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Ricardo Amorim

A era dos presidentes animadores de torcida

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Por Ricardo Amorim

Espera-se que um presidente governe para todos, buscando criar condições favoráveis para a aprovação de medidas importantes no Congresso. O ideal é que o líder seja capaz de unir os brasileiros em torno de um projeto comum de país, para o qual todos trabalhem juntos, na mesma direção. No entanto, nos dois últimos governos no Brasil, temos testemunhado uma dinâmica exatamente oposta a essa. A polarização extrema tem prevalecido, estimulada pelo Presidente, causando paralisação de reformas fundamentais para enriquecer o Brasil e os brasileiros.

Nossos Presidentes tornaram-se animadores de torcida, que nunca saem do palanque eleitoral. Seus discursos são exclusivamente voltados para mobilizar seus apoiadores mais aguerridos, não para efetivamente definir uma agenda para o país. Essa abordagem cria um conflito permanente entre dois lados absolutamente opostos, com os quais grande parte da população não se identifica. Essa polarização garante apoio irrestrito a ambos os lados de parcelas do eleitorado relativamente pequenas em número, mas capazes de fazer um enorme barulho, brindando seus líderes de qualquer escândalo que eles se vejam envolvidos. Por outro lado, ela tem impedido o avanço de reformas importantes e necessárias no Congresso, uma vez que não há diálogo entre o Presidente e aqueles que não compartilham exatamente de suas visões.

Sem diálogo e uma busca de alguma unidade nacional, o país fica paralisado, incapaz de avançar em áreas cruciais para o seu desenvolvimento. Reformas econômicas, sociais e políticas que poderiam impulsionar o crescimento e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros são adiadas ou simplesmente esquecidas.

Toda a população brasileira paga a conta. Os impactos negativos da polarização afetam diretamente a vida de cada cidadão. A ausência de um projeto de país e o confronto entre diferentes setores da sociedade impedem que sejam alcançadas soluções que beneficiem a todos, quase como se o país estivesse em guerra civil. O Brasil precisa romper com essa realidade e buscar um caminho colaboração.

É hora de romper com a lógica do “nós versus eles”, que interessa a lideranças políticas, mas não aos brasileiros e criar condições que favoreçam quem quer trabalhar em prol do bem-estar coletivo e não de apenas um ou outro grupo de brasileiros. Mais do que nunca, o Brasil precisa de menos Estado e mais estadistas.

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Ricardo Amorim

Há 3 Anos, Brasil cresce mais do que os economistas projetam. Você sabe por quê?

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Por Ricardo Amorim

Recentemente, a divulgação do PIB do segundo trimestre superou as expectativas dos economistas, crescendo três vezes mais do que a média das projeções: 0,9%.

No primeiro semestre, o Brasil teve um crescimento acumulado de 3,7%, acelerando uma trajetória sólida de expansão econômica iniciada em 2021.

Aliás, em 2021 e 2022, o Brasil também superou, com folga, as expectativas de crescimento econômico do início do ano. Em ambos os anos, o crescimento foi mais de 1,5 p.p. maior do que a maioria imaginava no início do ano. Neste ano, a diferença positiva será maior ainda.

Antes da divulgação dos dados do PIB do 2° trimestre, as projeções do relatório Focus do Banco Central, que calcula uma média das projeções de todos os economistas, apontavam para um crescimento de 2,3%. De lá para cá, a expectativa de crescimento vem subindo semana a semana e já atingiu 2,9%. Vai subir mais. O crescimento do PIB nesse ano vai superar os 3% registrados no ano passado, quando a economia brasileira cresceu tanto quanto a China pela primeira vez em mais de 50 anos.

O crescimento do PIB não tem se limitado a um único setor. A indústria liderou o crescimento no 2° trimestre; o setor de serviços vem crescendo de forma sustentada há muito tempo e a agropecuária, que registrou queda do PIB no 2° trimestre, será o setor de mais crescimento no ano, em função de um crescimento espetacular no 1° trimestre: 21,6%.

O Brasil está se beneficiando de fortes exportações de commodities e grande entrada de investimentos estrangeiros tanto na renda fixa quanto no início de novas operações no país, expansão das operações existentes e compra de empresas brasileiras por empresas estrangeiras. Além disso, a recuperação do emprego e da renda e a aceleração da oferta de crédito que ocorrerá devido à queda dos juros no final desse ano e no ano que vem, também vão impulsionar o desempenho da economia brasileira.

Esses fatores econômicos transcendem a política – já aconteciam no governo anterior e continuam a acontecer no atual – e sinalizam um futuro de crescimento mais forte do que imaginado pela maioria nesse ano e no ano que vem.

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Ricardo Amorim

Programas “sociais” que aumentam a desigualdade?!

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Por Ricardo Amorim

Em um país marcado por uma história de pobreza e desigualdade, é difícil ser contra políticas sociais e programas de apoio à população de baixa renda. Valendo-se desse fato, seguidos governos brasileiros vêm rotulando de “sociais” programas que não reduzem a pobreza, nem a desigualdade; pelo contrário, a ampliam, aumentando a concentração de renda.

Recentemente, tivemos um exemplo contundente desse fenômeno, com a isenção de impostos para veículos 0km de valor até R$120 mil

Para muitos, a medida soa pró-social, mas na verdade, essa medida está longe de atender às necessidades da parcela mais pobre da população. No Brasil, veículos 0km, mesmo os mais baratos entre eles, são adquiridos pelos 5% mais ricos dos brasileiros. São eles os beneficiados pela isenção fiscal.

Essa situação não é um caso isolado. Ela reflete uma tendência crônica de subsídios que, em vez de promover a igualdade, reforçam a disparidade socioeconômica. Um estudo do Banco Mundial realizado em 2015 apontou que 14 dos 15 programas sociais então existentes no Brasil beneficiavam mais a parcela dos 20% mais ricos da população do que os 20% mais pobres. Tais políticas, propagandeadas como forma a aliviar as dificuldades dos menos favorecidos, na prática, direcionam recursos para os mais abastados.

Um exemplo emblemático desse fenômeno é a chamada “universidade pública gratuita”. Ela é gratuita para quem a frequenta, mas financiada pelos impostos de todos os cidadãos, incluindo a imensa maioria que não têm a oportunidade de frequentá-la.

A grande maioria dos beneficiários desse sistema pertence às camadas mais ricas da população. Em resumo todos, incluindo os mais pobres pagam para que os mais ricos estudem de graça. Parece justo?

Falsas políticas sociais que perpetuam a concentração de renda precisam acabar imediatamente. Se isso acontecesse, poderíamos ter uma brutal redução de impostos sobre consumo, essa sim beneficiaria todos os brasileiros e desproporcionalmente mais os mais pobres, que têm toda a sua renda taxada pelos mais altos impostos sobre consumo de todo o mundo, como a proposta de criação do IVA, na Reforma Tributária está deixando claro.

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