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O ESG nas pequenas e médias empresas

Publicado

em

*Monica Bressan

Hoje não é novidade, especialmente para quem procura emprego em grandes empresas, deparar-se com perguntas pessoais como etnia, orientação sexual, nome social e inclusive o pronome que a pessoa deseja ser chamada. Mas há um porquê: as empresas estão cada vez mais promovendo a diversidade e inclusão social, indo de encontro à maior conscientização da sociedade como um todo em relação ao tema ESG, sigla em inglês que significa Ambiental, Social e Governança (Environmental, Social and Governance).

Segundo uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), 87% dos brasileiros preferem empresas com práticas sustentáveis na hora de fazer as suas compras ou investimentos. E 70% deles dizem não se importar em pagar mais por isso.

Conforme a discussão sobre as questões ambientais foram se desenvolvendo, especialmente sobre os problemas relacionados à mudança climática e gestão de resíduos, percebeu-se que a questão social era de igual relevância, e que seria imprescindível a participação das organizações nesse movimento para se garantir o desenvolvimento sustentável de uma forma geral.

E assim, após muitas discussões sobre o impacto ambiental e social que as empresas causam, e como isso pode afetar a sustentabilidade do próprio negócio, surgiu o ESG, levando as grandes organizações a assumirem responsabilidades específicas sobre essa pauta.

Mas esse caminho também deve ser seguido pelas micro, pequenas e médias empresas.

Os pequenos empreendedores hoje são fundamentais para envolver toda a cadeia na prática ESG, sejam fornecedores, consumidores e a própria comunidade ao entorno. Afinal correspondem à maior parte das empresas no Brasil.

A pergunta que fica é como podem participar desse movimento, pois na grande parte das vezes, se tem a impressão de que desenvolver ações relacionadas ao ESG envolveria altos investimentos.

Mas essas empresas podem começar desenvolver pequenas ações mas que podem gerar grandes impactos positivos, como iniciar um programa de recrutamento voltado à diversidade e inclusão, como mencionado no início desse artigo, educar o cliente a não poluir o meio ambiente, criar um sistema de reciclagem ou desenvolver alguma maneira de reutilizar ou reduzir os resíduos da empresa, utilizando por exemplo o protocolo 3 Rs da Sustentabilidade (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), que são ações práticas visando estabelecer uma relação mais harmônica entre o meio ambiente e consumo consciente.

As questões de governança devem também estar em evidência, como a transparência e prestação de contas, que confere maior credibilidade em relação às ações estratégicas adotadas, a equidade ao salientar que as pessoas sejam tratadas de maneira horizontal, e a responsabilidade corporativa, que visa cumprir com as normas legais e éticas comuns ao mundo corporativo.

Assim, para começar o empresário deve avaliar primeiro, quais sãos os impactos que a empresa causa e quais são as necessidades do meio (ambiente e social) onde está inserida. Depois deve definir ações que podem ser adotadas para atacar esses impactos e/ou necessidades e começar a se orientar por essa pauta.

Vale mencionar que existem linhas de crédito específicas para as pequenas e médias empresas que pretendem promover ações que, de fato, exigem maior investimento, como para quem pretende financiar projetos para a redução de emissão de gases do efeito estufa, geração de energia renovável e eficiência energética, ou ainda para projetos de preservação da água e gestão de resíduos sólidos.

Ao final, além atender a demanda da sociedade sobre o ESG e gerar ganhos em termos de reputação e imagem, a empresa pode se beneficiar com a economia de recursos e com a diminuição de riscos socioambientais que podem impactar seu próprio negócio.

Assim, o ESG é um caminho sem volta para a evolução de toda a sociedade, com práticas sociais, sustentáveis e diversas outra que têm um interesse em comum: a busca de um mundo melhor.

*Monica Bressan – Especialista em governança corporativa, compliance, ISO 37001, ISO 31000, contratos e finanças.

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A publicidade do varejo Q4: agilidade e controle em tempo real são imperativos

Publicado

em

 *Francisco Larraín

O quarto trimestre do ano (Q4) é, indiscutivelmente, uma temporada mais intensa e decisiva para o varejo. Entre a euforia da Black Friday, a corrida pelas compras de fim de ano e o lançamento de novos produtos, poucas semanas se transformam em uma verdadeira maratona estratégica, onde cada decisão pode definir o sucesso ou o fracasso. Tradicionalmente, os profissionais de marketing apostam no modelo clássico de compra direta de anúncios, o conhecido direct buy, como base dessa jornada.

Entretanto, este é um modelo obsoleto e ultrapassado que gera desperdício de verba diante de um mercado cada vez mais dinâmico. O principal problema é a rigidez, que impõe prazos apertados, estabelece uma flexibilidade limitada e gera pouca visibilidade sobre a performance após a implementação. Em um trimestre onde o cenário pode mudar em poucas horas – seja por uma reação da concorrência, uma nova tendência de consumo ou uma mudança de algoritmo –, ficar preso a um plano imutável é o mesmo que dirigir olhando apenas pelo retrovisor: arriscado e pouco eficaz.

O modelo tradicional aplicado pelo direct buy trata o anúncio como um custo fixo. Em um ambiente volátil, a falta de dados em tempo real sobre o retorno do investimento (ROI) impede a otimização e pode resultar em um desperdício significativo de verba nas semanas mais caras do ano. A ausência de controle transforma o investimento em uma “caixa preta” de execução.

O contexto é desafiador, mas é também um convite irrecusável à uma virada estratégica. Uma mudança inteligente e criativa de rota, que nos leva por um caminho em que não se trata mais de investir. Trata-se de aplicar recursos em uma estratégia mais efetiva e inovadora. Essa quebra de paradigma exige apostas mais assertivas em plataformas que ofereçam controle total e a capacidade de otimização em tempo real. E é aí que o foco recai sobre soluções como as Redes de Mídia para o Varejo, ou o Retail Media Networks, que tomam as rédeas da situação entregando visibilidade imediata, operações dinâmicas e agilidade competitiva. Um combo perfeito para dominar a maratona do Q4.

Com essa tríade, as empresas e marcas acompanham o desempenho de cada centavo investido no momento exato em que ele é aplicado, o que permite ajustes em minutos, caso a campanha não esteja performando.

Além disso, elas têm ainda a  liberdade de otimizar custos, realocando o orçamento rapidamente em campanhas que estão gerando receita – transformando o orçamento publicitário em uma alavanca de performance, e não em um compromisso fixo. Não podemos deixar de mencionar a capacidade de ajustar a estratégia sob demanda se torna o elemento-chave. Ou seja, com Retail Media Networks o planejamento do Q4 deixa de ser um mero documento e se torna um sistema vivo, capaz de reagir e capitalizar instantaneamente sobre a demanda gerada pela maratona de fim de ano. Aos líderes do varejo, esta sensação de controle e liberdade de ação é o imperativo competitivo que distingue quem apenas participa do Q4 de quem o domina.

Estamos às vésperas dessa alta temporada e a hora de repensar a estratégia de publicidade do Q4 é agora! Confiar em métodos ultrapassados é aceitar um teto baixo para o potencial de receita. Assegurar um Retorno sobre o Investimento (ROI) superior e consolidar uma posição de liderança, é a chave que abre as portas de um planejamento de mídia que é data-driven, flexível e centrado na otimização contínua.

A revolução do Q4 está em andamento. Aqueles que adotarem o controle em tempo real não apenas sobreviverão à maratona, mas a vencerão com uma margem clara!

*Francisco Larraín – Cofundador e CTO da Topsort, uma plataforma de retail media que está redefinindo a forma como os marketplaces do mundo monetizam por meio de publicidade baseada em leilão.

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Estamos preparados para 2027? 3 sinais de que sua empresa está atrasada na corrida da IA

Publicado

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*Por Anselmo Albuquerque

Recentemente, mergulhei no projeto AI-2027 (https://ai-2027.com), uma simulação detalhada do futuro da inteligência artificial nos próximos meses. O estudo foi elaborado por Daniel Kokotajlo, pesquisador da Open Philanthropy especializado em cenários de longo prazo e riscos existenciais ligados à IA, e conta com uma introdução escrita por Scott Alexander, autor do blog Astral Codex Ten e uma das vozes mais influentes na análise crítica de tendências tecnológicas e filosóficas contemporâneas, não é um exercício de ficção. É um alerta racional e estratégico.

Trata-se de uma narrativa construída mês a mês, com projeções realistas sobre como a IA pode evoluir, colidir com estruturas sociais e impactar decisões políticas, econômicas e até existenciais. Mas o ponto que mais me chamou atenção não foi o “quando”. Foi o “como”.

Três sinais que merecem nossa atenção agora

1. IA criando IA: o gatilho da aceleração cognitiva
Quando uma IA for capaz de desenvolver ou melhorar outras IAs, entraremos num novo ciclo evolutivo, onde a velocidade do avanço tecnológico deixará qualquer modelo de planejamento humano obsoleto. Esse é o ponto de virada. O que era linear se torna exponencial.

2. Cibersegurança como novo campo de batalha
As primeiras aplicações geopolíticas da superinteligência podem surgir no subsolo invisível dos ataques cibernéticos. Países, empresas e organizações estarão vulneráveis não a tanques, mas a códigos. Quem não entender isso, vai continuar investindo em estratégias do século XX para enfrentar desafios do XXI.

3. Linguagem opaca entre máquinas: o risco do neuralese*
Imagine duas IAs conversando em uma linguagem que nem os engenheiros que as criaram conseguem entender. Sem transparência, perdemos o alinhamento. E sem alinhamento, entregamos poder a uma caixa-preta que decide por nós sem sabermos como ou por quê.

2027 pode parecer longe. Mas em termos de desenvolvimento de IA, é quase amanhã. Só para você ter uma ideia, a OpenAI já realizou mais de 20 atualizações significativas no ChatGPT desde 2022. Isso inclui novos modelos (como GPT-4 e GPT-4-turbo), capacidades multimodais (voz, visão, código), uma loja de GPTs personalizados e interfaces mais integradas ao cotidiano das empresas e pessoas.

E aqui vem o ponto-chave: diferente de outras “transformações digitais” pelas quais empresas passaram nos últimos anos, muitas das quais sequer mudaram o chip da alta liderança, a IA exige uma mudança estrutural de visão, de linguagem e de prioridade.

Estamos falando de algo muito mais estratégico do que trocar um sistema de ERP. Quantas empresas passaram anos decidindo qual ERP implantar, levaram outros tantos para implementar, e hoje usam menos de 10 por cento da sua capacidade? Com a IA, essa abordagem incremental simplesmente não vai funcionar.

A pergunta real é: você está na prática compreendendo que isso vai muito além de um ChatGPT? Você já colocou esse tema entre as 3 prioridades estratégicas da sua empresa para os próximos 24 meses?

Se você é líder, empreendedor ou profissional de marketing ou comunicação, este é o momento de pensar e agir com uma velocidade e profundidade que talvez você nunca tenha considerado antes. Pensar como arquiteto do futuro, com os pés no presente, mas os olhos firmes na linha de colisão entre humanos e inteligências artificiais.

Referências:

*Neuralese é um termo usado no cenário AI-2027 para descrever uma linguagem interna que IAs podem desenvolver ao se comunicarem entre si, potencialmente indecifrável para humanos. Essa opacidade pode dificultar a supervisão e o alinhamento com valores humanos, tornando a IA uma caixa-preta.

*Anselmo Albuquerque – CEO da Lean Agency, publicitário com mais de 20 anos de experiência no mercado de comunicação. Reconhecido como referência no tema de Inteligência Artificial.

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