Universo Live
Pesquisa estima crescimento de 80% no mercado de eventos em 2020

Segundo ano consecutivo do estudo da Eventbrite feito em parceria com a agência Mantis Research mostra as principais tendências do setor para este ano
Com o objetivo de dar um panorama do mercado de eventos no mundo, a Eventbrite, plataforma global de venda de ingressos e tecnologia para eventos, realizou um levantamento em parceria com a agência Mantis Research durante o último mês de outubro de 2019. A pesquisa contou com mais de 6.800 entrevistados, sendo 480 da América Latina (Brasil e Argentina), sendo 51% dos respondentes brasileiros.
O estudo aponta que 78% dos organizadores brasileiros pretendem fazer mais eventos em 2020, devendo também aumentar suas equipes em 66% dos casos para atender a demanda. Na outra ponta, apenas 3% dos entrevistados afirmam que irão produzir um menor número de eventos. Mundialmente, o país lidera as expectativas na área, à frente do Reino Unido, que pretende aumentar em 58%, e Alemanha, com 56%.
Os resultados obtidos mostram o amadurecimento e consolidação do segmento, que, entre brasileiros, costuma movimentar as empresas do setor e produtores, que chegaram a preparar ao menos um evento por mês em 2019 – 32% dos entrevistados. “O dado, além de demonstrar como o mercado permaneceu aquecido, ilustra como diversas edições de uma feira, show ou festival podem ocorrer em um único ano”, comenta a Head de marketing da Eventbrite América Latina, Beatriz Oliveira.
Motivações
Segundo os organizadores que responderam a pesquisa, gerar receita é o maior motivador (66%), seguido por divulgação de suas marcas ou causas (59%) e educação e treinamento (54%). Se comparado com o resultado anterior (2018), educação e treinamento cresceram 45% em 2019 frente às citações em 2018. Em relação às categorias, as previsões para 2020 são parecidas com as realizadas em 2019: treinamentos e workshops também ficaram no topo da lista com 53%, enquanto ocasiões para networking apareceram em 33% das respostas.
Para produzir, a maioria dos organizadores (67%) conta com o valor arrecadado com a venda de ingressos, seguida por patrocínio (58%) e parcerias (41%). “As principais escolhas da fonte de receita em nossa última pesquisa foram exatamente as mesmas citadas para 2020, inclusive, na mesma ordem. Esse número nos mostra como as vendas de ingressos continuam sendo de extrema importância para a saúde financeira dos eventos no Brasil, ressaltando a necessidade de oferecer alternativas e meios eficazes para isso – como as plataformas on-line, por exemplo – para gestão e garantir os valores necessários para a realização do evento”, analisa Beatriz Oliveira.
Diversificação de público
Apesar da grande importância do público para a marca e para o orçamento, alcançar novos consumidores é ainda o grande desafio de 66% dos entrevistados, percentual que se mantém semelhante a pesquisa anterior (com acréscimo de 1%). “Embora seja bem relevante, ainda é muito pequeno o número de organizadores que usam diferentes táticas de marketing para a divulgação de seus eventos. Grande parte deles ainda trabalha com os meios convencionais, como redes sociais com posts orgânicos e e-mail marketing, e não se aventuram com o uso de novas plataformas, mesmo sabendo sobre a sua efetividade em outros segmentos”, pondera Beatriz Oliveira.
Com isso, o boca a boca continua sendo a propaganda mais efetiva, na opinião dos organizadores, concentrando 63% dos investimentos em marketing, seguido pelas mídias sociais, que têm espaço em 51% das estratégias. Até por isso, 48% dos respondentes querem contratar profissionais de marketing e comunicação. “Essa informação reforça a importância da constante busca por qualificação das pessoas que trabalham ou pretendem atuar nesta área, uma vez que o mercado está sempre em busca de novidades e tendências”, lembra Beatriz.
Na hora de avaliar o sucesso de uma feira, show ou festival, as principais métricas de monitoramento são as redes sociais, utilizadas em 57% dos casos, seguido do feedback passado pelos presentes com 52% e do número de participantes novos nas edições anteriores (41%).
Sustentabilidade e Diversidade
Como tendências para o ano de 2020, 68% dos organizadores apontaram que sustentabilidade é uma preocupação e que pretendem adotar medidas que diminuam o impacto negativo no meio ambiente. Dos respondentes, 62% consideram a oferta de materiais reutilizáveis ou biodegradáveis para os serviços de alimentação e bar e 68% já optam por ingressos e inscrições on-line.
Além da preocupação com as questões ambientais, os organizadores querem criar eventos mais inclusivos. O Brasil liderou o ranking global da pesquisa com 69% dos respondentes preocupados com a diversidade e que afirmaram ser uma das suas prioridades para 2020. 81% deles buscam constantemente por novas maneiras de promover seus eventos para um público diverso e 36% procuram proativamente por palestrantes que ofereçam conteúdo inclusivo.
Segundo Ezio Jemma, organizador e diretor de comunicação e entretenimento da Hamburgada do Bem, uma das maiores preocupações da equipe é o resíduo que gerado por conta das embalagens de refrigerantes/sucos e nos copinhos plásticos. “Para isso, temos os nossos copos/squeezes oficiais disponíveis na nossa lojinha on-line e no dia do evento para que, logo na chegada, o pessoal já adquira o seu e o utilize para sempre nas Hamburgadas e na vida. A adesão é maravilhosa, visto que ele também se torna uma lembrança. Outras ações importantes que estamos tomando é a de fazer parcerias com cooperativas que recolhem as garrafas de refrigerante e suco para reciclagem. É ótimo para a cooperativa, para nós e para o meio ambiente. Fora isso, temos brincadeiras focadas nesse tipo de educação e estimulamos os voluntários a passar isso para as crianças.”
Quem é o profissional de eventos?
Segundo a pesquisa, os organizadores, em sua grande maioria, são multitarefas, uma vez que 41% possuem entre duas e quatro pessoas no time. Esse número comprova a versatilidade desses profissionais, sendo que atividades distintas – da escolha do local ao gerenciamento da venda de ingressos – são realizadas por uma única pessoa ou por equipes muito enxutas.
Apesar desse mix de funções e tarefas, quem trabalha na área não pretende sair: dos entrevistados brasileiros, 64% mostraram-se satisfeitos com os seus empregos e atividades. “Vale ressaltar que tivemos um aumento considerável neste número quando comparamos com os resultados do ano passado, que somaram 52%”, finaliza Beatriz.
Universo Live
AMPRO Awards anuncia os finalistas da 25ª edição

A 25ª edição do AMPRO Awards, tradicional premiação brasileira dedicada ao Live Marketing, acaba de revelar os finalistas de 2025. Neste ano, 242 campanhas de 56 agências foram selecionadas para a shortlist em 35 das 40 categorias que compõem o prêmio, representando 47,5% das inscrições. Nesta edição, o AMPRO Awards contou com 509 projetos inscritos e 108 agências participantes.
A seleção foi conduzida por um corpo de jurados formado por 171 profissionais de comunicação e marketing, que avaliaram os cases das verticais Effectiveness, Activation, Experience e Business com base nos critérios de criatividade, estratégia e execução. Os finalistas concorrerão aos troféus de Ouro, Prata e Bronze, além dos prêmios especiais: Grand Prix de Criatividade, Grand Prix ESG, Agência do Ano e melhor case por vertical.
“O processo de avaliação é uma das maiores fortalezas do AMPRO Awards. A cada edição, reforçamos o compromisso com critérios técnicos, pluralidade e transparência, o que garante um resultado que representa, de fato, a excelência do Live Marketing no Brasil”, afirma Heloisa Santana, presidente executiva da AMPRO.
A cerimônia de premiação será realizada no dia 24 de novembro, na Estação Motiva Cultural, em São Paulo, com transmissão online.
Confira a shortlist no site oficial do AMPRO Awards.
Universo Live
Pesquisa revela nova jornada de compra no Brasil

A mLabs, plataforma de gestão inteligente de mídias sociais, em parceria com a Conversion, agência de performance digital e SEO, lançam a pesquisa “A Nova Jornada de Compra”. O estudo revela como diferentes faixas etárias se comportam nos diversos canais digitais — incluindo IAs, redes sociais e mecanismos de busca — e como se relacionam com marcas, conteúdo e produtos. A pesquisa, realizada com 800 entrevistados de todo o Brasil, traça um retrato detalhado das gerações Baby Boomer, X, Millennial e Z, e aponta as tendências que devem guiar o consumo em 2026.
“Criamos este estudo para mapear como as quatro gerações coexistem no mercado brasileiro, cada uma dominando ferramentas diferentes para consumir. Os dados revelam não apenas uma mudança comportamental, mas a necessidade de repensar estratégias de marketing”, explica Diego Ivo, fundador e CEO da Conversion.
“Mais do que acompanhar tendências, é preciso entender a nova lógica da influência — construída por meio de dados, relevância e credibilidade. O comportamento online de cada geração revela que a relação entre marcas e pessoas está cada vez mais guiada por propósito e contexto, e não apenas por visibilidade online”, completa.
Diferenças entre gerações: o que move cada público
O estudo revela um Brasil digitalmente diverso e gerações que, embora convivam nas mesmas plataformas, têm motivações e critérios distintos.
Geração Z (18 a 26 anos): é a mais conectada e socialmente ativa. 87% descobrem produtos, serviços ou marcas no Instagram e 80% no TikTok, plataformas usadas não só para lazer, mas também como fonte de informação, aprendizado e consumo. É o grupo que mais valoriza autenticidade e posicionamento de marca, e 67,2% deles já afirmam utilizar IA (como ChatGPT) para perguntar sobre vantagens e desvantagens de produtos. É a geração que usa a inteligência artificial como uma espécie de “consultor digital” para validar e tomar decisões.
Millennials (27 a 42 anos): são a geração mais híbrida e estratégica. 83,5% descobrem produtos no Instagram, 73,5% no YouTube e 72% no Google. Também estão entre os que mais utilizam IA (56%) como ferramenta de pesquisa e decisão. Preferem marcas que ensinam, inspiram e entregam utilidade: 58% dizem confiar mais nas IAs do que em pessoas próximas para obter informações atualizadas.
Geração X (43 a 58 anos): busca equilíbrio entre canais. O Google lidera com 84,5% das pesquisas, seguido por YouTube (60%) e Instagram (45,5%). Essa geração valoriza credibilidade, experiência e comparação, com 47,5% já utilizando IA em suas buscas. Embora demonstrem abertura à tecnologia, mantêm cautela e priorizam a validação em fontes oficiais e lojas físicas.
Baby Boomers (59+): têm presença digital crescente. 77,5% utilizam o Google e 58,5% o YouTube como principais canais de descoberta de produtos, serviços ou marcas. O Instagram (50,5%) e o Facebook (37,5%) aparecem como redes de uso mais frequente. Ainda que o uso de IA seja menor (31%) para pesquisar marcas ou produtos, quase 48% dessa geração afirmam usá-la para encontrar o menor preço ou melhor oferta, demonstrando um perfil prático e orientado à eficiência.
As plataformas que dominam o país
O estudo aborda o tema sob duas perspectivas complementares. Quando o assunto é descobrir novos produtos ou marcas, destacam-se como principais fontes o Google (76%), seguido por Instagram (73,3%), YouTube (69%), TikTok (55,4%) e televisão (49,9%).
Já quando o foco é buscar informações sobre produtos, serviços ou marcas já conhecidas, os canais mais utilizados são o Google (78,8%), YouTube (59,5%), Instagram (51,13%), inteligências artificiais (48,5%) e TikTok (38,75%).
Fatores que mais influenciam na decisão de compra final
Preço (80,6%)
Qualidade do produto (77,4%)
Frete grátis (77,3%)
Reputação/confiabilidade da marca (45,8%)
Avaliações de outros compradores (45,4%)
A IA como divisor geracional e o futuro do consumo no Brasil
O destaque da pesquisa, além da presença das redes sociais em toda a jornada de compra, para todas as gerações, é a presença relevante da inteligência artificial nas jornadas, ainda que em diferentes medidas.
A IA surge como um dos principais divisores geracionais do consumo brasileiro. A Geração Z (59,5%) e os Millennials (56%) já transformaram os algoritmos em verdadeiros consultores digitais de compra, estabelecendo uma relação de confiança que supera muitas fontes tradicionais. Para eles, consultar a IA é tão natural quanto usar o Google.
Por outro lado, a Geração X (47,5%) demonstra uma adoção mais cautelosa, porém crescente, enquanto os Baby Boomers (31%) seguem um ritmo mais gradual e ainda enfrentam barreiras de entrada. Essa diferença de quase 30 pontos percentuais entre os extremos evidencia como a IA se tornou um marco entre as gerações nativas digitais e aquelas em processo de adaptação ao ambiente online.
“O crescimento da IA e das redes sociais entre os mais jovens não representa uma substituição do Google, mas a expansão das buscas. Os usuários jovens descobrem produtos e serviços através das redes sociais de forma fluida, utilizam o Google para buscar informações factuais de forma ativa e vão para a IA fazer análises contextuais, comparativas. Isso cria uma experiência de pesquisa híbrida mais rica e personalizada do que qualquer geração anterior teve acesso”, afirma Rafael Kiso.
Os dados reforçam que essa transformação já antecipa o futuro do consumo no Brasil. 41,5% da Geração Z e 37% dos Millennials acreditam que a IA vai revolucionar completamente a forma como compramos, percepção que reflete o quanto essas gerações já a incorporaram ao dia a dia. Entre os mais maduros, 35% da Geração X e 35,5% dos Baby Boomers veem a IA como muito importante, mas não acreditam que ela substituirá totalmente as formas tradicionais de consumo.
“Cada geração se relaciona com as IAs do seu jeito, mas nenhuma delas deixa de se relacionar. Não é mais possível pensar no futuro do consumo sem pensar nas IAs”, conclui Kiso.









You must be logged in to post a comment Login