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A Influência dos eventos esportivos na liderança executiva: a paixão pelo esporte como motor de impacto

Publicado

em

*Denis Tassitano

O esporte sempre exerceu uma influência significativa na sociedade, ultrapassando barreiras culturais, linguísticas e econômicas. Além de sua capacidade de entreter, tem o poder de moldar lideranças, inspirar valores e promover a inovação.

Quando penso na prática esportiva, especialmente em contextos competitivos, vejo como ela ensina lições valiosas que vão além das quadras e campos. Disciplina, resiliência, trabalho em equipe e tomada de decisões rápidas são apenas algumas das habilidades que podemos levar para o mundo dos negócios. Embora esporte e mundo corporativo possam parecer mundos distintos, há uma conexão poderosa entre o desempenho em um e a liderança no outro.

Um estudo da Harvard Business Review revelou que líderes que praticam exercícios regularmente têm maior capacidade de liderança, especialmente em situações de pressão. Eles desenvolvem uma maior resiliência, tomando decisões difíceis com mais confiança e menos estresse. A pesquisa ressalta que a prática esportiva não só promove a saúde física e mental, mas também impacta diretamente o desempenho profissional, evidenciando como o engajamento pode fortalecer a eficiência na liderança.

No entanto, não é apenas a parte técnica que faz a diferença. A influência do meu pai me transmitiu soft skills essenciais. Aprendi a importância de lutar até o fim, a criatividade para arriscar sem medo de errar e a dedicação de trabalhar duro pelo bem do time, sempre mantendo lealdade, ética e um bom humor que ajuda a manter o ambiente leve, mas competitivo.

Um dos meus livros de cabeceira sobre liderança é “11 Rings: The Soul of Success” do ex-técnico Phil Jackson, multicampeão pelo Lakers e Chicago Bulls. Também sou fã dos ensinamentos de Jürgen Klopp, que liderou equipes como Liverpool e Borussia Dortmund. Esses exemplos ilustram como princípios de competição se aplicam à liderança. Tanto no ambiente competitivo quanto na vida, lidar com pessoas e diversidade é fundamental, e poucos contextos são tão heterogêneos quanto uma equipe de basquete ou futebol. Essas experiências ensinam a valorizar as diferenças e a trabalhar em conjunto para alcançar objetivos comuns.

Cada vez mais, é evidente que a melhor maneira de conectar pessoas é por meio de experiências compartilhadas. O esporte tem esse poder de oferecer vivências únicas, combinando o lúdico, a paixão e a diversão com uma série de outras emoções que nos unem como seres humanos, especialmente em culturas como a latino-americana, movidas por sentimentos intensos.

Hoje, as competições esportivas ultrapassam o simples caráter competitivo e se transformam em polos de entretenimento, onde o networking floresce em um ambiente de diversão e exclusividade. Esses eventos criam laços que vão além do escritório, oferecendo acesso a experiências premium e exclusivas.

Uma das maiores lições que aprendi nesse universo é a importância do equilíbrio. Muitos atletas de alta performance enfrentam dificuldades para encontrar estabilidade após suas carreiras, o que destaca a necessidade de buscar atividades externas que promovam saúde e bem-estar, também no ambiente empresarial. Reconhecer a importância de equilibrar a vida profissional com práticas que nutrem o corpo e a mente é fundamental para um desempenho sustentável e uma vida plena.

Faço um chamado a outros líderes que ainda não exploraram a influência das atividades esportivas em sua liderança e networking: mergulhem nessa paixão. Elas não só fortalecem habilidades de liderança, mas também oferecem um caminho para conexões genuínas e duradouras. Reflitam sobre como os valores esportivos podem inspirar uma liderança mais eficaz e transformadora. Essa paixão pode ser o motor que impulsiona sua carreira e a transforma em algo verdadeiramente impactante.

Denis Tassitano – Cofundador da Best In Black e vice-presidente da SAP Concur.

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Estamos preparados para 2027? 3 sinais de que sua empresa está atrasada na corrida da IA

Publicado

em

*Por Anselmo Albuquerque

Recentemente, mergulhei no projeto AI-2027 (https://ai-2027.com), uma simulação detalhada do futuro da inteligência artificial nos próximos meses. O estudo foi elaborado por Daniel Kokotajlo, pesquisador da Open Philanthropy especializado em cenários de longo prazo e riscos existenciais ligados à IA, e conta com uma introdução escrita por Scott Alexander, autor do blog Astral Codex Ten e uma das vozes mais influentes na análise crítica de tendências tecnológicas e filosóficas contemporâneas, não é um exercício de ficção. É um alerta racional e estratégico.

Trata-se de uma narrativa construída mês a mês, com projeções realistas sobre como a IA pode evoluir, colidir com estruturas sociais e impactar decisões políticas, econômicas e até existenciais. Mas o ponto que mais me chamou atenção não foi o “quando”. Foi o “como”.

Três sinais que merecem nossa atenção agora

1. IA criando IA: o gatilho da aceleração cognitiva
Quando uma IA for capaz de desenvolver ou melhorar outras IAs, entraremos num novo ciclo evolutivo, onde a velocidade do avanço tecnológico deixará qualquer modelo de planejamento humano obsoleto. Esse é o ponto de virada. O que era linear se torna exponencial.

2. Cibersegurança como novo campo de batalha
As primeiras aplicações geopolíticas da superinteligência podem surgir no subsolo invisível dos ataques cibernéticos. Países, empresas e organizações estarão vulneráveis não a tanques, mas a códigos. Quem não entender isso, vai continuar investindo em estratégias do século XX para enfrentar desafios do XXI.

3. Linguagem opaca entre máquinas: o risco do neuralese*
Imagine duas IAs conversando em uma linguagem que nem os engenheiros que as criaram conseguem entender. Sem transparência, perdemos o alinhamento. E sem alinhamento, entregamos poder a uma caixa-preta que decide por nós sem sabermos como ou por quê.

2027 pode parecer longe. Mas em termos de desenvolvimento de IA, é quase amanhã. Só para você ter uma ideia, a OpenAI já realizou mais de 20 atualizações significativas no ChatGPT desde 2022. Isso inclui novos modelos (como GPT-4 e GPT-4-turbo), capacidades multimodais (voz, visão, código), uma loja de GPTs personalizados e interfaces mais integradas ao cotidiano das empresas e pessoas.

E aqui vem o ponto-chave: diferente de outras “transformações digitais” pelas quais empresas passaram nos últimos anos, muitas das quais sequer mudaram o chip da alta liderança, a IA exige uma mudança estrutural de visão, de linguagem e de prioridade.

Estamos falando de algo muito mais estratégico do que trocar um sistema de ERP. Quantas empresas passaram anos decidindo qual ERP implantar, levaram outros tantos para implementar, e hoje usam menos de 10 por cento da sua capacidade? Com a IA, essa abordagem incremental simplesmente não vai funcionar.

A pergunta real é: você está na prática compreendendo que isso vai muito além de um ChatGPT? Você já colocou esse tema entre as 3 prioridades estratégicas da sua empresa para os próximos 24 meses?

Se você é líder, empreendedor ou profissional de marketing ou comunicação, este é o momento de pensar e agir com uma velocidade e profundidade que talvez você nunca tenha considerado antes. Pensar como arquiteto do futuro, com os pés no presente, mas os olhos firmes na linha de colisão entre humanos e inteligências artificiais.

Referências:

*Neuralese é um termo usado no cenário AI-2027 para descrever uma linguagem interna que IAs podem desenvolver ao se comunicarem entre si, potencialmente indecifrável para humanos. Essa opacidade pode dificultar a supervisão e o alinhamento com valores humanos, tornando a IA uma caixa-preta.

*Anselmo Albuquerque – CEO da Lean Agency, publicitário com mais de 20 anos de experiência no mercado de comunicação. Reconhecido como referência no tema de Inteligência Artificial.

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“Branding de legado: o que Alfred Nobel ainda ensina sobre reputação e propósito”

Publicado

em

*David V. Bydlowski

Quando falamos em branding pessoal ou reputação de marca, a história de Alfred Nobel continua sendo um dos exemplos mais potentes, e talvez mais incômodos, de como memória e legado são construídos. O químico sueco, celebrado hoje como patrono do Prêmio Nobel, foi também o inventor da dinamite, descoberta que o tornou milionário no século XIX. Porém com a fortuna veio a culpa e a reputação sobre uma descoberta cujo impacto se estendeu a cenários de guerra.

O ponto de virada aconteceu por acidente. Após a morte de seu irmão, um jornal francês publicou, por engano, o obituário de Alfred Nobel. O título era devastador: “O mercador da morte está morto”. Naquele instante, Nobel teve um choque de reputação: percebeu que seria lembrado não como um cientista brilhante, mas como alguém associado à destruição.

Esse episódio ecoa fortemente no presente, pois foi com essa manchete que Nobel decidiu transformar o significado do seu nome, criando a nobre instituição pela qual hoje é lembrado. Trazendo ao universo digital dos dias atuais, percebe-se que não é mais apenas a imprensa que molda a narrativa, mas milhares de interações diárias. Se você não cuida da sua história, o público a escreve por você e nem sempre da maneira mais justa.

O obituário digital

Vivemos em um tempo em que a reputação não é construída apenas por campanhas sofisticadas ou slogans bem pensados, mas por rastros cotidianos: curtidas, posts, vídeos, comentários soltos, tweets deletados. Cada fragmento é uma peça que compõe o que se poderia chamar de “obituário digital”. Uma biografia coletiva e permanente, formada por aquilo que o mercado, os consumidores e os algoritmos interpretam e guardam sobre você ou sua marca.

A lição de Alfred Nobel é clara: branding não é só imagem. É herança. Reposicionar é mais que comunicar

Em vez de tentar apagar a associação com a destruição, Nobel escolheu outra estratégia: destinou 94% de sua fortuna à criação do Prêmio Nobel, uma instituição dedicada a reconhecer avanços da humanidade. Nem usou sua fortuna para tentar pagar jornalistas para escrever sobre sua história sob outra ótica. Criou propósito.

Esse gesto é um paralelo direto com as empresas que, hoje, ultrapassam o território do marketing de produto e constroem reputações ancoradas em ESG, impacto social e coerência narrativa de longo prazo. Não se trata de cosmética, mas de estrutura.

Para quem trabalha com comunicação, a reflexão é inevitável: SEO, redes sociais, vídeos e campanhas não são apenas ferramentas de performance. São instrumentos de memória. O que se publica hoje pode aparecer amanhã em um pitch, em uma negociação de M&A ou na decisão final de um consumidor.

O que a publicidade tem a ver com isso?

Tudo. Muitas marcas ainda operam sob a lógica do branding de ocasião, a resposta rápida à tendência, à crise ou ao algoritmo. Mas branding de oportunidade não sustenta branding de legado. E a consequência é clara: As empresas que constroem com intencionalidade, colhem os frutos por gerações.

Alfred Nobel nos lembra que reputação é menos sobre o que você vende e mais sobre o que você deixa. Cabe às marcas e às pessoas decidir se sua história será esquecível ou transformadora.

Em tempo: Nobel morreu em 10 de dezembro de 1896, em San Remo, na Itália. E hoje poucas pessoas sabem que ele foi também o criador da dinamite.

*David V. Bydlowski – Fundador e principal executivo da Rosh Digital, agência com foco em inovação digital e inteligência artificial.

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