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Apro+Som e entidades do setor criativo se mobilizam pela proteção cultural e autoral

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A ascensão da inteligência artificial (IA) na indústria da dublagem tem gerado preocupações importantes entre profissionais do setor, especialmente no que tange aos direitos autorais e de personalidade. A capacidade da IA de replicar vozes humanas levanta questões sobre identidade, pagamentos e preservação da cultura nas produções audiovisuais.

No Brasil, o Projeto de Lei 2.338/2023, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, busca diretrizes para o uso da IA, incluindo a proteção dos direitos autorais contra utilizações não autorizadas em sistemas de IA generativa. “A dublagem de inteligência feita por artificial envolve questões de direito autoral e direito de personalidade. Hoje, no Brasil, um dos principais usos da IA nesse mercado é a recriação da voz original em inglês para que soe em português com o mesmo timbre”, explica Bia Ambrogi, presidente da Apro+Som.

A Apro+Som (Associação Brasileira das Produtoras de Som), juntamente com mais de 40 entidades da indústria criativa, musical, jornalística e de comunicação, inveja uma carta ao Senado em defesa do projeto de lei, no ano de 2024. O documento enfatiza a necessidade de um marco regulatório que assegure a transparência no uso de obras e proteja os interesses dos criadores de conteúdos artísticos, intelectuais e jornalísticos no contexto da IA.

Dubladores brasileiros vêm conscientizando que a utilização indiscriminada dessa tecnologia pode comprometer a qualidade das adaptações culturais e ameaçar postos de trabalho no setor. “A dublagem vai muito além da simples reprodução de uma voz. O trabalho dos diretores de dublagem, locutores e dubladores inclui a adaptação do roteiro à cultura local, ajustando piadas, expressões e referências para tornar a experiência mais natural. Além disso, há um cuidado técnico para garantir que a sincronização labial seja precisa. Com a IA, grande parte desse processo se perde, resultando em uma dublagem que muitas vezes não se adequa à realidade cultural do país”, alerta Bia Ambrogi.

A clonagem de voz por meio de IA também gera debates jurídicos. Atualmente, a legislação brasileira de propriedade intelectual não abrange especificamente a proteção da voz isolada, isso faz parte dos direitos de personalidade protegidos pelo Código Civil e relacionados com a proteção à dignidade humana que está na Constituição Federal, sendo estes direitos extrapatrimoniais, o que deixa uma lacuna na tutela dos profissionais da voz, que utilizam este recurso como fonte de renda contra usos não autorizados de suas identidades vocais. “Diante desse cenário, estamos trabalhando em conjunto com diversas associações que representam dubladores e profissionais de voz, como o Movimento Dublagem Viva, Clube da Voz e Interartis, associação de gestão coletiva do setor audiovisual formada por artistas brasileiros, para ampliar o debate sobre a regulamentação da IA. Isso inclui a participação em fóruns, seminários e festivais, além do diálogo constante com o legislativo para avanço na construção do marco regulatório da IA e na tramitação do PL 2338”, ressalta.

A Apro+Som, em conjunto com outras entidades, segue atuando na frente “IA Responsável”, acompanhando as comissões especiais da Câmara dos Deputados que analisam o projeto de lei. “Estamos em uma campanha de conscientização para a população sobre o impacto do uso da IA na dublagem e promovendo conversas com assessores e deputados para garantir que compreendam os desdobramentos dessa tecnologia. Como o PL 2338 tramita há quase dois anos no Senado, é essencial o processo de conscientização para todos os envolvidos na Câmara dos Deputados, para que se aprofundem no tema e considerem suas implicações para o Brasil antes das votações”, explica Bia.

“Além disso, associações de gestão coletiva, como a Abramus, Interartis e a UBC, têm espaços abertos de discussão para que entidades do setor contribuam com perspectivas e demandas. Nesse contexto, o papel da Apro+Som é acompanhar o PL de perto, garantindo que os diferentes recortes sejam contemplados e que as constantes adaptações e atualizações sigam os desdobramentos do tema de forma eficaz”, completa.

A luta reforça a necessidade de que a tecnologia não avance em detrimento dos direitos dos profissionais das indústrias criativas e da integridade cultural. A preocupação vai além da garantia de remuneração justa aos profissionais de identidade vocal: trata-se de proteger a produção das produções audiovisuais brasileiras. A mobilização coletiva dessas organizações tem sido fundamental para garantir que a regulamentação da IA ocorra de maneira ética e responsável, garantindo que os interesses dos profissionais e da cultura nacional sejam devidamente contemplados no processo legislativo.

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FutureBrand São Paulo lança ‘Tá Quente, Brasil! 2025″

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A FutureBrand São Paulo, consultoria de branding do McCann Worldgroup/IPG, acaba de lançar a  segunda edição do Tá Quente Brasil! 2025, levantamento proprietário que mapeia o que está em alta no país. O mapeamento cultural, que contou com o apoio da Timelens para captação de dados, aborda os movimentos que estão moldando a visão e as atitudes dos brasileiros. Foram identificados mais de  mil sinais comportamentais,  a partir de uma ampla rede de coleta em diferentes regiões do país, reunindo  246,5 milhões de buscas no Google, 2,9 milhões de perfis analisados em redes sociais e 22,6 milhões de menções.

“Mais do que medir o que é relevante, o material apresenta oportunidades para impulsionar negócios país afora, a partir da interpretação estratégica de informações, análise comportamental e mapeamento de sinais criativos”, acredita Ewerton Mokarzel, CEO da FutureBrand.

A pesquisa revela quatro grandes contradições que traduzem o atual momento brasileiro e apontam novos caminhos de conexão e oportunidades para as marcas: Brasil Global x Brasil Local; Brasil da Esperança x Brasil do Desespero; Brasil dos Afetos x Brasil dos Desafetos; e Brasil Público x Brasil Privado.

O levantamento tem como ponto de partida o comportamento dos consumidores brasileiros, a fim de identificar maneiras para marcas criarem vínculos dentro do contexto atual. Entre os principais temas estão meio-ambiente, música, família, religião e finanças. “A partir desses assuntos, as marcas podem entender as oportunidades de negócio, e aproveitá-las de forma assertiva”, complementa o CEO da FutureBrand SP.

O report completo pode ser baixado neste link.

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AMPRO Awards anuncia os finalistas da 25ª edição

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A 25ª edição do AMPRO Awards, tradicional premiação brasileira dedicada ao Live Marketing, acaba de revelar os finalistas de 2025. Neste ano, 242 campanhas de 56 agências foram selecionadas para a shortlist em 35 das 40 categorias que compõem o prêmio, representando 47,5% das inscrições. Nesta edição, o AMPRO Awards contou com 509 projetos inscritos e 108 agências participantes.

A seleção foi conduzida por um corpo de jurados formado por 171 profissionais de comunicação e marketing, que avaliaram os cases das verticais Effectiveness, Activation, Experience e Business com base nos critérios de criatividade, estratégia e execução. Os finalistas concorrerão aos troféus de Ouro, Prata e Bronze, além dos prêmios especiais: Grand Prix de Criatividade, Grand Prix ESG, Agência do Ano e melhor case por vertical.

“O processo de avaliação é uma das maiores fortalezas do AMPRO Awards. A cada edição, reforçamos o compromisso com critérios técnicos, pluralidade e transparência, o que garante um resultado que representa, de fato, a excelência do Live Marketing no Brasil”, afirma Heloisa Santana, presidente executiva da AMPRO.

A cerimônia de premiação será realizada no dia 24 de novembro, na Estação Motiva Cultural, em São Paulo, com transmissão online.

Confira a shortlist no site oficial do AMPRO Awards.

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