Artigos
Marketing da gratidão é o futuro do varejo
*Ernesto Vilela
É 2022, o mercado está recuperando-se lentamente do susto dos últimos dois anos de pandemia e procurando superar os números lá de 2019, seu último ponto relevante de referência. Mas, quais ações e estratégias serão necessárias para alcançar esses números? Tudo será feito da mesma forma? Acreditamos que o mundo mudou, e apesar de ainda não conseguirmos entender exatamente quais são os efeitos da pandemia no nosso comportamento, sabemos que o marketing é para as pessoas e essas já não são mais as mesmas.
Hoje, você vai em um supermercado ou entra nas redes sociais e, automaticamente, é bombardeado por informações. Existe tanta coisa para ver, engajar, tantas opções para comprar, que, no fim, nada nos impacta realmente – ou impacta muito pouco. São poucas as marcas que conseguem atrair nossa atenção em meio a tanta “poluição”.
O que parece ser esquecido, muitas vezes, talvez pela correria do dia a dia e o foco em bater metas e mais metas, é que as marcas falam com pessoas, e pessoas são feitas de emoções, sejam boas ou ruins. E a emoção é a chave para mudar um momento, um dia ou até um ato de consumo do consumidor.
Essa falta de conexão, afeta a forma como os consumidores se relacionam com as marcas, afinal, pessoas são pessoas. E por mais que o preço seja algo relevante na escolha de um produto, o que vai diferenciar a sua marca de um concorrente além disso? A comunicação e a “presença de palco” da sua marca.
Por isso, a forma de comunicar-se e de estar presente na vida do consumidor é algo muito valioso, principalmente em um mundo em que os dados são tudo para as empresas.
O ponto é: como as marcas irão coletar dados, seu principal foco hoje, entender tudo sobre o seu público, sem conectar-se emocionalmente com ele?
As emoções passam a ser cada vez mais valiosas, e o maior diferencial que as marcas precisam ter para ser relevantes na vida das pessoas.
O marketing da gratidão é uma forma de conectar-se com as dores das pessoas, entendê-las e apresentar uma solução, e, no atual momento em que vivemos, o marketing de experimentação permite que clientes e marcas que nunca estiveram próximas, se conectem pela primeira vez. É uma relação em que todos ganham e, em um momento em que o poder de compra diminuiu exponencialmente, permitir que o consumidor experimente um produto antes de comprá-lo é colocá-lo no centro e entregar-lhe o poder de decisão.
Essa atenção, principalmente depois da pandemia em que comprar alguns tipos de produtos é um investimento para grande parte da população, traz um sentimento de gratidão e desperta no consumidor o desejo de contribuir, engajar com a marca e, consequentemente, a adicionar na sua rotina de consumo.
Mas, sabemos que o marketing de experimentação precisa de inovação. O modelo de experimentação que conhecemos, de distribuir queijos nas ilhas de supermercado, não traz emoção alguma. É preciso inovar no setor, trazer mais sentimento, dinamismo e tecnologia para a experiência ser relevante nos dias de hoje.
É possível ter uma relação com os consumidores onde todos ganham. E para isso, não é preciso investir milhões em patrocínio no Big Brother. Hoje, é a emoção no dia a dia das pessoas que comanda o jogo e as empresas precisam estar prontas para impactar, transformar e criar laços com quem consome.
*Ernesto Vilela – Fundador e CEO da Mimoo
Artigos
Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
Artigos
Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co