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O que devo considerar ao fazer um planejamento para 2025?
*Pedro Signorelli
Terminou oficialmente o ano de 2024, você deve ter começado a pensar no planejamento para 2025. O ideal é que já tenha iniciado, mas independente de onde estiver neste processo, irei te ajudar.
A primeira coisa que te recomendo fazer pode parecer simples a princípio, mas pouca gente faz este exercício da forma correta: aprender com o que aconteceu ao longo do ano que passou para conseguir entender de verdade o que de fato funcionou e principalmente o que deu errado. Meio óbvio, não é mesmo? Porém, o que mais vejo são empresas se recusando a fazer isso.
O fato é que quando as pessoas não se recusam a olhar para trás, fazem essa avaliação de forma rápida e mal feita. Afinal, pensam que é mais fácil deixar correr o barco. Mesmo o que deu certo acaba não sendo aproveitado para consolidar alguma dessas boas práticas, só celebramos e pronto. Ou seja, perdemos a oportunidade de aprender tanto com o que funcionou quanto com o que definitivamente não funciona.
Para sabermos onde estão os erros, precisamos conhecer os detalhes das execuções, mas sabemos que um gestor, diante de tantas tarefas, muitas vezes não consegue estar ciente de absolutamente tudo, então nada melhor do que ouvir a opinião dos colaboradores sobre o que foi feito durante o ano, pois estão na linha de frente. O time precisa estar jogando junto na construção das ideias, caso contrário, esse já é um ponto a ser arrumado.
O grande problema é que quando não percebemos ou pior, não aceitamos que deu errado, acabamos persistindo em algo que não vai para frente e provavelmente não tem futuro. É como se estivéssemos dando murro em ponta de faca. E começar um novo ano com essa mentalidade não é algo bom para você e muito menos para o seu negócio, que precisa de um planejamento consistente.
Por essa razão, caso a sua empresa ainda não utilize os OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, talvez tenha chegado a hora perfeita para implementar. Porém, tenha bastante cuidado, os OKRs não são apenas uma planilha de Excel que você vai seguindo e dando um check no que completou. A ferramenta exige uma implementação certeira para que realmente funcione.
Olhe com atenção para os dados que estão disponíveis: o que te dizem as métricas? Por que certas ações não atingiram o resultado esperado? Será que faltou planejamento? As hipóteses não foram validadas? A equipe tentou, tentou, mas foi na direção errada? São muitas perguntas que podem surgir nesse momento, mas olhar os OKRs bem construídos facilita este trabalho de gerar aprendizado.
Portanto, quando for fazer o planejamento para 2025, ao invés de pensar em um único ciclo anual, tenha em mente repetir este processo a cada trimestre, pois uma das premissas da ferramenta são ciclos curtos, que permitem recalcular a rota mais rapidamente, sem perder de vista o médio e longo prazo. Desta forma, você vai acelerar o processo de aprendizado da sua organização e criar um plano mais estruturado para o próximo ano.
*Pedro Signorelli – Especialista em gestão, com ênfase em OKRs.
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Marketing digital em 2025: o que esperar?
*André Carvalho
O marketing digital é uma área que nunca estática. Desde que comecei minha jornada no setor, acompanhando de perto as transformações tecnológicas e as constantes demandas do comportamento do consumidor, aprendi que evoluir é uma necessidade. Em 2025, o grande desafio para empresas e profissionais será equilibrar a busca por inovação com a necessidade de manter uma abordagem humanizada. Mais do que nunca, será fundamental garantir que a tecnologia seja usada como um recurso que conecta, e não distancia, marcas e pessoas.
A inteligência artificial, por exemplo, já se tornou uma aliada essencial na otimização de processos e na ampliação da criatividade. Ferramentas de IA possibilitam desde a geração de conteúdo até a personalização de campanhas, ajudando empresas a se comunicarem de forma mais eficiente. Contudo, com grande poder vem uma grande responsabilidade. Além de otimizar processos, é indispensável que as marcas utilizem a IA de maneira ética, respeitando a privacidade dos usuários e priorizando interações genuínas. Ao longo de minha experiência liderando equipes em projetos que adotam IA, percebo que o diferencial não está apenas na tecnologia em si, mas em como ela é aplicada para criar experiências que realmente importam para as pessoas.
Outro aspecto que vejo como essencial é a personalização. Acredito que já passamos do ponto em que isso era apenas uma vantagem competitiva — agora é uma exigência. Consumidores não querem mais conteúdo genérico; eles esperam que as marcas conheçam suas preferências e ofereçam experiências sob medida. Contudo, a personalização também carrega um peso: é preciso ser transparente sobre o uso dos dados e preservar a confiança do cliente acima de tudo. Durante minha carreira, vi de perto como a falta de transparência pode gerar crises e como a construção de um relacionamento baseado em confiança faz toda a diferença.
Um ponto que sempre me chamou atenção é a evolução do marketing de influência. Se antes as marcas focavam apenas no alcance de grandes influenciadores, hoje a tendência é priorizar parcerias mais autênticas e próximas de suas audiências. Em minha experiência liderando campanhas com micro e nano influenciadores, percebi que um público menor, mas altamente engajado, pode gerar resultados muito mais efetivos do que milhões de visualizações sem conexão real. O foco agora está em construir comunidades baseadas em valores compartilhados, criando um senso de pertencimento que vai muito além de uma simples transação comercial.
Olhando para o futuro, é claro que a tecnologia continuará a moldar o marketing digital. No entanto, algo que sempre defendi é que o coração dessa área são as pessoas. A tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa, mas é a capacidade de criar conexões humanas autênticas que determinará o sucesso de qualquer estratégia. Em 2025, as empresas que conseguirem equilibrar inovação com empatia estarão à frente, provando que mesmo em um mundo dominado por máquinas, as relações humanas continuam sendo a verdadeira essência do marketing.
*André Carvalho – CEO & Founder da Tempus Inova
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IAs do Live Marketing
*Fabio Pacheco
O mercado de live marketing passa por constantes transformações e, para se destacar, é preciso ir além de contar histórias: é necessário criar experiências em que as pessoas são protagonistas, gerando emoções e conexões genuínas. Essa é a essência do “storyloving”, um conceito inovador que promete transformar a forma como marcas e consumidores se conecta.
O storytelling serviu como base para o marketing, mas com a evolução tecnológica e as novas expectativas do consumidor, foi preciso avançar. Hoje, não basta contar histórias: é essencial que o público viva e sinta as narrativas. O storyliving já impulsionou o engajamento ao colocar o consumidor no centro da ação, e esse conceito vai além ao criar laços emocionais duradouros. Nesse novo formato, as marcas devem focar em experiências que deixem memórias significativas, proporcionando ao público uma verdadeira sensação de pertencimento.
No storyloving, o foco está em conectar emocionalmente o público, criando experiências que gerem sentimentos e conexões genuínas. Ao oferecer uma vivência que ultrapassa o nível racional, o objetivo é gerar uma memória emocional que se transforma em um vínculo duradouro. Experiências memoráveis – sejam elas eventos, ativações ou lançamentos – reforçam o propósito e o pertencimento, criando laços emocionais com consumidores. Esse tipo de conexão transforma o produto ou serviço em parte essencial da jornada pessoal de cada cliente.
A fórmula é IA + IA: Inteligência Artificial somada à Inteligência com Afeto – Inteligência Artificial (IA) é uma ferramenta poderosa que otimiza processos e analisa dados em grande escala. No entanto, o verdadeiro valor surge quando a IA se alinha com a inteligência humana, proporcionando interações que incluem afeto e empatia. A tecnologia oferece insights que orientam a personalização e permitem que as marcas mantenham o toque humano, criando um equilíbrio que atrai e fideliza clientes.
A inovação constante, entretanto, demanda um ecossistema robusto e colaborativo. A criação de um ambiente que una diferentes expertises permite desenvolver soluções integradas, do planejamento à execução final, com eficiência e criatividade. Um ecossistema focado em soluções criativas facilita a personalização de experiências para cada cliente, atendendo necessidades de forma estratégica e inovadora.
Ou seja: o foco é sempre nas pessoas. O storyloving coloca as pessoas no centro, integrando tecnologia, criatividade e valores sociais. Essa abordagem destaca o compromisso com os princípios ESG e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, promovendo impacto social e ambiental positivo. Projetos alinhados com esses valores – como exposições que sensibilizam sobre temas ambientais ou ações em prol da sustentabilidade – engajam o público em causas significativas, criando uma ponte entre a experiência do consumidor e a responsabilidade social.
Mais do que storytelling, é preciso inovar e gerar resultados. Ao adotar o storyloving, as marcas não apenas contam histórias, mas constroem narrativas significativas que transformam experiências em legados duradouros. Essa nova perspectiva no live marketing conecta, engaja e traz ao consumidor um envolvimento profundo e verdadeiro.
*Fabio Pacheco – Diretor de estratégia criativa da Netza&CO