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Entre aspas, cochetes e parênteses

Por Dil Mota
Mas poderia também ser com retiscências, entre vírgulas, terminado em ponto final ou, quem sabe, ao sabor de um hífen, de uma mudança de parágrafo, ou se questionando ainda se tem um acento agudo, grave ou circunflexo, ou se a trema caiu.
Mas afinal, onde eu coloco esse apóstrofo? E cadê esse C, que tem som de S, e me confundo se tem cê-cedilha ou não?
Em um mundo que se reduz vogais e consoantes a grunhidos, onomatopéias e muitos emojis, fica cada vez mais difícil saber.
Eu já falei dos emojis, mas agora, quero falar sobre os acentos, as palavras e as letras, principalmente aqueles que não dizem o que parecem dizer, que escondem significados entre letras, palavras e linhas, brincando com significados, similaridades, duplicidades e não se rendendo ao óbvio, ao literal, usando de um texto para provocar reações, questionamentos, reflexões, e, deixando claro, até mesmo para os que não conseguem ver, que sim: há espaço para ser irônico, para não aceitar ser tão previsível e que também é muito bom poder aproveitar nosso imenso vernáculo.
Por muitas vezes, eu gostaria que tudo terminasse em retiscências, tanta é a vontade de deixar que o final fosse dado pelo entendimento de cada um, do seu jeito ou, simplesmente, ficasse no ar, porque realmente não existe uma obrigação em ser conclusivo.
Tenho a impressão também, que acentuar pra frente ou pra trás (agudo ou crase) me dá um senso de direção.
Por mais que a minha revisora preferida, Antonia Goularte, em sua generosidade, sempre me diga que eu uso a crase errada, e me divirto com isso, porque é gostoso brincar de não saber, escrever sem saber ao certo se a regra é essa ou aquela, e, talvez, tudo isso seja um retrato de um atentado à Língua – e que me perdoem os lusófonos – porque a revisão ortográfica tirou o acento da palavra ideia, e, para mim, isso é imperdoável… (com retiscências).
Em um mundo com uma redução drástica do uso e controle de nossa Língua, com uma diminuição alarmante da quantidade de palavras que usamos, e de uma forte tendência de adotarmos e usarmos sistematicamente as mesmas expressões, muitas delas com inúmeras aplicações, cá estamos nós escrevendo, você talvez lendo, mas ainda buscando em linhas tortas, tentando não ser mal escritas, que se expressar de forma escrita ainda tem sua graça, como qualquer livro, poesia, poema, ou até mesmo uma notícia, porque a maior parte do seu conteúdo não é o que foi escrito, mas o que está sendo lido por quem lê, e sujeito à sua forma de leitura, da forma como ele consegue e pode entender.
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FutureBrand São Paulo lança ‘Tá Quente, Brasil! 2025″

A FutureBrand São Paulo, consultoria de branding do McCann Worldgroup/IPG, acaba de lançar a segunda edição do Tá Quente Brasil! 2025, levantamento proprietário que mapeia o que está em alta no país. O mapeamento cultural, que contou com o apoio da Timelens para captação de dados, aborda os movimentos que estão moldando a visão e as atitudes dos brasileiros. Foram identificados mais de mil sinais comportamentais, a partir de uma ampla rede de coleta em diferentes regiões do país, reunindo 246,5 milhões de buscas no Google, 2,9 milhões de perfis analisados em redes sociais e 22,6 milhões de menções.
“Mais do que medir o que é relevante, o material apresenta oportunidades para impulsionar negócios país afora, a partir da interpretação estratégica de informações, análise comportamental e mapeamento de sinais criativos”, acredita Ewerton Mokarzel, CEO da FutureBrand.
A pesquisa revela quatro grandes contradições que traduzem o atual momento brasileiro e apontam novos caminhos de conexão e oportunidades para as marcas: Brasil Global x Brasil Local; Brasil da Esperança x Brasil do Desespero; Brasil dos Afetos x Brasil dos Desafetos; e Brasil Público x Brasil Privado.
O levantamento tem como ponto de partida o comportamento dos consumidores brasileiros, a fim de identificar maneiras para marcas criarem vínculos dentro do contexto atual. Entre os principais temas estão meio-ambiente, música, família, religião e finanças. “A partir desses assuntos, as marcas podem entender as oportunidades de negócio, e aproveitá-las de forma assertiva”, complementa o CEO da FutureBrand SP.
O report completo pode ser baixado neste link.
Gente
Paula Munhoz é a nova diretora de marketing de chocolates da Nestlé

A Nestlé Brasil anuncia a promoção de Paula Munhoz como nova diretora de marketing de chocolates. A executiva, que está há 16 anos na empresa, será responsável pelas marcas Nestlé e Garoto. Paula substitui Tatiana Perri, recém promovida para a liderança de CPW Brasil, a divisão global de cereais matinais da empresa.
Paula iniciou carreira em marketing corporativo e mídia, passando por áreas como comunicação corporativa, Nestlé Health Science, Nutrição e CPW, o que contribuiu para seu desenvolvimento e liderança. Em 2022 assumiu a posição de gerente executiva de CPW e respondeu pelo reposicionamento de várias linhas de produtos, conquistando o Prêmio TOP of Mind na categoria e transformando o portfólio com lançamentos relevantes, exposição para novos públicos, além acelerar o crescimento e a liderança da categoria.
“Sigo motivada para transformar estratégias em resultados por meio da inovação centrada no consumidor e do trabalho colaborativo. Estou pronta para assumir este novo desafio na divisão de chocolates e contribuir para o crescimento sustentável dos negócios”, afirma Paula Munhoz.








