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Omnidata Intelligence é o futuro do trade marketing

Publicado

em

*Gabriel Climas

Omnidata Intelligence é uma metodologia de negócios responsável por extrair valor de inúmeras fontes de dados. Atualmente, existem muitas fontes de dados disponíveis, mas poucos meios para os proprietários de empresas extraírem o valor total da enorme quantidade de informações que têm acesso. Mas novos problemas geram, inevitavelmente, novas soluções e a Omnidata é uma delas.

O tempo em que o marketing trabalhava apenas no achismo ficou no passado. Hoje, principalmente no marketing digital, existem diversas ferramentas onde conseguimos por meio de análise de dados direcionar melhor as estratégias, diminuindo as chances de possíveis fracassos e perda de recursos.

No varejo, os Web Analytics têm ajudado os e-commerces a se posicionarem estrategicamente, trazendo o entendimento de todos os passos dos clientes. Dados básicos, como número de visitantes, origem, taxa de rejeição e tempo médio de navegação na loja on-line tem orientado os profissionais na melhoria de UX (User Experience), UI (User Interface), além de conteúdo e mensuração da satisfação do público em relação à estratégia de posicionamento da empresa. E nas lojas físicas? Quais as possibilidades para extração de dados assertivos para a tomada de decisão?

Nas lojas físicas, uma das responsabilidades do profissional de Trade Marketing é melhorar a exposição dos produtos, que também pode ser feita por meio da análise do comportamento do consumidor. As análises, na maioria das vezes, são realizadas manualmente, algo efetivo, mas na visão tecnológica, nem tanto.

Segundo o premiado cientista de mídia social no HubSpot e autor de livros, Dan Zarrella, marketing sem dados é como dirigir de olhos fechados. E realmente ele está certo, pois, independente do físico ou digital, trabalhar com dados reais é importante para estabelecer estratégias sólidas, e com o avanço da tecnologia novas possibilidades começam surgir.

Como IoT pode ajudar?

Uma maneira de usar a tecnologia para aprimorar o relacionamento com os clientes é por meio da Internet das Coisas, que funciona por meio de dispositivos embutidos em objetos, eletrônicos, softwares e redes com o objetivo de trocar e coletar informações com ferramentas e sistemas na internet.

Em lojas físicas, câmeras, Wi-Fi Guest e contadores de pessoas podem monitorar e avaliam o comportamento dos clientes, dentro e fora de lojas, trazendo insights valiosos para estratégias de PDV, aumentando as possibilidades de compra. A inteligência do negócio é um futuro promissor para o planejamento e a assertividade em Trade Marketing e Visual Merchandising, direcionando as ações que precisam ser realizadas em fachadas, vitrines e prateleiras.

Com a inteligência do IoT em câmeras surge a possibilidade de mapear a jornada do consumidor dentro da loja, retirando ideias para melhorar o posicionamento de produtos. No Wi-Fi-Guest, a inteligência do marketing digital pode influenciar na criação de campanhas personalizadas de remarketing para visitantes locais, por exemplo.

Além da loja física

Além do varejo, o Omnidata Intelligence é cabível em diversos segmentos como restaurantes, hospitais, estádios, aeroportos etc. Quem não se irrita com uma fila gigante ou a demora para ser atendido?

Reposicionamento de colaboradores conforme demanda de clientes é um dos pontos que pode ser trabalhado por meio da IoT nas câmeras, garantindo a satisfação dos clientes em diversos tipos de estabelecimentos comerciais, e efetivando a fidelização.

Na saúde, antes da Covid-19, a lotação de hospitais já era uma preocupação, principalmente em horários de pico. Após a pandemia, a alta concentração de pacientes ocorre periodicamente por conta de surtos. A IoT pode auxiliar neste controle. Com câmeras e dispositivos de rede, posicionamento de funcionários, monitoramento de filas e multidões, rastreamento de profissionais específicos e equipamentos perdidos, as possibilidades são infinitas e não se limitam somente às lojas físicas, mas aos diversos tipos de espaços.

Explore!

A IoT traz oportunidades significativas para melhor análise de comportamento do consumidor, fazendo com que cada vez mais os dados sejam explorados e efetivando o Data Driven Marketing como uma estratégia indispensável para as companhias.

No mundo atual, a tecnologia vem tomando espaço de alguns setores trazendo mais efetividade e consequentemente descartando algumas funções, mas no marketing a IoT pode ser um grande aliado. Com mais dados e mais possibilidades, não existem limites para a melhoria de processos, que virá com inovação e os novos rumos do marketing no varejo. A inteligência Omnidata pode dar voz aos seus clientes e identificar exatamente o que você precisa para levar seus serviços a um novo patamar.

*Gabriel Climas – Head de marketing na Roost, empresa de tecnologia especializada em soluções com foco em automação IoT, segurança, monitoramento omnidata, redes, edge performance e armazenamento.

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“Branding de legado: o que Alfred Nobel ainda ensina sobre reputação e propósito”

Publicado

em

*David V. Bydlowski

Quando falamos em branding pessoal ou reputação de marca, a história de Alfred Nobel continua sendo um dos exemplos mais potentes, e talvez mais incômodos, de como memória e legado são construídos. O químico sueco, celebrado hoje como patrono do Prêmio Nobel, foi também o inventor da dinamite, descoberta que o tornou milionário no século XIX. Porém com a fortuna veio a culpa e a reputação sobre uma descoberta cujo impacto se estendeu a cenários de guerra.

O ponto de virada aconteceu por acidente. Após a morte de seu irmão, um jornal francês publicou, por engano, o obituário de Alfred Nobel. O título era devastador: “O mercador da morte está morto”. Naquele instante, Nobel teve um choque de reputação: percebeu que seria lembrado não como um cientista brilhante, mas como alguém associado à destruição.

Esse episódio ecoa fortemente no presente, pois foi com essa manchete que Nobel decidiu transformar o significado do seu nome, criando a nobre instituição pela qual hoje é lembrado. Trazendo ao universo digital dos dias atuais, percebe-se que não é mais apenas a imprensa que molda a narrativa, mas milhares de interações diárias. Se você não cuida da sua história, o público a escreve por você e nem sempre da maneira mais justa.

O obituário digital

Vivemos em um tempo em que a reputação não é construída apenas por campanhas sofisticadas ou slogans bem pensados, mas por rastros cotidianos: curtidas, posts, vídeos, comentários soltos, tweets deletados. Cada fragmento é uma peça que compõe o que se poderia chamar de “obituário digital”. Uma biografia coletiva e permanente, formada por aquilo que o mercado, os consumidores e os algoritmos interpretam e guardam sobre você ou sua marca.

A lição de Alfred Nobel é clara: branding não é só imagem. É herança. Reposicionar é mais que comunicar

Em vez de tentar apagar a associação com a destruição, Nobel escolheu outra estratégia: destinou 94% de sua fortuna à criação do Prêmio Nobel, uma instituição dedicada a reconhecer avanços da humanidade. Nem usou sua fortuna para tentar pagar jornalistas para escrever sobre sua história sob outra ótica. Criou propósito.

Esse gesto é um paralelo direto com as empresas que, hoje, ultrapassam o território do marketing de produto e constroem reputações ancoradas em ESG, impacto social e coerência narrativa de longo prazo. Não se trata de cosmética, mas de estrutura.

Para quem trabalha com comunicação, a reflexão é inevitável: SEO, redes sociais, vídeos e campanhas não são apenas ferramentas de performance. São instrumentos de memória. O que se publica hoje pode aparecer amanhã em um pitch, em uma negociação de M&A ou na decisão final de um consumidor.

O que a publicidade tem a ver com isso?

Tudo. Muitas marcas ainda operam sob a lógica do branding de ocasião, a resposta rápida à tendência, à crise ou ao algoritmo. Mas branding de oportunidade não sustenta branding de legado. E a consequência é clara: As empresas que constroem com intencionalidade, colhem os frutos por gerações.

Alfred Nobel nos lembra que reputação é menos sobre o que você vende e mais sobre o que você deixa. Cabe às marcas e às pessoas decidir se sua história será esquecível ou transformadora.

Em tempo: Nobel morreu em 10 de dezembro de 1896, em San Remo, na Itália. E hoje poucas pessoas sabem que ele foi também o criador da dinamite.

*David V. Bydlowski – Fundador e principal executivo da Rosh Digital, agência com foco em inovação digital e inteligência artificial.

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O que os “CEOs vendedores” podem ensinar às startups?

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em

Claudio Santos*
Daniel Rosa*
Por muito tempo, o papel do CEO esteve restrito aos bastidores. Ele era o estrategista, o líder de equipe, o responsável por fazer a engrenagem girar, mas raramente aparecia para o público. Essa função, até poucos anos atrás, ficava com artistas, atletas ou influenciadores pagos para representar uma marca. Hoje, o jogo virou. O resultado? Em muitos casos, crescimento expressivo nas vendas e fortalecimento da imagem institucional.

Quando Elon Musk fala da Tesla ou para citar exemplos como Guilherme Benchimol, da XP, João Adibe Marques, da Cimed ou Luiza Trajano, do Magalu. Essa última criou até a Lu, imagem e semelhança da presidente do grupo que figura em praticamente todas as comunicações da marca. Todos esses exemplos mostram que não se trata apenas de marketing, é um convite para o consumidor participar da cultura da empresa.

Esse movimento também transformou a relação entre marcas e performance. Quando o fundador ou executivo assume a linha de frente, a confiança tende a crescer, e com ela, as vendas. Um estudo da Sprout Social mostra que 70% dos consumidores se sentem mais conectados com empresas em que os executivos são ativos nas redes, um dos motivos destacados entre as pessoas consultadas pela pesquisa é que sentem que a presença do CEO, há pessoas reais por trás da marca. E esse efeito é ainda mais forte em startups, onde a história pessoal do fundador se mistura com a identidade da empresa.

No universo das startups, no entanto, a exposição do CEO nem sempre acompanha o ritmo do crescimento. Muitas recebem grandes aportes, ampliam operações, mas falham em construir uma narrativa sólida. A falta de uma estratégia de marketing clara, que poderia ser sustentada pela presença e voz do fundador, faz com que percam relevância logo após o pico de capitalização. Ter um bom produto ou tecnologia já não basta, o público quer uma história, uma visão, alguém em quem acreditar.

O sucesso de marcas que apostaram em líderes carismáticos como rosto público mostra que essa é uma tendência que veio para ficar. CEOs deixaram de ser apenas
administradores e se tornaram influenciadores corporativos, peças-chave para traduzir a cultura e o propósito da empresa. No fim das contas, vender deixou de ser apenas sobre o que se entrega, e passou a ser, também, sobre quem entrega.

*Claudio Santos é presidente do Next Group, holding de 10 empresas com atuação no Brasil e em outros países como Portugal e Emirados Árabes. Também é especialista em estratégias de internacionalização e desenvolvimento de mercados globais.

*Daniel Rosa é CEO do Digitalks Indie Summit e especialista em mídia online e marketing estratégico. Foi sócio e consultor de mídia da Dainet Multimídia e atendeu grandes contas como Bayer, Kroton, C&A, Ypê e Bunge. Fundou em 2000 o portal ADNEWS e, mais recentemente, criou a SalesRush (2020), aceleradora de vendas B2B especializada no mercado publicitário.

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