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Real Time Marketing é a chave para vencer os desafios do SEO no Google

*Ricardo Monteiro
Recentemente, o Google alterou a forma e a ordem dos resultados de buscas, impactando diretamente nas técnicas utilizadas nas ferramentas de SEO – Search Engine Optimization, em tradução para o português: “otimização para motores de busca”. Com isso, garantir a visibilidade dos anúncios ficou mais difícil e caro. Entretanto, existe luz no fim do túnel: o Real Time Marketing. E agora precisamos enfrentar esses desafios de maneira mais eficaz para alcançar o público-alvo no momento certo.
A partir das mudanças, os primeiros resultados das buscas no Google estão sempre dominados por anúncios pagos. E isso não é coincidência. O Google mudou suas regras, empurrando os resultados orgânicos para baixo. Isso significa que, se você quiser estar no topo, precisa investir mais em anúncios pagos. O Google também está apostando forte em inteligência artificial (IA) e automação. Com ferramentas como o Performance Max, que otimiza campanhas com base nos seus objetivos, tornando as campanhas ainda mais eficientes. Além disso, o Google está sendo mais transparente, rotulando claramente os anúncios como “Patrocinado”. Nesse sentido, as mudanças realizadas pelo Google aumentaram os desafios dos anunciantes. Isto porque, com o aumento do custo por clique – CPC, as empresas precisam desembolsar mais para garantir visibilidade. Além disso, resultados orgânicos, que antes traziam tráfego significativo, agora estão em posições inferiores e apenas os anúncios mais relevantes e com mais budget conseguem se destacar, acirrando ainda mais a concorrência.
É aqui que entra o Real Time Marketing, possibilitando alcançar seu público-alvo nos momentos mais relevantes, aproveitando situações e eventos que geram forte demanda para o online. Isso é o que o Real Time Marketing faz. Para tal, usa contextos do mundo real e do online, como o momento que um comercial vai ao ar na TV, condições climáticas, tendências de busca no Google, eventos esportivos e variações no mercado financeiro entre outros.
Por exemplo, durante um grande evento esportivo, como uma final de campeonato de futebol, um gol é marcado, ferramentas de IA ativam automaticamente campanhas online relacionadas, garantindo que os anunciantes possam fazer bids automáticos para promover produtos esportivos ou serviços de streaming para assistir ao jogo no Google e em outras plataformas. Isso tudo no momento exato em que o público-alvo está mais engajado. Noutro exemplo, quando o jornalista fala sobre FGTS durante um noticiário de forte audiência, o momento é detectado pela ferramenta de IA, que ativa campanhas relacionadas, garantindo que a mensagem impacte os consumidores no momento certo.
Enfim, as mudanças no Google trouxeram desafios significativos para o mercado online, mas com o Real Time Marketing, é possível transformar essas dificuldades em oportunidades. Aproveitar momentos-chave e utilizar tecnologias avançadas em estratégias para otimizar campanhas é o caminho certo para se destacar e alcançar o sucesso neste ambiente tão dinâmico.
*Ricardo Monteiro – COO da Tunad, plataforma de inteligência de mídia
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Cultura de paz: a nova estratégia para negócios relevantes

*Andrea Pitta
Hoje, quem planeja o futuro precisa estar pronto para se adaptar a um cenário em constante mudança. O cenário global passa por um “reset” acelerado, impulsionado pela
instabilidade geopolítica e pela ruptura dos velhos fluxos econômicos. Não estamos apenas diante de uma revolução industrial – vivemos uma revolução cultural, social e humana. As perguntas centrais agora são: Como construir sem destruir? Como criar prosperidade respeitando a vida, a natureza e a diversidade?
O futuro exige mudança de mentalidade. E mudança se faz por meio de educação, informação e novas referências de convivência. Grandes desafios também são grandes oportunidades. Em tempos turbulentos, equilíbrio é a maior força. E o melhor caminho para construir esse equilíbrio é expandir a atuação com base na cultura de paz.
De competição a cooperação
Durante séculos, sucesso foi sinônimo de competição extrema. Mas hoje, organizações que promovem a pluralidade, como a Natura, mostram que a inclusão, a equidade e a
visão ESG criam marcas mais fortes, times mais engajados e resultados mais sólidos. Porém, ESG sozinho não basta. É necessário trabalhar programas práticos de mudança
cultural: diálogo entre equipes, capacitação em comunicação não-violenta, gestão de conflitos, combate ao preconceito implícito.
Criar ambientes positivos, diversos e colaborativos não é mais apenas “o certo a fazer” – é estratégia de sobrevivência e crescimento.
Cultura de paz na prática
No universo dos eventos e do brand experience, cultivar essa mentalidade é essencial. Não basta criar experiências impactantes; é preciso que elas conectem pessoas de forma genuína, despertando pertencimento e propósito.
Ambientes tóxicos sabotam a inovação e a produtividade. Ambientes que praticam a cultura de paz criam times mais criativos, clientes mais leais e marcas mais relevantes.
A transformação que o mercado exige não é apenas tecnológica – é humana. E a liderança do futuro será de quem entender que crescer é, antes de tudo, cultivar.
Como dizia Einstein: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais retorna ao seu tamanho original”. Enfim, o futuro pertence a quem planta as sementes certas agora.
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O futuro do marketing não é performance vs branding: é autenticidade com resultado

*Ali Maurente
Por muito tempo, executivos e agências trataram performance e branding como lados opostos de uma mesma estratégia. De um lado, métricas como cliques, CPL e CAC. Do outro, narrativas aspiracionais que constroem reputação no longo prazo. O resultado dessa visão fragmentada foi a criação de uma falsa dicotomia, responsável por desperdício de energia e orçamentos divididos.
O futuro do marketing não será definido por “mais branding” ou “mais performance”. Ele já está sendo construído em torno de algo mais simples e, ao mesmo tempo, mais desafiador: autenticidade com resultado. Autenticidade porque consumidores, clientes e colaboradores aprenderam a identificar quando uma campanha não passa de fórmula. Não há algoritmo capaz de sustentar o que não é genuíno. Resultado porque, em última instância, conselhos e acionistas continuam cobrando ROI, crescimento e previsibilidade.
O incômodo cresce à medida que o mercado revela uma nova realidade: estamos diante de profissionais de marketing que muitas vezes não entendem de negócio. Há quem fale apenas de postagens, curtidas e seguidores, esquecendo o que realmente importa — receita e marca. Um marketing que olha só para receita morre, assim como aquele que olha apenas para marca. Uma marca sem receita é vaidade. Uma receita sem marca é commodity.
Marketing não é apenas branding. Também não é apenas performance. É o processo de criar, capturar, converter e expandir demanda, fortalecendo a marca ao mesmo tempo em que gera resultados concretos. Isso exige um entendimento profundo do negócio, e quem não souber traduzir essa equação perde espaço rapidamente. O profissional que restringe seus KPIs a seguidores perde relevância. Quem ignora receita se torna apenas mais um criador de conteúdo passageiro.
Esse desafio também não é exclusivo da área de marketing. Ele envolve o alinhamento de todas as áreas, do ICP à conversão. A marca abre portas. A receita mantém as luzes acesas. O alinhamento entre marketing e negócio sustenta o crescimento verdadeiro.
É por isso que CMOs e conselhos precisam abandonar a disputa entre awareness e conversão, entre conteúdo e CTR. O jogo atual é outro: transformar cada KPI em reflexo de uma narrativa verdadeira, capaz de construir comunidade e, ao mesmo tempo, entregar crescimento.
Autenticidade com resultado não é uma tendência. É questão de sobrevivência. Marcas que não compreenderem essa equação continuarão presas à armadilha da vaidade ou da comoditização. E profissionais que não souberem traduzi-la para o negócio perderão espaço para aqueles que entendem que marketing sempre será o motor que une significado e crescimento.
Ali Maurente – Chief Marketing Officer na PSA – Profissionais S.A.