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Ricardo Amorim

Além de Bolsonaro, quem mais não gostou da decisão do TSE de torná-lo inelegível? Lula

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em

Por Ricardo Amorim

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por ter descredibilizado o processo eleitoral não torna menos provável uma vitória da direita nas urnas na próxima eleição. Pelo contrário, ela aumenta significativamente as chances de que Luiz Inácio Lula da Silva não seja reeleito ou eleja seu sucessor.

A exclusão de Bolsonaro da corrida eleitoral tira de Lula seu principal cabo eleitoral e abre espaço para candidatos com maior viabilidade em um eventual segundo turno contra Lula ou um candidato indicado por ele. Tomemos como exemplo a possível candidatura de Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo. Todos os eleitores de Bolsonaro votarão em Tarcísio. Além deles, Tarcísio atrai eleitores que rejeitam Bolsonaro, o que torna sua chance de vitória nas eleições bem maiores do que as do próprio Bolsonaro, mesmo sem ter tanto carisma quanto ele. Isso só não seria verdade se o espaço de Bolsonaro for ocupado por um dos seus filhos ou sua esposa. Neste caso, provavelmente os eleitores serão, no máximo, os mesmos, já que a rejeição é, ao menos que não foram suficientes para que Bolsonaro ganhasse de Lula nas últimas eleições, já que a rejeição de cada um deles deve ser parecida com a de Bolsonaro.

A realidade é que Tarcísio se tornaria um candidato muito mais forte do que Bolsonaro em um possível segundo turno. Além disso, olhando adiante, podemos observar um segundo efeito dessa situação. No Brasil, existe uma tendência curiosa entre muitos eleitores: eles tendem a ver políticos condenados pela Justiça como tendo sido injustiçados, o que, consequentemente, os transforma em mártires e fortalece suas candidaturas no futuro. Isso ocorreu recentemente com Lula e pode muito bem acontecer com Bolsonaro no futuro.

Portanto, o resultado prático da inelegibilidade de Bolsonaro é que a direita e a centro-direita saem fortalecidas para o futuro. Bolsonaro, obviamente, saiu prejudicado, mas Lula perdeu pelo menos tanto quanto ele.

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Ricardo Amorim

Millei usou a tesoura. O Brasil ainda procura a fita métrica

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Por Ricardo Amorim

A Argentina acaba de dar um passo ousado e corajoso. O presidente Javier Millei anunciou o corte permanente de vários impostos cobrados dos exportadores. Para os argentinos, uma vitória. Para o Brasil, um alerta vermelho.

Setores como aves, carnes bovinas e soja — onde Brasil e Argentina competem diretamente — serão impactados imediatamente. Com produtos argentinos chegando ao mercado internacional mais baratos, os exportadores brasileiros terão que enfrentar uma concorrência mais agressiva, exatamente no mesmo momento em que já sentirão os impactos negativos do tarifaço americano. Em resumo, a Argentina estará mais competitiva – o que ajudará sua economia a gerar mais empregos e a pagar melhores salários – e o Brasil menos.

A questão central é como a Argentina conseguiu abrir mão de arrecadação pública. A resposta é simples: um corte brutal de gastos públicos anterior permitiu que o governo argentino pudesse abrir mão dessas receitas agora.

Foi essa decisão do governo argentino que permitiu:

  • Reduzir a carga tributária sobre quem produz e exporta,
  • Por consequência, atrair mais investimentos e aumentar a confiança internacional,
  • O que, por sua vez, impulsionou o crescimento econômico e vem reduzindo significativamente a taxa de pobreza, que tinha atingido níveis recordes no país vizinho.

Ou seja, para poder reduzir os impostos sem desequilibrar as contas públicas, o governo argentino atacou a raiz do problema: o excesso de gastos públicos que pesavam sobre a economia argentina e continuam a pesar sobre a economia brasileira.

Enquanto isso, no Brasil, seguimos pelo caminho oposto. Desde o Plano Real, todos os Presidentes brasileiros – com exceção da breve passagem de Michel Temer – aumentaram os gastos públicos em relação ao tamanho da economia brasileira. Com isso, a dívida pública mais do que dobrou como proporção do PIB, consumindo cada vez mais recursos para pagamento de juros, o que faz com que a taxa de juros no Brasil seja muito mais alta do que no resto do mundo. Assim, nossa máquina pública ineficiente e extremamente custosa, consome cada vez mais recursos, exigindo impostos elevadíssimos para ser sustentada.

O resultado?

  • Inflação e taxa de juros estruturalmente mais altas.
  • Crescimento econômico medíocre.
  • Menos empregos e salários menores.

A lição que vem da Argentina é clara: reduzir gastos públicos não é uma pauta ideológica, mas uma condição para o crescimento sustentável e a melhora da qualidade de vida dos brasileiros, independentemente de preferências ideológicas ou políticas. Sem isso, o Brasil continuará refém de um Estado caro e ineficiente, que corrói oportunidades para os brasileiros.

O vizinho está mudando — rapidamente. A pergunta que fica é: quanto mais mercado, riqueza e qualidade de vida precisaremos perder antes de, finalmente, tomarmos a decisão de colocar o país em uma rota de crescimento e riqueza, como os argentinos fizeram?

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Ricardo Amorim

O futuro da conversa não é só digital… É também artificial

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As IAs já estão entre nós. Elas não andam, não são visíveis, mas pensam e argumentam. E melhor do que a grande maioria dos humanos. Recentemente, um grupo de pesquisadores suíços fez um experimento que parece saído de um filme de espionagem. Eles invadiram um fórum do Reddit — famoso por discussões intensas e desafiadoras — com contas automatizadas de inteligência artificial. O objetivo? Descobrir se essas IAs seriam capazes de passar despercebidas e convencer pessoas reais a
mudarem de opinião.

O resultado foi impactante, para não dizer alarmante: não só ninguém desconfiou que estava discutindo com bots, mas os bots foram 6 vezes mais eficazes que humanos em fazer outros humanos mudarem de opinião.
No experimento, foram testados três tipos de bots:
 Genéricos, que respondiam com base apenas no conteúdo do post.
 Personalizados, que sabiam localização, tendências políticas e estilo do autor original.
 Alinhados com a comunidade, que imitavam o “jeito de falar” mais aceito pelo grupo.
Os resultados foram impressionantes.
 Os bots genéricos convenceram 17% das pessoas a mudarem de ideia.
 Os personalizados, 18%.
 Os que imitavam a comunidade, 9%.
 A média dos humanos? Apenas 3%.

Esses bots ficaram 4 meses no ar e ninguém percebeu. Todos os bots foram bem mais convincentes do que os humanos. O menos convincentes entre eles foi o que “imitava” o jeito dos humanos. Um dos bots chegou ao top 1% dos usuários mais influentes do Reddit.

Se um grupo de pós-graduandos, com orçamento limitado, conseguiu esse nível de influência usando IA… imagine o que empresas, governos e organizações com milhões, bilhões e, em alguns casos, até trilhões de
orçamento já estão fazendo ou podem fazer nas redes sociais para influenciar suas decisões políticas ou de consumo, por exemplo.

Com eleições se aproximando em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, é mais importante do que nunca estarmos atentos para possíveis manipulações.

Mas aí vem um ponto chave: esses bots não usaram nenhuma fake news para convencer ninguém. Não houve nenhuma mentira, nem nenhum apelo emocional barato. Eles convenceram com lógica, dados e argumentos melhores. A vitória da razão.

Aí é que está a grande oportunidade. Se bots conseguiram tanto sucesso com bons argumentos, se a IA for bem usada, ela tem o potencial de melhorar a qualidade da discussão, ao contrário do que muitos temem. Em resumo, é hora de você aliar, de forma ética:
 Inteligência Artificial + Inteligência Humana
 Tecnologia + Estratégia
 Informação + Intenção

Se precisar de inspiração e de exemplos práticos de como fazer isso, não deixe de assinar meu canal de YouTube e conferir cada um dos episódios do metamorfoseZ, o programa que criei para mostrar, na prática, como isso já está sendo feito.

Se quiser ir ainda mais fundo, na sua empresa, com seus clientes, colaboradores e parceiros, fale com a minha equipe para levar minha palestra sobre como a IA pode potencializar seu negócio para seu evento.

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