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Redução de custos nem sempre é a melhor resposta diante da crise

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Sustentabilidade se tornou um tema extremamente relevante no mundo corporativo há alguns anos. Mas quando falamos de B2B e da relação entre comprador e fornecedor, esse termo não se limita apenas às questões ambientais, mas também à longevidade. Ou seja, ao tipo de parceria estabelecida entre as partes e o quanto ela se mantém saudável ao longo do tempo.

Em um cenário igual ao que estamos vivendo hoje, de riscos, crise e instabilidade econômica, a continuidade no relacionamento é extremamente importante para enfrentar o momento delicado e não prejudicar nenhum lado da cadeia. Pensar nisso, antes de cortar custos, por exemplo, é essencial para o período pós-pandemia.

É comum que a primeira coisa a se pensar diante de uma crise seja proteger a saúde financeira, mas reduzir gastos a qualquer custo pode não ser a melhor maneira de minimizar o risco – é necessário pensar no pós-crise. Por exemplo, será que vale a pena cortar o contrato e ameaçar a sobrevivência de um fornecedor que atende sua empresa satisfatoriamente? Ou é melhor tentar uma negociação que seja boa para ambas as partes e fortaleça ainda mais o relacionamento? Com certeza, a relação sairá fortalecida, quando a turbulência passar.

Quem souber ser criativo e criar uma rede de colaboração entre empresas e fornecedores, terá resultados melhores. O mundo corporativo funciona como uma colmeia. Cada decisão de negócio que um empresário toma afeta outras empresas – sejam elas clientes ou fornecedoras. É necessário agir em conjunto, e não pensar só no curto prazo, dialogar com as companhias que fazem parte da mesma cadeia e tentar encontrar saídas que preservem a parceria e a confiança entre aliados estratégicos. 

Estamos passando por uma crise sem precedentes, não existem respostas prontas. No entanto, depois de cinco meses de vivência neste cenário, percebemos que as empresas que estão conseguindo se reinventar, reconfigurar processos e revisar recursos de maneira cuidadosa – entendendo, de fato, se a melhor estratégia tem realmente a ver com custo mais baixo – estão se fortalecendo. E esse processo passa, também, pela capacidade de decidir não apenas cortar custos, de maneira aleatória. É necessário saber onde enxugar para não pôr em risco a saúde e o futuro da empresa. Trocar de fornecedor levando em conta apenas o fato de pagar mais barato, sem considerar outros critérios, pode comprometer a qualidade das entregas e a satisfação dos próprios clientes, por exemplo. 

Em linhas gerais, é necessário atuar na crise sem ignorar que ela vai passar – sim, vai passar! Em muitos casos, as decisões mais assertivas levam em conta a importância de manter parceiros e continuar trabalhando com materiais e serviços de qualidade e personalizados para seu negócio. Assim, de fato, a empresa estará preparada para voltar à produção normal no momento de retomada da economia. 

*Marcelo Pereira, especialista de gestão de fornecedores no Mercado Eletrônico, e Priscila Miguel, coordenadora do FGV-CELOG (Centro de Excelência em Logística e Supply Chain da FGV EAESP)

Matéria publicada no portal de notícias ADNews. Se quiser mais informações sobre o mundo da publicidade e do marketing acesse: https://adnews.com.br/

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APRO+SOM protocola PL que estabelece limite de 15 dias para pagamento às produtoras do setor criativo

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Inicialmente nomeada como “Pague em 30”, a proposta formulada pela APRO+SOM evolui e ganha novo escopo com o protocolo do Projeto de Lei nº 1776/2025, agora denominado “Pague em 15”. O texto estabelece o prazo máximo de 15 dias corridos para o pagamento de contratos de até R$ 200 mil firmados com empresas do setor criativo, podendo, em caráter excepcional e mediante negociação, ser estendido para até 30 dias. A medida foi oficialmente protocolada na Câmara dos Deputados com relatoria da deputada Érika Kokay, que acolheu a iniciativa após uma série de reuniões técnicas e institucionais. 

“O projeto é fruto de um processo de articulação parlamentar iniciado em 2024, conduzido pela APRO+SOM com o objetivo de enfrentar os impactos negativos dos longos prazos de pagamento, que comprometem a sustentabilidade econômica do setor de áudio’’, explica Bia Ambrogi, presidente da associação. Após a aprovação da deputada Kokay, o texto passou por análise da Consultoria Legislativa da Câmara e incorporou contribuições relevantes — entre elas, da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, que propôs a inclusão expressa de contratos com órgãos e entidades da administração pública, a fim de evitar atrasos recorrentes em pagamentos de projetos culturais encomendados por prefeituras, que chegam a ultrapassar um ano.

Outro ponto de destaque foi a redução do prazo originalmente proposto de 30 para 15 dias corridos nos contratos de menor porte. A alteração foi sugerida pela própria relatora, com o objetivo de garantir maior agilidade nos repasses e minimizar os riscos operacionais e financeiros enfrentados pelos microempreendedores individuais, microempresas ou empresas de pequeno porte da indústria criativa.

A proposta surge em resposta a um contexto de desequilíbrio nas relações comerciais do mercado criativo. Desde 2012, com o fortalecimento das áreas de procurement nas empresas contratantes, produtoras de som e conteúdo vêm enfrentando condições cada vez mais restritivas, com prazos que frequentemente ultrapassam 90 ou até 120 dias. Esse cenário não apenas compromete o funcionamento das empresas como também inviabiliza o fluxo criativo, estimula a concentração de mercado e fragiliza a diversidade e a inovação. 

A APRO+SOM reforça que esse problema não é novo, mas se agravou quando as empresas passaram a priorizar apenas a redução de custos e resultados rápidos, deixando de lado a qualidade do trabalho e a saúde da produção criativa. Como agravante, os prazos de pagamento aumentaram cerca de 20% nos últimos cinco anos, pressionando as produtoras a concentrarem esforços em gestão financeira, em vez de criação. Muitas acabam recorrendo a financiamentos para arcar com a produção das obras publicitárias, num ciclo insustentável.

“É essencial que a produção criativa deixe de ser tratada como um custo acessório e passe a ser reconhecida como um investimento estratégico para as marcas; um elemento vital na construção de valor, reputação e conexão com a audiência. O PL 1776/2025 representa, portanto, um avanço concreto na defesa de práticas comerciais mais justas e transparentes, além de contribuir para a valorização do trabalho criativo como parte central da economia da cultura e da comunicação”, conclui Bia Ambrogi.

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Ampro e CULTSP abrem inscrições para curso gratuito de formação em eventos e live marketing

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Estão abertas as inscrições para o curso gratuito “Design de Experiências e Eventos de Marca”, promovido pela AMPRO – Associação de Marketing Promocional – em parceria com o CULTSP PRO – Escola de Profissionais da Cultura. A iniciativa integra o esforço da entidade em fomentar a profissionalização do setor, contribuindo para a inclusão e a geração de oportunidades por meio da educação.

Com carga horária total de 16 horas, o curso não exige experiência prévia e é destinado a pessoas maiores de 18 anos. As inscrições podem ser feitas até o dia 22 de maio, com limite de 30 vagas, já o início das aulas está previsto para  26 de maio com término em 9 de junho.

As aulas serão conduzidas por Valdeck Junior, diretor do Comitê de Relações Institucionais da AMPRO e CEO da agência Sallero. Jornalista e pós-graduado em Gestão e Marketing Global pela EACH-USP, que atua há mais de 30 anos no mercado de comunicação e já liderou projetos para marcas como Coca-Cola, Heineken, L’Oréal e Banco do Brasil. “A qualificação é uma das chaves para o crescimento do nosso setor. Por isso, essa parceria com o CULTSP PRO é tão relevante: ela democratiza o acesso ao conhecimento e forma uma nova geração de profissionais preparados para atuar em eventos com visão estratégica e foco em experiência de marca”, destaca Valdeck Junior.

A grade de aulas contará com abordagem prática e teórica sobre planejamento, criação, produção e aspectos financeiros de eventos de marca, utilizando cases reais reconhecidos no AMPRO Awards – uma das mais prestigiadas premiações de Live Marketing do país – realizada anualmente e que já consagrou mais de 400 agências.

A iniciativa integra a trilha formativa – parceria inédita para capacitação e inserção de profissionais no mercado de eventos – assinada em janeiro deste ano, como Termo de Cooperação voltado à oferta de cursos gratuitos e à inserção de mão de obra qualificada no mercado, entre o CULTSP PRO e importantes entidades do setor – Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo –  gerida pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).

As aulas serão oferecidas em formato híbrido, com encontros presenciais no Edifício Oswald de Andrade e sessões online ao vivo e as inscrições podem ser feitas por meio deste link ou diretamente no site do CULTSP PRO.

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