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A importância da inteligência de dados e de uma cultura inovadora para o desenvolvimento do setor de marketing

Publicado

em

*Pedro Ica

A cada dia novas soluções inovadoras surgem no mercado a fim de conectar pessoas e empresas. Estas ferramentas tornam-se essenciais para a evolução do setor de marketing, que amplia seu papel estratégico ao contribuir efetivamente para o aumento das vendas com a utilização de inteligência de dados.

A partir disso, o investimento nestes modelos tecnológicos tem sido cada vez maior. De acordo com uma pesquisa realizada pela IBM, até 2024, 32% das marcas utilizarão Inteligência Artificial (IA) para compreender as percepções de seus clientes, o que pode resultar em uma expansão no volume de vendas de 50%.

Certamente, a união entre tecnologia e marketing é a aliança perfeita na obtenção de melhores resultados. Com ferramentas como Data Science, Data Engineering, BI e Data Architecture, torna-se possível mapear cada cliente, seus interesses, o que ele valoriza no produto da empresa e, ainda, quais os melhores momentos e a maneira mais efetiva de impactá-lo. Além disso, é possível identificar em um banco de dados quais os clientes que fizeram compras recentes, quais são os mais frequentes e quais deles entregam um ticket médio maior para a companhia.

Desta forma, a inteligência de dados é capaz de entregar estatísticas e aprendizados que promovem ao setor de marketing maior assertividade em suas entregas. Consequentemente, a tecnologia possibilita a otimização de todos os canais de vendas, para que os clientes tornem-se mais acessíveis e as compras mais rápidas e inteligentes.

De um modo geral, as possibilidade geradas a partir do investimento nestas tecnologias tem o poder de reduzir o custo de aquisição do cliente, otimizar a compra de mídia, e melhorar a experiência dos canais de compra (sejam digitais ou físicos), além de auxiliar em toda a cadeia de suprimentos da empresa, uma vez que, sabendo exatamente aquilo que será vendido e pra quem, é possível dimensionar a equipe e a estrutura da companhia para realizar determinadas vendas e contribuir, por exemplo, para o dimensionamento de estoques.

Os principais desafios da utilização de inteligência de dados e como superá-los

Vale ressaltar que a transformação digital em uma empresa nasce primeiro com a cultura, depois a estruturação de dados condizente com aquela cultura e, por último, a entrega dos insights e a realização das ações. Assim, os resultados são consequência destas etapas.

No entanto, grande parte das companhias encontram-se em um momento delicado. A visão efêmera de resolver problemas a curto prazo, escassez de mão de obra e a falta de cultura dos gestores em relação a criar uma estrutura e uma arquitetura de dados para aquilo que precisam resolver a médio e a longo prazo, criam uma barreira para o desenvolvimento dos negócios.

Além disso, a falta de líderes dentro das equipes de dados também é um obstáculo para o mercado. Atualmente, diversas empresas contratam cientistas e engenheiros de dados para cumprir as funções de gestor e líder de equipe. Entretanto, um cientista ou engenheiro de dados não será, necessariamente, um bom gestor. Desta forma, é necessário incluir profissionais que tenham experiência, não só em implementar a arquitetura de dados, mas em criar uma cultura e motivar a equipe a otimizar e respeitar esta estrutura.

Neste sentido, é essencial que o mercado destine esforços para formar líderes, sejam eles gestores de RH, de suprimentos ou de marketing. Isto porque, é necessário entender não apenas a importância de se utilizar os dados, mas, também, de conduzir a equipe neste mesmo sentindo, a fim de tornar as tomadas de decisão ainda mais efetivas.

No atual cenário, diversas empresas estão se preparando para a tecnologia de dados, mas ela ainda é trabalhada como backoffice e não de maneira estratégica. Diante disto, esta transformação começa com as mudanças de hábitos dentro da organização, com objetivo de tomar decisões baseadas em dados e não mais em intuição, criando uma cultura inovadora, com investimentos assertivos e em serviços e tecnologias adequadas.

 

*Pedro Ica – CRO and founder da HartB, startup brasileira referência em Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e análise de dados massivos.

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Marketing estratégico: por que sua empresa pode estar investindo demais e recebendo de menos

Publicado

em

*Maria Júlya Guimarães

Nos últimos anos, o marketing assumiu protagonismo na estratégia das
empresas. Com o avanço do digital, ficou mais fácil (e mais tentador) investir em
campanhas, anúncios, redes sociais e produção de conteúdo. Porém, à medida
que o volume de ações cresce, uma pergunta se torna inevitável — esse
investimento está realmente trazendo retorno?

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 60%
das empresas no Brasil não sobrevivem após 5 anos de atividade. Um dos
principais motivos é a incapacidade de gerar receita suficiente para sustentar a
operação. E, muitas vezes, isso está diretamente ligado a um marketing que
informa, mas não converte. Que aparece, mas não vende.

Um estudo da McKinsey & Company mostra que empresas com forte disciplina estratégica na construção de negócios crescem mais e têm taxas de sucesso duas vezes maiores do que aquelas sem alinhamento entre marketing e
estratégia organizacional.

A diferença entre “estar presente” e “estar posicionado”

Marcar presença no digital virou padrão. Mas presença sem posicionamento é
apenas ruído. Um estudo citado pela Harvard Business Review aponta que
empresas que estabelecem conexões emocionais com seus clientes podem
crescer até cinco vezes mais do que aquelas que não o fazem.

O consumidor de hoje não quer apenas ver a marca — ele quer reconhecê-la.
Quer saber o que ela representa, o que defende, e por que vale a pena escolhê-
la. E essa percepção não se constrói com frequência de publicações, mas com
coerência estratégica.

O marketing que dá retorno começa com estratégia

Retorno sobre investimento (ROI) não é um luxo das grandes corporações. É
uma mentalidade. É a capacidade de olhar para cada real investido e saber
onde, como e por que ele voltou — ou não voltou.

Segundo o Content Marketing Institute, empresas que monitoram indicadores
de marketing têm três vezes mais chances de gerar crescimento consistente em
vendas do que aquelas que não fazem esse acompanhamento.

Medir ROI é mais do que acompanhar curtidas ou cliques. É entender, por
exemplo:
 Qual o custo de aquisição de cliente (CAC)
 Qual canal tem maior taxa de conversão?
 Que tipo de conteúdo gera vendas e não apenas vaidade?

Se essas perguntas não têm respostas claras, provavelmente o marketing está
operando como custo — não como investimento.

Então, por onde começar a mudar?

Reverter esse cenário não exige fórmulas prontas. Exige consciência e
consistência. Por isso, comece pelo essencial: público, posicionamento, proposta de valor. Conheça quem você quer atingir, defina claramente o que torna sua empresa única, e comunique isso de forma coerente em todos os pontos de contato. Depois, crie metas claras, acompanhe os dados, experimente com estratégia e aprenda com os resultados.

Se marketing e vendas não conversam, crie essa ponte. Se cada campanha
parece um tiro no escuro, pare e acenda a luz. Crescimento saudável não vem
da velocidade das ações, mas da intenção por trás delas.

Conclusão

Marketing eficaz não é o que grita mais alto — é o que comunica com clareza,
gera valor e entrega resultado. Não importa se sua empresa tem milhares de
seguidores se nenhum deles se torna cliente. E não adianta investir em anúncios
se você não sabe o que funciona.

Marketing estratégico não é sobre produzir mais. É sobre tomar decisões
melhores. E, no fim do mês, uma única pergunta pode colocar tudo em
perspectiva: O marketing da sua empresa está ajudando você a vender mais —
ou só a parecer mais?

*Maria Júlya Guimarães – Head de marketing da T&D Sustentável

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Tráfego pago não resolve tudo — mas mostra onde estão os gargalos

Publicado

em

*Fabricio Macias

No cenário atual do marketing digital, o tráfego pago surge como uma poderosa ferramenta para atrair visitantes qualificados para as páginas de uma empresa. É uma estratégia de marketing digital onde as empresas investem financeiramente em anúncios online para atrair visitantes para páginas específicas, como sites ou landing pages. As plataformas de anúncios, como Google Ads e LinkedIn Ads, são escolhidas com base nas necessidades de cada tipo de negócio. Esse modelo permite que os anúncios alcancem mais usuários de forma segmentada e estratégica.

Embora qualquer empresa possa investir em tráfego pago, é importante destacar que, para que o investimento seja eficaz, o produto ou serviço precisa já ter sido validado no mercado. Empresas que ainda não têm uma base de clientes sólida ou uma demanda comprovada podem encontrar desafios ao investir sem realizar testes prévios. Sem dúvida, o tráfego pago pode ser eficiente para a maioria das empresas, mas sua eficácia depende de vários fatores, como o segmento do negócio, a estratégia adotada e o público-alvo. Empresas que compreendem bem seu mercado e seu público tendem a ter melhores resultados.

Entretanto, antes de decidir investir em tráfego pago, é essencial considerar alguns pontos fundamentais como por exemplo, a segmentação do público-alvo, o estabelecimento de metas claras e um orçamento realista, além da escolha de uma plataforma adequada para os objetivos e público definido. E para saber se está na hora de investir em tráfego pago, a empresa deve considerar a validação do produto no mercado, ter um site ou landing page otimizado para conversões, dispor de um orçamento para testar e aprender com os dados, e avaliar a demanda e a concorrência no nicho de atuação.

Geralmente, a melhor estratégia de tráfego pago envolve campanhas constantes, com otimizações periódicas e ajustes no orçamento conforme a necessidade e a performance da campanha. Para negócios como e-commerce ou serviços recorrentes, campanhas contínuas são ideais.

Já para datas sazonais, como Black Friday, as ações específicas e pontuais podem ser mais eficazes. Ou seja, é preciso saber o que se deseja com o tráfego pago: mais vendas, gerar leads ou aumentar o reconhecimento de marca?

Após essa definição, avalia-se quanto pode investir sem comprometer o caixa da empresa. Por fim, é necessário garantir que sua equipe ou operação esteja pronta para atender ao volume de potenciais clientes que o tráfego vai gerar. Além disso, é preciso acompanhar métricas como CAC (Custo de Aquisição de Clientes)e ROI (Retorno sobre Investimento) a fim de garantir que o investimento está trazendo retorno.

Existem diversas empresas especializadas em tráfego pago, mas as empresas também podem optar por gerenciar a campanha internamente, porém, devem ter conhecimento técnico e tempo para otimizar constantemente os anúncios. Caso contrário, pode haver erros significativos na segmentação ou no orçamento, prejudicando os resultados. As agências, por sua vez, oferecem expertise e estrutura para analisar campanhas de forma precisa, evitando desperdícios e contribuindo com estratégias como remarketing e campanhas omnichannel. Além disso, erros comuns incluem falta de definição clara de objetivos, segmentação incorreta do público, falta de monitoramento regular das campanhas e orçamento mal planejado.

Por isso, a empresa precisa estar adequadamente estruturada antes de investir em tráfego pago. Não adianta direcionar tráfego para um site desatualizado, uma página confusa ou um funil de vendas inexistente. O tráfego pago amplifica o que já existe, e se a operação não estiver pronta para atender o cliente ou converter as visitas, o investimento pode ser desperdiçado. Assim, a melhor estratégia é combinar o tráfego orgânico — que envolve o trabalho contínuo de construção de marca, presença digital e criação de conteúdo — com o tráfego pago. Dessa forma, as pessoas podem chegar ao seu negócio de diferentes maneiras, seja buscando por soluções específicas, seja por meio de anúncios criativos e bem segmentados.

Nesse sentido, se você está começando, o primeiro passo é procurar profissionais ou agências certificadas nas plataformas em que deseja investir, como Google Ads, LinkedIn Ads ou Meta Ads. Caso o orçamento esteja apertado, uma alternativa é usar as plataformas de forma self-service, que oferecem tutoriais e suporte. E existem também ferramentas, como o ChatGPT, que ajudarão a criar as primeiras campanhas e testar sua eficácia. E, quando se trata de tráfego pago, a melhor prática é sempre testar e analisar tudo.

Ao contrário da mídia tradicional, onde é difícil saber o retorno de cada investimento, no digital é possível rastrear o desempenho de cada clique, conversão e custo. Assim, a melhor estratégia é estruturar bem os web analytics, colocando tags no seu site para monitorar o fluxo e a origem das conversões.

Além disso, ao utilizar o tráfego pago, é essencial adotar uma cultura de testes constantes. O digital permite testar com investimentos baixos e obter resultados rápidos e visíveis, o que facilita ajustes rápidos e eficazes.

Por fim, ao iniciar no tráfego pago, é importante ter a mentalidade de testar pequenos para acertar grandes. Não acredite em milagres ou gurus da internet, mas sim, em uma abordagem de curiosidade e aprendizado contínuo. Teste suas campanhas, rastreie os resultados e, com o tempo, você verá os benefícios desse investimento estratégico. Tráfego pago não é apenas uma tendência do marketing digital, mas uma ferramenta que, quando bem usada, pode gerar resultados reais e impulsionar o crescimento do seu negócio.

*Fabricio Macias – Co-CEO da Macfor

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