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Como um IPO Altera a Estratégia de Marketing de uma Empresa?

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A escolha de uma empresa em se tornar pública através de uma Oferta Pública Inicial (IPO) acarreta uma mudança significativa na sua estratégia de marketing, além de abrir as portas para investidores do público geral. A IPO de uma empresa representa um marco importante, exigindo planejamento minucioso e revisão das ações de marketing.

Estratégia de Marketing Pré-IPO

Antes de uma IPO, as empresas empreendem iniciativas de marketing com o objetivo de ampliar a visibilidade da marca e estabelecer credibilidade no mercado. O intuito principal é atrair a atenção de potenciais investidores e cultivar uma percepção positiva da empresa.

Esforços em relações com investidores, interação com a mídia e ações de marketing direcionadas para atrair investidores institucionais e outras partes interessadas são estratégias habituais durante esse período. O potencial de crescimento, as vantagens competitivas e o caso de investimento geral da empresa são os principais pontos enfatizados.

Estratégia de Marketing Pós-IPO

A estratégia de marketing de uma empresa deve se adaptar para acomodar novos objetivos após a abertura de capital. Enquanto a manutenção do reconhecimento da marca continua sendo crucial, a ênfase principal agora é atrair mais acionistas e investidores em potencial.

Preservar a confiança dos investidores e assegurar transparência se tornam elementos cruciais. Para reter e atrair novos investidores, a empresa precisa comunicar efetivamente seu desempenho financeiro, suas perspectivas de crescimento e sua proposta de valor a longo prazo.

Relacionamento com o Mercado

As relações com investidores constituem um componente essencial do marketing pós-IPO. Através desta função, a comunicação contínua com os acionistas e a comunidade de investidores se torna possível. É fundamental que haja atualizações regulares sobre o desempenho da empresa, resultados financeiros e estratégia corporativa, a fim de manter os investidores informados e preservar sua confiança.

A utilização de relatórios anuais, apresentações para investidores e conferências de resultados como canais de comunicação com as partes interessadas é indispensável. Assim como o IQ Option trabalha a construção da confiança e a manutenção de relacionamentos duradouros embasados em uma comunicação clara e precisa.

Mensagens e Branding

O branding e a mensagem de uma empresa geralmente precisam ser reavaliados e aprimorados na preparação para uma IPO. Com a abertura de seu capital, a empresa passará por maior escrutínio e competição. Torna-se essencial destacar-se entre os concorrentes e construir uma narrativa de marca envolvente.

As empresas devem expressar claramente a identidade, os valores e a missão de sua marca para alinhá-los com o posicionamento no mercado e as expectativas dos investidores. O objetivo é criar confiança, lealdade e reconhecimento de marca por meio de uma presença consistente e forte.

Publicidade e Comunicação Direcionada

As ações de marketing de uma empresa após sua IPO devem atingir um mercado mais amplo. O marketing pós-IPO engloba potenciais investidores individuais e o público em geral, enquanto o marketing pré-IPO foca exclusivamente em investidores institucionais.

Para alcançar as partes interessadas-chave e destacar o potencial de investimento, é necessária uma quantidade substancial de ações de marketing direcionadas, roadshows e conferências do setor. As empresas precisam criar mensagens que atendam às necessidades e interesses específicos de cada segmento do público.

Relações Públicas e Marketing Online

Na era digital, as relações públicas eficazes e o marketing online se tornaram componentes indispensáveis do marketing pós-IPO. A mídia digital oferece oportunidades para comunicar-se com as partes interessadas, ampliar a visibilidade da marca e alcançar um público maior.

As empresas utilizam publicidade online, marketing de mídia social e marketing de conteúdo para promover sua proposta de valor e manter a reputação da marca. Estratégias robustas de relações públicas também são úteis para lidar com crises, administrar a reputação da empresa e cultivar uma atenção positiva da mídia.

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O futuro falou alto no Digitalks 2025 e as marcas precisam ouvir

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*Claudio Santos e Daniel Rosa

O Digitalks 2025 deixou claro que o mercado de comunicação vive um momento decisivo. Entre tecnologia, cultura pop, criatividade e profundos ajustes no comportamento do consumidor, algumas tendências se destacaram pela força com que estão moldando e acelerando a transformação do setor. Cinco tendências, um mesmo recado.
De IA a Sonic Branding, passando pela força da Globo, pela reinvenção criativa do SBT e pelas colaborações culturais do porte de Stranger Things.

1. IA como infraestrutura, não mais como ferramenta

O painel de Pyr Marcondes foi categórico: a inteligência artificial deixou de ser acessório e passou a ser o motor central dos novos modelos de negócio.
Segundo ele, startups e empresas que não forem AI-first se tornarão obsoletas em meses, não em anos. A visão é incômoda, mas necessária: enquanto as Big Techs continuam investindo pesado em grandes modelos de linguagem, a verdadeira revolução está acontecendo nas aplicações específicas, nas microtarefas que resolvem dores reais e aceleram produtividade. O Digitalks mostrou que IA já não é diferencial competitivo. É requisito básico para existir no mercado.

2. Sonic Signature: o som como identidade de marca

A apresentação da Mastercard trouxe um conceito que ainda é pouco explorado no Brasil: a força das marcas sonoras. Em um ambiente saturado de informação visual, a Sonic Signature, um conjunto de sete notas que representa a marca globalmente e reforça uma tendência: criar vínculos emocionais usando estímulos que fogem do óbvio.

O funil de compra deixou de ser linear; o contato com a marca é fragmentado e disperso. Nesse contexto, símbolos auditivos tornam-se âncoras de memória. A era do Quantum Marketing aposta menos em dados brutos e mais em conexões sensoriais. A Mastercard entendeu isso antes da maioria e essa tendência deixou claro que outras marcas precisam seguir o exemplo.

3. Globo: a força de um ecossistema crossmedia e transgeracional

A fala de Gabriela Sicito, da GloboAds, reforçou um ponto que muitos players digitais tentam ignorar: a Globo ainda é e continuará sendo o maior ecossistema de comunicação do país. Com alcance de 98% da população brasileira, o grupo combina TV aberta, streaming e plataformas digitais com uma naturalidade que poucas empresas no mundo conseguem replicar.

A TV Globo mantém enorme força entre o público 40+, enquanto o Globoplay reúne jovens abaixo dos 30. Publicidade segmentada por cidade ou estado, ações de performance local e indicadores robustos completam a equação. Se há uma tendência consolidada, é esta: o futuro não será apenas digital; será crossmedia, transgeracional e guiado por dados.

4. SBT e o retorno da criatividade que prende e não apenas que atrai

No painel do SBT, uma ideia simples ressoou com força: mesmerization captura o olhar; criatividade mantém a atenção. Não basta gerar cliques, é preciso gerar conversa.

O resgate das câmeras escondidas exemplifica essa tese. O case global da Menina Fantasma, que ultrapassou 300 milhões de views, mostrou que formatos clássicos podem renascer quando reinterpretados para novas gerações. Hoje, versões imersivas aparecem em eventos como a CCXP, mostrando que entretenimento bem construído continua sendo uma das linguagens mais eficientes para marcas.A tendência é clara: o conteúdo que vence é o que combina engenharia do olhar com inteligência narrativa.

5. Stranger Things + Valda: nostalgia como estratégia de marca

O painel sobre marcas e entretenimento apresentou um dos cases mais simbólicos do evento: a collab Valda + Stranger Things. A força da ação não veio apenas da visibilidade, mas da conexão genuína. Ambos os universos carregam estética e memória afetiva dos anos 80 e foi exatamente essa sintonia que gerou relevância.

Mas o debate trouxe também um alerta importante: viralizar é fácil; manter relevância é difícil. A verdadeira tendência aqui não é a nostalgia em si, mas a capacidade de transformá-la em continuidade de narrativa, algo que poucas marcas conseguem sustentar.

O futuro da comunicação será híbrido, sensorial, inteligente e profundamente cultural. E, se o Digitalks antecipou alguma coisa, é que quem não acompanhar esse movimento ficará para trás — mais rápido do que imagina.

*Claudio Santos – Presidente do Next Group

*Daniel Rosa – CEO do Digitalks Indie Summit

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O produto virou ferramenta, o valor está no símbolo

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*Vinicius Martinez

Durante anos, o mercado girou em torno do produto. O mundo mudou, e o consumidor mudou com ele. Hoje, o que define o desejo não é mais o que você vende, mas o que você representa, com quem você é conectado. O produto sozinho perdeu força e espaço para o símbolo, o que ele comunica, a comunidade que ele cria e o sentimento de pertencimento que ele desperta.

Agora é a conexão dos 4Cs: consumidor, custo, conveniência e comunicação. O poder saiu da prateleira e foi para o feed. O produto deixou de ser o fim e se tornou o meio de diálogo, de status, de identidade.

Campanhas social first cresceram justamente porque falam de gente, não de coisas. Elas criam comunidade, convidam o público para dentro e transformam consumidores em porta-vozes culturais. E quando a audiência vive a marca, o consumo acontece naturalmente. A nova influência é viva, espontânea e criativa.

A geração Z e os millennials não querem mais assistir a anúncios. Eles querem fazer parte da história. Os creators viraram marcas e as marcas viraram plataformas. Hoje o desafio diário é buscar profundidade de comunidade, posicionando narrativa e transmitindo propósito.

O mercado de comunicação vive uma fase de evolução e aprendizados diários. As fronteiras entre agência, consultoria, house e creator estão desaparecendo, integrando e tornando mais colaborativo o conteúdo final das entregas. Os players de mercado que entenderam isso estão se fundindo, se reestruturando e criando modelos híbridos, capazes de entregar estratégia, cultura e negócio na mesma mesa.

Não é sobre ser “de trade”, “digital” ou “publicidade”. É sobre resolver o problema real do cliente, com criatividade como ferramenta, dados como base e alinhamento estratégico de dentro para fora. O desafio está justamente em entregar campanhas de sucesso para um cenário 360 com o consumidor final.

O Brasil como laboratório cultural – O Brasil entende essa virada como poucos. Aqui, um drop vira conversa, um lançamento vira meme, uma collab bem feita vira comportamento social. Da febre do Labubu ao lifestyle de On, Lululemon e Yalo, o público busca símbolos que traduzam quem ele é ou quem gostaria de ser. O consumo automaticamente se adapta para uma forma de expressão, um reflexo de identidade. Por isso, não vendemos mais produto, vendemos símbolos que conectam pessoas e criam cultura.

Enfim, o produto é só o passaporte. O que vale é o que vem depois: a conversa, a experiência, o pertencimento. E quando o produto deixa de ser mercadoria e vira símbolo, ele ultrapassa o mercado e entra na vida das pessoas. A nova economia é movida por cultura, não por catálogo.

*Vinicius Martinez – Sócio-diretor da influência, agência do Grupo HÜK

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