Conecte-se com a LIVE MARKETING

Artigos

Como a chegada do Amazon Ads no Brasil impacta o segmento de marketing digital

Publicado

em

Por Rafael Arruda*
No Brasil desde dezembro de 2012, inicialmente somente com vendas de livros, a Amazon vem, de forma cada vez mais acelerada, criando seu ecossistema, o que inclui a expansão das categorias de e-commerce e a consolidação de seu serviço de streaming, o Prime Video. Neste contexto, o Amazon Advertising (ou Amazon Ads), lançado no final de 2020, era uma divisão que faltava para completar o “pacote” e que também era muito aguardada pelo mercado publicitário.
O Amazon Ads é uma plataforma de gerenciamento e veiculação de anúncios nos próprios serviços e em empresas parceiras da companhia, como marketplaces. Da mesma maneira que suas concorrentes, a gigante varejista também utiliza algoritmos inteligentes e uma base de dados dos usuários visando garantir uma entrega eficiente das veiculações, independentemente do estágio na jornada do cliente. É isso que torna o Amazon Ads mais uma opção bastante relevante para a veiculação assertiva de anúncios personalizáveis de acordo com perfil de consumo, faixa etária, localização e outras variáveis.
A proposta do Amazon Ads é se tornar uma central de gerenciamento de anúncios para suas plataformas. A maioria dos formatos de publicidade disponíveis é familiar para quem está acostumado a trabalhar com campanhas de Outbound Marketing. Tal como no Google Ads, os anúncios patrocinados do Amazon Ads são usados para gerar conversões e vendas a partir das palavras-chave pesquisadas pelos usuários. Basta selecionar o produto que deseja anunciar, associá-lo a uma palavra-chave e definir um orçamento diário.
Personalização e impacto
O Amazon Ads também permite que seus usuários criem anúncios personalizados. Nesse caso, o anunciante pode definir um grupo específico de anúncios para promover e inseri-los nas postagens dos seus produtos. Além disso, os anúncios em vídeo do Amazon Advertising trazem diversos benefícios: são visualmente atraentes, têm maior alcance e impactam o consumidor como nenhum outro formato. A plataforma assegura que a exibição dos criativos será sempre realizada em ambientes confiáveis, seja dentro da plataforma ou de terceiros o que permite um retorno mais palpável para o anunciante.
Outro ponto de destaque é o Amazon DSP, uma plataforma de compra programática (automatizada por algoritmos). Sua proposta consiste em ampliar a exibição dos anúncios para plataformas parceiras. O sistema é destinado a grandes marcas que desejam levar seus produtos e serviços para além da Amazon (como apps e serviços de streaming), sem abrir mão da infraestrutura e da confiabilidade da companhia.
É uma DPS que, por sua própria natureza, possui uma audiência qualificada, uma vez que ela trata de todos os usuários dos produtos Amazon, seja ele qual for. Ou seja, qualquer pessoa que possui uma conta registrada em alguma ferramenta Amazon fica elegível para receber publicidade via DSP. Os níveis de segmentação possuem papel fundamental para fazer as estratégias darem certo. Por exemplo, é possível saber os últimos livros que a pessoa leu, os últimos filmes e séries assistidos, os produtos comprados na Amazon, quais foram as formas de pagamento, ticket médio, entre outros pontos. Assim, é possível para seguir certas premissas para definir a audiência visada de uma determinada campanha online.
Com tantas novidades e benefícios, o Amazon Ads se torna uma ferramenta importante para o mercado. Mais do que ajudar a impulsionar vendas de resposta direta para produtos de consumo online, a plataforma se posiciona como um espaço para construção de marcas e relacionamento com a audiência. Na era da disputa por atenção e pela entrega de um conteúdo relevante, no momento certo, considerar mais essa estratégia no pipeline pode ser um grande diferencial.
*Rafael Arruda atua como Head de Mídia, BI e SEO na GhFly
Continue lendo

Artigos

Cultura de paz: a nova estratégia para negócios relevantes

Publicado

em

*Andrea Pitta

Hoje, quem planeja o futuro precisa estar pronto para se adaptar a um cenário em constante mudança. O cenário global passa por um “reset” acelerado, impulsionado pela
instabilidade geopolítica e pela ruptura dos velhos fluxos econômicos. Não estamos apenas diante de uma revolução industrial – vivemos uma revolução cultural, social e humana. As perguntas centrais agora são: Como construir sem destruir? Como criar prosperidade respeitando a vida, a natureza e a diversidade?

O futuro exige mudança de mentalidade. E mudança se faz por meio de educação, informação e novas referências de convivência. Grandes desafios também são grandes oportunidades. Em tempos turbulentos, equilíbrio é a maior força. E o melhor caminho para construir esse equilíbrio é expandir a atuação com base na cultura de paz.

De competição a cooperação

Durante séculos, sucesso foi sinônimo de competição extrema. Mas hoje, organizações que promovem a pluralidade, como a Natura, mostram que a inclusão, a equidade e a
visão ESG criam marcas mais fortes, times mais engajados e resultados mais sólidos. Porém, ESG sozinho não basta. É necessário trabalhar programas práticos de mudança
cultural: diálogo entre equipes, capacitação em comunicação não-violenta, gestão de conflitos, combate ao preconceito implícito.

Criar ambientes positivos, diversos e colaborativos não é mais apenas “o certo a fazer” – é estratégia de sobrevivência e crescimento.

Cultura de paz na prática

No universo dos eventos e do brand experience, cultivar essa mentalidade é essencial. Não basta criar experiências impactantes; é preciso que elas conectem pessoas de forma genuína, despertando pertencimento e propósito.

Ambientes tóxicos sabotam a inovação e a produtividade. Ambientes que praticam a cultura de paz criam times mais criativos, clientes mais leais e marcas mais relevantes.
A transformação que o mercado exige não é apenas tecnológica – é humana. E a liderança do futuro será de quem entender que crescer é, antes de tudo, cultivar.

Como dizia Einstein: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais retorna ao seu tamanho original”. Enfim, o futuro pertence a quem planta as sementes certas agora.

Continue lendo

Artigos

O futuro do marketing não é performance vs branding: é autenticidade com resultado

Publicado

em

*Ali Maurente

Por muito tempo, executivos e agências trataram performance e branding como lados opostos de uma mesma estratégia. De um lado, métricas como cliques, CPL e CAC. Do outro, narrativas aspiracionais que constroem reputação no longo prazo. O resultado dessa visão fragmentada foi a criação de uma falsa dicotomia, responsável por desperdício de energia e orçamentos divididos.

O futuro do marketing não será definido por “mais branding” ou “mais performance”. Ele já está sendo construído em torno de algo mais simples e, ao mesmo tempo, mais desafiador: autenticidade com resultado. Autenticidade porque consumidores, clientes e colaboradores aprenderam a identificar quando uma campanha não passa de fórmula. Não há algoritmo capaz de sustentar o que não é genuíno. Resultado porque, em última instância, conselhos e acionistas continuam cobrando ROI, crescimento e previsibilidade.

O incômodo cresce à medida que o mercado revela uma nova realidade: estamos diante de profissionais de marketing que muitas vezes não entendem de negócio. Há quem fale apenas de postagens, curtidas e seguidores, esquecendo o que realmente importa — receita e marca. Um marketing que olha só para receita morre, assim como aquele que olha apenas para marca. Uma marca sem receita é vaidade. Uma receita sem marca é commodity.

Marketing não é apenas branding. Também não é apenas performance. É o processo de criar, capturar, converter e expandir demanda, fortalecendo a marca ao mesmo tempo em que gera resultados concretos. Isso exige um entendimento profundo do negócio, e quem não souber traduzir essa equação perde espaço rapidamente. O profissional que restringe seus KPIs a seguidores perde relevância. Quem ignora receita se torna apenas mais um criador de conteúdo passageiro.

Esse desafio também não é exclusivo da área de marketing. Ele envolve o alinhamento de todas as áreas, do ICP à conversão. A marca abre portas. A receita mantém as luzes acesas. O alinhamento entre marketing e negócio sustenta o crescimento verdadeiro.

É por isso que CMOs e conselhos precisam abandonar a disputa entre awareness e conversão, entre conteúdo e CTR. O jogo atual é outro: transformar cada KPI em reflexo de uma narrativa verdadeira, capaz de construir comunidade e, ao mesmo tempo, entregar crescimento.

Autenticidade com resultado não é uma tendência. É questão de sobrevivência. Marcas que não compreenderem essa equação continuarão presas à armadilha da vaidade ou da comoditização. E profissionais que não souberem traduzi-la para o negócio perderão espaço para aqueles que entendem que marketing sempre será o motor que une significado e crescimento.

Ali Maurente – Chief Marketing Officer na PSA – Profissionais S.A.

Continue lendo