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A revolução do live commerce vem para humanizar as vendas digitais

Publicado

em

*Monique Lima
O live commerce na América Latina chegou no meio da pandemia, exatamente no dia 06 de junho de 2020, quando nós fizemos a primeira live no Brasil. Naquele momento, as pessoas não podiam sair de casa para fazer suas compras por conta do isolamento e pouco tempo depois essa modalidade de vendas virou um fenômeno, conquistando espaço no planejamento das marcas e na agenda dos consumidores.

Mas qual é a diferença entre e-commerce e live commerce? O primeiro que cresce cada vez mais, principalmente pós pandemia, oferece uma experiência de compra um pouco mais solitária, na qual o consumidor precisa passar por várias páginas para conseguir concluir seu pedido e sem oportunidade de tirar dúvidas sobre o que está comprando.

Já o live commerce entrega a experiência mais pessoal que existe na compra digital. O consumidor faz uma compra mais assertiva – podendo perguntar sobre o tecido ou como funciona o eletrônico – e consegue otimizar seu tempo, pois faz as suas aquisições durante uma live, de qualquer lugar, com apenas um click. É como se estivesse fazendo essa compra dentro de uma loja física, com os produtos mostrados de todos os ângulos e em tempo real.

Outra diferença entre as modalidades: O e-commerce na América Latina – onde ainda vivemos uma evolução – a penetração é pequena, de 9%, se comparada aos Estados Unidos e Ásia — 20 e 30%, respectivamente. Isso acontece porque as pessoas ainda sentem falta de confiança no processo de compra online.

No live commerce, elas têm a oportunidade de conversar com as pessoas via chat, são chamadas pelo nome, acompanham o provador virtual dos produtos e têm uma noção exata de quando a compra vai chegar em sua casa. Para as marcas, há maior retorno de venda, que pode variar entre 10% e 30%, dependendo do segmento, contra 1% e 2% do e-commerce.

Durante a nossa trajetória em trazer e consolidar o live commerce no mercado, pudemos entender muitas coisas desse universo. Aos poucos, fomos compreendendo como as pessoas na América Latina reagem ao live commerce e como as marcas estão se beneficiando dessa inovação.

É possível vender de tudo – e isso eu posso dizer por experiência – há lives para marcas de todos os segmentos possíveis, desde moda, beleza, alimentos e bebidas, casa e decoração e até para o agronegócio. O consumidor brasileiro adora essa maneira de comprar e interagir com as marcas.

As marcas ainda fazem suas vendas em escala. Para se ter ideia, uma transmissão ao vivo é capaz de atingir 1.000, 100.000 e até 1 milhão de pessoas de forma simultânea, algo impossível de ser feito na loja física.

As lives dentro dos sites das marcas são capazes de oferecer muito mais dados sobre toda a sua jornada. Isso é possível graças à tecnologia SaaS — Software as a Service — white label, que permite ser adaptada em qualquer site ou app.

Além de estrutura plug and play, é possível identificar informações sobre as perguntas feitas no chat, quais foram os produtos mais clicados, quanto tempo o consumidor passou acompanhando a live, entre outros. São insumos que ajudam as marcas a vender mais.

No fim, é muito mais do que vendas por live, há a real percepção do consumidor com relação aos produtos das marcas, quais perguntas são feitas e por que? Será que esse produto não está bem comunicado nos outros canais? Quantas perguntas são feitas antes da compra? Quais são os produtos mais clicados e por quê?

Ao longo do caminho, entendi que, assim como na China, o live commerce é um negócio de recorrência. Quanto mais se faz, mais afiados ficamos nesse processo. Ou seja, identificando o que performa bem e aprimorando o que não vai de acordo com as expectativas. O consumidor também gosta da recorrência, acompanha cada vez mais as lives semanais e chama os amigos para assistir, como a um programa de TV.

O live commerce na América Latina teve seu modelo de vendas adaptado à realidade brasileira que é muito diferente da chinesa (o berço do live commerce) e desenvolvemos uma metodologia própria para ajudar as marcas a performar cada vez melhor.

Outro ponto importante é a presença de uma pessoa para apresentar a live com conhecimento técnico dos produtos. Quem entra numa live, entra com alguma intenção de compra, pois qualificamos essa audiência antes. E quem quer comprar quer informação, quer entender melhor o que está levando para a casa.

Influenciadores também são um ótimo combo para performar bem nas lives. Um micro-médio influencer com um engajamento bom e muito fit com o produto é sempre certeiro já que ele traz uma audiência incremental e faz conexão com o consumidor. Celebridades tendem a não trazer vendas, já testamos com muitas. As pessoas entram na live para ver a pessoa e não para comprar e o chat fica poluído com “lovers e haters” da artista.

Eu não tenho dúvidas de que o live commerce chegou para ficar. Após quase dois anos nessa ‘aventura’, posso dizer que assim como hoje toda marca tem que estar digitalizada e tem que ter um profissional dentro da sua estrutura focado em e-commerce, em breve haverá pessoas para focar somente no live commerce.

Sabemos que o ponteiro do comercial é o que dita as regras, e com esse número exponencial de vendas não há dúvidas. Além disso, ainda a agenda do marketing, inovação, e-commerce, todas essas áreas têm metas que o live commerce entrega.

E aí, prontos para a humanizar as vendas digitais?

*Monique Lima – CEO da Mimo Live Sales

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Marketing estratégico: por que sua empresa pode estar investindo demais e recebendo de menos

Publicado

em

*Maria Júlya Guimarães

Nos últimos anos, o marketing assumiu protagonismo na estratégia das
empresas. Com o avanço do digital, ficou mais fácil (e mais tentador) investir em
campanhas, anúncios, redes sociais e produção de conteúdo. Porém, à medida
que o volume de ações cresce, uma pergunta se torna inevitável — esse
investimento está realmente trazendo retorno?

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 60%
das empresas no Brasil não sobrevivem após 5 anos de atividade. Um dos
principais motivos é a incapacidade de gerar receita suficiente para sustentar a
operação. E, muitas vezes, isso está diretamente ligado a um marketing que
informa, mas não converte. Que aparece, mas não vende.

Um estudo da McKinsey & Company mostra que empresas com forte disciplina estratégica na construção de negócios crescem mais e têm taxas de sucesso duas vezes maiores do que aquelas sem alinhamento entre marketing e
estratégia organizacional.

A diferença entre “estar presente” e “estar posicionado”

Marcar presença no digital virou padrão. Mas presença sem posicionamento é
apenas ruído. Um estudo citado pela Harvard Business Review aponta que
empresas que estabelecem conexões emocionais com seus clientes podem
crescer até cinco vezes mais do que aquelas que não o fazem.

O consumidor de hoje não quer apenas ver a marca — ele quer reconhecê-la.
Quer saber o que ela representa, o que defende, e por que vale a pena escolhê-
la. E essa percepção não se constrói com frequência de publicações, mas com
coerência estratégica.

O marketing que dá retorno começa com estratégia

Retorno sobre investimento (ROI) não é um luxo das grandes corporações. É
uma mentalidade. É a capacidade de olhar para cada real investido e saber
onde, como e por que ele voltou — ou não voltou.

Segundo o Content Marketing Institute, empresas que monitoram indicadores
de marketing têm três vezes mais chances de gerar crescimento consistente em
vendas do que aquelas que não fazem esse acompanhamento.

Medir ROI é mais do que acompanhar curtidas ou cliques. É entender, por
exemplo:
 Qual o custo de aquisição de cliente (CAC)
 Qual canal tem maior taxa de conversão?
 Que tipo de conteúdo gera vendas e não apenas vaidade?

Se essas perguntas não têm respostas claras, provavelmente o marketing está
operando como custo — não como investimento.

Então, por onde começar a mudar?

Reverter esse cenário não exige fórmulas prontas. Exige consciência e
consistência. Por isso, comece pelo essencial: público, posicionamento, proposta de valor. Conheça quem você quer atingir, defina claramente o que torna sua empresa única, e comunique isso de forma coerente em todos os pontos de contato. Depois, crie metas claras, acompanhe os dados, experimente com estratégia e aprenda com os resultados.

Se marketing e vendas não conversam, crie essa ponte. Se cada campanha
parece um tiro no escuro, pare e acenda a luz. Crescimento saudável não vem
da velocidade das ações, mas da intenção por trás delas.

Conclusão

Marketing eficaz não é o que grita mais alto — é o que comunica com clareza,
gera valor e entrega resultado. Não importa se sua empresa tem milhares de
seguidores se nenhum deles se torna cliente. E não adianta investir em anúncios
se você não sabe o que funciona.

Marketing estratégico não é sobre produzir mais. É sobre tomar decisões
melhores. E, no fim do mês, uma única pergunta pode colocar tudo em
perspectiva: O marketing da sua empresa está ajudando você a vender mais —
ou só a parecer mais?

*Maria Júlya Guimarães – Head de marketing da T&D Sustentável

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Tráfego pago não resolve tudo — mas mostra onde estão os gargalos

Publicado

em

*Fabricio Macias

No cenário atual do marketing digital, o tráfego pago surge como uma poderosa ferramenta para atrair visitantes qualificados para as páginas de uma empresa. É uma estratégia de marketing digital onde as empresas investem financeiramente em anúncios online para atrair visitantes para páginas específicas, como sites ou landing pages. As plataformas de anúncios, como Google Ads e LinkedIn Ads, são escolhidas com base nas necessidades de cada tipo de negócio. Esse modelo permite que os anúncios alcancem mais usuários de forma segmentada e estratégica.

Embora qualquer empresa possa investir em tráfego pago, é importante destacar que, para que o investimento seja eficaz, o produto ou serviço precisa já ter sido validado no mercado. Empresas que ainda não têm uma base de clientes sólida ou uma demanda comprovada podem encontrar desafios ao investir sem realizar testes prévios. Sem dúvida, o tráfego pago pode ser eficiente para a maioria das empresas, mas sua eficácia depende de vários fatores, como o segmento do negócio, a estratégia adotada e o público-alvo. Empresas que compreendem bem seu mercado e seu público tendem a ter melhores resultados.

Entretanto, antes de decidir investir em tráfego pago, é essencial considerar alguns pontos fundamentais como por exemplo, a segmentação do público-alvo, o estabelecimento de metas claras e um orçamento realista, além da escolha de uma plataforma adequada para os objetivos e público definido. E para saber se está na hora de investir em tráfego pago, a empresa deve considerar a validação do produto no mercado, ter um site ou landing page otimizado para conversões, dispor de um orçamento para testar e aprender com os dados, e avaliar a demanda e a concorrência no nicho de atuação.

Geralmente, a melhor estratégia de tráfego pago envolve campanhas constantes, com otimizações periódicas e ajustes no orçamento conforme a necessidade e a performance da campanha. Para negócios como e-commerce ou serviços recorrentes, campanhas contínuas são ideais.

Já para datas sazonais, como Black Friday, as ações específicas e pontuais podem ser mais eficazes. Ou seja, é preciso saber o que se deseja com o tráfego pago: mais vendas, gerar leads ou aumentar o reconhecimento de marca?

Após essa definição, avalia-se quanto pode investir sem comprometer o caixa da empresa. Por fim, é necessário garantir que sua equipe ou operação esteja pronta para atender ao volume de potenciais clientes que o tráfego vai gerar. Além disso, é preciso acompanhar métricas como CAC (Custo de Aquisição de Clientes)e ROI (Retorno sobre Investimento) a fim de garantir que o investimento está trazendo retorno.

Existem diversas empresas especializadas em tráfego pago, mas as empresas também podem optar por gerenciar a campanha internamente, porém, devem ter conhecimento técnico e tempo para otimizar constantemente os anúncios. Caso contrário, pode haver erros significativos na segmentação ou no orçamento, prejudicando os resultados. As agências, por sua vez, oferecem expertise e estrutura para analisar campanhas de forma precisa, evitando desperdícios e contribuindo com estratégias como remarketing e campanhas omnichannel. Além disso, erros comuns incluem falta de definição clara de objetivos, segmentação incorreta do público, falta de monitoramento regular das campanhas e orçamento mal planejado.

Por isso, a empresa precisa estar adequadamente estruturada antes de investir em tráfego pago. Não adianta direcionar tráfego para um site desatualizado, uma página confusa ou um funil de vendas inexistente. O tráfego pago amplifica o que já existe, e se a operação não estiver pronta para atender o cliente ou converter as visitas, o investimento pode ser desperdiçado. Assim, a melhor estratégia é combinar o tráfego orgânico — que envolve o trabalho contínuo de construção de marca, presença digital e criação de conteúdo — com o tráfego pago. Dessa forma, as pessoas podem chegar ao seu negócio de diferentes maneiras, seja buscando por soluções específicas, seja por meio de anúncios criativos e bem segmentados.

Nesse sentido, se você está começando, o primeiro passo é procurar profissionais ou agências certificadas nas plataformas em que deseja investir, como Google Ads, LinkedIn Ads ou Meta Ads. Caso o orçamento esteja apertado, uma alternativa é usar as plataformas de forma self-service, que oferecem tutoriais e suporte. E existem também ferramentas, como o ChatGPT, que ajudarão a criar as primeiras campanhas e testar sua eficácia. E, quando se trata de tráfego pago, a melhor prática é sempre testar e analisar tudo.

Ao contrário da mídia tradicional, onde é difícil saber o retorno de cada investimento, no digital é possível rastrear o desempenho de cada clique, conversão e custo. Assim, a melhor estratégia é estruturar bem os web analytics, colocando tags no seu site para monitorar o fluxo e a origem das conversões.

Além disso, ao utilizar o tráfego pago, é essencial adotar uma cultura de testes constantes. O digital permite testar com investimentos baixos e obter resultados rápidos e visíveis, o que facilita ajustes rápidos e eficazes.

Por fim, ao iniciar no tráfego pago, é importante ter a mentalidade de testar pequenos para acertar grandes. Não acredite em milagres ou gurus da internet, mas sim, em uma abordagem de curiosidade e aprendizado contínuo. Teste suas campanhas, rastreie os resultados e, com o tempo, você verá os benefícios desse investimento estratégico. Tráfego pago não é apenas uma tendência do marketing digital, mas uma ferramenta que, quando bem usada, pode gerar resultados reais e impulsionar o crescimento do seu negócio.

*Fabricio Macias – Co-CEO da Macfor

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