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ESG como tema obrigatório no mundo corporativo

Publicado

em

Andrea Cominato

O mundo tem passado por diversas transformações e temas de cunho ambiental, social e de governança estão cada vez mais em voga. Olhando para trás é possível afirmar que 2021, definitivamente, pode ser considerado como o ano do ESG. Como profissional da área há quase 15 anos, é muito gratificante ver essa importante sigla que se refere aos três principais fatores para se medir o índice de sustentabilidade e impacto social de uma organização, fazendo parte central das estratégias corporativas. Prova disso pode ser observada em um estudo recente produzido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), que mostra que 95% das empresas participantes têm o tema como prioridade em suas agendas. Números como esse refletem, de forma geral, o crescimento da relevância do assunto.

O ESG, ao longo de todo o ano, virou pauta obrigatória não apenas nos principais jornais e sites do país, mas também de investidores. Eles, por sua vez, vêm percebendo a importância de se fazer aportes em empresas que não sejam apenas lucrativas, mas que tragam em seu DNA a responsabilidade social e que conduzam seus negócios de forma assertiva também para o meio ambiente e para a sociedade. O resultado disso mostra que os fundos de investimento baseados no conceito de ESG bateram recorde de captação no Brasil, conforme relatório produzido pela XP. O ESG deixou de ser apenas uma teoria. Ele já se tornou parte do negócio e é uma avaliação, nos dias atuais, indispensável no mundo corporativo.

A temática também tem se consolidado em outras áreas, como a de premiações. A EXAME, por exemplo, na 48ª edição do seu conceituado ranking de Melhores e Maiores, incluiu duas categorias especiais que são baseadas em critérios ESG. Outro movimento interessante foi capitaneado pelo principal banco de desenvolvimento da América do Sul, o BNDES, que anunciou que empresas que adotarem práticas responsáveis nas áreas ambiental, social e de governança, terão juros reduzidos nos financiamentos e linhas de crédito mais atraentes à disposição. Há também um notável crescimento na procura por capacitação na área, com a proliferação de cursos, seja em programas abertos de curta duração e até mesmo em pós-graduações abertas em renomadas instituições. Tais iniciativas nos evidenciam que empresas com boas práticas no tema tendem a ser mais inovadoras porque são companhias com um ambiente diverso, com pluralidade de ideias e foco centrado na geração de valor para a sociedade como um todo.

E necessário ressaltar, porém, que apesar do positivo avanço registrado nesse último ano, há ainda um imenso horizonte a ser explorado, muito por conta das complexidades técnicas e altos custos de implementação das estratégias. É o que mostra o levantamento da Aberje: a limitação de fundos foi apontada como a principal dificuldade por 35% dos entrevistados; para 28% o problema está na falta de uniformidade de compreensão dos termos de sustentabilidade entre as partes interessadas e, para 27%, o principal obstáculo é a dificuldade em mensurar o desempenho e quantificar os benefícios de projetos. No meu dia a dia corporativo, o que mais ouço como adversidade é que essa área é nova e que a preocupação nasceu como uma resposta a cobranças, em vez de ter surgido de uma preocupação genuína das companhias.

Em vista do exposto, para 2022, enxergo como uma forte tendência a diversificação de temas para além das mudanças climáticas. A desigualdade – que infelizmente vem sendo ampliada por conta da pandemia -, terá atenção especial nos projetos de ESG. Outro forte movimento é uma maior colaboração entre as companhias em ações específicas. É inegavelmente mais eficiente e consequentemente mais barato, colaborar em temas que são relevantes para um setor como um todo. O que precisamos é sair da teoria dos planejamentos e ir para a prática efetiva, gerando valor não somente para os clientes, acionistas ou executivos, mas também para a sociedade em geral, para os funcionários e todos os outros públicos de relacionamento. As organizações que pretendem se manter competitivas e alinhadas com o seu público precisam compreender esse conceito e aplicá-lo o quanto antes. A lentidão em sua implementação pode ser vista como um atraso, mas também é uma oportunidade. Aquelas empresas que se adequarem mais rápido e deixarem isso claro para a sociedade e, principalmente, para os seus clientes, podem se destacar da concorrência e crescerem ainda mais nos anos que virão.

Andrea Cominato – Diretora de sustentabilidade e marketing do Grupo New Space

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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?

Publicado

em

*Monique Areze

Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.

 

Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.

Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.

Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.

Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.

Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.

Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.

A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.

*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co

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A Influência dos eventos esportivos na liderança executiva: a paixão pelo esporte como motor de impacto

Publicado

em

*Denis Tassitano

O esporte sempre exerceu uma influência significativa na sociedade, ultrapassando barreiras culturais, linguísticas e econômicas. Além de sua capacidade de entreter, tem o poder de moldar lideranças, inspirar valores e promover a inovação.

Quando penso na prática esportiva, especialmente em contextos competitivos, vejo como ela ensina lições valiosas que vão além das quadras e campos. Disciplina, resiliência, trabalho em equipe e tomada de decisões rápidas são apenas algumas das habilidades que podemos levar para o mundo dos negócios. Embora esporte e mundo corporativo possam parecer mundos distintos, há uma conexão poderosa entre o desempenho em um e a liderança no outro.

Um estudo da Harvard Business Review revelou que líderes que praticam exercícios regularmente têm maior capacidade de liderança, especialmente em situações de pressão. Eles desenvolvem uma maior resiliência, tomando decisões difíceis com mais confiança e menos estresse. A pesquisa ressalta que a prática esportiva não só promove a saúde física e mental, mas também impacta diretamente o desempenho profissional, evidenciando como o engajamento pode fortalecer a eficiência na liderança.

No entanto, não é apenas a parte técnica que faz a diferença. A influência do meu pai me transmitiu soft skills essenciais. Aprendi a importância de lutar até o fim, a criatividade para arriscar sem medo de errar e a dedicação de trabalhar duro pelo bem do time, sempre mantendo lealdade, ética e um bom humor que ajuda a manter o ambiente leve, mas competitivo.

Um dos meus livros de cabeceira sobre liderança é “11 Rings: The Soul of Success” do ex-técnico Phil Jackson, multicampeão pelo Lakers e Chicago Bulls. Também sou fã dos ensinamentos de Jürgen Klopp, que liderou equipes como Liverpool e Borussia Dortmund. Esses exemplos ilustram como princípios de competição se aplicam à liderança. Tanto no ambiente competitivo quanto na vida, lidar com pessoas e diversidade é fundamental, e poucos contextos são tão heterogêneos quanto uma equipe de basquete ou futebol. Essas experiências ensinam a valorizar as diferenças e a trabalhar em conjunto para alcançar objetivos comuns.

Cada vez mais, é evidente que a melhor maneira de conectar pessoas é por meio de experiências compartilhadas. O esporte tem esse poder de oferecer vivências únicas, combinando o lúdico, a paixão e a diversão com uma série de outras emoções que nos unem como seres humanos, especialmente em culturas como a latino-americana, movidas por sentimentos intensos.

Hoje, as competições esportivas ultrapassam o simples caráter competitivo e se transformam em polos de entretenimento, onde o networking floresce em um ambiente de diversão e exclusividade. Esses eventos criam laços que vão além do escritório, oferecendo acesso a experiências premium e exclusivas.

Uma das maiores lições que aprendi nesse universo é a importância do equilíbrio. Muitos atletas de alta performance enfrentam dificuldades para encontrar estabilidade após suas carreiras, o que destaca a necessidade de buscar atividades externas que promovam saúde e bem-estar, também no ambiente empresarial. Reconhecer a importância de equilibrar a vida profissional com práticas que nutrem o corpo e a mente é fundamental para um desempenho sustentável e uma vida plena.

Faço um chamado a outros líderes que ainda não exploraram a influência das atividades esportivas em sua liderança e networking: mergulhem nessa paixão. Elas não só fortalecem habilidades de liderança, mas também oferecem um caminho para conexões genuínas e duradouras. Reflitam sobre como os valores esportivos podem inspirar uma liderança mais eficaz e transformadora. Essa paixão pode ser o motor que impulsiona sua carreira e a transforma em algo verdadeiramente impactante.

Denis Tassitano – Cofundador da Best In Black e vice-presidente da SAP Concur.

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