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Dia do Consumidor: quatro formas de melhorar o relacionamento com o seu cliente

Publicado

em

Marcos Guerra

Todos queremos ser importantes e valorizados. Ao adquirir um produto ou serviço, esse tratamento é ainda mais fundamental, como forma de garantir uma experiência marcante, satisfação e a tão importante recomendação “boca a boca” para amigos e familiares. O assunto se torna ainda mais importante com o Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março, quando temos a oportunidade de rever as estratégias de relacionamento com os clientes.

Saber criar uma comunicação próxima com o cliente sempre foi uma ação estratégica para as empresas – ainda mais hoje, em um mercado altamente competitivo, marcado pela popularização do e-commerce. Felizmente, diversos meios digitais foram desenvolvidos nos últimos anos, permitindo uma maior aproximação entre as partes, além de um relacionamento assertivo na jornada de compra.

Temos um consumidor mais omnichannel do que nunca, o qual experimentou o conforto e a comodidade de fazer compras sem sair de casa. A facilidade no uso das plataformas online se tornou uma ambição crescente, em um processo de compras instantâneo, fluído e, acima de tudo, personalizado, com descontos exclusivos e diversidade de meios de pagamento à sua escolha.

Uma boa estratégia de comunicação traz o cliente para perto do e-commerce gerando identificação e presença. Como prova dessa necessidade, cerca de 94% dos clientes consideram o bom atendimento como um quesito fundamental para sua experiência, segundo uma pesquisa divulgada pelo portal Mercado & Consumo. Entretanto, apenas 11% se declaram totalmente satisfeitos.

Para evitar que seu negócio faça parte dessa classificação negativa, confira os canais mais recomendados para garantir uma comunicação próxima com seus clientes, seja no Dia do Consumidor ou em qualquer data:

#1 Redes sociais: são meios excelentes para proporcionar uma comunicação constante e instantânea entre as partes. Além de proporcionarem voz mais ativa, permitem um entendimento mais próximo sobre as necessidades dos usuários, de forma que possam encaminhar seus desejos a qualquer momento e serem respondidos em tempo veloz.

#2 SMS: para os que buscam agilidade, eficiência e acessibilidade, é o canal perfeito. Disponível para qualquer modelo de celular – inclusive, sem a necessidade de conexão à internet – permite o envio de mensagens personalizadas, em massa e, com taxa de abertura em torno de 98%, segundo dados do SlickText. Seu uso funciona muito bem em ações de fidelização, envio de cupons de desconto e pesquisas de satisfação.

#3 E-mail: mesmo sendo menos instantâneo em comparação com os outros, o e-mail permite uma comunicação mais elaborada entre as marcas e seus consumidores, com mensagens que misturam texto, imagens e links. Sua possibilidade de uso é vasta, podendo ser explorado em ações de relacionamento com envio de notícias e dicas de melhor uso do produto.

#4 RCS: sem dúvidas, um dos mais inovadores do mercado. O Rich Communication Services (Serviços de Comunicação Rica) é o novo canal de mensagens do Google, voltado para comunicação entre empresa e cliente. Através dele, é possível enviar imagens, vídeos e gifs, programar botões de resposta (o que facilita as interações do cliente), envio de promoções, notícias, pesquisa de satisfação, atendimento no SAC e muito mais.

A personalização, agilidade e eficiência no atendimento são as grandes chaves do sucesso para um melhor relacionamento com o cliente. Cada canal possui seu estilo próprio de usuários e meios de envio de mensagens, que devem ser analisados e escolhidos com base na identidade de cada empresa.

Toda mensagem enviada deve fazer sentido para o perfil e público dos clientes – o que torna essencial entender suas preferências, necessidades e anseios. Nessa missão, o uso de dados por meio de ferramentas de CRM será altamente estratégico, recolhendo todas as informações necessárias para criar uma comunicação personalizada e gerar mais vendas.

Como dicas gerais, esteja sempre disposto a ouvi-los constantemente, recolhendo seus feedbacks e sempre retornando após uma sugestão ou reclamação. Descubra seus canais prediletos, faça pesquisas de satisfação – com o uso de ferramentas como SMS, RCS e e-mail – e, mostre-se disponível para atendê-los no dia e horário em que precisarem.

A tecnologia deve ser sua grande aliada no Dia do Consumidor, com canais de atendimento que podem ser automatizados com a ajuda de chatbots ou agentes virtuais, por exemplo. Assim, sua empresa conseguirá criar réguas de relacionamento cada vez melhores, consolidando sua marca como referência entre seus clientes.

Marcos Guerra – Revenue Director na Pontaltech, empresa de tecnologia especializada em comunicação omnichannel.

 

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A COP30 e o rótulo como instrumento de política pública: O papel das marcas nessa construção

Publicado

em

*Valmir Rodrigues

Enquanto o mundo comenta os avanços e o que poderia ter sido melhor na COP30, milhões de pequenos produtores e povos indígenas seguem invisíveis nas embalagens – e também no dinheiro que circula pelas cadeias de consumo. No fim, não são governos nem organismos internacionais que definem o ritmo de uma transição justa, mas o cidadão comum, que exerce poder diariamente por meio de suas escolhas de compra.

Quando o assunto é clima, o imaginário coletivo se volta quase sempre ao petróleo e às florestas. No entanto, quem realmente mexe o ponteiro, todos os dias, é o sistema de consumo, começando pelo alimento, responsável por cerca de um terço das emissões globais de gases de efeito estufa. Cada vez que alguém enche o carrinho no supermercado, decide não apenas o que vai comer, mas quais produtores, territórios e modelos de negócio vai financiar.

O documento final da COP30, em Belém, aponta para um mundo em transição: triplicação do financiamento para adaptação, reforço da justiça climática e maior centralidade da Amazônia no debate. É um passo relevante. Mas permanece sem resposta a pergunta essencial: como essa ambição chega ao prato do consumidor e, sobretudo, às mãos de quem produz o que está nesse prato?

No Brasil, essa questão ganha nome e endereço. Segundo o Censo Agropecuário, cerca de 3,9 milhões de estabelecimentos de agricultura familiar representam 77% de todas as propriedades agrícolas do país e respondem por grande parte da comida consumida diariamente. Ao lado deles, as Terras Indígenas ocupam aproximadamente 13% do território nacional e concentram algumas das áreas mais bem preservadas do país. As imagens de satélite mostram isso de forma inequívoca: onde há terra indígena demarcada, a floresta permanece; onde não há, a pressão avança rapidamente.

São justamente esses grupos – pequenos produtores e povos indígenas – que figuram nos discursos da COP30, mas continuam à margem das principais decisões e quase ausentes das embalagens, dos rótulos e do fluxo econômico das cadeias de consumo.

Fora das salas de negociação, as pesquisas mostram que metade ou mais dos consumidores já aceita pagar um valor maior por produtos considerados sustentáveis, e que itens com alegações ambientais e sociais crescem mais em vendas do que concorrentes “neutros” na mesma gôndola. Não falta boa vontade do consumidor; falta transparência, linguagem acessível e modelos de negócio que garantam que esse valor adicional chegue à base da cadeia – às famílias agricultoras e às comunidades indígenas que o Pacote de Belém promete proteger.

É nesse ponto que surge o grande desafio, mas também uma enorme oportunidade para a indústria de alimentos e para as marcas de forma geral: transformar o Pacote de Belém em produtos e embalagens capazes de falar a linguagem do consumidor e criar uma ponte direta com quem produz. Isso significa abandonar o “green talk” genérico e adotar informações que conectem o público ao território de origem, apresentem propriedades, cooperativas, comunidades e terras indígenas, e expliquem de maneira simples como cada escolha contribui para manter a floresta em pé ou fortalecer um pequeno produtor. Também significa incorporar indicadores claros de justiça na cadeia, mostrando de forma objetiva qual parcela
do valor pago chega ao campo e substituindo selos abstratos por transparência concreta e compreensível.

A embalagem pode se tornar, mais do que um recurso de marketing, uma ferramenta de política pública. Ela pode aproximar produção e consumo quando fizer sentido, especialmente em alimentos frescos, onde transporte e cadeia fria têm grande peso nas emissões, ajudar a reduzir desperdício ao oferecer informações claras sobre porções, conservação e uso integral, e mostrar, com números simples e histórias reais, como aquela compra financia territórios e modos de produção específicos, e não apenas uma marca
distante da realidade do campo.

Depois da COP30, a disputa não se limita ao texto de documentos internacionais, mas se estende à confiança na ponta da cadeia. As marcas que conseguirem demonstrar, com dados acessíveis e linguagem clara, que transformam a vontade do consumidor em renda e proteção para pequenos produtores e povos indígenas vão sair na frente.

Algumas já dão os primeiros passos: utilizam QR codes que mostram a fazenda, a cooperativa ou o território de origem; simplificam embalagens para contar histórias concretas em vez de slogans genéricos; e testam modelos nos quais uma parcela do preço é vinculada diretamente a projetos em comunidades rurais. A maioria, porém, ainda permanece no slide da COP, distante da gôndola.

No fim, a pergunta central não é se o Pacote de Belém foi ambicioso o suficiente. A verdadeira questão, para o Brasil e para o mundo, é outra: o pacote que o consumidor leva para casa continuará mudo sobre quem produz, quanto recebe e que impacto gera, ou finalmente passará a contar a verdade que uma transição justa exige?

*Valmir Rodrigues – Fundador da My Trusted Source (MyTS) .

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Imersão além do jargão: o que as marcas precisam entender agora

Publicado

em

*Alexis Anastasiou

Nos últimos anos, palavras como “imersivo”, “360°” e “cenografia imersiva” se tornaram quase um clichê no mercado de brand experience. Conceitos originalmente associados a projetos de alta complexidade criativa passaram a ser usados para qualquer evento com LED ou projeção. O resultado é previsível: quando tudo é imersivo, nada realmente é.

Mas existe uma confusão central nesse debate. Imersão não é estética, é propósito.

É a capacidade de tirar o público do óbvio, deslocando percepção, criando significado e permitindo que ele experimente uma realidade que só existe naquele encontro. Sem narrativa consistente, sem transformação sensorial e sem um território simbólico claro, o que resta não passa de decoração tecnológica.

A boa notícia é que o próprio público já percebeu isso. Ele não se deixa impressionar apenas por estímulos visuais. Ele busca vivência, não vitrines. E o mercado começa a reconhecer que o rótulo “imersivo” só faz sentido quando a ideia encontra um suporte capaz de levar a história adiante.

Por isso, a discussão agora vai além do “como deixar bonito” e entra no “como criar presença”. É nesse ponto que iniciativas permanentes de produção tecnológica, como laboratórios de artes imersivas e espaços dedicados à pesquisa de formatos, vêm provocando uma mudança real no setor. Ao permitir testar, iterar e produzir storytelling com menos desperdício e mais profundidade, esses modelos deslocam o foco de um espetáculo de superfície para uma mídia que dialoga com tempo, memória e subjetividade.

Algumas experiências recentes em projetos culturais e lançamentos de marca já mostram os efeitos dessa virada: o público deixa de ser plateia para se tornar protagonista; a revelação de um produto deixa de ser um truque para virar jornada; a cenografia deixa de ser cenário e passa a ser narrativa.

Imersão, portanto, não é um efeito especial: é uma gramática.

Se o mercado estiver realmente disposto a estudá-la, deixaremos de confundir novidade com inovação e começaremos a entregar experiências que têm algo a dizer. As marcas que se anteciparem a essa maturidade terão, inevitavelmente, vantagem competitiva, porque a memória não se forma apenas pela imagem, mas pelo sentido que ela carrega.

E, no fim das contas, é isso que fica: a história. A tecnologia só importa quando ajuda a contá-la.

Alexis Anastasiou – Diretor e fundador do Visualfarm Gymnasium

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