alinhamento com valores humanos, tornando a IA uma caixa-preta.

*Anselmo Albuquerque – CEO da Lean Agency, publicitário com mais de 20 anos de experiência no mercado de comunicação. Reconhecido como referência no tema de Inteligência Artificial.

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