Artigos
O que aconteceu com meu ROI?
*Luiz Fernando Ruocco
Recentemente, muitos varejistas estão confusos e frustrados com a mudança do ROI (Retorno sobre Investimento) dos anos anteriores para o momento atual. Afinal, houve um crescimento gigantesco de receita durante a pandemia, mas, agora, ela está caindo — mesmo mantendo o nível de investimento.
Para entendermos esse fenômeno, precisamos analisar o período antes da pandemia, o que era “normal” até então. O online estava se consolidando no Brasil, mas ainda havia muitos problemas de mensuração entre canais e uma dúvida generalizada sobre o papel do e-commerce. Estávamos falando, ainda, em soluções como Clique e Retire, em usar o mesmo carrinho de compras para site e loja, em integração e todos os processos técnicos dessa transformação digital.
2020 chegou e o online virou regra. Era só e-commerce. A população se digitalizou no estilo “JK”, talvez de maneira ainda mais acentuada: 10 anos em 1. Mas, enquanto todos surfavam nessa onda, poucos se prepararam para a volta. O mercado esqueceu os planos que estavam sendo estruturados em 2018, 2019, e o resultado foi essa surpresa.
Com a digitalização da população, aumentou-se o investimento em pesquisa, tanto pelo volume quanto pelo crescimento da competição de novos players digitalizados. As pessoas aprenderam a pesquisar e escolher com mais cautela onde gastam seu dinheiro. Na época, a receita geral compensou tudo isso, pois era o momento do boom.
Com a volta das lojas físicas, porém, a receita mudou de canal e a rentabilidade do e-commerce caiu. As pessoas continuam pesquisando online, o que faz com que as empresas continuem investindo no online, mas a receita parece ter travado.
Aí é que está: a receita não travou. Ela continuou vindo, mas em diversos canais!
A jornada do consumidor não acontece mais linearmente em um mesmo espaço. Ele pode começar na loja e terminar no site, ou o contrário. Ou seja, o investimento realizado no digital pode não estar demonstrando retorno no digital, mas sim no físico.
Muitos varejistas não entenderam esse movimento e imaginaram que o online acabou, que os investimentos digitais não fazem mais sentido. Assim, voltaram seus investimentos para as mídias off, pois a loja voltou a ter o share mais importante.
É uma decisão arriscada e pouco baseada em dados, uma vez que não se está olhando para os dados de forma integrada.
É engraçado. Em 2019, estávamos na era on, muitas empresas tornando seus investimentos em marketing 100% digitais. Agora, é como se tivéssemos voltado a 2015!
Mas o que fazer para compreender de verdade o momento atual e agir de acordo?
A resposta é simples: investir em mensuração, em qualidade de dados e em diversidade de portfólio. É preciso entender se o ROI está mesmo positivo ou negativo, e não supor com base em uma visão incompleta. A única maneira de fazer isso é com a coleta e análise inteligente de dados de todo o negócio, on e off.
Com os dados, você poderá tomar sua decisão com eficiência e tranquilidade, sem achismos e sem medos infundados.
*Luiz Fernando Ruocco – Sócio e diretor de operações da agência full digital Rocky.Monks, coordenador de mercado no ITI MBA da Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e mentor de negócios na Liga Ventures
Artigos
Marketing de incentivo: como ele ajuda na satisfação dos colaboradores?
*Marilyn Hahn
A satisfação dos colaboradores é um fator primordial para o sucesso de qualquer organização. Na atual conjuntura do mercado, na qual a demanda por qualidade e personalização está em alta, as empresas precisam estar atentas às novas tendências em benefícios corporativos para manter seus funcionários motivados e producentes.
De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, funcionários felizes e satisfeitos são 13% mais produtivos. Portanto, uma abordagem de endomarketing que inclua o marketing de incentivo pode ter um impacto relevante nos resultados do negócio e se tornar uma vantagem competitiva. Essa estratégia envolve a utilização de soluções especializadas que oferecem incentivos e premiações customizados, sem a necessidade de uma equipe dedicada exclusivamente a essa função.
O principal objetivo dessas medidas é melhorar a experiência dos colaboradores, estimulando-os a alcançar melhores resultados e promovendo uma jornada profissional positiva. Reconhecer o valor do time é essencial para garantir o engajamento e fortalecer as relações no ambiente de trabalho.
Colaboradores que recebem incentivos personalizados, como pontos acumulados, cartões pré-pagos e gift cards, tendem a se sentir mais valorizados, o que não só aumenta o comprometimento, mas também fortalece a cultura organizacional e promove maior produtividade. Além disso, utilizar cartões pré-pagos como forma de incentivo ajuda a minimizar complicações legais, já que eles não são considerados uma segunda linha de remuneração. Isso facilita a gestão de benefícios e reduz preocupações com questões trabalhistas.
Um ambiente de trabalho onde os times se sentem motivados e engajados contribui para a construção de uma marca empregadora forte. Isso favorece a retenção de talentos e diminui a rotatividade de funcionários, criando um clima organizacional positivo e produtivo.
Portanto, investir em benefícios e incentivos é mais do que uma tendência, é uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado e garantir a satisfação dos seus colaboradores. O tempo é agora.
*Marilyn Hahn – CRO e cofundadora do Bankly.
Artigos
Como as marcas devem se preparar para a Black Friday?
*Monique Areze
Segundo uma pesquisa da Wake, em parceria com a Opinion Box, 32,5% dos brasileiros iniciam o monitoramento de preços já no final de julho com foco em aproveitar as melhores ofertas durante a Black Friday. Se a antecipação é um ponto importante para o público, a retórica também se faz necessária para as empresas.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo, as marcas que desejam ter êxito na campanha de Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro neste ano, precisam fazer um planejamento detalhado e se atentar aos mínimos detalhes.
Entre os maiores obstáculos enfrentados estão questões como logística, gestão eficiente dos estoques e o treinamento das equipes perante o volume elevado de atendimento e solicitações. Isso porque a Black Friday é uma data em que o atendimento ao cliente tem um papel crucial na jornada de compra. Um trabalho voltado a esses três elementos em conjunto tende a ser o grande diferencial para que as marcas consigam manter uma experiência fluida e positiva junto aos consumidores, desde o primeiro contato até o pós-venda.
Nesse caso, estamos falando de três pilares operacionais: planejamento estratégico, atendimento ao cliente e capacidade de execução.
Por isso, a organização para a data precisa abranger toda a logística, metas e ações de marketing do negócio, com definição clara das estratégias para que os objetivos sejam atingidos. Já o atendimento eficaz e rápido traz um diferencial desejado pelo público em um contexto onde ele busca respostas e soluções ágeis. A competência funcional, por sua vez, envolve garantir estoques adequados, uma logística de entrega eficiente e o uso de tecnologias para suportar um grande volume de transações.
Além das questões operacionais, a criação de campanhas de marketing voltadas à Black Friday, por meio de uma comunicação clara e objetiva ao público-alvo, é outro elemento fundamental. Impulsionada pelo uso de soluções de automação e personalização, as ações representam um diferencial significativo, já que permitem uma melhor segmentação do público, um fator que possibilita o envio de ofertas mais atraentes e direcionadas.
Aliás, o uso de automação não deve ser limitado ao marketing. A criação de um FAQ destinado a elucidar questões comuns para a Black Friday, como prazos de entrega, políticas de troca e devolução, formas de pagamento, além de canais automatizados para atendimento, ajuda a aliviar a sobrecarga nas equipes e, ao mesmo tempo, acelera os esclarecimentos aos consumidores. Sem contar que o recurso melhora a experiência do cliente e permite que os times priorizem somente os casos que exigem, de fato, uma solução humana.
A verdade é que as empresas que investem em um detalhado planejamento, utilizam a tecnologia de forma inteligente e proporcionam uma experiência de compra fluida saem na frente na briga pela conquista da confiança do consumidor. Num cenário competitivo, superar o óbvio e surpreender o cliente é o verdadeiro diferencial. Até porque, no final das contas, o que se constrói na Black Friday é o valor da marca e a fidelidade. Isso certamente é mais importante do que o faturamento momentâneo.
*Monique Areze – COO do Grupo Duo&Co