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Como o ABM transforma o jogo das vendas B2B

Publicado

em

*Jacinto Miotto Neto

O Account-Based Marketing (ABM) surge como uma metodologia poderosa, principalmente para empresas B2B que buscam atrair clientes de médio e grande portes. Ao contrário do marketing tradicional, que se fundamenta na atração de leads para depois identificar quais são as empresas relevantes, o ABM inverte essa lógica: inicia-se com a escolha das empresas que se deseja atingir, seguida de ações de marketing e vendas direcionadas.

Empresas de Saas e produtos industriais que possuem médias e grandes empresas como clientes alvo, têm adotado cada vez mais o ABM devido à eficiência desta metodologia e também ao aumento dos custos de geração de leads por meio das mídias digitais.

A implementação do ABM pode ser estruturada em cinco etapas. Inicialmente, é necessário elaborar uma lista de empresas-alvo, selecionadas com base no Perfil do Cliente Ideal (ICP). Para fazer um piloto para se testar a metodologia essa lista pode variar de 50 a 300 empresas, dependendo do escopo e das ambições do negócio. Recursos como bases de dados são fundamentais para compor essa lista criteriosamente. Existem hoje empresas que fornecem acesso a bases de dados com todos os CNPJs existentes, incluindo filtros como código CNAE, número de funcionários, faturamento etc.

O próximo passo é a identificação dos indivíduos-chave dentro de cada empresa, abrangendo usuários, influenciadores, decisores e compradores. Ferramentas como o LinkedIn são valiosas para esse mapeamento, garantindo que as ações subsequentes sejam direcionadas corretamente.

Campanhas de marketing altamente personalizadas são então desenvolvidas para cada conta e cada indivíduo identificado. A personalização é viável graças à tecnologia moderna, que permite ajustes precisos nas plataformas digitais para que o conteúdo ressoe de maneira única com cada receptor. É fundamental ter campanhas planejadas e com cadência, já que pesquisas mostram que antes de uma compra as pessoas têm no mínimo sete interações com a marca.

Outro aspecto relevante é a integração efetiva entre as equipes de Marketing e Vendas. O ABM exige que ambos os times trabalhem de maneira coordenada e coesa, pois essa sinergia potencializa o impacto e a eficácia de todo o processo. Preferencialmente deve-se criar uma reunião de acompanhamento semanal envolvendo as pessoas de marketing e vendas participantes no processo de ABM.

Por fim, a mensuração dos resultados é essencial. É importante avaliar o sucesso das campanhas e ajustar as estratégias conforme necessário, buscando sempre a melhoria contínua e o aprimoramento das abordagens. Para tanto deve-se medir as taxas de conversão de cada parte do processo e juntamente entre marketing e vendas detalhar planos de melhorias destas taxas.

O ABM, portanto, não é apenas uma metodologia passageira, mas uma abordagem estratégica que pode transformar significativamente a maneira como uma empresa realiza negócios, personalizando e direcionando suas vendas de forma mais eficaz. Esta é uma forma de garantir que a mensagem da empresa alcance os decisores e influenciadores mais importantes dentro das organizações-alvo, maximizando assim as oportunidades de vendas e fortalecendo a posição no mercado.

*Jacinto Miotto Neto – Sócio da Auddas com mais de 20 anos de experiência em posições C-Level

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Gastronomia e experiências memoráveis: Importância da ativação de uma marca em eventos

Publicado

em

*Fabio Zibenberg

Em um mercado saturado e altamente competitivo, as empresas precisam se destacar para atrair a atenção e conquistar a preferência dos consumidores. A ativação de marca é um dos caminhos nesta jornada, pois enquanto estratégia permite que as marcas deixem uma impressão duradoura em seu público-alvo, criando uma conexão emocional que vai além do simples consumo de produtos ou serviços. Sem falar na consolidação da identidade de uma empresa, transmitindo seus valores, missão e visão de forma clara e convincente. Isso cria uma imagem coesa e autêntica que os consumidores podem relacionar e confiar.

Ao criar uma conexão emocional, a ativação de marca fortalece a fidelidade do cliente. E, consumidores que se sentem conectados a uma marca são mais propensos a se tornarem clientes fiéis. Ao criar experiências memoráveis, eles podem estar dispostos a pagar mais por aquilo que a marca representa. Eventos são também uma excelente plataforma para gerar conteúdo de marca. O ambiente vibrante e dinâmico de um evento faz também com que os próprios participantes possam atuar como embaixadores da marca ao compartilhar suas experiências com seus seguidores, ampliando o alcance da ativação de forma orgânica.

Neste sentido, a gastronomia tem se tornado um componente essencial na criação de experiências memoráveis em eventos, não apenas pelo seu papel funcional, mas como parte integral da ativação de marca. Quando bem explorada, a gastronomia pode amplificar a percepção de uma marca e criar uma experiência sensorial completa. Pensemos o ato da boa mesa como uma experiência profunda, que envolve diversos sentidos. Incorporar uma experiência gastronômica a um evento reforça a conexão emocional do público com a marca. Quando bem realizada, pode criar uma memória associativa forte entre o sabor e a imagem da marca. Isso é especialmente relevante em eventos de luxo ou experiências exclusivas, por exemplo, onde a gastronomia pode ser um diferencial competitivo.

O que mais tem a capacidade de reunir pessoas e promover interação social, que não a comida? Eventos que oferecem experiências gastronômicas de qualidade são percebidos como mais acolhedores e convidativos, o que aumenta a permanência dos participantes e consequentemente favorece o networking. Além disso, a combinação de boa comida e entretenimento potencializa a percepção positiva do evento como um todo. A inclusão de parceiros renomados na área da gastronomia, como chefs famosos, marcas de bebidas premium, podem ainda elevar a percepção de prestígio e qualidade de um evento. Isso pode gerar mídia espontânea, aumentar a cobertura nas redes sociais e atrair um público mais exigente.

Quando combinada com a gastronomia, a ativação de marca se torna ainda mais impactante, criando uma experiência sensorial completa e memorável. Empresas que investem em ativações de marca durante eventos, integrando a gastronomia de forma estratégica, estão mais bem posicionadas para capturar a atenção do consumidor e gerar resultados positivos em longo prazo.

*Fabio Zibenberg – Sócio e líder em comercialização de eventos do Grupo T.T. Burger, Ella Pizzaria e CEO do Grupo BERLINN, holding de brand solutions

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Investimento em marketing mix modeling prepara big techs para mundo pós-cookies

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*Daniel Guinezi

Desde que as primeiras normas regulatórias sobre o uso de dados pessoais começaram a circular, em meados de 2016, as plataformas de mídia vêm se preparando para uma realidade na qual o acesso a esses dados não é mais tão facilitado. Paralelamente, profissionais de marketing e publicidade travam uma batalha antiga contra os modelos tradicionais de mensuração e segmentação de estratégias de mídia, galgados em cima das facilidades que essas plataformas vêm oferecendo até então.

Por um lado sendo pressionados a se adaptar a um mundo ainda incerto e, por outro, buscando inovar constantemente à medida que novas soluções prometem retornos sobre ativos (ROAs) cada vez mais agressivos, um fantasma paira sobre as big techs e seus anunciantes, que podem se ver lidando com bloqueios de third-party cookies no futuro: como mensurar e otimizar investimentos em mídia com o menor risco possível e de forma cada vez mais independente?

Nos últimos anos, as gigantes do setor de tecnologia Google e Meta, responsáveis pelas principais plataformas de anúncio utilizadas hoje no marketing digital, têm feito investimentos significativos em frameworks de marketing mix modeling (MMM). O Google se prepara para lançar ao grande público sua própria solução para integração e mensuração de mídia na forma do Google Meridian, em resposta à Meta, que saiu na frente com o projeto Robyn.

O Google Meridian é um framework avançado de MMM que utiliza uma combinação de técnicas de análise de dados e algoritmos de machine learning para fornecer insights profundos sobre o desempenho de campanhas de marketing, enriquecendo suas análises com fatores exógenos de venda, sazonalidade e eventos específicos de cada setor.

Já o Meta Robyn busca cruzar e analisar dados de engajamento e comportamento do usuário nas plataformas sob o guarda-chuva da Meta, como Facebook e Instagram, e vincular esses dados aos resultados de negócios das empresas. Além disso, o Meta Robyn utiliza algoritmos avançados de IA para identificar padrões de comportamento dos usuários e prever o desempenho futuro das campanhas de marketing em sua plataforma de anúncios, possibilitando análises preditivas mais detalhadas.

Em ambos os casos, a integração de dados permite uma análise abrangente do mix de marketing e uma compreensão mais completa do impacto de cada variável no lucro da empresa.

Embora esteja em alta agora, o MMM não é novidade e nem exclusividade das big techs. A ferramenta remonta às raízes da economia e da econometria, tendo sido originalmente desenvolvida para analisar o impacto das diferentes variáveis de marketing nas vendas no final do século XIX e início do século XX, quando economistas e estatísticos começaram a explorar maneiras de quantificar o impacto das variáveis de marketing nas vendas e nos resultados comerciais das empresas.

Foi durante os anos 1960 e 1970 que o MMM começou a ganhar destaque como uma técnica econometricamente sólida para analisar o mix de marketing. Com o avanço de tecnologias que favoreceram a análise de dados, o MMM evoluiu para se tornar uma solução capaz de processar um grande volume de dados com diversas variáveis e fornecer insights rápidos e precisos. Atualmente, algoritmos avançados de IA, quando acoplados a esses frameworks, podem identificar padrões complexos com uma análise mais granular e em tempo real, permitindo que as empresas otimizem suas estratégias de forma ainda mais ágil e eficiente.

Com o fim iminente dos cookies de terceiros e a implementação de leis de privacidade mais severas, como a GDPR na União Europeia, a CCPA na Califórnia e a LGPD no Brasil, as empresas que investem amplamente em publicidade online enfrentam desafios significativos na hora de trackear o comportamento dos consumidores e personalizar suas estratégias de marketing de maneira eficaz.

Isso inclui um aumento da dependência de canais proprietários, maiores lacunas de atribuição e necessidade potencial de exploração de tecnologias como single sign on e contextual targeting, além da adoção de abordagens baseadas em consentimento e transparência no uso e tratamento de dados dos usuários.

O MMM ressurge como uma solução viável para superar muitos desses obstáculos, oferecendo uma abordagem baseada em dados que não depende do rastreamento individual do usuário. A solução também visa diminuir saltos hipotéticos que, no contexto de investimentos milionários em mídia, podem, muitas vezes, comprometer tomadas de decisão altamente estratégicas devido à incerteza sobre a assertividade dos KPIs do negócio.

Nesse contexto, o marketing mix modeling emerge novamente como uma ferramenta essencial para as empresas permanecerem competitivas em suas estratégias de marketing. Com o apoio de investimentos das big techs e avanços contínuos em IA e machine learning, a ferramenta está se adaptando às demandas do mundo moderno, oferecendo uma abordagem baseada em dados que respeita a privacidade do usuário e proporciona mais segurança, objetividade e transparência nos investimentos em mídia.

*Daniel Guinezi – CEO da martech Uncover

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