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Clientes mais exigentes X orçamento reduzido: como resolver este impasse pós-pandemia?

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*Por Juliana Saab

Há um ano o setor de eventos vivencia um momento de retomada. Mas é possível recomeçar do ponto onde paramos? Historicamente, a área sempre sofreu com orçamentos reduzidos, embora agora a antiga questão tenha ganhado novos contornos. As agências enfrentam um cenário de aumento de custo da mão de obra, decorrente da alta demanda represada e escassez de talentos. Muitos profissionais se reinventaram durante a pandemia e, com mais qualidade de vida, não querem voltar a trabalhar no setor. Cenografia, catering, áudio e vídeo são serviços em que os preços subiram. Os valores de matéria-prima, em geral, aumentaram devido à falta dos produtos no mercado, muitas vezes importados da China.

No entanto, não foi somente o mercado que mudou. O público também. Diante de clientes ávidos por experiências marcantes, sacrificar a qualidade da experiência em detrimento do custo não é uma opção. A agência e o cliente sabem disso. O desafio que o setor tem enfrentado é o de equacionar esta desconexão entre orçamento limitado e expectativas cada vez maiores.

Considerando os impactos desta alta de preços, não é mais possível utilizar como régua de comparação para a realização dos eventos orçamentos do período pré-pandemia – e, tampouco, do ano de 2022.

Se, por um lado, há pressão inflacionária, por outro há uma exigência estratégica e criativa muito maior do que tempos atrás. Cliente e público esperam uma jornada muito mais detalhada e ativações cada vez mais surpreendentes e tech, com realidade aumentada e metaverso. Isso significa que, para realizar o mesmo evento de anos anteriores, há dois caminhos: ou a empresa aumenta a sua alocação de orçamento para evento, ou prioriza o que realmente faz diferença para aquele público e objetivo. Muitas vezes, espera-se que a agência opere verdadeiros milagres para lidar com essas limitações – o que, na maioria das vezes, não é viável.

O processo de criação de um projeto passa pelo: recebimento do briefing e análise de objetivos;  estudo dos  times de planejamento e criação, criação da jornada e experiência, e então o plano tático. Tudo sempre visando a entrega de KPIs e principais objetivos do cliente. Depois as cotações são levantadas e, finalmente, há a montagem de uma planilha consolidada, incluindo a mão de obra de fornecedores parceiros remunerados que apoiam no preparo da proposta. É nesse momento que a agência sabe se vai conseguir alcançar o orçamento do cliente.

Caso o valor esteja fora do previsto, é necessário que o time de criação faça adaptações no projeto, apostando em ideias (menos custosas), sem comprometer a sua essência. Entretanto, diante de briefings cada vez mais ousados, ideias mais baratas dificilmente satisfazem os desejos e necessidades do contratante. Diminuir o valor dos serviços das agências também não é uma opção, já que há um custo fixo de equipe bastante elevado e a agência é um grande parceiro estratégico de seus clientes, que ajuda a alavancar vendas e mexe no ponteiro de consumo. Nesse sentido, a agência acaba sendo a portadora das más notícias, que nesse caso são os preços altos em decorrência de todo o cenário dos últimos tempos.

Para não cair na armadilha do “barato que sai caro”, é também importante uma avaliação criteriosa da confiabilidade do serviço por parte do cliente. Preços muito abaixo do mercado precisam ser olhados com cautela. O orçamento de um evento leva ainda em conta custos de frete, manuseio e armazenagem. Tudo isso garante a consistência da entrega.

Qual a alternativa, então, para equilibrar a balança? Entender a importância do marketing de experiência na trajetória de construção da marca. O quanto vale investir em estratégias de longo prazo para desenvolver marcas sólidas e impactar positivamente nos resultados. Ser eficiente na experiência para alavancar vendas, criar um ambiente melhor para os times, desenvolver relacionamentos duradouros com parceiros, investidores, clientes  e, principalmente, conquistar a audiência através da identificação das pessoas com os valores da empresa. Entender a importância dessas práticas para a organização e investir nessa frente é uma escolha necessária para resolver o impasse pós-pandemia, transformando marcas em objetos de desejo e em histórias inesquecíveis.

*Juliana Saab – Country lead da GPJ Brasil

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O poder da comunicação visual no live marketing: como causar impacto e curiosidade no consumidor?

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*Maíra Holtz

Cores, gráficos, texto, imagem, som,  formatos e tamanhos. Tudo comunica algo! A comunicação visual é um ponto de diálogo com o cliente e tem como principal objetivo atrair e engajar as pessoas. Por isso, uma estratégia de comunicação visual assertiva e criativa – desenvolvida de acordo com os objetivos e a identidade da marca – garante o sucesso de muitas ativações de live marketing, fazendo os olhos dos público brilharem.

Quando a comunicação visual de uma ativação de live marketing é boa, ela desperta a curiosidade do público, reforça os valores da marca e fortalece a relação e a imagem da empresa junto ao consumidor.

Assim, nada na comunicação visual das ativações de marcas é por acaso; a Natura, por exemplo, sempre surpreende as pessoas com ações criativas e envolventes. Na festa de São João de Maracanaú-CE deste ano, o público se deparou com uma verdadeira casa da marca: um estande 360º de 10m².

A Casa Natura era colorida, com luzes e uma arquitetura única. Promovendo experiência, vivência, encantamento, engajamento e bons resultados, a ativação foi uma oportunidade excelente para aproximar a marca de seu público e lançar os novos produtos num cenário de entretenimento e diversão.

Mais recentemente, as marcas McCain e Forno de Minas, ambas do grupo canadense McCain Foods, participaram da feira de negócios varejistas Superminas, em Belo Horizonte – MG. Com um estande único e estratégico, dando destaque para as duas marcas de forma independente, o espaço contou com cozinha e balcão de serviços de alimentos e bebidas em sua área central. Com uma comunicação visual bem definida e atrativa, a presença da empresa na Superminas foi um sucesso, engajando o público varejista tanto para McCain quanto para a Forno de Minas.

Uma boa comunicação visual no local certo!

Ambas as marcas citadas exploraram grandes eventos e não foi por acaso. Ao estarem presentes em momentos importantes, as marcas fortalecem os laços com seu público. E, uma vez que aquilo que o consumidor vivenciou é positivo, ele irá compartilhar com os amigos e familiares.

Ou seja, uma boa comunicação visual em ações de live marketing tem um alto poder de engajamento tanto no momento de decisão de compra, quanto nas redes sociais.

Uma comunicação visual mediana não cumpre o seu papel e precisará ser retrabalhada, já que não comunica e não atinge o público-alvo. Mas, quando bem elaborada, o futuro é promissor. Como dizia Steve Jobs “design não é apenas o que parece e o que sente, design é como funciona”.

Maíra Holtz  – Sócia-diretora e fundadora da agência Estalo

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5 ensinamentos de gamers para profissionais de marketing

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Pensar em produção de conteúdo e ignorar o universo dos jogos é impensável no ramo do marketing. Primeiramente, esse é o segmento mais popular de plataformas do porte de YouTube e Twitch. Além disso, os streamers e jogos têm penetração também razoável nas comunicações por Instagram, TikTok, X…

Mas, muito mais do que a pesquisa de tendências temáticas, gamers têm ensinamentos úteis para apresentar a profissionais de marketing.

Personalidade como persuasão

Confiança é fundamental para persuasão – na vida em geral e na venda de produtos. Uma marca de VPN de jogos venderá facilmente seu serviço para proteger jogadores assim que se fizer entender como fundamental para a segurança e confiável. Porém, nem todos anúncios conseguem ter o mesmo apelo e urgência. Pior ainda, a maioria sequer consegue atrair a atenção dos consumidores.

Uma peculiaridade do mundo dos jogos é a fronteira que se borra entre anúncios e entretenimento. Frequentemente, a melhor maneira de apelar à atenção de jogadores é por meio da personalidade individual de outro jogador numa rede social.

Útil para o marketing de influenciadores e afiliados, encontrar personalidades fortes e “calibradas” com o consumidor fará consumidores esquecerem que alguém tenta vender algo a eles. Em vez disso, o foco ficará na utilidade, na descontração e na identificação com a mensagem ou interação.

O poder monumental de vídeos concisos

As plataformas digitais de vídeos são os atuais canais de preferência do público e a distribuição de conteúdo nelas é cada vez mais imediata e breve. O paradoxo aparente do mundo dos jogos é a coexistência de bem-sucedidos vídeos com horas de duração de gameplay com fragmentos de poucos segundos de TikTok e Instagram.

De fato, os streamers de jogos vêm aperfeiçoando, com pioneirismo, a maneira de explorar os vídeos curtos como uma maneira de veicular os destaques de longas sessões gravadas. A capacidade de entender os atributos fundamentais para cada canal (com ênfase breve ou longa) e saber entregar somente o essencial para cativar uma audiência é uma fonte de aprendizados indubitável.

Inspiração para storytelling original

As possibilidades interativas abrangentes de videogames já foram longamente discutidas por artistas e acadêmicos. A discussão sobre jogos como forma de arte é uma que ensaia sumir de vista, mas por vezes retorna à atenção pública.

Qualquer que seja o juízo sobre essa questão, a imersividade das plataformas e as muitas formas de se situar numa narrativa nelas deveriam ser fonte de inspiração para profissionais de marketing. Os ambientes virtuais são cada vez mais presentes e complexos para além do universos dos jogos, sercindo à comunicação diária e à fruição de experiências. Como resultado, abrem-se portas para campanhas mais complexas e interessantes do ponto de vista da elaboração de narrativas.

Comunidade poderosa de consumidores

A capacidade de mobilização de certas comunidades de jogadores certamente não tem precedentes no mundo. De milhares a milhões de pessoas se comunicando e fazendo exigências em tempo real com uma intensidade de dar inveja, por exemplo, a muitos regimes com democracia participativa.

Marcas dispõem do gerente de comunidades, que ajuda a captar as necessidades e interesses de consumidores, representando-os de certa forma… Porém, raramente com a capacidade gerar um feedback tão poderoso, ágil e definitivo quanto o das comunidades jogadoras. Foi por causa dessa potência que grandes empresas conseguiram transformar o cerne de seu negócio de “jogo como produto” a “jogo como serviço”.

É claro que não existe uma fórmula para alcançar essa capacidade de sintonia e articulação. Mas é invejável e há muito a aprender na maneira como grandes franquias de jogos são capazes de adequar o desenho de personagens, NFTs, itens de jogo, loot boxes e outros elementos de seus principais títulos às demandas coletivas de consumidores.

Meio de conexão abrangente

Já foi comentado neste artigo sobre o entrelaçamento de persuasão publicitária e entretenimento. Certos conteúdos propiciam vendas de maneira não apenas natural e útil, mas também divertida.

Essa capacidade de entreter e envolver comunidades de consumidores conectam a marca a quem as consome. É uma comunicação da proposta de valor que dá certo.

Jogos frequentemente têm a capacidade diferencial de gerar não apenas a conexão entre marca e consumidor, mas de facilitar uma comunicação entre consumidor e outro consumidor. A representação virtual e as possibilidades de mundos de fantasia abrem portas para uma conectividade universal difícil de emular naturalmente na publicidade – ou em qualquer área do mundo real, francamente.

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