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Carlos André: Programas de fidelidade no Brasil jogam contra o cliente
Por Carlos André, CEO da Loyalty Sci
Existe uma razão para que os programas de fidelidade no Brasil não cumpram seu papel de reter clientes e aumentar o engajamento com a marca: as empresas brasileiras tentam segurar o consumidor por meio do acúmulo de pontos e, com isso, acabam justamente premiando o não engajamento.
Neste cenário, os clientes precisam passar meses acumulando pontos para obter algum tipo de vantagem dos programas de fidelidade, sem receber nenhum contato da empresa exceto por alguns brindes que geralmente pouco têm a ver com seu perfil. Dessa forma, é impossível criar qualquer tipo de relacionamento com o consumidor e incentivar o engajamento.
No final deste ciclo, quando o cliente finalmente resolve resgatar seus pontos juntados durante meses, a sensação é de que o programa está mais para inimigo do que aliado. O cliente se sente penalizado com o uso dos pontos, especialmente com a falta de relevância das recompensas, que geralmente têm pouco a ver com seu perfil.
Quase 17% dos pontos expiram no Brasil
Dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf) mostram que a adesão aos programas de fidelidade, no terceiro trimestre de 2016, cresceu 15% em relação ao ano anterior e mais de 4% em relação ao segundo trimestre do último ano.
Mesmo que o número de pontos emitidos tenha crescido mais de 10% em relação ao trimestre anterior, os clientes apenas resgataram 34,9 bilhões dos mais de 43,7 bilhões de pontos emitidos. A taxa de pontos expirados ficou em torno de 16,9% durante o período, representando mais de 8,8 bilhões de pontos que acabaram sem nenhuma utilidade.
Não basta transformar o prêmio em experiência
Para melhorar os números, muitas empresas têm investido na melhoria das recompensas que oferecem aos clientes, deixando de oferecer apenas brindes para investir em experiências mais elaboradas para que o consumidor se sinta incentivado a participar.
Porém, não basta apenas transformar o prêmio em experiência, é preciso transformar todo o programa de fidelidade em uma experiência memorável para o consumidor. Hoje os programas de fidelidade são sempre “mais do mesmo” ou jogam contra o cliente. Não existe uma experiência boa, e as empresas acabam tendo um custo enorme (que nem conseguem medir) por isso.
Por que um cliente vai passar meses acumulando pontos que não rendem nenhuma vantagem relevante para ele? Qualquer empresa que ofereça os mesmos produtos por um preço menor ou conte com um programa mais vantajoso, vai conquistá-lo.
O futuro dos programas de incentivo está na inovação, no aproveitamento do valor da marca e na priorização da experiência, não em brindes e recompensas. As marcas vão ter de focar em uma abordagem de relacionamento com o cliente que privilegie o engajamento e o perfil do consumidor.
Atualmente, o status quo é o principal obstáculo para que as empresas invistam em programas de lealdade mais inovadores. Apesar de sofrerem com os custos da perda de clientes, especialmente diante da crise, as marcas são paralisadas pelo medo de investir em ferramentas que podem trazer um baixo retorno.
No futuro, porém, a lealdade deverá deixar de ser um mero acessório para as empresas brasileiras e tornar-se a essência das marcas.
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Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
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Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co